Assim que o dia amanheceu Ana se dirigiu até a cozinha e encheu uma bacia com água e jogou em Carlos o despertando de supetão.— Tem que parar de me acordar assim… molhou todo o sofá.- disse enquanto passava a mão em seu cabelo molhado e logo em seguida apontando para o sofá.— E você tem que parar de vir a minha casa ainda mais bêbado.- reclamou.— Tá, tá! Já vou para casa... não pode nem sequer dormir no seu sofá que já fica toda estressada.- fingiu reclamar.— Tá de brincadeira, né? Vai, vai embora antes que eu joguei outra coisa em você.-— Tá para nascer mulher mais estressada do que essa!- disse fazendo drama enquanto ia até à porta.— Vai e não volte mais!- disse séria.— Eu vou, mas eu volto.- saiu e fechou a porta rapidamente ao vê-la indo em sua direção.— A pessoa já acorda de mau-humor, mas até que eu gosto! — sorriu.Meia hora depois Ana chega à empresa e encontra um homem alto, cabelos ondulados, de pele parda e muito, muito bonito.— Bom dia, senhorita Ana!- estendeu a m
Naquela manhã, ao virasse para vê-lo notou que o mesmo já não estava, porém, havia deixado um bilhete.Bilhete:Bom dia!Espero que tenha tido uma ótima noite de sono porque a minha foi ótima. Aliás, todas as noites que passo ao seu lado são as melhores que já tive há bastante tempo.Sei que deve ter estranhado não ter me encontrado, mas estava com medo de ser acordado com uma bacia de água gelada como da última vez.Até a próxima, do homem que quer um mundo contigo.Apesar de toda raiva e vergonha que ele a fez sentir, não podia negar que ele não tenha se esforçado para a ter de volta e também não podia negar que aquilo não estava mexendo com ela. Mas o medo de ser rejeitada novamente ainda estava lá e não queria correr o risco de passar por aquilo de novo.Era final de semana e tudo o que ela queria era descansar seu corpo e sua mente.Deixar de lado toda a correria do seu trabalho, esquecer um pouco sobre tudo que estava acontecendo na sua família e principalmente um tempo para dec
Vê-lo retribuir aquele abraço com tanto carinho a fez pensar o quão idiota estava sendo por pensar em dá outra chance a alguém que a destratou como ele a destratou.— Não sei onde é que estava com a cabeça quando resolvi procurá-lo.- pensava enquanto saia daquele lugar.Ana sentia que apesar dos pesares havia encontrado alguém que estaria ao lado dela quando ela mais precisasse, um refúgio em meio a tantos problemas, um colo quando ela precisasse de um, um ombro que estaria ali quando ela precisasse chorar. Mas após presenciar aquela cena pensou que não tinha passado de umas das diversas que passou pela vida dele e o quão boba ela foi por acreditar que ela significasse alguma coisa para ele.Decepcionada retornou ao seu apartamento e enquanto pensava sobre o sofá como deveria agir de agora em diante lembrou do convite que havia recebido para almoçar com Miguel e resolveu aceitar almoçar com ele.— Alô, é o senhor Davis?- ligou para ele.— Sim, sou eu! Com quem estou falando?— Aqui é
Assim que terminou todo o seu trabalho decidiu procurá-la, mas sua secretária disse que ela havia saído para almoçar e até o momento não havia retornado e ao questionar com quem ela havia saído a secretária se negou a informar já que se tratava da vida pessoal da sua chefe.Foi até o apartamento dela, mas ela não estava então decidiu esperar.Já era noite quando ela despertou sem entender muita coisa do que havia acontecido.— Por que estou aqui?- perguntou olhando o acesso em sua mão.— Não se lembra? A trouxe aqui após descobrir que é alérgica a camarão.— Ah, o camarão... Mas era tão bom! — estava nítido o seu descontentamento por não poder comer camarão novamente.— Pelo menos está viva!— Ah, quanto a isso... não é a primeira vez que tenho uma experiência de quase morte! Viu minha bolsa? — mudou de assunto.Por conta dos medicamentos a esperava vê-la sonolenta e não tão agitada como ela estava.— Aqui!- passou a bolsa para ela.— Cadê, cadê… achei... já é essa hora? — disse ao ol
Ana despertou com Carlos dormindo com sua cabeça sobre a maca do hospital enquanto segurava sua mão.Não entendia aquele tipo de comportamento já que ele demonstrava ser inconstante com o que sentia. Em um momento estava abraçada a outra e em outro momento estava lá dormindo ao seu lado em um quarto de hospital.Tentou tirar a mão dele da dela sem que ele percebesse, mas assim que ela tocou nele o despertou.— Ana, tá melhor?- perguntou preocupado.Era nítida a diferença do Carlos de antes com o de agora. O de antes estava possesso e fora de controle enquanto o de agora só demonstrava preocupação.— Estou!- não queria falar com ele.— O médico me disse que esteve aqui antes, mas acabou fugindo… por que não me disse antes?- Apesar de estar chateado com aquilo preferiu manter sua voz calma para não a agitar novamente.— Carlos, não estou a fim de ouvi-lo... então, por favor, vai embora.- virou seu rosto.— Ainda tá chateada pelo que viu em frente ao meu apartamento?- por não receber um
Desde que Carlos atendeu a ligação que era para Ana, Miguel não parava de pensar que havia finalmente encontrado algo que tirasse Carlos do sério e estava disposto a pagar o preço para ver isso.Não que Ana não fizesse seu tipo, mas não estava acostumada com mulheres como ela "certinhas" demais. Que ele precisasse de tempo para levar para cama, mas não podia perder a oportunidade de ver Carlos perder a linha como da última vez.Apesar de se conhecerem há bastante tempo e sempre terem suas desavenças, Carlos nunca tinha ido para cima dele daquela forma e Miguel não iria perder a oportunidade de revidar aquilo por nada.— Posso saber o que está pensando?Perguntou a mulher enquanto desabotoava sua camisa.— Em algo muito interessante — passava seu indicador em sua sobrancelha esquerda.— Mais interessante do que estamos fazendo agora? — a mulher beijou seu peitoral.— Quer mesmo saber a resposta, Samantha? — puxou o cabelo dela para trás— Não! — sentou sobre ele e apoiou suas pernas so
— Espero que tenha bons advogados… vai precisar — disse Miguel tirando o relógio do pulso e o colocando sobre o balcão — Espero que seus advogados sejam bons porque os meus são ótimos e eu não me importo de pagar qualquer preço que seja contanto que eu arrebente a sua cara hoje — sorriu o provocando.Ao ouvir aquilo a ira do homem se acendeu mais ainda o fazendo se aproximar de Miguel tentando o acertar novamente, mas acabou sendo surpreendido ao ter sua cabeça acertada por uma garrafa.— Maluco dos infernos! — pensou Carlos ao ver Miguel acertar o homem com a garrafa.Carlos não podia negar que embora não suportasse Miguel o seu jeito louco de resolver as coisas o divertia bastante, e talvez seja por isso que até o momento não tinha parado de falar com ele.Assim que o outro homem viu Miguel acertar seu amigo com a garrafa foi para cima dele, mas Carlos o parou lhe dando um soco.— Essa doeu — disse sacudindo a sua mão. Foi questão de segundos para ele também ser atingido por um soc
No dia seguinte todos da empresa olhavam para Carlos e Marcos como se eles fossem a grande atração do dia.— Se um dia eu te chamar para sair eu deixo de ser gente!- sussurrou Marcos sentindo vários olhares sobre ele.— E se eu aceitar eu é que não sou gente!- sussurrou de volta.— Estava pensando em como Miguel deve Estar — abriu a porta da sala de Carlos— Se não quebrou o nariz andou perto — concluiu.— Maluco… doido varrido! Aquele dali quando nasceu deve ter caído do berço — sentou no sofá da sua sala.— Estão falando de mim? — Miguel invadiu a sala de Carlos.— Além de maluco é sem educação… quem disse que pode invadir a sala de outra pessoa assim?— Não vi ninguém lá fora e pensei… porquê não?— sentou ao lado de Carlos.— Cara, você tá acabado — disse Marcos ao vê-lo com seu nariz roxo e um pouco inchado.— Você também… tem alguma bebida que tenha álcool? — Aqui é uma empresa, não um bar… tem certeza que não fraturou o nariz? — perguntou enquanto se levantava.Carlos foi até a