Ao sentir os raios de Sol sobre sua face manteve os seus olhos entreabertos, desejando apenas mais cinco minutos de sono.— Carlos!- Aquela voz era bastante conhecida, pois ele nunca havia conhecido alguém com uma voz tão doce e calma como aquela.Ao ouvi-lá praticamente pulou da cama e a procurou por toda aquela casa.— Carlos!- Novamente aquela voz lhe chamou e dessa vez ele pode vê-la sair da cozinha com uma bandeja na mão.— Pensei que não fosse acordar.- uma mulher de cabelos longos escuros e ondulados se aproximou dele o lhe deu um selinho. — Bom dia, meu amor.- caminhou em direção a mesa que já estava quase posta com todas as coisas que ele mais gostava.Carlos não podia acreditar no que seus olhos estavam vendo e nem no que seus ouvidos estavam ouvindo.Tanto tempo ansiando ouvi-lá pelo menos só mais uma vez e agora ela estava alí bem perto dele.— Aconteceu alguma coisa, vida?- perguntou ao vê-lo imóvel.— Devo está sonhando.- pensou.— Vai tomar banho e depois desça para toma
— Só o senhor Carlos que parece que esqueceu que sou a babá da Jasmin e agora se recusa a me entregar ela.- disse Ana estranhando o comportamento dele.— Querido, acho que está na hora de procurarmos um médico...esse tipo de comportamento não é normal.- pegou a menina e entregou a Ana que assim que a pegou a acalmou.— E assim que ela gosta de ser balançada, senhor Carlos.Carlos já não sabia se o que estava vivendo era apenas um sonho ou realidade ou se ele havia enlouquecido. Mas de uma coisa ele tinha certeza, não deixaria sua filha sozinha com ela.— Querido, tem que ir para o trabalho, senão Marcos te pega depois. Tchau, vida! - o beijou novamente e saiu.— O senhor já vai?— Lembrei que ficaria de folga hoje.- deu uma desculpa.— O senhor está estranho.Ana foi até o quintal com Jasmim para que ela pudesse ver as flores que Lisa havia cultivado para ela e Carlos a seguiu.— Algum problema?- perguntou ao vê-lo manter o seu olhar sobre ela.— Não, só queria ficar um pouco com a mi
— Entre!— Desculpa está aqui a essa hora desse jeito, mas eu não sei a quem devo recorrer.- estava assustada.— O que aconteceu? — Eu acho que matei o meu pai.- ela começou a chorar.— Eu juro que só estava me defendendo...eu só me defendi.Naquele momento Carlos se lembrou do que Lisa havia dito sobre o pai dela.— Tá tudo bem! Eu vou até sua casa e resolvo tudo, tá bom?— Não, não vai.- pegou na mão dele.— E se eu não o ferir como penso e ele fizer algo contra o senhor?- ao vê-la tão assustada o fez abraçar-lá sem perceber.— Querido?- Lisa os observava da escada.— Senhora Lisa! - se afastou dele.— Ai, meu Deus, Ana...o que aconteceu? desceu as escadas com rapidez.— Meu pai! — Ele a bateu novamente?— Sim, mas dessa vez me defendi e acho que o matei.- começou a chorar desesperadamente.— Tá tudo bem, querida! Carlos pega um pouco de água para ela.- Lisa a abraçou.— Sei que não deveria perguntar, mas posso ficar aqui pelo menos por essa noite? Não quero voltar para casa.— Sem
Alguns dias se passaram desde o dia em que Carlos a chamou por outro nome, mas apesar da sua curiosidade para saber quem era Lisa, Ana preferiu fingir que aquilo não aconteceu.Também estava pensando se encerraria o acordo que fez com ele com relação a prestar os seus serviços de secretaria em troca de mentorias para que ela pudesse cuidar dos negócios da família. Não porque sentia-se preparada, mas por causa da saúde do seu pai que havia piorado.Se sentia pressionada e em um beco sem saída, pois apesar de saber que sua família eram donos de muitos bens, nunca pensou que um dia ela os administraria. Até porque desde o dia que foi obrigada a viver em um lugar totalmente diferente daquele que ela já estava acostumada e tendo que conviver com pessoas completamente desconhecidas que ela havia decidido nunca mais retornar ao seu país de origem. Porém mais uma vez sua vida tomava um rumo totalmente diferente do que ela pensava e assim como as outras vezes em que a escolha não tenha partido
No dia seguinte:Depois de uma longa reunião, Carlos caminhou até a sua sala e deitou-se no sofá na esperança de conseguir pelo menos tirar um cochilo já que na noite anterior não havia conseguido.Suas tentativas de descansar eram vãs, pois sentia faltar algo.— Carlos, está tudo bem? — Ana perguntou ao entrar na sala e vê-lo deitado.— Fecha a porta quando entra.- mesmo sem entender, apenas obedeceu.— Já fechei! — assim que ela se aproximou dele a puxou fazendo com que ela sentasse no sofá.— O que foi?— Nada!— colocou sua cabeça sobre as pernas dela e segurou em uma de suas mãos.— Então era isso?—pensou ao perceber que o que seu corpo queria era apenas ficar perto dela.— Não consegui dormir bem ontem a noite, por isso queria dormir por pelo menos vinte minutos.—fechou os olhos e sem nem ao menos perceber adormeceu.Ana permaneceu naquela posição bem mais do que vinte minutos e só o chamou porque tinha outra reunião.— Carlos, acorda!— o chamou cuidadosamente.— Só mais cinco minut
Assumir os negócios de seu pai além de desafiante também era bastante estressante e aquilo a estava esgotando.Além de tudo isso tinha as mudanças de comportamento de Carlos com relação a ela que estava acabando com suas energias. Não sabia quando ele estava bem e a queria por perto ou quando simplesmente a ignorava e a tratava como se fosse nada.Se ela não entendesse o que ele havia passado, já teria terminado essa relação, mas ela sabia como era doloroso perder quem se ama e que na maioria das vezes nem sempre era possível seguir em frente.— Por que ele não está atendendo o telefone?- se questionava após ligar inúmeras vezes.Já estava com quase dois dias que ela não o via e nem conseguia se comunicar com ele por ligação. Então decidiu adiar por algumas horas a reunião que teria na empresa do seu pai.Era quase meio-dia quando ela pegou o táxi e foi até a empresa na esperança de o encontrar, mas tudo que ficou sabendo foi que ele não tinha aparecido para trabalhar, porém, o que ma
Era madrugada e ela dormia ao seu lado, mas acordou com ele a chamando.— Ana!— Oi?- abriu seus olhos com um pouco de dificuldade — Tá sentindo alguma coisa? — Colocou sua mão sobre a testa dele — Não tem mais febre — disse ao sentir que a febre tinha passado, mas ele tirou a mão dela de supetão.— Aconteceu alguma?- perguntou preocupada.— Nada! Só quero que vá embora! - disse sério.— Como assim ir embora? Por quê? - não estava entendendo aquela atitude, ainda mais após terem ficado.— Porque eu quero! - disse ríspido.— Carlos...- procurava entender o porquê daquilo.— Não entendeu o que eu disse?- gritou, fazendo com que ela se assustasse. — Eu quero você fora da minha casa e da minha vida agora mesmo.- disse com firmeza.Sempre suspeitou que o que ele queria era apenas passar uma noite com ela e tava tudo bem com aquilo porque ela também queria, mas nunca pensou que ele a humilharia tanto assim.— Tá, eu só vou… vou.- estava desorientada e não conseguia raciocinar direito.— Rápi
Deitado sobre sua cama enquanto sentia o cheiro dela no travesseiro, Carlos se lembrava dos detalhes daquela noite.Ele a teve ali à mercê dos seus desejos, completamente envolvida por cada beijo, cada toque e por todas às vezes que suas mãos exploravam cada parte do seu corpo nu.Com toda certeza aquela seria uma noite que ele nunca mais esqueceria de tão intensa e, ao mesmo tempo, serena onde dois corpos cheios de desejos e sentimentos se encontraram e se completaram.Sem conseguir dormir decidiu que o melhor a se fazer era trabalhar, assim causando um espanto a todos já que o mesmo nunca trabalhava naquele dia.Marcos já tinha entrado em contato com ele e se dirigiu à empresa sem nem ao menos passar em sua casa para guardar a bagagem da viagem.— O que deu em você? — o encontrou deitado no sofá da sua sala — Por que decidiu vir hoje?—nem Marcos o estava entendendo.— Ficar em casa estava me deixando louco.— jogava a bolinha anti stress para cima e a amparava — Decidi vir trabalhar,