No dia seguinte:Depois de uma longa reunião, Carlos caminhou até a sua sala e deitou-se no sofá na esperança de conseguir pelo menos tirar um cochilo já que na noite anterior não havia conseguido.Suas tentativas de descansar eram vãs, pois sentia faltar algo.— Carlos, está tudo bem? — Ana perguntou ao entrar na sala e vê-lo deitado.— Fecha a porta quando entra.- mesmo sem entender, apenas obedeceu.— Já fechei! — assim que ela se aproximou dele a puxou fazendo com que ela sentasse no sofá.— O que foi?— Nada!— colocou sua cabeça sobre as pernas dela e segurou em uma de suas mãos.— Então era isso?—pensou ao perceber que o que seu corpo queria era apenas ficar perto dela.— Não consegui dormir bem ontem a noite, por isso queria dormir por pelo menos vinte minutos.—fechou os olhos e sem nem ao menos perceber adormeceu.Ana permaneceu naquela posição bem mais do que vinte minutos e só o chamou porque tinha outra reunião.— Carlos, acorda!— o chamou cuidadosamente.— Só mais cinco minut
Assumir os negócios de seu pai além de desafiante também era bastante estressante e aquilo a estava esgotando.Além de tudo isso tinha as mudanças de comportamento de Carlos com relação a ela que estava acabando com suas energias. Não sabia quando ele estava bem e a queria por perto ou quando simplesmente a ignorava e a tratava como se fosse nada.Se ela não entendesse o que ele havia passado, já teria terminado essa relação, mas ela sabia como era doloroso perder quem se ama e que na maioria das vezes nem sempre era possível seguir em frente.— Por que ele não está atendendo o telefone?- se questionava após ligar inúmeras vezes.Já estava com quase dois dias que ela não o via e nem conseguia se comunicar com ele por ligação. Então decidiu adiar por algumas horas a reunião que teria na empresa do seu pai.Era quase meio-dia quando ela pegou o táxi e foi até a empresa na esperança de o encontrar, mas tudo que ficou sabendo foi que ele não tinha aparecido para trabalhar, porém, o que ma
Era madrugada e ela dormia ao seu lado, mas acordou com ele a chamando.— Ana!— Oi?- abriu seus olhos com um pouco de dificuldade — Tá sentindo alguma coisa? — Colocou sua mão sobre a testa dele — Não tem mais febre — disse ao sentir que a febre tinha passado, mas ele tirou a mão dela de supetão.— Aconteceu alguma?- perguntou preocupada.— Nada! Só quero que vá embora! - disse sério.— Como assim ir embora? Por quê? - não estava entendendo aquela atitude, ainda mais após terem ficado.— Porque eu quero! - disse ríspido.— Carlos...- procurava entender o porquê daquilo.— Não entendeu o que eu disse?- gritou, fazendo com que ela se assustasse. — Eu quero você fora da minha casa e da minha vida agora mesmo.- disse com firmeza.Sempre suspeitou que o que ele queria era apenas passar uma noite com ela e tava tudo bem com aquilo porque ela também queria, mas nunca pensou que ele a humilharia tanto assim.— Tá, eu só vou… vou.- estava desorientada e não conseguia raciocinar direito.— Rápi
Deitado sobre sua cama enquanto sentia o cheiro dela no travesseiro, Carlos se lembrava dos detalhes daquela noite.Ele a teve ali à mercê dos seus desejos, completamente envolvida por cada beijo, cada toque e por todas às vezes que suas mãos exploravam cada parte do seu corpo nu.Com toda certeza aquela seria uma noite que ele nunca mais esqueceria de tão intensa e, ao mesmo tempo, serena onde dois corpos cheios de desejos e sentimentos se encontraram e se completaram.Sem conseguir dormir decidiu que o melhor a se fazer era trabalhar, assim causando um espanto a todos já que o mesmo nunca trabalhava naquele dia.Marcos já tinha entrado em contato com ele e se dirigiu à empresa sem nem ao menos passar em sua casa para guardar a bagagem da viagem.— O que deu em você? — o encontrou deitado no sofá da sua sala — Por que decidiu vir hoje?—nem Marcos o estava entendendo.— Ficar em casa estava me deixando louco.— jogava a bolinha anti stress para cima e a amparava — Decidi vir trabalhar,
Apesar do medo da reação dela ao vê-lo lá estava disposto a encarar só para ficar nem que fosse por alguns minutos ao seu lado.— Carlos! — ela o chamou com os olhos semiabertos, mas novamente os fechou.Ele se aproximou dela e pegou em sua mão.Carlos sentiu ela apertar a sua mão e seus olhos encheram de lágrimas, pois sabia tinha uma parcela de culpa por ela estar daquele jeito.Amanheceu e Ana deu de cara com Clara a observando.— Clara! — tentou se sentar.- O que faz aqui?- perguntou se ajustando sobre a maca.— Sua vaca!- deu um tapa em seu braço.— Não sabe como eu estava preocupada com você.- a abraçou. — Por que fez isso?— Para está aqui significa que tomei remédio de mais, não é?— A sua sorte é que seu namorado chegou bem na hora para abrir a porta cuja senha a senhorita não me disse.Ana não tinha falado sobre o que havia acontecido entre ela e Carlos para não deixar Clara preocupada.— Desculpa!— Irei precisar bem mais do que isso! Vou precisar de roupas porque não trouxe
Carlos esperou que ela descesse do palco para se encontrar com ela.— Não acha que exagerou?- disse enquanto ele a ajudava a descer alguns degraus que havia no palco.— Não fiz por você e sim pela caridade.- nem ele mesmo acreditava em suas palavras.— Sei!- fingiu acreditar.— Vamos!- continuou puxando-a pela mão.— Para onde?- perguntou separando suas mãos.— Eu ganhei um jantar, ou melhor, paguei bem caro por um.— Tem que ser agora?- esperava que fosse em outro dia pelo menos.— Eu quero que seja agora!- pegou em sua mão e a levou para o seu carro.Miguel que os observava de longe percebeu que estava rolando algo entre os dois e aquilo atiçou ainda mais a sua curiosidade com relação à Ana.Como já estava tarde e não tinha muitos restaurantes abertos, a levou para a pousada que ele a levou antes.— Não vai dizer nada?- perguntou ao vê-la com a cara emburrada.— E o que devo dizer?- cruzou seus braços.— Não sei! Só não fica calada com essa cara emburrada.- falava enquanto passava a
Em frente ao espelho do seu apartamento Ana olhava aquela marca em seu pescoço e por mais que tentasse recordar como aquilo aconteceu não conseguia.— Por causa daquele idiota terei que suscitar essa blusa.- disse pegando uma blusa preta de gola alta do seu guarda-roupa que nem sequer se lembrava em que ano havia comprado. — E para completar o desastre essa dor de cabeça que não passa.- a conta de ter tomado quase uma garrafa de vinho sozinha havia chegado e com juros. — O jeito que tem é usar esses óculos.- odiava usar óculos escuros, mas não estava suportando olhar para a claridade.Enquanto Ana ia ao trabalho parecendo estar voltando de um velório, Carlos passava pelos corredores da empresa como se tivesse ganho na loteria com um sorriso estampado em seu rosto e cumprimentando até o vento.— Pelo jeito a noite foi ótima.- disse ao encontrá-lo indo para sua sala.— Não tenho como discordar!- sorriu.— Tinha que ser… afinal foi um simples jantar que te custou apenas um milhão.- Marco
Assim que o dia amanheceu Ana se dirigiu até a cozinha e encheu uma bacia com água e jogou em Carlos o despertando de supetão.— Tem que parar de me acordar assim… molhou todo o sofá.- disse enquanto passava a mão em seu cabelo molhado e logo em seguida apontando para o sofá.— E você tem que parar de vir a minha casa ainda mais bêbado.- reclamou.— Tá, tá! Já vou para casa... não pode nem sequer dormir no seu sofá que já fica toda estressada.- fingiu reclamar.— Tá de brincadeira, né? Vai, vai embora antes que eu joguei outra coisa em você.-— Tá para nascer mulher mais estressada do que essa!- disse fazendo drama enquanto ia até à porta.— Vai e não volte mais!- disse séria.— Eu vou, mas eu volto.- saiu e fechou a porta rapidamente ao vê-la indo em sua direção.— A pessoa já acorda de mau-humor, mas até que eu gosto! — sorriu.Meia hora depois Ana chega à empresa e encontra um homem alto, cabelos ondulados, de pele parda e muito, muito bonito.— Bom dia, senhorita Ana!- estendeu a m