Larissa narrando Olho pra ele com raiva do seu cinismo, como pode ter esquecido tão rápido tudo que me fez passar, durante todos esse longo ano que estou aqui? Olhando para ele percebo que tudo que eu sinto em relação a Joseph, é somente nojo, cada vez que olho para ele, lembro daquela noite, lembro de como ele estava se deliciando com a boca entre as pernas daquela mulher.— Ok. Vamos logo!— Falo sem emoção.Joseph estende a mão para que eu a pegue, passo de cara fechada na sua frente, desço os degraus da mansão e encontro Dom Carlo, nos esperando, assim que coloquei os pés na escada, seus olhos se fixam na minha barriga.— Maravilhosa, sua barriga está linda, hoje todos vão ver o quanto meu filho tem bom gosto.— Ele fala orgulhoso.— Demorou pra enfiar um filho em você, mas no fim meu neto vem!Ouço é sinto uma ânsia borbulhar dentro de mim, minha vontade é de me impor, porém mais uma vez, minha consciência pedindo paz, fala mais alto— Sim pai, meu menino já está prestes a nascer. —
Autora narrandoFernando tem 35 anos, alto, seus olhos são castanhos escuros, cabelo e barba bem feitos, tem um rosto de dar inveja em qualquer um, de todos os outros, ele é o espelho do pai, apesar de um homem muito bonito, é tão sangue frio quanto dom Carlo. Assim que seus olhos caíram sobre Larissa, ele a quis pra si, sua mente doentia fez imaginar muitas coisas que ele poderia fazer com ela.Vinicius tem 32 apesar da cara de bom moço ele não tem remorso de matar seja quem for, ele mesmo tirou a vida de sua mulher e sua filha, e uma semana depois já estava se casando com outra, essa faz de tudo para não engravidar, e assim como Larissa, ficou sabendo quem era realmente seu marido, somente depois do casamento, seus olhos azuos queimam sobre a barriga de Larissa, sua inveja por achar que o herdeiro da máfia está dentro dela o faz odiar uma criança que ainda nem nasceu, de todos os filhos, Vinicius é o mais traumatizado, muitos segredos obscuros escondidos por trás de um homem tão amar
Dentro do carro Larissa estava pensativa, como um sonho pode ter sido tão real, ela realmente acha que o beijo não aconteceu.Joseph toda hora queria saber dos seus pensamentos, o que ela estava fazendo longe dele, ainda mais no escuro, Larissa o olhava com indiferença, de todo aquele amor, sobrou somente raiva, ela não se importa com ele, muito menos com o que ele pensava sobre ela.Eles entram em silêncio, na sala estava o Dom Carlo com Luana, Joseph tenta alcança-la, mas Larissa apressa seus passos, se trancando no seu quarto, tira seu vestido e vai tomar um longo e demorado banho, ao fechar os olhos ela consegue sentir os lábios do homem dos seu pensamento, tocando neles ela sorri.— Nossa foi tão real, o que você acha meu pequeno ponto de esperança?— Passando a mão na sua barriga, ela conversa com seu bebê, como se tivesse ouvindo a sua voz, ele se mexe sem parar.— Viu? A mamãe está ficando doidinha já. — Acariciando a sua barriga, onde ele mexi levantava sua pele, como se ele est
Em um movimento rápido Larissa se j**a no chão, ajoelhada, sem se importar com o sangue que escorria nas suas pernas, segurando desesperadamente nas mãos da doutora, ela implora para que não conte que é uma menina. — Pelo amor de Deus, me ajuda a fugir, eles vão matar a minha filha. — Eu não posso fazer isso, ou eu posso morrer, tenho um filho pequeno, ele depende de mim. — Por favor, eu lhe imploro... então me ajuda a esconder a verdade, diz que é um menino, só diga isso, ninguém vai saber que você me ajudou, antes eu fujo.— Passos pesados se aproximavam e o medo se fazia ainda mais presente naquela sala.— É uma vida, por favor, me ajuda a salvar minha filha. A porta é aberta com o choro que ecoava através das paredes, a doutora coloca Larissa na maca e enrrola a bebê numa manta branca, Dom Carlo vem em direção delas com um olhar de fura, Sara tremia dos pés a cabeça, Larissa quase sem forças tenta levantar de todo o jeito. Sara da um sinal para o enfermeiro pegar a bebê e entra
Hoje o dia estava tranquilo, Joseph saiu para fora do país, iria voltar só de madrugada, Larissa já tinha levado a Poliana para tomar um sol e brincar no jardim, a pequena está cada vez mais esperta, ela é muito curiosa, tudo chama sua atenção, Larissa se emociona em cada evolução de seu crescimento, em cada emoção que Poliana esboça.Dom Carlo estava no quarto com Luana, depois de ter feito um sexo selvagem com ela, ele pede para buscar "Carlinho" para ficar um pouco com eles, Dom nunca fez isso, mas pela primeira vez ele sentiu amor por alguém, nem mesmo seus filhos tiveram esse amor que ele tem com o neto.— Tem certeza que quer, que eu traga ele? Carlinho vai chorar! E você não gosta de choro. Em um movimento rápido ele segura em seu pescoço apertando suficiente para tirar o ar de Luana, ela se debate tentando respirar.— Está querendo me dar ordens vadia? Se eu disse que quero ver meu neto, eu quero agora.— Não... meu dom... me perdoa, juro que isso não vai mais acontecer.— Ela
Levando as mãos na cabeça, ela anda de um lado pro outro. — Luana? Está me ouvindo?— Larissa toca no rosto de Luana, novamente a chama mas não tem resposta, onde o medo de ponderou dela.— Meu Deus, o que eu fiz, o que eu faço? Uma batida na porta a faz tremer, ela não sabe o que fazer, até que ouve a voz do outro lado e consegue respirar aliviada. — Filha, você está aí? Sou eu ,João! Trouxe o que me pediu.— Larissa corre até a porta e puxa ele pra dentro do quarto, ele ao ver o desespero dela tenta ver o que aconteceu, até bater os olhos na Luana, caída, sangrando no chão.— Meu Deus, filha? O que aconteceu? — Ela descobriu tudo, e ia contar para o maldito do velho, que tive uma menina, João, ele vai matar minha filha. Não tive escolha. Eu... — João a consola abraçando Larissa, ele se solta dela e se abaixa perto de Luana, vê se tem batimentos, ou se está respirando.— Ela está viva né? Diz pra mim que ela está viva! Só desmaiou, é ela só desmaiou...— Ela fala tentando se convencer,
Seus olhos estavam embaçados pelas lágrimas, mal dando visão para quem estava em sua frente. — Larissa, entra rápido!— Ao ouvir a voz do Gabriel amigo do João, ela volta a respirar, entrando no carro pela porta de trás, e ficando abaixada.— Por favor, fica em silêncio, tem vários carros lá na frente, o condomínio inteiro está fechado. Larissa deita no banco com Poliana, que ameaça começar a chorar, ela tira seu seio e amamenta a bebê, que suga desesperada pela fome.Gabriel fala no celular com alguém, Larissa presta atenção em cada palavra, ela não sabia ao certo se podia confiar nele, mas João confiava, então seguiu seu coração. Se passou uma hora dentro daquele carro, Gabriel colocou em pratica o plano que João havia falado para ele. João arrumou um carro velho e no necrotério de um amigo, encontrou uma mulher com as características de Larissa, desenterrou um tumulo de um bebê e colocou junto no carro, fazendo o mesmo pegar fogo, ele sabia que era errado, um tanto quanto macabro,
Dora diz que ela é sua nora, o médico não desconfia, pois ela estava com a bebê no colo. A enfermeira entrega a bolsa com os pertences de Larissa, passa no quarto e vê a jovem mãe tão frágil, sem reação. Dora não sabia o que fazer, deixando sua bolsa em cima do criado. Ela sai, andando pelas ruas, e se desespera ao ver que está com a bebê em seus braços.— Meu Deus! O que vou fazer com essa criança?— Dora anda sem rumo pelas grandes ruas dos Estados Unidos. Poliana começa a chorar ela cai no choro também. Dora tem pouco mais de 45 anos, sempre foi muito determinada. Tem apenas um filho que está estudando direito, mas com a correria do trabalho e a faculdade, ele quase não vê seus pais. Sua única preocupação agora é como ela vai aparecer em sua casa com uma criança pequena nos braços. Como ela vai explicar para seu marido que o único dia que ele precisou da sua ajuda, ela perde o carro, que era o único ganho da casa, e traz mais uma boca para alimentar? Em seu nervosismo, Dora faz uma l