Ainda no celular, falando com Eliot, descubro que ele é o mesmo que estava perseguindo meu filho, Geremias. Ele ficava sondando meu menino enquanto dormia. Tudo o que eu mais quero saber é por que de tudo isso?— Você realmente não sabe? — Ele me responde com outra pergunta.— Não! Que mal eu fiz para você? Se a única pessoa que se prejudicou com tudo isso foi eu!— Para de drama, meu pai morreu por sua culpa, graças a esse idiota do seu protetor. Encontramos o resto dele sem a pele em um buraco qualquer. Já não bastou seduzir ele, você tinha que ter inventado tudo aquilo sobre ele? Meu pai te pegou naquele orfanato imundo, você foi uma mal agradecida.— Isso é insano, só pode ser um pesadelo. Seu pai destruiu a minha vida!— Não irmãzinha, minha mãe me contou tudo o que você fez. Vem ao meu encontro agora, ou você vai ter a cabeça desse moleque em uma caixa de presente.— Não faz nada com ele, estou saindo.— Sem gracinhas, se não...— Eu sei, não vou fazer nada, mas deixa ele na por
De manhã, antes de ir para o escritório, fui ao galpão para resolver um assunto para meu pai. Fiquei lá algumas horas e, quando cheguei em casa, Lana e Geremias desceram as escadas correndo.— Pai, vão matar a minha mãe, faz alguma coisa, pelo amor de Deus.Geremias e Lana estavam falando juntos sem parar, ouvindo isso meu corpo todo tremeu. Procurei Eduarda, que estava na sala de tiros, e que só agora ficou sabendo do que estava acontecendo. Sem muita demora junto com o meu pessoal, encontrei o local exato onde ela estava pelo GPS.— Droga, amor, por que fez isso? — murmurei frustrado e com medo.Lana me explicou tudo o que aconteceu, e percebi que ela caiu numa armadilha.— Quem deixou ela sair sozinha? Quem foi o irresponsável? — perguntei ao seu segurança, que chegou de cabeça baixa.Fiquei indignado. A única missão deles era ficar perto dela e protegê-la.— O que estão esperando? Vamos, eles vão matar a minha amiga — disse Joshua, entrando na sala.— O que está acontecendo? Por
Depois do terror que vivi naquele dia, nunca mais consegui dormir em paz. Já fazem dois meses desde o nascimento da minha Zoe e os poucos momentos que chorei desde o ocorrido foram no seu nascimento. Sem dúvidas, segurá-la nos braços foi algo maravilhoso. Sentir aquela segurança, o apoio do Camilo em cada contração, a emoção de ver sua filha nascer, com toda certeza, ficará sempre na minha memória.Camilo, por um tempo, se fechou. Achei que nunca mais iria ter o homem que me conquistou de volta, mas quem eu quero enganar? Eu mesma nunca mais fui a mesma...Estou deitada na cama com minha pequena Zoe nos braços. Ela dorme como um anjinho, sempre muito quietinha e risonha. Só mama e dorme. Zoe é o xodó da casa. Lana e Geremias às vezes ficam disputando quem vai ajudar a dar banho ou fazer dormir.Camilo chorou tanto quando segurou ela pela primeira vez que eu não sabia se eu descansava ou se cuidava dele.Estou olhando para o homem que amo. Camilo termina de se arrumar e vem me dar um b
Dou um passo à frente e encaro com raiva, mesmo querendo saber quem são os filhos de Eliot. Já não estou com paciência para continuarem ouvindo suas mentiras.Por causa dessa mulher e de tudo que ela me fez passar, não pude nem proporcionar o momento que tanto esperei, que era a amamentação. Meu leite secou devido ao estresse. O médico disse que posso tentar com medicamentos. Irei tomar assim que eu acabar com todo esse pesadelo.— Cala a boca! — Grito. — Não vim conversar, vim terminar com o último vestígio que sobrou do meu pesadelo.— Sua maldita, eu deveria ter te matado...Miro na sua testa e, sem muita conversa, atiro uma única bala, um único tiro, e uma única lágrima que sai dos seus olhos. Ela cai com os olhos abertos. Derrubo a arma no chão e, depois de meses, consigo chorar. Mas não é um choro de arrependimento, é o choro da liberdade.Sinto a mão do meu amor no meu ombro. Viro para ele e o abraço. Meu corpo perde as forças assim que sinto ele me abraçando.— Acabou amor. En
Camilo está no banho. Entro no banheiro e fico perto do balcão da pia, esperando por ele.— O que foi? — ele pergunta, percebendo que estou admirando-o.— Só estou olhando o que é meu. — falo sorrindo.— Hum, então, o que acha do que você está olhando?Caminho até o box e abro para encará-lo.— Acho que você está demorando demais aí nesse banho. — Falo provocando.Ele me olha, sai um pouco do chuveiro e com os dedos molhados, Camilo desliza pelo meu rosto e segura na minha nuca, me puxando para um beijo. Nele deposito todo meu amor, demonstrando toda a minha paixão. Camilo aprofunda ainda mais o beijo, como se quisesse me devorar, sua língua explora minha boca com vontade, brincando com a minha e sentindo cada parte do meu desejo se aflorar.Ele desliza sua mão por minhas costas, molhando levemente minha camisola, subindo lentamente por ela até agarrar minha nuca. Camilo me agarra ainda mais forte pela cintura com a mão livre, colando meu corpo ao dele, as gotas de água caem sobre nos
Quatro anos depois...Quanta coisa aconteceu nesses últimos anos, e a principal é que hoje estou em paz, sou feliz como jamais imaginei um dia ser, minha vida mudou para melhor, literalmente.Lana está sendo conhecida pelo seu trabalho; ela trabalha em uma das revistas mais importantes do país, sempre dedicada aos estudos e ajudando Pietro. Lana desde pequena queria estudar moda, e hoje ela está realizando esse sonho.Geremias, meu menino brilhante, sempre muito apegado a mim e ao Camilo, sua inteligência me surpreende, como imaginei que seria. Hoje ele está estudando cinema e robótica. Ele sempre foi muito curioso, e em qualquer oportunidade, está com uma câmera na mão, rumo ao caminho cinematográfico.Zoe, minha pequena, ela é a luz no fim do túnel, seu sorriso é contagiante, sua voz meiga, tudo nela nos encanta, seu maior dom é fazer bagunça e esconder as chaves do seu pai para que ele não vá trabalhar.Camilo e eu nos fortalecemos, como ele sempre fala: com o nascimento dela, as c
Larissa, uma jovem que cresceu num lar cheio de amor e cuidado de sua mãe Carla. Sua infância foi repleta de risadas, sempre vigiada pelos olhos de águia de Carla.Apesar de não saber muito sobre seu pai, ela sempre desenhou sua imagem em sua cabeça. Larissa cresceu e se tornou uma jovem de beleza arrebatadora e um coração generoso. Por ser muito curiosa, ainda na infância descobriu alguns mistérios de sua vida. Ela chegou a ouvir sua mãe falar sobre um casamento arranjado, por isso nunca deixou a filha se aproximar do pai. Carla sabia quão prejudicial a ausência da imagem paterna foi para seu crescimento, mas ela precisava proteger a filha, custe o que custar.Naquela época, Larissa não entendia a força que tinham aquelas palavras, "casamento arranjado". Somente anos depois ela foi capaz de entender e pesquisar sobre isso. Para ela, não havia sentido em se casar sem amor, isso só ocorria com nomes nobres e tradicionais, ou mesmo em famílias envolvidas pela máfia. Até mesmo cogitou com
Larissa olha para Julia, que está revirando os olhos e imitando a forma que Luana fala.— Já estou indo, fique tranquila que não vou me atrasar. Obrigada! — Luana sorri e fecha a porta, deixando as duas sozinhas.— Não suporto essa menina!— Ela é legal, Ju. Você é que não deu a oportunidade de conhecê-la.— Sei não, esse jeito de ser amiga de todo mundo, forçando essa simpatia, não me engana!— Aiaiai. — Larissa ri. — Não dou conta da sua língua, Ju. — Larissa sai balançando a cabeça em negação. Desde que Joseph apresentou Luana para sua amiga, ela não a suporta.Ao sair do quarto, elas logo avistam Rodrigo, pai de Julia. Ele é quem vai levar Larissa até o altar. Ela abraça seu padrinho apertado, sentindo seu coração cheio de amor. Rodrigo deposita um leve beijo em sua testa e segura suas mãos. Os olhos dos dois se encontram, ah, tanta ternura neles. Larissa pode até não ter conhecido seu pai, mas ela projetou todo o amor que poderia ter dado a ele para Rodrigo, que a ama na mesma int