Dentro do carro Larissa estava pensativa, como um sonho pode ter sido tão real, ela realmente acha que o beijo não aconteceu.Joseph toda hora queria saber dos seus pensamentos, o que ela estava fazendo longe dele, ainda mais no escuro, Larissa o olhava com indiferença, de todo aquele amor, sobrou somente raiva, ela não se importa com ele, muito menos com o que ele pensava sobre ela.Eles entram em silêncio, na sala estava o Dom Carlo com Luana, Joseph tenta alcança-la, mas Larissa apressa seus passos, se trancando no seu quarto, tira seu vestido e vai tomar um longo e demorado banho, ao fechar os olhos ela consegue sentir os lábios do homem dos seu pensamento, tocando neles ela sorri.— Nossa foi tão real, o que você acha meu pequeno ponto de esperança?— Passando a mão na sua barriga, ela conversa com seu bebê, como se tivesse ouvindo a sua voz, ele se mexe sem parar.— Viu? A mamãe está ficando doidinha já. — Acariciando a sua barriga, onde ele mexi levantava sua pele, como se ele est
Em um movimento rápido Larissa se j**a no chão, ajoelhada, sem se importar com o sangue que escorria nas suas pernas, segurando desesperadamente nas mãos da doutora, ela implora para que não conte que é uma menina. — Pelo amor de Deus, me ajuda a fugir, eles vão matar a minha filha. — Eu não posso fazer isso, ou eu posso morrer, tenho um filho pequeno, ele depende de mim. — Por favor, eu lhe imploro... então me ajuda a esconder a verdade, diz que é um menino, só diga isso, ninguém vai saber que você me ajudou, antes eu fujo.— Passos pesados se aproximavam e o medo se fazia ainda mais presente naquela sala.— É uma vida, por favor, me ajuda a salvar minha filha. A porta é aberta com o choro que ecoava através das paredes, a doutora coloca Larissa na maca e enrrola a bebê numa manta branca, Dom Carlo vem em direção delas com um olhar de fura, Sara tremia dos pés a cabeça, Larissa quase sem forças tenta levantar de todo o jeito. Sara da um sinal para o enfermeiro pegar a bebê e entra
Hoje o dia estava tranquilo, Joseph saiu para fora do país, iria voltar só de madrugada, Larissa já tinha levado a Poliana para tomar um sol e brincar no jardim, a pequena está cada vez mais esperta, ela é muito curiosa, tudo chama sua atenção, Larissa se emociona em cada evolução de seu crescimento, em cada emoção que Poliana esboça.Dom Carlo estava no quarto com Luana, depois de ter feito um sexo selvagem com ela, ele pede para buscar "Carlinho" para ficar um pouco com eles, Dom nunca fez isso, mas pela primeira vez ele sentiu amor por alguém, nem mesmo seus filhos tiveram esse amor que ele tem com o neto.— Tem certeza que quer, que eu traga ele? Carlinho vai chorar! E você não gosta de choro. Em um movimento rápido ele segura em seu pescoço apertando suficiente para tirar o ar de Luana, ela se debate tentando respirar.— Está querendo me dar ordens vadia? Se eu disse que quero ver meu neto, eu quero agora.— Não... meu dom... me perdoa, juro que isso não vai mais acontecer.— Ela
Levando as mãos na cabeça, ela anda de um lado pro outro. — Luana? Está me ouvindo?— Larissa toca no rosto de Luana, novamente a chama mas não tem resposta, onde o medo de ponderou dela.— Meu Deus, o que eu fiz, o que eu faço? Uma batida na porta a faz tremer, ela não sabe o que fazer, até que ouve a voz do outro lado e consegue respirar aliviada. — Filha, você está aí? Sou eu ,João! Trouxe o que me pediu.— Larissa corre até a porta e puxa ele pra dentro do quarto, ele ao ver o desespero dela tenta ver o que aconteceu, até bater os olhos na Luana, caída, sangrando no chão.— Meu Deus, filha? O que aconteceu? — Ela descobriu tudo, e ia contar para o maldito do velho, que tive uma menina, João, ele vai matar minha filha. Não tive escolha. Eu... — João a consola abraçando Larissa, ele se solta dela e se abaixa perto de Luana, vê se tem batimentos, ou se está respirando.— Ela está viva né? Diz pra mim que ela está viva! Só desmaiou, é ela só desmaiou...— Ela fala tentando se convencer,
Seus olhos estavam embaçados pelas lágrimas, mal dando visão para quem estava em sua frente. — Larissa, entra rápido!— Ao ouvir a voz do Gabriel amigo do João, ela volta a respirar, entrando no carro pela porta de trás, e ficando abaixada.— Por favor, fica em silêncio, tem vários carros lá na frente, o condomínio inteiro está fechado. Larissa deita no banco com Poliana, que ameaça começar a chorar, ela tira seu seio e amamenta a bebê, que suga desesperada pela fome.Gabriel fala no celular com alguém, Larissa presta atenção em cada palavra, ela não sabia ao certo se podia confiar nele, mas João confiava, então seguiu seu coração. Se passou uma hora dentro daquele carro, Gabriel colocou em pratica o plano que João havia falado para ele. João arrumou um carro velho e no necrotério de um amigo, encontrou uma mulher com as características de Larissa, desenterrou um tumulo de um bebê e colocou junto no carro, fazendo o mesmo pegar fogo, ele sabia que era errado, um tanto quanto macabro,
Dora diz que ela é sua nora, o médico não desconfia, pois ela estava com a bebê no colo. A enfermeira entrega a bolsa com os pertences de Larissa, passa no quarto e vê a jovem mãe tão frágil, sem reação. Dora não sabia o que fazer, deixando sua bolsa em cima do criado. Ela sai, andando pelas ruas, e se desespera ao ver que está com a bebê em seus braços.— Meu Deus! O que vou fazer com essa criança?— Dora anda sem rumo pelas grandes ruas dos Estados Unidos. Poliana começa a chorar ela cai no choro também. Dora tem pouco mais de 45 anos, sempre foi muito determinada. Tem apenas um filho que está estudando direito, mas com a correria do trabalho e a faculdade, ele quase não vê seus pais. Sua única preocupação agora é como ela vai aparecer em sua casa com uma criança pequena nos braços. Como ela vai explicar para seu marido que o único dia que ele precisou da sua ajuda, ela perde o carro, que era o único ganho da casa, e traz mais uma boca para alimentar? Em seu nervosismo, Dora faz uma l
Foram alguns minutos de carro. Larissa estava completamente fora de si e já não sabia mais nem o que estava falando, até que Dora estaciona e olha pela janela. — Deixei ela aqui.— Dora fala com remorso. Parada na frente da mansão, Larissa desce do carro sem pensar duas vezes. Já era tarde da noite e todos estavam dormindo. Num movimento rápido, Dora puxa Larissa para dentro do carro novamente e imediatamente travou as portas quando avista um segurança se aproximando. — Abre a merda dessa porta! — Larissa grita, ela estava sem controle. Larissa só queria ter a sua filha nos braços, cuidar e amamentar sua filha. Foi aí que ele se sente estranha, num impulso ela passa a mão nos seus seios e percebe que eles não estão doloridos como antes, e entende que seu leite havia secado, o que a faz se sentir destruída. — Se quer morrer, continua fazendo isso. Essa é a casa do homem que faz a lei por aqui, e todos que têm um pingo de juízo pensariam antes de fazer o que você pretendia.— Dora di
De longe ela vê vários seguranças, todos estão armados e com os olhos atentos. Um calafrio percorre seu corpo ao perceber que não é qualquer homem que ela irá enfrentar. Ouvindo as outras mulheres saindo de dentro da mansão, falando e demonstrando o quanto estão horrorizadas, Larissa fica com medo do que está por vir.Sem conseguir se mexer ela fica ensaiando na sua cabeça o que vai dizer para ele, mas se assusta com uma mão em seu ombro.— Moça?— Patrícia fala se mostrando curiosa.— Oi? Nossa, você me assustou. — Larissa diz virando-se para Patrícia, com as mãos no peito pelo susto que levou.— Desculpa, não foi minha intenção te assustar.— Imagina! Não foi nada. — Diz ela com um sorriso.— Você veio para a vaga de babá? — Babá...— Larissa encara Patrícia sem saber o que responder, até que ela para pra pensar por uns segundos. — O senhor Sammer já está no seu limite. Tantas garotas lindas, mas nenhuma tem experiência em cuidar de crianças. O que elas querem mesmo é chamar a atençã