Capítulo 10

Dorotéia

Sentada na minha sala escura, tento manter os olhos abertos fitando o reflexo da garrafa de vinho barato que não sei onde achei.

Busco na mente o que aconteceu depois que saí da casa do meu pai, e depois de mais um gole tomado diretamente da garrafa de vinho, ponho-me a filosofar mentalmente.

“É incrível como as coisas que mais queremos esquecer, são as que insistem em bater na porta das lembranças”.

É nesse nível de fossa que estou todas as vezes que a imagem do João carregando Renata se repete bem vívidas em minha memória, incontáveis vezes.

Ela é linda! Não há por que negar isso. Alta, loira e de olhos verdes. O que mais ela pode querer?

“— O cretino Dantas, ‘oras’!” — A vozinha interior que até então estava adormecida me responde com um toque de sarcasmo.

Aquela loira aguada é perfeita para ele. Parecem um casal desses de comercial de margarina. — Suspiro alto sorrindo desse

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