Ada não se conformava e, ignorando Marilia, foi até Vicente. Pedro, ao notar o olhar de adoração nos olhos de Ada, suspirou. Ele tomou um gole de sua bebida e se afastou. Nem precisava olhar para saber: Ada, mais uma vez, seria rejeitada por Vicente."Ele não gosto de mulheres tolas." Pensou Pedro. Anos se passaram, e ainda assim, ela não conseguiu conquistá-lo. Insistir era inútil.Mais uma vez, Ada foi afastada por Vicente sem que ele dissesse uma palavra. Esse silêncio a assustou como nunca antes. "Será que todos esses anos de esforço seriam em vão?""Não, isso não pode acontecer. Zelda, você voltou, mas eu posso te fazer desaparecer de novo, como fiz antes."Ada, mantendo o sorriso, permaneceu ao lado de Vicente, enquanto observava Zelda ao longe, radiante. Ela abaixou os olhos, escondendo o ódio em seu olhar....Zelda, alheia a tudo isso, estava rodeada de admiração. Como a mais misteriosa bordadeira do mundo, era o centro das atenções. O tempo lhe trouxe uma leveza no s
A resposta de Zelda foi firme e implacável, como um golpe no rosto de Vicente e Ada. — Maldita Zelda, o que você quer dizer com isso? — Ada, inconformada, puxou o braço de Vicente, tentando chamar sua atenção.— Vicente, essa mulher está passando dos limites! — Ada, em tom manhoso, olhou para ele, esperando ser defendida.Mas Vicente, com seus olhos escuros e profundos, não desviava o olhar de Zelda, analisando cada detalhe. A mulher tímida de antes, que evitava jornalistas, agora encarava a todos com determinação e força. — Zelda, você realmente mudou.Havia uma leve curva nos lábios de Vicente, quase imperceptível. Vendo isso, Ada, frustrada por ser ignorada, quase perdeu a paciência. Seus olhos faiscavam de raiva, o rosto alternando entre tons de roxo e pálido. Se não fosse pelos jornalistas ali presentes, ela já teria confrontado Zelda.“Maldita Zelda, vou fazer você se arrepender dessas palavras. Você vai desaparecer deste mundo!” Ada alimentava, cada vez mais, seu desejo de
Só quando a silhueta de Zelda desapareceu completamente de sua visão, Vicente finalmente arrastou as pernas pesadas e se afastou. O assistente o levou de volta à mansão dos Barros.Ao ver o normalmente altivo Sr. Barros com o rosto pálido e uma expressão sombria de arrependimento, os empregados ficaram visivelmente assustados. Vicente foi direto para o escritório. Precisava admitir: o encontro com Zelda naquele dia havia destruído todas as suas convicções. A culpa e o arrependimento, que ele havia enterrado no fundo do coração, agora ressurgiam com força.Recostado na cadeira, ele se afundou em uma batalha interna dolorosa. No escuro, a brasa de um cigarro iluminava brevemente o ambiente. Depois de anos sem fumar, Vicente tragou com força, deixando que a fumaça o envolvesse.Ele não conseguia esquecer o olhar de dor nos olhos de Zelda.— Vicente, você matou seu próprio filho com as próprias mãos!As palavras ecoavam em sua mente, fazendo seu peito se apertar, o rosto ficando ainda mais
No camarote, Bento estava largado no sofá, um braço envolvendo a cintura da mulher ao seu lado, balançando distraidamente o copo na outra mão, bebendo sem pressa.— Essa mulher parece muito com a ex-esposa do presidente do Grupo Barros! — a mulher exclamou, surpresa, segurando o celular.Bento pausou por um instante, depois riu com desprezo, balançando a cabeça. — Esses títulos chamativos nunca acabam. Ela morreu faz tempo, mas continuam explorando essa história. Nenhum desses boatos é verdadeiro. — Disse com desdém. — Me passa o vinho.A mulher deixou o celular de lado e pegou a garrafa de vinho, mas Bento, mesmo sem querer, lançou um olhar para a tela do telefone.Seu corpo enrijeceu.No noticiário, ele viu claramente Zelda, a mulher "morta", de pé no palco, falando com confiança sobre suas criações de bordado. — Ela está viva? — Murmurou, incrédulo.Os olhos de Bento se estreitaram, a imagem de Zelda na tela se sobrepondo à memória que ele guardava dela. Só então percebeu que hav
— Depois de uma visita ao inferno, se eu for ingênua o suficiente para confiar em alguém novamente, seria como se eu tivesse morrido à toa. Desta vez, todos que me devem algo vão pagar o preço merecido! — Zelda declarou, seus olhos claros brilhando com uma determinação feroz.Vanessa, ao ver essa nova Zelda, tão diferente da mulher frágil que conhecera antes, sentiu uma mistura de surpresa e alívio.— Mas... apesar de você ser respeitada no mundo do bordado, Ada é perigosa e inescrupulosa. E com Vicente ao lado dela, tenho medo que você corra riscos — disse Vanessa, visivelmente preocupada.Zelda sorriu, balançando a cabeça.— Depois de passar pela morte, não vou entrar numa luta sem garantias. Fica tranquila, tudo está sob controle.Na manhã seguinte, assim que o dia clareou, Zelda já estava desperta. A lembrança do que acontecera no dia anterior a deixou sem sono. Após uma breve rotina matinal, ligou para Dália.— Está tudo pronto, como pedi? — Sua voz, suave, carregava uma frieza c
— Eu só fui para o exterior me aprimorar, mas nunca imaginei que espalhariam boatos de que eu estava morta... O que me entristece mais é que, ao voltar, não consigo ver meu pai. Minha irmã, ela... — Zelda suspirou, sua voz suave ecoando pelos microfones à sua frente, chegando claramente aos ouvidos de todos os jornalistas.Ela abaixou o olhar, vestida com seu delicado vestido branco, com os olhos ligeiramente marejados, criando uma imagem de fragilidade que despertava compaixão em quem a observava.Após uma breve pausa, Zelda olhou diretamente para as câmeras e, com uma voz suave, perguntou:— Ada, por que você me impede de ver nosso pai? Eu nunca me importei com o fato de você ser uma filha ilegítima, mas você... Me impedir de vê-lo é demais!Vanessa e Dália, que estavam ao fundo, prenderam a respiração.Vanessa pensou: “Zelda, que atuação, incrível!”Dália: “Isso é o que chamo de jogada de mestre!”...No Grupo Montenegro, Ada estava tentando bolar um plano para convencer Vicente a f
A resposta de Zelda soou clara nos ouvidos de Vicente e Pedro.— Parece que sua "ex-esposa" realmente não se importa mais com você. — Pedro provocou, lançando um olhar desafiador para Vicente.A tensão no ar aumentava enquanto Vicente permanecia imóvel, uma aura fria e sufocante emanava dele. Pedro, sem nenhum pudor, continuou com suas provocações, percebendo que a frieza nos olhos de Vicente apenas se intensificava.— Nós não nos divorciamos. — Vicente murmurou, seus olhos escurecendo, a voz tão gélida quanto sua expressão.Zelda, você realmente acha que tudo terminou entre nós?Ele manteve os olhos fixos na tela, os lábios finamente cerrados, observando cada movimento de Zelda durante a coletiva de imprensa. Mesmo após o término, quando Zelda já havia desaparecido da tela, Vicente ainda não desviou o olhar....No local da coletiva, Zelda saiu do hotel sob a proteção de Dália.— O carro já está a caminho. Os jornalistas estão ocupados compilando as informações para publicar o quant
— Sr. Vicente, vamos voltar ou…? — Não muito longe, dentro de um Porsche Cayenne preto, Higor perguntou, nervoso, lançando um olhar preocupado para o banco de trás.Vicente estava com o rosto completamente fechado, a expressão endurecida, como se o ar ao seu redor tivesse ficado gélido.— Siga o carro — respondeu ele, com uma frieza que fez o sangue de Higor gelar. Sem pensar duas vezes, ele deu partida, acelerando para não perder Bento e Zelda de vista....— Não quero me envolver em acidentes, Sr. Bento, então por favor, mantenha os olhos na estrada — disse Zelda com calma, sem qualquer emoção visível no olhar.Bento deu uma risadinha, enquanto alternava olhares entre a estrada e Zelda. Seu perfil delicado era quase hipnotizante. Ele comentou, com a voz baixa e grave:— Quem diria... A Sra. Barros agora é Srta. Zelda. E, devo dizer, está ainda mais linda.Zelda, impassível, apenas curvou levemente os lábios num sorriso quase imperceptível:— Agradeço o elogio, Sr. Bento, mas é só u