— Finalmente, o tempo clareou. — Lídia comentou enquanto ajudava Filippo a caminhar pelo jardim da mansão Montenegro. O sol brilhava e as flores vibrantes enchiam o ar com uma sensação de renovação, fazendo Filippo sentir como se sua doença estivesse quase curada. Contudo, seu sorriso congelou ao avistar uma figura familiar.Lídia também notou Ada se aproximando, com um olhar surpreso.— Como ela voltou? — murmurou Lídia.Ada percebeu a expressão dos dois e sorriu ironicamente.— O que você está fazendo aqui? — Filippo perguntou, claramente não desejando a presença dela.Ada cobriu a boca, rindo:— Pai, isso é ridículo. Esta é a minha casa. O que há de errado em voltar para minha própria casa?— Se não me engano, você rompeu nossos laços há quatro anos. Desde então, como isso pode ser sua casa? — Filippo respondeu friamente.— Se não fosse o seu favoritismo, ajudando Zelda a tirar Vicente de mim, eu teria rompido com você? Todos esses anos e você não mudou nada, nunca me viu como sua
Após desligar o celular com seu pai, Zelda continuou a dormir. Ela já estava mal e, além da noite turbulenta com Vicente, acabou dormindo profundamente, tanto que o celular ao seu lado tocou várias vezes sem conseguir acordar ela. Meio sonolenta, Zelda pegou o celular, colocou no ouvido e, com a voz rouca, disse:— Quem é?Do outro lado da linha, o homem parecia surpreso, mas logo riu:— Você não se esqueceu, né?Reconhecendo a voz, Zelda abriu os olhos lentamente e perguntou, confusa:— Esqueci o quê?— Você não prometeu me acompanhar na festa?Festa...Ela demorou um pouco para lembrar que Bento, ao concordar com o contrato, havia mencionado que ela deveria o acompanhar a uma festa. Zelda bateu na testa e rapidamente se levantou da cama.— Desculpe, Bento, eu esqueci. Vou me arrumar agora e ir. Só me mande o endereço.Como havia prometido, Zelda estava determinada a cumprir sua palavra, especialmente porque, sem a assinatura de Bento, a empresa de seu pai não teria sido salva tão
Vicente soltou Ada que estava em seu abraço e caminhou em direção a Bento. Parou diante dele, com um olhar fixo no semblante arrogante. De repente, ele riu desdenhosamente:— Bento, com que direito você está questionando-me?Bento ergueu uma sobrancelha e sorriu.— Sr. Vicente, está exagerando. Eu não me atreveria a questionar você. Apenas achei que uma certa mulher estava agindo com muita estupidez e pensei em dar um aviso... Se você realmente está enjoado, talvez seja melhor desistir. Afinal, ainda são poucos os homens cegos neste mundo. Acredito que a maioria das pessoas consegue distinguir uma pedra preciosa de um vidro barato. Bento avançou um passo, com a voz em um tom sombrio.Assim que Bento terminou de falar, Ada sentiu o ambiente ao seu redor esfriar repentinamente e olhou para Vicente, vendo seus olhos sombrios. Esse Vicente era estranho para ela e a fez sentir uma onda de medo sem motivo.— O que você quer? — Vicente perguntou com um sorriso frio, exalando uma aura amea
Com raiva, Vicente desferiu um soco com toda a sua força. Mesmo que fosse Bento no lugar de Zelda, se ele não tivesse conseguido desviar, provavelmente ficaria de cama por pelo menos um dia. Bento nunca imaginou que Zelda, essa mulher tola, se colocaria no caminho para receber o golpe por ele. Olhando para a mulher em seus braços, sentimentos mistos inundaram seu coração. Como poderia existir uma mulher tão tola no mundo?— Zelda, como você está se sentindo? — Bento perguntou, os olhos cheios de preocupação.Zelda estava com tanta dor que não conseguia falar, sentindo como se seus órgãos internos estivessem prestes a se despedaçar. Vicente observava a expressão de dor no rosto de Zelda, seus dedos se curvando firmemente ao lado do corpo, enquanto suas pernas pareciam se mover em direção a ela.Ada, ao ver a cena, arregalou os olhos em choque. Percebendo o que estava acontecendo, correu até Zelda antes de Vicente, com uma expressão de desespero.— Irmã, mesmo que você ame tanto o S
Nesta noite, Zelda, pensando em vários eventos passados, não conseguiu dormir bem. Em meio ao seu sono inquieto, ela sentiu um calor intenso no corpo, como se estivesse sendo pressionada por algo, tornando difícil respirar.No momento em que ela sentiu que estava prestes a sufocar, Zelda abriu os olhos pesadamente. No instante seguinte, ela arregalou os olhos, perplexa ao ver o homem adormecido ao seu lado na cama. Vicente!Como ele poderia estar na mesma cama que ela, e além disso...Ele parecia estar bêbado, e Zelda havia pensado que ele não voltaria naquela noite, que ficaria com Ada.Zelda mordeu o lábio e, com cuidado, estendeu a mão para beliscar suavemente o braço forte do homem. No instante seguinte, ouviu um grito furioso vindo de cima:— Zelda, você está procurando a morte?Assustada, Zelda retirou a mão rapidamente e tentou desviar a conversa, um pouco culpada:— Como... como você está na minha cama?Assim que as palavras saíram, o ambiente ao redor pareceu congelar instant
— Não? — O rosto de Vicente imediatamente se fechou, ficando com uma expressão mais severa. Ele franziu as sobrancelhas e, após um momento de silêncio, disse: — Então mande alguém procurar, um por um. Com tanta gente no mundo, eu me recuso a acreditar que não vamos encontrar uma compatibilidade. O preço não importa, pague o que for necessário.Pedro ficou surpreso. Conhecia Vicente há muitos anos, mas nunca o tinha visto tão empenhado em algo. Quem poderia ser tão importante para ele? Pensando nisso, Pedro sugeriu: — Geralmente, em transplantes assim, a probabilidade de sucesso é maior com parentes de sangue. Talvez devêssemos investigar se essa pessoa tem algum parente próximo, isso pode agilizar as coisas.Assim que Pedro terminou de falar, sentiu uma onda de frio ao seu redor, como se tivesse sido jogado em uma câmara de gelo. Encarando o olhar gélido de Vicente, Pedro coçou a nuca, sem entender porque estava sendo fitado daquela maneira assustadora.Vicente desviou o olhar e fa
Ester mal saiu da sala de descanso e já pegou o celular para ligar imediatamente. Assim que a ligação foi atendida, sua voz entusiasmada ecoou:— Ada, adivinha quem veio falar comigo sobre um contrato de representação?Ada, que estava em um spa fazendo um tratamento de beleza, ouviu a pergunta de Ester e respondeu calmamente:— Quem?— Foi a Zelda, haha! Ela realmente veio implorar para que eu fosse a representante do Grupo Barros. Você sabia, Ada? Para garantir o contrato, ela até me pediu desculpas. Você deveria ter visto o quão humilde ela estava, foi hilário...Ester continuava a descrever detalhadamente o ocorrido, enquanto uma faísca passou pelos olhos de Ada ao ouvir o nome de Zelda.— E você aceitou? — perguntou Ada.Ester soltou uma risada desdenhosa:— Claro que não. Eu não vou facilitar as coisas para ela. Ada, fique tranquila, eu vou te ajudar a se vingar. Desta vez, vou fazer de tudo para complicar a vida dela, para que ela pague por todas as vezes que te humilhou.— Obrig
Chegando à delegacia, Zelda seguiu um policial até o local onde Vanessa estava detida. Assim que a porta foi aberta, Vanessa se jogou em seus braços, a voz trêmula de tanto chorar.— Zelda, você finalmente chegou...Zelda acariciou as costas da amiga, tentando acalmá-la: — Não chore, me diga o que aconteceu. Como você acabou assim...?Todas as palavras morreram em sua boca quando ela viu as marcas de ferimentos no rosto de Vanessa.— O que aconteceu com o seu rosto?Vanessa levantou a mão para cobrir o rosto, evitando o olhar de Zelda. — Não... não é nada.Zelda puxou a mão de Vanessa, olhando fixamente para os hematomas e arranhões no rosto da amiga. Ao ver a preocupação nos olhos de Zelda, Vanessa limpou as lágrimas e finalmente começou a falar, mordendo os lábios antes de continuar:— À tarde, alguns clientes chegaram e pediram especificamente para que eu os atendesse em uma sala privada. Desde o início, eles pareciam suspeitos, mas eu nunca imaginei...Vanessa começou a chorar