Ester não esperava que Zelda defendesse Dália tão abertamente, e a lembrança do tapa que dera na assistente a deixou preocupada. Ela temia que Zelda fosse contar tudo a Bento, revelando seu lado agressivo. Diante da repreensão de Zelda, hesitou, sem coragem para retrucar."Inútil!" Ada praguejou mentalmente, mas manteve o sorriso doce e elegante.— Pronto, pronto, Ester, você também já disse o bastante. A assistente estava errada, e você já deu uma lição nela... — disse Ada suavemente, puxando Ester para se sentar em frente a Zelda e Dália. — Hoje o jantar é por minha conta.“Deu uma lição?” Zelda esboçou um sorriso gélido, e um brilho frio passou por seus olhos.— Que tal tomarmos um chá antes do jantar? — sugeriu Zelda em voz baixa.— Claro! Eu adoro chá. Vou pedir ao pessoal para preparar para nós — Ada respondeu com um sorriso, acenando para chamar os funcionários, mas Zelda a interrompeu.— Nada de funcionários.Dália prontamente se levantou. — Eu mesma preparo.Depois que os fu
Ao ouvir essas palavras, Ester saiu do restaurante chorando de raiva. Ada, por outro lado, manteve um sorriso doce, lançando um olhar gentil para Zelda e Bento.— Zelda, Sr. Bento, realmente peço desculpas. Não imaginei que a presença dela causaria tantos problemas. Talvez eu devesse ter ignorado os pedidos dela e não a ter trazido — Ada falou com um tom de arrependimento, mas Zelda apenas sorriu com desdém.Bento lançou um olhar frio para Ada, curvando levemente os lábios.— Que bom que percebeu. Espero que, no futuro, a Srta. Ada evite repetir atitudes tão… impensadas.As palavras de Bento, carregadas de ironia, fizeram a fúria crescer no coração de Ada, mas ela manteve o sorriso calmo e sereno.Logo, os quatro fizeram seus pedidos. Bento virou-se casualmente para Zelda e comentou:— Preparei um ateliê para você. Está equipado com materiais novos, você pode dar uma olhada quando tiver tempo.Zelda ficou surpresa por um instante, mas logo assentiu agradecida.— Obrigada. Vou conferi
Com elegância, Zelda colocou um pedaço de filé na boca, seu sorriso suave irradiando uma beleza sutil, como flores de cerejeira desabrochando à noite, delicadas, mas com um encanto irresistível. Bento observava Zelda com um olhar carregado de significado. Aquela garota havia crescido… atingir o ponto fraco de seus adversários sem esforço era algo que ele apreciava.— Claro que conheço bem o Vicente. Passei anos ao lado dele! — Ada afirmou com confiança, mas uma hesitação brilhou em seu olhar. A comida em seu prato já não lhe apetecia. Pousou os talheres com delicadeza e se levantou.— Não vou atrapalhar o momento de vocês dois. Vou indo. Aproveitem o jantar.Zelda continuou sua refeição, despreocupada e indiferente à saída de Ada. Dália, no entanto, resmungava internamente, achando aquela insinuação absurda. Afinal, ela também estava ali!Bento observou Ada se afastar, com um leve sorriso nos lábios.— Sua irmã… ela tem bastante malícia.Zelda sorriu com frieza.— Que vergonha, Sr.
Na manhã seguinte, Zelda apareceu pontualmente no restaurante. Ela não havia dormido bem na noite anterior. Quando Xavier a viu, aproximou-se, com uma postura respeitosa.— Bom dia — disse Zelda com um leve sorriso, inclinando a cabeça em cumprimento.Pouco depois, Bento chegou, usando um traje casual em tons claros, ainda tão elegante como sempre. Ele caminhou até Zelda, notando as leves olheiras sob seus olhos, e comentou com um tom provocativo:— Dormiu mal?Zelda suspirou, com os lábios se curvando em um sorriso suave:— Não gosto de camas estranhas — respondeu ela, dando uma desculpa. Na verdade, ela havia passado a noite toda sonhando com Fofinha.As palavras de Bento tinham reaberto suas feridas do passado, lembrando-a do sofrimento vivido. As lembranças da filha enfrentando repetidos perigos de vida encheram seus sonhos de tristeza, e ela simplesmente não conseguiu dormir bem.Nesse momento, Vicente chegou ao deque e viu Zelda e Bento em uma conversa aparentemente agradáve
Ao ver que todos finalmente haviam decidido, Xavier soltou um suspiro de alívio e providenciou logo o transporte.Ada foi a primeira a entrar no carro, ocupando o melhor lugar.— Vicente, sente-se aqui — sugeriu ela com um sorriso.Vicente apenas lançou-lhe um olhar indiferente, sem se mover. Só quando Zelda entrou no carro é que ele se acomodou, sentando-se diretamente ao lado dela. O sorriso de Ada quase desapareceu. Ela nem ousou mais mencionar qualquer desconforto físico, com medo de Vicente mandá-la de volta.Sentindo a presença familiar ao seu lado, Zelda franziu levemente as sobrancelhas, mas não demonstrou nada e apenas voltou o olhar para a janela.Bento, que chegou um pouco atrasado, viu Vicente ocupar o assento ao lado de Zelda e foi obrigado a sentar-se ao lado de Ada. Vicente ergueu uma sobrancelha, trocando um olhar desafiador com Bento, com um leve sorriso nos lábios, como quem diz: “Comigo por perto, você sempre ficará para trás.”Bento suspirou, achando tudo isso in
Na entrada da arena de regatas, Bento terminou seu aquecimento e lançou um olhar desafiador para Vicente.— Sr. Vicente, que tal uma competição?Vicente, com uma expressão calma e controlada, respondeu:— Sem problemas.Com isso, os dois homens se dirigiram ao vestiário. Zelda, vendo desde o início que Bento estava provocando de propósito, apenas os ignorou e foi diretamente para a arquibancada.Logo atrás, Ada observava a cena com um olhar sombrio. Sabia que o verdadeiro motivo da disputa entre os dois era Zelda, sua irmã apenas no papel. Ao ver Zelda caminhar tranquilamente em direção às arquibancadas, Ada a seguiu, indignada.— Zelda, quando você vai se divorciar afinal? — questionou Ada com impaciência.— Isso te diz respeito? — Zelda respondeu com um sorriso irônico nos lábios, cheio de desprezo. — Agora você está preocupada com respeito ao casamento? Por que eu deveria te dar essa satisfação?— Você... — Ada tentou responder com raiva, mas foi interrompida por Xavier, que se a
O mar azul estava calmo e sereno.Vicente e Bento subiram nas lanchas sob os aplausos animados do público. Ao soar da pistola de largada, as duas lanchas, uma azul e outra branca, partiram como flechas, velozes e impetuosas.Nenhum dos dois cedia; já na primeira curva, as embarcações quase se tocavam, soltando faíscas de rivalidade. Cada vez que as lanchas chocavam contra a água, uma onda se erguia, e as explosões de espuma hipnotizavam a plateia. A cada curva arriscada, a ousadia e destreza dos dois ficavam ainda mais evidentes, passando rente um ao outro sem diminuir a velocidade. O público assistia com o coração na boca.As manobras excitavam a todos, e o burburinho crescia:【Quem são esses dois? São incríveis!】【Eles conseguem fazer as curvas com uma força centrífuga tão baixa, sem perder velocidade! São profissionais?】【As habilidades deles são tão boas quanto as de um piloto profissional! Estou arrepiado!】【Lindos e talentosos! Amo esses dois!】【Lindos demais!!】— Estão quase
A corrida arriscada havia acabado com o ânimo de todos para continuar o passeio. Assim, o grupo retornou mais cedo para a vila.Ester, satisfeita por ter “cumprido sua missão,” estava relaxada no sofá, saboreando uma taça de vinho. Ao ver Ada chegar, rapidamente colocou o copo de lado, pronta para contar seu “sucesso.” No entanto, ao notar a expressão de Ada — sombria e furiosa, como se fosse capaz de matar alguém — ficou surpresa.— O que houve? — perguntou Ester, confusa.— Terminou o que pedi?— Sim, está feito.— Ótimo. Venha falar comigo mais tarde.Com um chute, Ada escancarou a porta do quarto e entrou, deixando Ester apenas com o som estrondoso da porta se fechando.A expressão de Ester se enrijeceu. “Ela está de mau humor, mas por que desconta em mim?”...Enquanto isso, Zelda encontrou Dália esperando por ela na entrada de seu quarto.— E então? Encontrou algo? — perguntou Zelda.Dália balançou a cabeça, o rosto preocupado.— Eu verifiquei o quarto, mas não vi nada fora do