Sexta-feira - Katherine
Tem uma pessoa além de mim, comemorando a chegada da sexta em nossa vida. Esse alguém é Allan.
Ontem liguei para ele e mostrou-se bem empolgado por saber que iríamos comemorar essa noite. Ele marcou tudo. Pizzaria e depois iríamos para uma boate de um dos amigos dele, e lá encerraríamos nossa noite dançando e bebendo. Não mentirei, acabei rindo dele e da forma que falava, com tanta empolgação que parecia um garoto se preparando para perder a virgindade.
— Ma-ma-ma — Noah grita a j**a o coelho longe.
— Só mais um pouquinho — Dou mais uma colherada de doce de abóbora.
Logo ele se levanta se apoiando na cadeira. Estamos na brinquedoteca faz uma hora ou mais, aqui tem tanta coisa para ele fazer que acaba ficando distraído facilmente.
Hoje o dia está sendo um daqueles que passam rápido demais. Vejo que já são 19:30 e logo Dylan chegará e poderei ficar um pouco livre. Não que eu não goste de ficar com Noah, mas cuidar de criança cansa bastante.
Encosto-me no sofá jogando minha cabeça para trás, fechando os olhos por um minuto. Noah já tomou banho e já jantou, o leite já estar pronto e agora é só coloca ele na cama. Sinto algo subindo em mim, olho para baixo e vejo Noah engatinhando, sorrio ao ver ele com um sorrisinho mostrando seus dois dentes.
Pego o colocando em cima de mim e ele logo acomoda a cabeça em seus seios. Dou a chupeta para ele enquanto mexe no meu cabelo. Deve ser bem interessante meu cabelo afinal, é uma distração e tanto.
Começo a murmurar uma canção de ninar. Hoje o dia foi cansativo para ele e fico feliz por isso. A senhora Colins me ensinou que quando um bebê dá trabalho para dormir a noite, então temos que cansar eles ao máximo para quando chegar a hora de dormir, eles apagarem e só acordarem no outro dia. Nesses últimos dias tenho feito e tem dado muito certo, ainda bem.
Ele parece querer imitar o barulho que faço e logo só ouço o barulhinho da chupeta em sua boca enquanto suga e solta. Passo minhas unhas calmamente em suas costinhas sobre a roupa só para ele ficar ainda mais calmo.
Eu já estava cochilando com ele, quando ouvi a porta abrindo e logo fechando, ouço passos e logo percebo que é Dylan vindo em nossa direção.
— Shhh — Faço para ele — Ele dormiu! — Digo baixo.
Ajeito Noah em meu colo antes de levantar. Ele reclama, mas logo volta a dormir quando continuo fazendo o carinho em suas costas.
— Fiz esse favor para você — Sorrio de lado brincando com Dylan — Sua noite será tranquila — Digo o mais baixo possível.
— Tudo bem. Você já pode ir se quiser — Apenas concordo.
— Colocarei ele no berço e tomarei um banho — Ele acena e eu saio.
Assim fiz. Coloquei Noah no berço e após colocar o coelhinho ao seu lado, o cubro com o lençol também prendi a chupeta em sua blusa, para não ter risco de ele soltar durante a noite. Sai fechando a porta com cuidado.
Tomei um banho bem demorado mesmo, relaxando meus músculos ao máximo. Meu corpo só pedia por uma cama, contudo não posso decepcionar Allan. Quando saio do quarto ouço meu celular tocando.
- Diz! - me sento na cama
- Você vai né? O bonitão não atrapalhou? -- Começo a rir
- Primeiro, você tem que parar de chamar meu chefe de bonitão. Agradeço! -- Ouço a risada dele -- E segundo, só vestirei uma roupa -
- Aí sim! -- Grita me fazendo rir -- Passo aí em trinta minutos -
- Ok -- Ele desliga e volto a me arrumar.
Passo uma maquiagem leve, visto um vestido branco com um belo decote em 'V' com as costas nuas e um scarpin beje. Coloco um colar que uma colega de trabalho me deu quando morava em Boston, ele tem um pingente brilhante e sua corrente é prateada. Deixo meu cabelo solto sem nem uma ondulação. Passo meu perfume favorito e então vejo que falta 15 minutos para Allan passar aqui, pego meu celular, chaves, batom e coloco tudo na minha bolsa.
Saio do quarto, mas antes passo no quarto de Noah e vejo que ainda dorme calmamente. Beijo sua testa e saio fechando a porta. Desço e percebo duas vozes vindo da sala, uma de Dylan e uma voz masculina desconhecida. Tento o máximo passar despercebida, mas o barulho do salto me denúncia.
— Katherine? — Dylan diz e paro antes de entrar na sala, me viro ficando frente a frente com os dois homens. Vejo ele sentado em um dos sofás e um cara loiro de olhos azuis sentado em uma das poltronas.
— Pois não, senhor Carter? — Cruzo as mãos em frente ao corpo mostrando um sorriso, tentando não parecer desconfortável.
Percebo o olhar de ambos em mim, eles parecem me avaliar de cima a baixo. Sinto-me vermelha e me arrependo por ter colocando esse vestido, sem nem mesmo um casaco para me cobrir enquanto ainda estivesse no trabalho.
— Nossa Dylan, você não me disse que a nova babá era tão gata desse jeito, valeu hein amigão — O cara levanta e vem até mim — Sou Patrick — Beija meu rosto e eu tremo.
— Prazer Patrick — Digo por fim.
— Prazer é só na cama linda — Ele me olha com um sorriso cafajeste e só consigo pensar que é um daqueles caras escrotos. Começo a me sentir mais desconfortável ainda.
— Com licença — Sorrio por educação e viro me afastando dele — Senhor Carter, precisará de algo?
— O leite de Noah, onde colocou? — Pergunta se levantando e vindo ao meu encontro.
— Ah, sim! Venha, deixa eu explicar como fazer. —
Apenas aceno com a cabeça para Patrick e saio indo para cozinha, sinto seus olhos queimando em minhas costas.
— Me espere aqui — Ouço Dylan dizendo enquanto entramos na cozinha.
— Então… — Expliquei aonde coloquei as mamadeiras e que só bastava pôr a água morna. Ele prestou atenção e apenas acenava com a cabeça.
— Enfim — Olho para o relógio na parede — Preciso ir… tudo bem? — Ele me encara fixamente sem tirar os olhos de mim, eu olho para seus olhos e desço para sua boca.
— Esperando alguém? — Caminha em passos lentos em minha direção.
— H-Hã... Sim! — Digo sentindo o peso dos seus olhos em meu corpo, me paralisando de uma vez.
— É, tudo bem então — Para na minha frente me prendendo no balcão da pia com os braços ao redor do meu corpo.
Sinto sua respiração em meu rosto, mordo meu lábio e Dylan o encara.
— Você quer ir? — Olha minha boca mais uma vez e logo olha em meus olhos.
— Si-sim! — Digo por fim demostrando meu nervosismo por ter ele tão perto. Merda Katherine, seja forte.
— Seu corpo não estar falando isso — Sussurra em meu ouvindo, encostando a boca no nódulo da minha orelha e eu fecho os olhos suspirando.
Não digo nada, até porque não consigo dizer nada. Uma parte minha quer ele loucamente, já a outra manda eu sair correndo. Mas não consigo decidir o que fazer, nem sair de perto já que meus pés decidiram virar concreto.
“Beija logo!” -- Grita meu subconsciente, logo quando a boca dele fica a poucos centímetros da minha.
Ele me encara, seus olhos parecem pegar fogo quando mordo meu lábio novamente.
“Ele é seu chefe querida” -- Grita o outro lado.
“Que se foda! Um chefe gostoso desses” -- Grita o outro lado.
Depois da minha pequena batalha interna decido pôr um fim nisso.
— Quer saber? Foda-se! — Sussurro e vejo que ele ergueu uma das sobrancelhas, não entendendo o que eu quis dizer.
Seguro em seu pescoço o puxando para mais perto e assim colando nossos lábios. Sua língua pede passagem e eu permito. Dylan puxa minha cintura com força fazendo com que eu chegue mais perto do seu corpo, tornando o beijo mais quente, sensual e me dando mais tesão.
Mordo seu lábio, ele suspira e logo desce os beijos para meu pescoço roubando de mim um suspiro de desejo. Sua outra mão puxa meu cabelo para trás deixando passagem para sua boca beijar melhor meu pescoço. Solto um gemido baixo devido a suas carícias e ele parece gostar, pois, aperta minha cintura mais forte e morde meu pescoço.
Meu celular toca no instante em que eu iria beijar sua boca novamente. Empurrou Dylan e o encaro, não acreditando que isso acontecerá. Por que caralho beijei meu chefe? Porra.
- Oi? -Atendo sem ver quem é. Estou encarando Dylan.
- Estou aqui fora meu bem - Viro as costas para ele, já o mesmo encara o chão e passa a mão no rosto como se também não acreditasse - Porque tá ofegante? -
- D-Desci rápido demais as escadas - Digo nervosa - Estou indo - Desligo o telefone e volto meu olhar para o homem de cabelos morenos e grandes olhos azuis que acabara de me tirar o fôlego. Dylan me olha e eu arrumo meu vestido.
-- Hã... é… -- Quero dizer qualquer coisa, mas as palavras não parecem fazer sentido então fico quieta. Encaramos um ao outro, logo pego minha bolsa e saio da cozinha sem olhar para trás.
— Já vai linda? — Patrick praticamente se j**a em mim com aquele sorriso.
— Vou — Sorrio sem mostrar os dentes tentando ser gentil.
Olho para trás e vejo que Dylan ainda me olha. Saio o mais rápido possível, correndo um pouco para Allan não ficar sem paciência.
— Minha nossa — Estica a mão com o outro capacete — Você está incrível! — Sorri e logo seguro o capacete.
— Obrigada — Vejo que estar com uma blusa branca, uma jaqueta preta, uma calça jeans preta e um tênis da Nike — Você não está nada mal hein! — Ele tira o capacete e aproveito para beijar sua bochecha.
— Pronta para incrível noite? — Espera eu arrumar o capacete e me ajuda a subir na moto.
— Pronta — Sorrio e agarro sua cintura.
Olhei para trás e constatei na entrada da casa tanto Patrick quanto Dylan olhando para gente. Meu Deus! BEIJEI MEU CHEFE!
Fomos para uma pizzaria no centro, maravilhosa. Não tinha noção da saudade que estava de Allan. Sei que tem pouco tempo que o conheço, mas sinto que já não consigo mais desgrudar dele. Como dizia minha mãe“Você pode ter um amigo a dez anos e mesmo assim ser um desconhecido, como também pode conhecer alguém a dez minutos e ser grandes amigos”E é isso, amizade não é questão de tempo e sim de conexão e isso eu e Allan temos de sobra. Decidimos vir para a boate a 00:
Acordei com uma dor de cabeça terrível. Não tenho costume de beber assim e ontem bebi mais do que deveria. Vejo-me sozinha no sofá coberta com um lençol. Minha cabeça grita para levantar, mas meu corpo impõe que eu continue deitada sem realizar um movimento sequer. — Allan? — O chamo logo após me sentar. Não obtive resposta alguma, me levanto indo direto para o banheiro fazer minhas higienes diárias. Aproveito esse tempo para tomar um banho. Visto um short jeans preto com uma t-shirtdeixando o cabelo solto. Ao sair do quarto vejo que já são 11:56.
Acordei cedo e já estou arrumada usando meu uniforme. Prendi meus cabelos em uma trança e estou na sala a espera do Sr. Lerdeza. — Vamos princesa! — Grito para Allan e ele sai do banheiro apressado. — Claro, estou pronto! — Pega suas chaves. — Até que fim! — Pego minha bolsa guardando meu celular e minhas chaves. Noah já tomou seu banho quente e também já jantou, e onde estamos? Brinquedoteca. Aqui é o paraíso para nós dois. Para ele porque aqui não falta o que fazer e para mim que fico tranquila, já que posso sentar e respirar sem que ele queria meu colo. Noah estar sentado em um balanço que tem o formato de um leãozinho, ele tem uma pequena mesa em sua frente com pecinhas geométricas de várias cores. Elebrinca comvários brinquedos em simultâneo. Estou sentada ao seu lado no chão com as mãos em suas costas para não correr riscode ele&11°
A semana passou rápido. Tentei ao máximo possível evitar Dylan, mesmo sendo impossível pelo simples fato de que estou na casa dele, mas ainda assim consegui. Hoje é a esperada sexta-feira, a qual vou para casa deitar no meu sofá e ficar lá por toda a madrugada enquanto ouço Allan contando sobre a semana. Agora temos outra colega de quarto, Jade. Allan aceitou que ela fosse morar lá e a mesma já estar com tudo aqui e a parti de hojeiremos juntaspara a mansão. — Dormiu? — Adeline pergunta olhando para Noah. — Sim! — Passei a mão no meu cabe
Ela me puxou para cozinha e me colocou sentado numa cadeira em sua frente enquanto limpava cuidadosamente o machucado. Parece concentrada e um pouco irritada com a mecha de cabelo que insiste em cair em seu rosto. — Poderia me dizer com o que o senhor se meteu? — Me olha rápido e volta sua atenção para minha mão. — Problemas familiares — Digo — Entendo — E
Katherine Acordo e logo observo o rosto do homem que me fez suspirar de prazer a minha frente. Sinto um choque lembrando da noite passada. Isso aconteceu mesmo? Ainda estamos nus enrolados apenas com um lençol branco de seda. Ele parece dormir tranquilo e tenho que dizer, depois da noite passada como não dormir assim? Eu e Dylan só paramos transar quando não havia mais forças em nossos corpos, apenas deitamos e respirando fundo e logo caímos no sono. Dylan Acordoeantes mesmo de abrir meus olhos, me lembro da noite passada. Do corpo de Katherine, dos seus cabelos em minhas mãos e da transa maravilhosa que tivemos. Procuro ela ao meu lado, mas só me deparo com o vazio da cama. — Não acredito! — Me sento Normalmente são os homens que costumam a fazer isso, certo? Transam e na manhã seguinte, a15°