A semana passou rápido. Tentei ao máximo possível evitar Dylan, mesmo sendo impossível pelo simples fato de que estou na casa dele, mas ainda assim consegui. Hoje é a esperada sexta-feira, a qual vou para casa deitar no meu sofá e ficar lá por toda a madrugada enquanto ouço Allan contando sobre a semana. Agora temos outra colega de quarto, Jade. Allan aceitou que ela fosse morar lá e a mesma já estar com tudo aqui e a parti de hoje iremos juntas para a mansão.
— Dormiu? — Adeline pergunta olhando para Noah.
— Sim! — Passei a mão no meu cabelo — Estava cansado hoje — Ela ri de lado.
— Já estamos indo — Concordo e sorrio para as meninas — Se cuida — Adeline diz e acena.
— Pode deixar! Vocês também — Ela sai e continuo balançando o carrinho para lá e para cá. Noah dorme com sua chupeta e o coelhinho ao seu lado. Ele estar tão lindo.
— Está pronta? — Rick pergunta.
— Estou quase. Tenho que levar ele para o quarto e esperar Jade, já faz um ano que estar no banheiro — Ele ri.
— Sem pressa! — Senta em minha frente.
Dylan chegou faz um tempo, creio que esteja no escritório ou no quarto. Vejo Jade saindo do cômodo ao lado com uma calça jeans e uma jaqueta de frio.
— Estou pronta — Sorriu e vem puxando a mala — Rick seja um cavalheiro e me ajude — Rimos e ele se levanta indo ajudar Jade — Já voltamos — Diz e concordo.
Observo os dois saindo e me levando, pego Noah no colo. Ele reclama e abre os olhos, o balanço de um lado para o outro, mas não há nada que faça ele voltar a dormir.
— O que foi bebê? — Continuo o balançando.
— Ainda estar aqui — Olho para trás e vejo Dylan vestido em um terno preto com uma gravata azul-marinho.
— Ele acordou, mas acredito que volta a dormir rápido — Digo.
— Você não vai para casa hoje, preciso que fique aqui — Diz e se encosta na parede.
— Não? Como assim? —
— Tenho um jantar importante e você terá que ficar com ele. —
— Mas… —
— Algum problema? — Ergue uma das sobrancelhas me interrompendo — Quando veio trabalhar aqui sabia que isso poderia acontecer. —
— Sim, entendo… É que… — Ele revira os olhos — Jade estar indo dividir o apartamento comigo e Allan e para isso preciso leva-la lá — Digo.
— Rick pode fazer isso. —
— Faremos assim. Vou com eles e após deixa-la lá volto para cá, tudo bem? —
— E quem ficará com meu filho? —
— Claro que vou levá-lo. Ou acredita que deixarei ele sozinho aqui? — Revirei os olhos e ajeito Noah no colo.
— De forma alguma — Fica reto.
— Não demorarei, eu prometo. Quando chegar em casa mando uma mensagem para Rick que vai me levar e trazer — Ele cruza os braços.
— Trinta minutos e nada a mais — Concordo.
Rick e Jade entram, logo que veem Dylan abaixam a cabeça.
— Já estamos de saída — Rick diz
Dylan olha para eles e logo para mim, sai sem dizer uma palavra.
— Já volto, me deem cinco minutos — Digo saindo com Noah no colo, entro no seu quarto o coloco sentado no berço enquanto separo uma roupa mais quente, já que sairei com ele para rua. Ele estar bem agitado, aparece mesmo que não tem planos de dormir agora.
— Ué? — Jade encara ao me ver com Noah no colo.
— Não poderei ficar em casa hoje. Dylan tem um compromisso e terei que ficar com Noah — Respiro fundo — Levarei você lá e mostrarei tudo, Allan ainda não deve estar em casa, ele chega lá pelas 19:30p.m — Pego a chupeta, o coelhinho e dou para Noah — Rick poderia pôr a cadeirinha dele, no carro? —
— Claro, sem problema — Sorriu e saiu indo em direção a frente da casa.
— Ficará aqui sozinha? — Jade pergunta.
— Não tem problemas — Sorrio de lado e entrego Noah para ela — Mas quem não gostará nada disso é Allan —
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— Esse aqui é seu quarto — Abro a porta — Enfeite com quiser — Ela entra e observando tudo.
Há um guarda-roupa branco, uma penteadeira com espelho e um banco, uma cama de casal no canto e uma cortina.
— O banheiro temos que dividir, mas fora isso é ótimo — Sorrio — A sua janela tem vista para a rua — Olho para fora e Noah agarra a cortina.
— É maravilhoso — Jade diz sorridente.
— A última mala já foi — Rick aparece na porta do quarto.
— Suponho que já mostrei tudo! —
— Muito obrigada! Mesmo, não tenho palavras para agradecer — Me abraça.
— Não se preocupe — Dito isso ouço a porta abrindo — Allan chegou, vamos — Digo saindo do quarto — Estava com saudades? — Ele ri e me abraça.
— É tão bom ver você — Diz e olha para Noah — Não querendo ser inconveniente, mas já sendo, acredito que você esqueceu de deixar esse pacote na casa dele — Bato em seu braço e Noah ri.
— Deixa de ser assim — Digo rindo — Terei que ficar lá hoje, o patrão tem um compromisso. —
— Filho da p… —
— Ei! Temos crianças aqui! — Falo alto — Deixa eu apresentar vocês — Digo ao ver Jade e Rick — Essa é a nossa nova moradora — Allan sorri de lado olhando para Jade, mas é obvio que ele não gostou muito da ideia de eu não poder ficar em casa essa noite.
— Seja bem-vinda! — Diz e aberta a mão de Jade.
— Obrigada! —
— Esse é Rick, motorista da família Carter — Ambos apertam as mãos.
— Você não me falou que se amigo era um gato — Jade diz em meu ouvindo.
— Não? — Rio.
— Precisamos ir Katherine — diz Rick.
— Sim, claro — Sorrio para Jade — Juízo vocês dois! —
— Pode deixar — Ela ri
— Virá amanhar? — Allan se manteve sério o tempo todo.
— Creio que sim — Sorri e vou até ele dando um beijo em sua bochecha — Se cuida viu? Ligo mais tarde — Ele concorda e eu saio fechando a porta.
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Dylan Carter
— Eu preciso ir — Digo me levantando da mesa.
— Mas já meu filho? Fique um pouco mais — Minha mãe diz carinhosamente com um sorriso.
— Deixa ele ir mãe, não queremos sua companhia mesmo — Diz Bruce
Fecho meu punho e sinto uma mão me segurando, olho para baixo e vejo Darla me olhando séria.
— Não vale a pena Dylan — Diz baixo.
— Como sempre sendo controlado por uma mulher — Bruce ri irônico — Sorte minha Karla ter escolhido certo. —
— Parem os dois agora! — Meu pai fala alto.
— Quando me chamaram para um jantar com urgência não pensei que seria isso — Digo com a voz calma.
— Seu irmão voltou, deveríamos comemorar — Diz minha mãe.
— Claro, comemoraremos a volta de um traste sem caráter como esse e ele deixou de ser meu irmão há muito tempo — Bruce ri girando o vinho na taça.
— Qual foi maninho? Odeia-me tanto assim? — Ele ri de lado — Não tenho culpa se ela escolheu ir comigo, consequentemente escolhendo o melhor irmão. —
— Vocês dois se merecem — Digo com desprezo e me afasto da mesa.
— Claro. Mas eai, me diz como você se sente cuidando do meu filho? — Ele ri debochado
— Bruce — Minha mãe diz o alertando e repreendendo.
Olho para cara de Bruce que ainda sorri e vou até ele acertando um soco no nariz. Ele cai da cadeira, no momento em que tenta se levantar subo em cima dele continuando a socar seu rosto o segurando pelo colarinho da camisa.
— Parem agora! — Ouço alguém gritando e eu sendo puxado de cima dele.
— Nunca. Nunca mais diga isso — Ele cuspe o sangue e ri, continuando com o mesmo sorriso presunçoso no rosto.
— A verdade dói, não é mesmo? —
— Vocês dois parecem duas crianças! — Meu pai fala alto.
— Foda-se! Não preciso disso — Digo me referindo a Bruce e saio de lá.
Fui direto para minha casa, dirigindo pelas ruas de Nova Iorque com a cabeça fervilhando. Filho da mãe! Como pode fazer o que fez e ainda assim ser descarado de voltar?
Como meus pais querem que eu o aceitasse mesmo depois do que ele fez? Mesmo depois de praticamente roubar o amor da minha vida? Eu não quero nem saber dele e muito menos dela.
Entro em casa e como sempre estar tudo em completo silêncio. Subo as escadas e vou direto para o quarto do meu filho, não importa o que Bruce diga, eu sei que Noah é meu. Meu, somente meu. Entro no quarto do pequeno e vejo que estar vazio. Bato na porta do quarto de Katherine e como não obtive respostas entro do mesmo jeito, vendo que ele também se encontra vazio.
— Não acredito que ela não voltou com meu filho — Sussurro e pego meu celular.
Disco o número de Rick enquanto vou em direção a brinquedoteca. Abro a porta e me deparo com Katherine e Noah deitados no sofá dormindo abraçados. Eles parecem que estão em um sono tranquilo. Ficar parado olhando para os dois faz com que eu me acalme.
- Senhor Carter, aconteceu algo? -- Ouço a voz de Rick sonolenta.
- Volte a dormir Rick, foi um equívoco -- Desligo
Passo a mão no rosto do meu filho e logo encaro Katherine. Seu cabelo ruivo estar caindo em seu rosto. Ainda tento entender porque ela é tão familiar para mim, como se eu já a conhecesse. Passo a mão em seu rosto tirando os cabelos, mas logo ela abre os olhos assustados e me encara. Afasto-me rápido e me recomponho.
— Chegou que horas? — Olha para Noah — Acabamos dormindo aqui — Passa a mão no rosto.
— Estou percebendo — Ela me olha de cima a baixo me analisando e logo levanta em um pulo.
— Meu Deus! O senhor tá bem? — Segura minha mão e só agora percebo o sangue — O que aconteceu? — Analisa o machucado.
— Nada — Tento puxar, mas ela me segura firme.
— Se isso não é nada, imagina se fosse alguma coisa — Me olha — Espere aqui, colocarei Noah no berço e já volto para cuidar disso — Não digo nada somente aceno. Ela o vira e pega no colo com muito cuidado. O mesmo reclama, mas acaba cedendo as carícias que Katherine faz em suas costas voltando a dormir.
Ela me puxou para cozinha e me colocou sentado numa cadeira em sua frente enquanto limpava cuidadosamente o machucado. Parece concentrada e um pouco irritada com a mecha de cabelo que insiste em cair em seu rosto. — Poderia me dizer com o que o senhor se meteu? — Me olha rápido e volta sua atenção para minha mão. — Problemas familiares — Digo — Entendo — E
Katherine Acordo e logo observo o rosto do homem que me fez suspirar de prazer a minha frente. Sinto um choque lembrando da noite passada. Isso aconteceu mesmo? Ainda estamos nus enrolados apenas com um lençol branco de seda. Ele parece dormir tranquilo e tenho que dizer, depois da noite passada como não dormir assim? Eu e Dylan só paramos transar quando não havia mais forças em nossos corpos, apenas deitamos e respirando fundo e logo caímos no sono. Dylan Acordoeantes mesmo de abrir meus olhos, me lembro da noite passada. Do corpo de Katherine, dos seus cabelos em minhas mãos e da transa maravilhosa que tivemos. Procuro ela ao meu lado, mas só me deparo com o vazio da cama. — Não acredito! — Me sento Normalmente são os homens que costumam a fazer isso, certo? Transam e na manhã seguinte, a15°
Katherine — Vamos Jade! Acabaremos nos atrasando — Digo vendo Jade saindo de seu quarto. — Já estou pronta! — Pega a bolsa e veste seu casaco — Vamos! — Sorrio. Como sempre Allan nos levou para o trabalho. Saímos do carro ao chegar em frenteacasa, dou a volta apoiando os braços na janela dele. Depois que Noah saiu com sua avó, fui para cozinha ajudar as meninas no que fosse preciso. Nesse momento me encontro sentada no balcão cortando alguns legumes enquanto conversamos. — Meu Deus! — Jade entra e se senta ao meu lado —Tôexausta — Diz por fim — Terminou? — Ruth pergunta — Mais ou menos — Passo um copo d'água para ela — Obrigada! — A 17°
São três da manhã e mesmo dizendo a mim mesma que preciso ir dormir, meus olhos ignoram meus comandos e se mantém abertos. Sinto uma ansiedade por todo meu corpo junto com uma fome sem limite. Por fim decido me levantar e ir procurar algo para comer. Abro a geladeira e encontrando um pedaço da lasanha que as meninas guardaram. Após comer, subo para ir tentar dormir, mas ouço um carro parando e logo em seguida indo embora. Paralisei já nos últimos degraus e olhei fixo para porta da frente. Não demorou muito para a porta abrir e Dylan passar por ela. E
—C-Comoassim você e o Chefe? — Ela está visivelmente agitada — Vocês… Vocês… — — Jade olha para mim… ninguémpode saber disso, entendeu? — — Então você tá confirmando? Aí meu Deus — Anda de um lado para o outro. — Por favor Jade, isso tem que morrer aqui — Ela para e me olha arregalados Abro meus olhos e vejo Dylan dormindo com o rosto virado para mim. Sua respiração é calma, seu braço estar em minha cintura. Minha mão coça para alisar seu rosto e passar a mão em seu cabelo, mas prefiro não fazer nada para não acordar ele, ao invés disso tiro sua mão de minha cintura e me vejo com apenas minhas roupas íntimas, vou me levantando quando sinto suas mãos novamente em minha cintura me puxando para deitar. — Por que você sempre faz isso? — Diz me olhando já em cima de mim. — Faço o quê? — Sorrio e mordo o seu lábio enquanto Dylan me beija.20°