Fomos para uma pizzaria no centro, maravilhosa. Não tinha noção da saudade que estava de Allan. Sei que tem pouco tempo que o conheço, mas sinto que já não consigo mais desgrudar dele. 

Como dizia minha mãe “Você pode ter um amigo a dez anos e mesmo assim ser um desconhecido, como também pode conhecer alguém a dez minutos e ser grandes amigos” E é isso, amizade não é questão de tempo e sim de conexão e isso eu e Allan temos de sobra.

Decidimos vir para a boate a 00:00, por ela estar lotada, os seguranças já estava impedido que mais pessoas entrassem, mas como Allan conhece o dono, logo conseguimos entrar.

— Quer beber hoje? — Grita em meu ouvindo.

— Daqui a pouco — Respondo de volta.

O som estar alto e há muitas pessoas mesmo, algumas dançando, outros sentados bebendo e assim vai. Sinto Allan segurar minha mão e ele me puxa, apenas o sigo.

— Quero que conheça uma pessoa! — Diz ao chegarmos em um canto mais tranquilo. Subimos a escada com a faixa escrita “Área Vip”, um segurança coloca em nossos pulsos pulseiras com o nome da boate.

— Às vezes esqueço de como você é rico e conhece várias pessoas — Digo um pouco alto enquanto o segurança termina de pôr a pulseira em meu pulso.

— Pelo menos para algo isso serve! — Rimos.

Entramos, aqui não estar como lá em baixo, mas também estar cheia. Allan coloca a mão em minha cintura e me leva para um canto onde tem pessoas conversando tranquilas.

— Ele veio mesmo! — Um homem negro, alto, com os cabelos pretos abraça Allan — E trouxe a namorada! — Me puxa para um abraço.

— Não cara, não somos namorados — Allan me olha rindo sem graça — Então, essa é Katherine. Lembra? Falei que divido meu apê com ela — O rapaz ainda me olha sorrindo.

— Ah, foi mesmo. Sou Kyln — Sorriu — Esse garoto falou muito de você. — 

— Ah foi? — Olho para Allan e depois para Kyln — Espero que só coisas boas. — 

— Com certeza. Mas ele não fez jus a sua beleza — Sorrio sem graça — Quero dizer, falou que você era linda e tudo mais, contudo não sei se há elogios para explicar quão bela você é! — Continuei sorrindo um pouco vermelha e olho para Allan.

— Chega né Kyln, vamos curtir — B**e na mão dele e logo Kyln me abraça.

— Quer beber o quê? — 

— Vodca — Digo e ele sorri, me sento em uma das cadeiras próximas às mesas.

Vejo ele sumindo entre as pessoas e é impossível não pensar no beijo mais cedo com o meu chefe. Não deveria ter feito aquilo, deveria ter saído correndo. Que idiotice a minha, ele deve acreditar que sou uma oferecida, uma mulher fácil que se entrega rapidamente para os braços do chefe. Fiz burrada.

— Preocupada? — Vejo Allan em minha frente — Trouxe o que pediu e também tequila — Sorri.

— Aí sim! — Ele senta ao meu lado — Vamos virar? — Seguro o copo de shot.

— Vamos! — ele conta até três e nós dois viramos o copo juntos.

A noite está ótima e a essa altura já estou dançando ao som de um reggaeton. Sinto Allan atrás de mim já se envolvendo ao som da música. Viro-me para ele e começo a cantar e ele me acompanha rindo. Depois que a música acabou sentamos no mesmo lugar.

— Meu Deus! Tinha me esquecido que isso é bom demais — Digo rindo e bebo um pouco da vodca.

Ele abre a boca para responder, mas uma garota se j**a no colo dele do nada.

— Meu amorzinho! — Ela grita logo após agarrar o pescoço dele.

— Emma? — Ele me olha rápido parecendo assustado.

— Estava com saudades? — Beija sua bochecha.

— O que tá fazendo aqui? — Ele está realmente assustado.

— Não gostou de me ver amorzinho? — A garota com cabelos curtos faz uma voz manhosa.

Ela tenta o beijar, mas Allan desvia e se volta para mim.

— Kath, eu já volto — Apenas concordo bebendo mais do líquido transparente em meu copo.

A garota me fuzila com o olhar antes de ser arrastada por Allan para algum lugar.

— Então tá né — Sussurro e viro o que sobrou.

— Ele deixou você por aquela? Eu nunca faria isso — Ouço uma voz e vejo Patrick parado em minha frente segurando uma bebida.

— O que faz aqui? — 

— Vim esfriar a cabeça. Ficar o dia todo em um escritório cansa sabia? — Ele riu de lado e logo se sentou — O que você faz aqui? — 

— Esfriando a cabeça — Respondo.

— Entendo — Bebe um pouco de sua bebida — Gostaria de conhecer você melhor. — Riu de lado, um p**a sorriso — O que acha de saímos daqui e ir para um lugar… — Se aproxima de mim — Mas tranquilo?

— Não, obrigada. Tô ótima aqui — Rio sem mostrar os dentes.

— Qual foi Kath, vamos — Chega mais próximo e toca minha coxa.

— Acredito ser melhor você se afastar — Tiro sua mão e chego mais para o lado oposto de seu corpo.

— Atrapalho? — Vejo Allan parado ao nosso lado com os braços cruzados.

— Não, imagina — Digo e ambos se encaram.

— Então tudo bem… depois a gente se fala. Aliás, não beba muito — Patrick diz por fim.

— Ela sabe se cuidar — Allan o encara e ele se levanta.

— Eu não falei que ela não sabia se cuidar — Desvia o olhar para mim — Até depois linda — Sai sem olhar para Allan.

— Saio por uns minutos e já tem urubu caindo matando — Diz todo emburrado com o cenho franzido.

— Obrigada por me chamar de carniça — Digo irônica e ele tenta segurar o riso, mas acaba rindo.

— Idiota, você entendeu — Ele senta ao me lado.

— Vai me contar ou terei que dar uma de FBI para descobrir quem é aquela menina? — Ele sorriu e bebeu um pouco da cerveja em sua mão.

— Podemos conversar sobre isso depois? — 

— Claro — Encosto minha cabeça em seu ombro.

— Cansou? — Alisa meu cabelo fazendo um cafuné.

— Se eu falar que sim, você não ficará com raiva? — Sinto ele rindo.

— Claro que não — Sorriu — Vamos? — Aceno e então levantamos.

Ele coloca a mão em minha cintura e logo passamos em frente a mesa que estar Patrick, outros rapazes e Dylan. Todos me olham de cima a baixo, menos Dylan que mantém o olho fixo no copo. Saímos da boate e logo abracei meu corpo tentando me esquentar.

— Toma — Allan me entra a jaqueta dele — Fará mais frio no moto — Me entrega o capacete.

— E você? — Visto o pedaço de couro e pego o capacete.

— Estou acostumado, até gosto — Sorriu e ligou a moto.

Chegamos 04:00h em casa e logo tomei um banho. Tentei não pensar na boca de Dylan, de suas mãos passeando em meu corpo, dos olhos dele sobre mim. Tentei não pensar, mas só tentei mesmo, porque não tive nenhum resultado. 

Vesti meu pijama e fui para sala dando espaço para Allan ir tomar o banho dele. Não demorou muito para Allan voltar e se junta comigo no sofá. Dou espaço e ele se deita, logo deito com a cabeça em seu peito e o mesmo faz carinho nos meus cabelos.

— Ela é uma ex minha — Diz alisando meu cabelo.

— Ela parece que ainda gosta de você — Ele riu.

— Ela gosta de todos… — Parece difícil para ele contar o que pretendia.

— Sabe que se não quiser falar, tudo bem né? — 

— Eu sei. Ela me traiu com meu pai — Olho para ele e Allan sorri de lado — Peguei os dois transando. Para ser mais específico, ela cavalgando nele — Ele sorriu — Terminei, mas sempre que há oportunidade ela tenta fazer o show dela. Dizendo que me ama e sente muito. — 

— Por isso não tem contato com seu pai? — 

— É! — Deu os ombros — Falo com ele às vezes, mas nossa relação de pai e filho acabou há muito tempo.

— Nossa! — Fico pensativa até porque não sei o que dizer — Que merda — Digo por fim.

— Você é a melhor ouvinte — Rimos.

E assim que se encerrou a nossa noite, deitamos abraçados no sofá e acabamos pegando no sono por lá mesmo.

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