- O que tem na sua cabeça? - Rubinho questiona, em frente a um cemitério particular - Você só pode ser louca.
- Você fica aqui - digo saindo do carro.
Havia escutado sem querer, no jornal, que enterrariam Ricardo naquela manhã, naquele cemitério. E era algo que precisava ver com meus próprios olhos, para enfim, poder seguir minha vida.
Vestida em um vestido preto, coberto de lantejoulas pretas, com um decote profundo na frente; Não me sentia indo para um velório e sim para uma festa. Uma festa na qual, eu era a anfitriã.
Eu estava muito gostosa.
Passo por entre os túmulos, olhando tudo com atenção a
Estávamos na metade do caminho, quando o celular de Rubinho toca de repente.- Fala. O quê? Não. Não, não sei dele não. Tá. Tô indo. Segura a onda aí - Ele desliga, jogando o celular no painel.- O que foi?Ele me olha por uma fração de segundo.- Gael não apareceu para pegar a mercadoria. O cara tá puto esperando ele.Franzo o cenho.- Como assim? Ele saiu de casa dizendo que iria resolver isto - Ele abre as mãos sobre o volante.- Pois é, mas ele não apareceu.Tento imaginar o que poderia ter acontecido para Gael não ir ao encontro do homem que o esperava, porém n&
Já fazia algum tempo que estávamos dormindo, quando o celular de Gael começa a tocar insistentemente conseguindo me acordar.Sacudo Gael ainda com os olhos fechados.- Hum - Ele geme dormindo.- O celular.Suspirando, ele ergue a cabeça, pegando o aparelho no chão.- É o quê? - Fogos de artifício soam de repente, me assustando. Quem era o maluco que estava soando fogos naquele horário?, me questiono aborrecida - Merda - Gael levanta de repente, vestindo uma bermuda - Levanta - diz me olhando, acendendo a luz.- Por quê? O que foi?- Levanta, porra. A polícia está invadindo! - grita. Pulo da cama, sem saber o quê fazer.- O quê...o quê eles estão
Depois de estar devidamente arrumada e de ter tomado minha insulina, Lidiane me chama para tomar café naquele lugar.Enquanto descíamos a escada em espiral, pedia mentalmente que a cozinha não fosse como o banheiro.O movimento era constante no térreo, havia algumas meninas na calçada olhando o movimento da rua, outras na sala e outras indo para a cozinha espaçosa, com somente uma mesa velha num canto, um fogão e um armário.Sobre a mesa havia um grande saco de pão, duas garrafas de café e uma manteiga aparentemente da mais barata.Para um pensionato feminino, ali estava longe de oferecer um café da manhã decente.&nbs
Não querendo passar mais uma manhã naquele inferno, acordo cedo na manhã seguinte, antes de qualquer habitante daquela casa. Deixo a casa após colocar no GPS o endereço que haviam me dado no cartório, tendo em mente que não poderia mais protelar. Aquele encontro precisava acontecer. Dirijo para a fora do Complexo do Alemão, tomando a via expressa da linha vermelha, passando pela Tijuca. Perto de Ipanema, lembro automaticamente de Bianca, não conseguindo não pensar em todos os momentos divertidos que tivemos juntas, incluindo as festas babadeiras que havíamos ido. Ela havia sido minha amiga nos momentos que mais precisei de alguém para me distrair. Sabia exatamente
Um filme passava diante dos meus olhos.Estava custando em acreditar que era irmã de Marco, gêmea ainda por cima.Eu havia sentido tesão pelo meu irmão! E provavelmente tinha transado com ele, se tivesse tido uma oportunidade.Com tanta informação para ser digerida, estava mais preocupada em saber como iria olhar para Marco depois daquela revelação e só conseguia pensar em como ele beijava bem.Meu celular toca de repente, me tirando da cena do beijo entre mim e Marco, que repetia sem parar em minha mente. Pego o aparelho, notando ser uma ligação pelo Instagram, especificamente d
Deitada na areia quente, Rubinho desliza suas mãos pelo meu corpo. Suas mãos apertam meus seios pequenos, sentindo a maciez, descendo lentamente pelos meu abdômen firme e definido, parando por fim no elástico da calcinha que, puxa gentilmente para fora do meu corpo.Observo ele tirar a camiseta molhada por de baixo dos meus cílios e abrir minhas pernas, olhando com atenção minha vagina.Passo minha mão por toda sua extensão, parando de vez em quando em meu clítoris para massagear.Rubinho passa a mão na protuberância em sua bermuda, com os olhos fixos em mim, não demorando para tirá-la e a deixar de lado, não aguent
Os dias se passaram, junto a tensão foi diminuindo na favela, trazendo a normalidade.Meus dias eram resumidos em ficar naquele quarto, saindo apenas da cama para fazer xixi e tomar um banho.Todos os dias ligava para Gael e antes de dormir, esperava que retornasse minhas ligações. Entretanto, continuava sem atender minhas ligações e não as retornava.Por causa disso, sentia que emagrecia rapidamente e que meu corpo começara a sofrer com as consequências de não dormir direito.Lidiane apesar de meus protesto, fazia questão em levar comida para mim. Mesmo eu não estando com um pingo de apetite. Respondendo sempre me dando a mesma
Mesmo com a medicação sendo inserida diretamente em minha veia, ainda sentia calafrios. Apesar do sangramento ter parado.Marco coloca a palma da mão aberta sobre minha testa, usando a outra mão para pressionar o celular contra a orelha.- Tu tem que brotar aqui na UPA agora. Por quê?! Marcela tá aqui e ela não tá bem não - diz sério, os olhos indo até os meus - Se vira. Dá teu jeito - Ele desliga, colocando o celular no bolso, se inclinando sobre mim - Vou achar aquele médico filha da puta. Já volto - murmura, se afastando em passos rápidos.Só conseguia pensar que havia pegado alguma doença contagiosa, naquele banheiro do prostíbulo da J&o