— Não, mas logo resolverei isso. — Resolva isso na segunda-feira também, a Luiza vai te ajudar. — Mas… — Sem mais! Enquanto a segunda-feira não chega, vou separar algumas roupas de frio para você e seu irmão em meu closet. É certo que minhas roupas vão ficar muito grandes nos dois, mas ajudará por enquanto. — Senhor, não posso fazer isso. — Por que não? — Ela faz menção de falar e eu a impeço. — Não me venha com a mesma história de que isso é errado. — Ela arregalou os olhos deixando claro o que ela falaria. — Eu preciso que você pare de sempre rebater as minhas ordens, isso para mim, é errado. — Ela abaixou a cabeça envergonhada e a minha vontade é abraçá-la e dizer que não me importo e nunca me importei com futilidades. Para ser sincero, eu não entendo esse modo de Ana Beatriz pensar. Chega a ser frustrante. — Tudo bem, senhor Edward, pararei com isso. — Hum, sei! — Ela não respondeu a minha alfinetada, olhou em todas as direções, menos para mim. — Notei que a sala de esta
Logo após a nossa conversa, pedi que ela chamasse Levi que estava jogando vídeo game com Felipe na sala. Cadastrei a Biometria deles para o Elevador, caso decidissem sair. Assim que terminamos, a liberei de seus afazeres, mas ela negou, avisando que precisava fazer o almoço dela e do irmão. Ana Beatriz é muito teimosa e cabeça dura, eu dei a opção de ela pedir o almoço, mas a mesma disse não, então eu não insisti, pois, estava estampado em sua face que ela não cederia. Após checar meus e-mails, fui atrás de Felipe para almoçarmos. Tive que insistir mais de uma vez e prometer uma garrafa de meu melhor Whisky, apenas para ele aceitar almoçar comigo fora. Interesseiro! Assim que separei as roupas de frio que prometi a Ana Beatriz e deixei no quarto em que ela está ocupando com o irmão e sair! Posso afirmar que nunca me senti tão aliviado em sair de minha própria casa. Cheguei a conclusão que a melhor solução é estar o menos possível em casa, eu terei menos chance de cair em tenta
Para ser sincera, eu não entendo essas atitudes dele. Fazer uma empregada ficar no quarto de hóspede, convidar para tomar café com ele, oferecer os seus casacos e blusões, eu não posso me esquecer da escola de Levi, tenho certeza que a secretária foi atrás da escola a pedido dele.Desde que cheguei que eu não consigo me sentir uma empregada nessa casa, pareço uma amiga passando uma temporada aqui.Como alguém pode ser tão gentil e grosso ao mesmo tempo?Eu não tinha resposta para isso, então ele continua sendo um enigma para mim.Fiquei esperando até 23h e nada deles, como o meu corpo já estava exausto pelo trabalho concretizado pela manhã e a maratona de filmes, acredito que acabei dormindo no sofá da sala de estar esperando por eles. Pensei: se eles não chegarem até 00:00h faço o prato dos dois e deixo na bancada, eles mesmo podem esquentar no microondas. Mas depois das 23h eu não consigo lembrar de mais nada. Na minha cabeça acabei dormindo no sofá, mas acordei em minha cama, entã
— Ah! Até que enfim, Beatriz, pensei que você havia esquecido de mim. — Sua voz brava surgiu antes mesmo de eu observar a sua face que também estava brava. — Boa tarde para você também, gata. — Dormiu comigo, foi? — Perguntei com ironia. Ela estava em frente ao seu guarda-roupa vestindo apenas um conjunto vermelho de calcinha e sutiã, futucando seu guarda-roupa e tirando todas as roupas de dentro. Ela parou o que estava fazendo e me olhou com as sobrancelhas erguidas. — Até agora não estou vendo nada bom nessa tarde. — Declarou voltando a tirar as roupas novamente. — O que você está fazendo, Lourdes? — Perguntei ignorando as suas grosseiras palavras. — Sairei com um boy e não acho uma roupa decente. PUTA QUE PARIU. — Esbravejou. — Preciso comprar roupas urgentes, amiga. Conhecendo a mesma, deve ter marcado com o cara a noite e está surtando às 14h00 da tarde. Ela começa a se arrumar cedo, mas sempre se atrasa. Ainda não consigo entender como ela consegue essa proeza. — E
— Cara de quê? — Ela sentou, provavelmente no sofá, e colocou o celular encostando em algo. — Essa cara de cú mal lavado. — Ah! Sim! Obrigada pela sinceridade. — Digo com exasperação. — É o quê, Bea? Eu que deveria ficar chateada! Pensa que esqueci é? Você me ligou ontem falando que seu chefe é o cara que te agarrou no quarto lá no puteiro, contou uma história mais ou menos, depois não volta a falar mais nada me deixando no escuro. Eu que deveria ficar chateada sua cretina por me deixar curiosa desse jeito... — Curiosa não, apenas gosta de saber de tudo. — Completei as últimas palavras, enquanto a mesma riu, eu revirei os meus olhos. Não disse? Lourdes não sei não. — Não tem nada para falar não, Lourdes. Ele é o cara que me agarrou... — E você gostou. — Alfinetou-me. Ah! Droga, será que ela não vai esquecer isso nunca? — Não importa, Lourdes, ele é meu chefe, simples assim! — Sei. Conta outra sua safada. Ainda lembro como você ficou ao ver ele no Farol da Barra
— Não responderá não, porra? — Não sou obrigada a responder a essa baixaria. — Respondi sem olhar em sua direção. — A safadinha, nem precisa dizer nada. — Ela rir e eu sinto minha cara esquentar de constrangimento. — Você tem um talento para o drama. — Chega dessa conversa, Lourdes, chega! — Estraga prazer! Sabe que eu já gosto de confissões safadas. — Encarei a tela do celular desejando estar perto dela agora e encher a cara de Lourdes de tapa por me fazer ficar envergonhada. Essa safada. — Você está com a cara que quer voar em meu pescoço. — Ela gargalhou ao dizer. — Vontade é o que não falta. — Respondo ainda com a cara fechada. — Deixe de besteira, você me conhece, sabe que com você eu não sou capaz de filtrar nada. — Eu sei! — Então pare de ser chata, por quê não toma um banho, veste uma roupa "sexy", arruma esse cabelo que parece que não viu um creme hoje. — Engano seu! — Retruquei. Meu cabelo não está ruim, eu os lavei e finalizei hoje, só os deixo pre
— Sou assim, Lourdes! Não sou obrigada a assistir o que não presta, não me ajuda, não me diverte, ou pior, não me satisfaz. — Enumerei para ela, rindo de sua cara inconformada. — Ainda assim não entendi, Bea. — Quantos caras que você saiu te fizeram gozar, Lourdes? — Bea? — Indagou surpresa, mas provavelmente não tão surpresa quanto eu. Ela rir. — Sei que nunca conversamos sobre isso, tenho certeza que vou me sentir envergonhada daqui a pouco, mas dá para me responder pelo amor de Deus. — Completei com o tom alterado. — Tá, tá bom, sua chata... Hum, penso que nenhum... Acho não, tenho certeza! — Fico surpresa com suas palavras. — Você nunca teve um orgasmo, amiga? Nem mesmo o Marcus te proporcionou isso? — Claro que já tive, Bea, o Marcus mete gostoso, mas não soube chegar ao meu ponto G. — Mas... Mas, você acabou de falar que... — Nada disso, a sua pergunta não foi se eu já tive um e sim se algum homem já me fez gozar. — Sim, verdade! Então como você... — Deixo mi
EDWARD Em certas ocasiões, como agora, me sinto o rei dos babacas. Os olhares acusatórios de Felipe me diziam isso também, eu fingia não me importar, mas por dentro a sensação tem me incomodado e muito. Algo que não devia acontecer. Ontem tive que reunir toda a minha força para corregar Ana Beatriz e levar ela ao seu quarto. Eu poderia ter acordado a mesma, mas eu não quis arriscar e ceder aos meus desejos insanos de arrancar as suas roupas, beijar e lamber cada pedacinho de seu belíssimo corpo. Mas eu tenho que resistir. Eu queria convidar a Ana Beatriz para vim conosco, como queria. Pude constatar a tristeza em seu olhar, talvez até decepção, mas ainda assim eu não conseguir convidá-la, não podia. Não devia, não podia, pensando agora, me parece desculpas… Mas se for desculpas, elas são necessárias. Afirmei em pensamento, mas nem em pensamento fui capaz de demonstrar firmeza. O meu objetivo é afastar essa vontade de querer agarrar ela a todo o tempo e ela perto de mim não a