MARCO POLO
Eu via o sorriso dela enquanto lia o papel, era inacreditável como ela ficava bem daquele jeito, leve e sorrindo, eu estava comendo, enquanto ela deslizava os olhos pelo papel e sorria a cada segundo.
– Eu não acredito – Ela sussurrou. – Como conseguiu? – A pergunta me fez ver que ela não acreditava mais tanto no sistema, eu também não, mas eu sabia como ele funcionava e podia ser útil. – Caramba!
– É fácil – Eu sorri e dei a última mordida no sanduíche, puxando o copo e bebendo o suco. – Você não pode mais voltar a trabalhar no escritório, deve procurar outra coisa para se ocupar – Eu falei. – O processo de separação já está aberto, com as alegações dele, entrei em contato com o juiz responsável e tenho que apresentar defesa até sexta, para poder marcar a audiência.
– Certo – Alex parou e olhou pare mim. – Você parece tão calmo. Eu estou eufórica.
– Eu devo ficar assim, faz parte Alex, p
MARCO POLOEu sentei em frente à minha poltrona e olhei para os canais aleatórios que passavam na televisão, eu estava com uma insônia pesada, eu estava cansado da noite e estava disposto a dormir quando o sono chegasse, mas ele não aparecia, olhei para as coisas jogadas no sofá, dois casos, foi esses únicos casos que me acompanharam depois da minha saída do escritório, não importava os outros, mas esses dois importava e eu precisava dar meu melhor para não perder o conceito.As duas audiências estavam marcadas, dois tempos eu finalizava, restando nesses dois o caso de Alex, que eu queria resolver o mais rápido possível.Desliguei a televisão e fiquei no escuro, puxei o celular e olhei para a última mensagem da mulher, Alex, ela havia me pedido desculpa, embora eu também tivesse pedido, olhei para o nome dela e no impulso de saber o que ela fazia eu mandei a cordialidade.De: MarcoBoa noite, tudo bem?Para: AlexMandei e fiquei quieto, depo
MARCO POLOEu sorri para o garotinho que estava na minha frente, segurando um balão, enquanto se afastava e pegava a mão da mãe, os dois sorriam satisfeito.– Nem sei como agradecer a solução de tudo – Eu me abaixei e olhei para o garoto de dez anos e sorri.– Garoto você foi muito importante, não saia do lado dela e lute pela sua felicidade – Eu sorri e me levantei, olhando para a mulher, que ergueu a mão e me cumprimentou.– Obrigado, por fazer isso ser menos doloroso – Ela sorriu. – Seus honorários serão colocados em seu poder quando cair diante o banco.– Obrigada – Falei, puxando o terno e me virando, puxando o telefone, assim que tentei sair do tribunal eu dei de cara com o juiz, que se aproximou. – Vossa excelência.Cumprimentei.– Mais uma atuação impecável, Marco, perfeitamente – Ele abriu a pasta. - Tenho algo em meu poder que pertence ao senhor - Ele ergueu o olhar e me entregou um envelope que havia sido tirado da bolsa. – Isso é
MARCO POLOEu segurei o café em uma das mãos, enquanto a outra segurava a maleta, suspirei fundo, olhando por cima dos óculos para a porta, eu estava esperando. Bati na porta de novo e não escutei resposta, então eu segurei o trinco da porta e girei, foi aí que a porta se abriu e, mesmo com isso, eu não escutei nada, nem um ruído, entrei e deixei as coisas no aparador, fechando a porta.– Alex? – Chamei e caminhei pela sala, parando diante o sofá, onde tinha uma caixa de sapato e dentro fotos, eu fui pegando foto por foto, era fotos dela, saindo do prédio anterior e entrando nesse, dela no corredor.Suspirei fundo e soltei as fotografias e comecei a entrar por cada parte do apartamento, até que eu entrei no quarto, eu visualizei ela deitada na cama, encolhida, sem desgrudar os olhos da parede de cor clara, sem se mexer ou sem nem notar que eu me aproximava.&nda
ALEX PADILHAAs coisas estão confusas dentro de mim e junta uma mistura de medo e conforto tendo também um pânico enorme, não quero deixar passar o meu drama, mas eu não quero mais passar pelo inferno e me queimar toda a vez.Eu desço do carro e no segundo seguinte eu vejo um flash na minha cara, sinto outro e outro e eu cubro meu rosto de forma a ficar parada, até que sinto uma sombra grande próxima a mim, é ele, sempre ele para fazer algo, olho para o homem de preto, que se coloca ao meu lado, eu não consigo ver os olhos dele, porque no rosto dele tem um óculos escuro, ele estava bonito e destemido demais, todo de preto e com os cabelos penteados.– Vêm – Ele falou e me fez andar ao lado dele, enquanto fomos da garagem até a entrada do fórum, eu me tremi toda e tive que controlar minhas pernas para que eu não fizesse algo de errado ao lado dele, Marco, bem, era tão certinho e firme, eu queria ser que nem ele, daquele jeito. – Pegue – Ele tirou os óculos escuro e
MARCO POLOEu recebi a xícara de chá e olhei para a mulher na minha frente.– Você foi incrível! – Era a centésima vez que ela falava aquilo e parecia normal a fala dela.– Esse é o último caso do gênero que vou atuar – Suspirei, pegando a xícara.– Você é bom nisso, não devia parar.– Lembra do convite que recebi? Vou aceitar, mas tenho que encerrar seu caso primeiro, depois eu aceitarei – Eu sorri. – Pensei em abrir meu escritório, mas acho que eu devo ir, poderei fazer mais coisas, isso é uma coisa ampla e objetiva para mim. Isso veio no momento mais oportuno para mim.– Depois de hoje eu vi o que você pode fazer, Marco, você em poucos minutos fez algo virar ao nosso favor, tem noção disto? – A voz dela era pura empolgação e confiança, eu havia gostado daquilo, mas do que devia.– Temos mais coisas para fazer, na próxima eles vão atacar, eu sei o que podem querer fazer, conheço e já trabalhei com casos específicos – Ela sorria enquanto eu
MARCO POLODuas horas e dez minutos excitado, eu começo a ficar triste comigo mesmo, porque era para as coisas fluir normalmente, mas não dava, nunca dava, não quando acontecia aquilo comigo.Ela estava colocando a mesa e eu estava sentado, terminando de picar o tomate, eu me levantei duas vezes, não conseguir nem ir no banheiro, estava tudo muito ruim para mim, eu tinha medo que ela visse aquilo em mim e me achasse alguém ruim.– Pronto – Ela colocou a tigela de vidro com um risoto na mesa, logo uma outra menor com uma porção de carne, com um molho branco, colocando dois pratos e temperando a salada, pegando os tomates e misturando junto.– Você está quieto.– É fome – Não era totalmente mentira.– A torta ficou perfeita – Ela sorriu e suspirou fundo. – Ficou perfeito.– Tudo muito lindo – Sorri para ela, olhando para a comida principal, que não era ela.– Vamos ao que interessa – Ela pegou o prato e começou a servir, me entregando pr
MARCO POLOEu beijei ela de novo.Não dava para voltar.Eu não conseguia.Eu parei de beijar Alex, me afastei um pouco e olhei pare a boca vermelha dela, tinha uma cor diferente, os cabelos dela estavam bagunçados e ela mantilha os olhos fechados e completamente inertes, não se mexia e não falava nada, era como se ela tivesse se entregado de uma vez, dado a permissão para ter ela, para tocar, eu queria me sentir livre para aquilo.– Eu quero isso Alex, você tem certeza que quer isso? – Ela abriu os olhos e olhou para mim, com os olhos castanhos mais escuros. – Eu quero isso, mas eu também sou seu advogado, tenho que tentar ser ético com você, eu não quebro regras.– Só hoje – Ela me beijou de novo, um beijo que mergulhou tudo de novo.Eu não aguentaria.Eu não aguentei.Coloquei meu corpo colado no dela e deslizei às mãos direto, sentindo cada parte dela, segurei seu quadril e senti ela diminuir o beijo, eu levei a mã
MARCO POLOEu me levantei e sai do quarto com todas as minhas coisas, fechei a porta e assim que cheguei na sala eu comecei e me vestir.Era quase três da madrugada e eu estava acordado, havia feito ela cair no sono comigo dentro dela, não gostava daquilo. Era um problema quando eu queria mais e a outra não, dessa vez era Alex, eu me xingava mentalmente, cada palavreado era merecido por mim.Eu passei na cozinha e coloquei a torta na geladeira e as coisas que precisavam, organizei ali e peguei a chave no bolso da calça, suspirei fundo e verifiquei as coisas e fui saindo em silêncio, sem fazer nenhum barulho. Até que eu atravessei a porta e pude soltar um palavrão alto e sair dali, quando cheguei no meu carro eu me senti observado, senti um clique em mim, algo que piscou, eu olhei para os lados, desci do carro e vi um barulho próximo, eu andei para onde surgia, quando vi olhei para umcara dando as costas e se virando, disfarçando e escondendo a câmera.– Da pa