MARCO POLO
Eu me levantei e sai do quarto com todas as minhas coisas, fechei a porta e assim que cheguei na sala eu comecei e me vestir.
Era quase três da madrugada e eu estava acordado, havia feito ela cair no sono comigo dentro dela, não gostava daquilo. Era um problema quando eu queria mais e a outra não, dessa vez era Alex, eu me xingava mentalmente, cada palavreado era merecido por mim.
Eu passei na cozinha e coloquei a torta na geladeira e as coisas que precisavam, organizei ali e peguei a chave no bolso da calça, suspirei fundo e verifiquei as coisas e fui saindo em silêncio, sem fazer nenhum barulho. Até que eu atravessei a porta e pude soltar um palavrão alto e sair dali, quando cheguei no meu carro eu me senti observado, senti um clique em mim, algo que piscou, eu olhei para os lados, desci do carro e vi um barulho próximo, eu andei para onde surgia, quando vi olhei para umcara dando as costas e se virando, disfarçando e escondendo a câmera.
– Da pa
MARCO POLOMe levantei da cama e fiquei por algum tempo ali parado, tentando me localizar no tempo e espaço, minhas coisas estavam na mesinha e minhas roupas dobradas, eu suspirei, me levantei e olhei para a luz forte que vinha da janela.Vi a cama bagunçada, mas sem Alex ali, eu saí do quarto e segui para a sala, atravessando e chegando na cozinha, onde eu a vi sentada, olhando fixamente para a xícara de café.– Alex? – Ela ergueu o olhar, olhar vacilante e logo com um sorriso dela, devagar, calmo. – Oi.– Oi – Foi o que ela falou. – Café? É amargo – Eu balancei a cabeça e me aproximei, me sentando e olhando para ela, sem conseguir desgrudar os olhos dela. – Não quis acordar você.– Tudo bem – Ela me entregou a xícara e foi a vez dela ficar me olhando, fazendo um clima diferente entre mim e ela. – Você está bem?Eu não conseguia pensar direito, apenas ficar, milimetricamente parado, enquanto segurava a xícara de café e esperava a resposta d
Senti o olhar dela sobre mim, enquanto eu me aproximava com um belo lanche, ela estava com os meus óculos e sorria, eu também fazia aquilo, embora para mim as coisas eram bem mais complicadas, porque só ela dava na minha cabeça.– Eu adoro seus óculos, esses são os mais escuro – Ela falou e eu entreguei o pacote para ela e um copo de suco grande. – Aqui – Ela tirou os óculos e me entregou, enquanto olhava para o lanche dentro do saco. – Temos um grave vício nessas barracas, quem vê pensa que é um dia normal.– Não é? – Perguntei.– Tenho que encarar ele, não é normal isso para mim, o dia que eu não tiver mais que fazer isso, ai sim, o dia vai ser normal.– Está nervosa? – Ela pegou o sanduíche e eu fiquei olhando. – Não precisa ficar nervosa.– Eu sei, mas agora tudo isso, ficar sem fazer nada o dia todo, depender de você para comer e meio complicado.– Eu gosto de alimentar você – Eu sorri. – Embora eu não devesse te encher de lanche.– Bem
ALEX PADILHAAs coisas pareciam mais favoráveis para o meu lado, era uma volta muito grande que as coisas davam, mas eu fiquei mais confiante quando entrei naquela sala e vi George sentado, ao lado do advogado, com um sorriso irônico na boca e uma pose de poder que ele não tinha mais diante mim.Vi Marco puxar a cadeira e eu me sentei, o vi fazer o mesmo e fica ao meu lado, era a única coisa que eu tinha agora e eu tinha orgulho daquilo, porque ele era diferente e depois de uma noite eu poderia jurar que não era só eu encantada por ele, mas ele por mim.Era ilusão talvez, mas para enfrentar aquilo isso era válido.George olhou para mim, eu ignorei, então eu olhei para Marco que não tinha nenhum abalo por estar ali.– Onde está o juiz? – Perguntei para ele, embora eu estivesse preocupada mesmo em ficar quase sozinha com aquele homem, um que ainda estava calmo demais naquela altura do campeonato, mas eu sabia que não seria os dois guardas na porta e Marco
MARCO POLOPuxei o ar lentamente e pude sentir a ansiedade que emanava de mim com facilidade, eu olhei para Alex sentada ao meu lado, ela tinha um olhar contente no rosto, eu estava mais tenso que o normal depois da audiência, mas, mesmo assim, eu já nem tentava esconder o que eu queria.Senti quando ela se aproximou de mim e segurou minha mão que repousava sobre a macha do carro que ia devagar.– O que tem nos outros envelopes? – Eu suspirei. – Não pode falar?– Um tem fotos suas em uma fazenda, você está com hematomas – Eu apertei o volante com mais força. – O outro e mensagens dele ameaçando você, tirei a partir do que você me deu no cartão de memória, tem um quarto, mas esse e o último e o que pode difamar e tirar a palavra dele diante o juiz e quem está fora do juiz.– Isso é perigoso – Ela sussurrou e eu olhei para ela, movendo minha mão e colocando na coxa dela, sorrindo, como um bom jogador. – Você não tem um pingo de medo, não é?–
MARCO POLOEu tinha um lugar grande para viver, um lugar grande e que agora não parecia muito vazio, eu suspirei fundo e puxei a vasilha e a chaleira para a mesa da cozinha, eu vi Alex atravessar a porta, vestindo um roupão e com os cabelos castanhos molhados.– Você gosta muito do frio – Ela sorriu. – Aqui é gelado.– Posso baixar o ar, aqui é climatizado – Eu vi os olhos delas brilhantes.– Não, tudo bem, gosto desse clima – Ela se aproximou e se sentou, enquanto eu puxava duas xícaras do armário. – Aqui é enorme, você mora mesmo sozinho?– Sim, você olhou tudo?– Sim, tudo muito bonito, Marco – Entreguei a xícara para ela e me sentei. – Três quartos enormes, o escritório, uma sala vazia, lavanderia, sala, sala de jantar e a cozinha – Ela olhou para os lados e voltou a olhar para mim. – É muito grande esse lugar e parece tudo tão limpo e organizado.– Sim, gosto da organização e limpeza – Puxei a chaleira e aí servi o chá de camomila. – O
MARCO POLOPeguei Alex no meu colo e caminhei com ela até atravessar a porta do quarto, levando-a para cama e a colocando ali, ela estava exausta e eu queria acreditar que era no melhor sentido, eu estava sugando dela mais que ela podia ou estava acostumada. Aquilo me fazia ver que eu não devia controlar a compulsão, coloco a coxa cobrindo ela é suspiro fundo quando me afasto.Aquilo era incabível estar acontecendo no meio de um caso, minha consciência gritava e meu coração saltava só em pensar nela indo embora.Eu estava gostando de uma mulher e as coisas pareciam estranhas e anormais para mim.Então era assim.Encarei o quarto escuro, foi muito pensamento para aquele quarto, puxei uma roupa e fui direto para o escritório, onde entrei e coloquei um short e a camisa branca. Olhei para a mesa e me aproximei, me sentando na cadeira e abrindo uma das gavetas.Olhei para a quantidade de remédios que havia ali dentro, uns nunca usados e outros apenas a
MARCO POLOAbri as cortinas do escritório e me aproximei da mesa, colocando o pacote de livros e olhando para o notebook aberto. Suspirei e me aproximei, abrindo no portal de notícias da Califórnia e de Londres e vendo toda a merda no ventilador, eu vi a foto do deputado longe na Califórnia, longe de Alex e longe de mim, vi a cara de pânico dele em uma foto, enquanto Alex estava serena na cozinha fazendo café para nós dois, eu suspirei fundo e pude relaxar.Eu havia monopolizado ela durante dois dias dentro de um apartamento, então naquela altura eu já devia contar para ela do apartamento e do passo que eu precisei dar para poder atingir um pouco o deputado onde mais podia doer.A nova audiência já havia sido marcada e as duas partes haviam confirmado a presença, isso era sinal que ele não recuou ou não entrou com nenhum pedido especial perante o juiz.– Marco me ajuda que vai cair – Olhei para a porta me levantando e vendo a figura de Alex na porta seg
MARCO POLOAntes de sair do carro eu olhei para Alex ajeitando o vestido, ela parecia inquieta hoje, eu parecia do mesmo jeito, porém duas vezes mais atacado na minha ansiedade.– Você está legal? – Perguntei.– Na verdade não, porque agora vou ver o homem com quem me casei, ele não vai ter pena e nada é bom.– Alex, nunca espere o melhor de gente ruim, entende? Ainda mais se for o estilo dele.– Preciso ir em banheiro – Eu tirei o cinto e desci do carro. – Pode me acompanhar? Deus me livre cruzar com ele, não quero estar sozinha.Eu desci dando a volta e ficando ao lado dela, segurando a maleta a ajeitando o botão do terno.– Você fica lindo nesse terno – Sorri e começamos a andar, eu havia comprado aquele vestido para ela, era sexy e ainda era formal, era até a altura dos joelhos, com um decote pequeno e alças finas e de um tecido preto mais maleável. – Você está me olhando daquele jeito.– Que jeito? – Me fiz de desentendido.<