MARCO POLO
Eu sorri para o garotinho que estava na minha frente, segurando um balão, enquanto se afastava e pegava a mão da mãe, os dois sorriam satisfeito.
– Nem sei como agradecer a solução de tudo – Eu me abaixei e olhei para o garoto de dez anos e sorri.
– Garoto você foi muito importante, não saia do lado dela e lute pela sua felicidade – Eu sorri e me levantei, olhando para a mulher, que ergueu a mão e me cumprimentou.
– Obrigado, por fazer isso ser menos doloroso – Ela sorriu. – Seus honorários serão colocados em seu poder quando cair diante o banco.
– Obrigada – Falei, puxando o terno e me virando, puxando o telefone, assim que tentei sair do tribunal eu dei de cara com o juiz, que se aproximou. – Vossa excelência.
Cumprimentei.
– Mais uma atuação impecável, Marco, perfeitamente – Ele abriu a pasta. - Tenho algo em meu poder que pertence ao senhor - Ele ergueu o olhar e me entregou um envelope que havia sido tirado da bolsa. – Isso é
MARCO POLOEu segurei o café em uma das mãos, enquanto a outra segurava a maleta, suspirei fundo, olhando por cima dos óculos para a porta, eu estava esperando. Bati na porta de novo e não escutei resposta, então eu segurei o trinco da porta e girei, foi aí que a porta se abriu e, mesmo com isso, eu não escutei nada, nem um ruído, entrei e deixei as coisas no aparador, fechando a porta.– Alex? – Chamei e caminhei pela sala, parando diante o sofá, onde tinha uma caixa de sapato e dentro fotos, eu fui pegando foto por foto, era fotos dela, saindo do prédio anterior e entrando nesse, dela no corredor.Suspirei fundo e soltei as fotografias e comecei a entrar por cada parte do apartamento, até que eu entrei no quarto, eu visualizei ela deitada na cama, encolhida, sem desgrudar os olhos da parede de cor clara, sem se mexer ou sem nem notar que eu me aproximava.&nda
ALEX PADILHAAs coisas estão confusas dentro de mim e junta uma mistura de medo e conforto tendo também um pânico enorme, não quero deixar passar o meu drama, mas eu não quero mais passar pelo inferno e me queimar toda a vez.Eu desço do carro e no segundo seguinte eu vejo um flash na minha cara, sinto outro e outro e eu cubro meu rosto de forma a ficar parada, até que sinto uma sombra grande próxima a mim, é ele, sempre ele para fazer algo, olho para o homem de preto, que se coloca ao meu lado, eu não consigo ver os olhos dele, porque no rosto dele tem um óculos escuro, ele estava bonito e destemido demais, todo de preto e com os cabelos penteados.– Vêm – Ele falou e me fez andar ao lado dele, enquanto fomos da garagem até a entrada do fórum, eu me tremi toda e tive que controlar minhas pernas para que eu não fizesse algo de errado ao lado dele, Marco, bem, era tão certinho e firme, eu queria ser que nem ele, daquele jeito. – Pegue – Ele tirou os óculos escuro e
MARCO POLOEu recebi a xícara de chá e olhei para a mulher na minha frente.– Você foi incrível! – Era a centésima vez que ela falava aquilo e parecia normal a fala dela.– Esse é o último caso do gênero que vou atuar – Suspirei, pegando a xícara.– Você é bom nisso, não devia parar.– Lembra do convite que recebi? Vou aceitar, mas tenho que encerrar seu caso primeiro, depois eu aceitarei – Eu sorri. – Pensei em abrir meu escritório, mas acho que eu devo ir, poderei fazer mais coisas, isso é uma coisa ampla e objetiva para mim. Isso veio no momento mais oportuno para mim.– Depois de hoje eu vi o que você pode fazer, Marco, você em poucos minutos fez algo virar ao nosso favor, tem noção disto? – A voz dela era pura empolgação e confiança, eu havia gostado daquilo, mas do que devia.– Temos mais coisas para fazer, na próxima eles vão atacar, eu sei o que podem querer fazer, conheço e já trabalhei com casos específicos – Ela sorria enquanto eu
MARCO POLODuas horas e dez minutos excitado, eu começo a ficar triste comigo mesmo, porque era para as coisas fluir normalmente, mas não dava, nunca dava, não quando acontecia aquilo comigo.Ela estava colocando a mesa e eu estava sentado, terminando de picar o tomate, eu me levantei duas vezes, não conseguir nem ir no banheiro, estava tudo muito ruim para mim, eu tinha medo que ela visse aquilo em mim e me achasse alguém ruim.– Pronto – Ela colocou a tigela de vidro com um risoto na mesa, logo uma outra menor com uma porção de carne, com um molho branco, colocando dois pratos e temperando a salada, pegando os tomates e misturando junto.– Você está quieto.– É fome – Não era totalmente mentira.– A torta ficou perfeita – Ela sorriu e suspirou fundo. – Ficou perfeito.– Tudo muito lindo – Sorri para ela, olhando para a comida principal, que não era ela.– Vamos ao que interessa – Ela pegou o prato e começou a servir, me entregando pr
MARCO POLOEu beijei ela de novo.Não dava para voltar.Eu não conseguia.Eu parei de beijar Alex, me afastei um pouco e olhei pare a boca vermelha dela, tinha uma cor diferente, os cabelos dela estavam bagunçados e ela mantilha os olhos fechados e completamente inertes, não se mexia e não falava nada, era como se ela tivesse se entregado de uma vez, dado a permissão para ter ela, para tocar, eu queria me sentir livre para aquilo.– Eu quero isso Alex, você tem certeza que quer isso? – Ela abriu os olhos e olhou para mim, com os olhos castanhos mais escuros. – Eu quero isso, mas eu também sou seu advogado, tenho que tentar ser ético com você, eu não quebro regras.– Só hoje – Ela me beijou de novo, um beijo que mergulhou tudo de novo.Eu não aguentaria.Eu não aguentei.Coloquei meu corpo colado no dela e deslizei às mãos direto, sentindo cada parte dela, segurei seu quadril e senti ela diminuir o beijo, eu levei a mã
MARCO POLOEu me levantei e sai do quarto com todas as minhas coisas, fechei a porta e assim que cheguei na sala eu comecei e me vestir.Era quase três da madrugada e eu estava acordado, havia feito ela cair no sono comigo dentro dela, não gostava daquilo. Era um problema quando eu queria mais e a outra não, dessa vez era Alex, eu me xingava mentalmente, cada palavreado era merecido por mim.Eu passei na cozinha e coloquei a torta na geladeira e as coisas que precisavam, organizei ali e peguei a chave no bolso da calça, suspirei fundo e verifiquei as coisas e fui saindo em silêncio, sem fazer nenhum barulho. Até que eu atravessei a porta e pude soltar um palavrão alto e sair dali, quando cheguei no meu carro eu me senti observado, senti um clique em mim, algo que piscou, eu olhei para os lados, desci do carro e vi um barulho próximo, eu andei para onde surgia, quando vi olhei para umcara dando as costas e se virando, disfarçando e escondendo a câmera.– Da pa
MARCO POLOMe levantei da cama e fiquei por algum tempo ali parado, tentando me localizar no tempo e espaço, minhas coisas estavam na mesinha e minhas roupas dobradas, eu suspirei, me levantei e olhei para a luz forte que vinha da janela.Vi a cama bagunçada, mas sem Alex ali, eu saí do quarto e segui para a sala, atravessando e chegando na cozinha, onde eu a vi sentada, olhando fixamente para a xícara de café.– Alex? – Ela ergueu o olhar, olhar vacilante e logo com um sorriso dela, devagar, calmo. – Oi.– Oi – Foi o que ela falou. – Café? É amargo – Eu balancei a cabeça e me aproximei, me sentando e olhando para ela, sem conseguir desgrudar os olhos dela. – Não quis acordar você.– Tudo bem – Ela me entregou a xícara e foi a vez dela ficar me olhando, fazendo um clima diferente entre mim e ela. – Você está bem?Eu não conseguia pensar direito, apenas ficar, milimetricamente parado, enquanto segurava a xícara de café e esperava a resposta d
Senti o olhar dela sobre mim, enquanto eu me aproximava com um belo lanche, ela estava com os meus óculos e sorria, eu também fazia aquilo, embora para mim as coisas eram bem mais complicadas, porque só ela dava na minha cabeça.– Eu adoro seus óculos, esses são os mais escuro – Ela falou e eu entreguei o pacote para ela e um copo de suco grande. – Aqui – Ela tirou os óculos e me entregou, enquanto olhava para o lanche dentro do saco. – Temos um grave vício nessas barracas, quem vê pensa que é um dia normal.– Não é? – Perguntei.– Tenho que encarar ele, não é normal isso para mim, o dia que eu não tiver mais que fazer isso, ai sim, o dia vai ser normal.– Está nervosa? – Ela pegou o sanduíche e eu fiquei olhando. – Não precisa ficar nervosa.– Eu sei, mas agora tudo isso, ficar sem fazer nada o dia todo, depender de você para comer e meio complicado.– Eu gosto de alimentar você – Eu sorri. – Embora eu não devesse te encher de lanche.– Bem