Luiz:-Se quiser, posso te levar para conhecer a propriedade.
Sophia:-É uma fazenda?
Luiz:- Poderia ser pelo tamanho, mas não tenho animais aqui, somente algumas plantações pequenas, gosta de animais?
Sophia:- Sim, no convento tinha galinhas, e vacas no terreno ao lado, eu tinha pouco contato com eles, mas gostava.
Luiz:-Se quiser posso providenciar isso-Ela sorriu- Quero que se sinta em casa
Sophia:- Não quero atrapalhar sua rotina, não precisa se preocupar.
Luiz:-Não será incomodo nenhum.-Terminaram o jantar em silêncio.
A noite estava quente, Luiz caminhou com Sophia pelos arredores, parte do terreno em volta da casa era bem iluminado, percebeu a necessidade de algumas melhorias, para que ela se sentisse segura.
Luiz:-Tem medo do escuro?
Sophia:-Um pouco, não tenho boas lembranças-Ele sentiu uma pontada no coração, mas não perguntou
Luiz:- Já pedi para que Pedro faça algumas obrar, logo tudo estará iluminado- Ele não havia falado com Pedro ainda, mas seria a primeira coisa que faria no dia seguinte.
Ele a levou ao riacho que correria bem próximo, se sentaram ali, Sophia retirou os sapatos e colocou os pés na água.
Tudo em Sophia encantava Luiz, principalmente a timidez e a pureza no olhar, ele não conhecia ninguém com essas características, observou os movimentos delicados, a forma como ela mexia no cabelo o colocando atrás da orelha, o rosto corado e o sorriso tímido, o rosto bonito, sentia vontade de tocar Sophia, mas precisava se conter, ela nem mesmo sabia dos seus sentimentos, e tinha passado por muitas coisas desde a infância, não era como as outras mulheres que conheceu.
Sophia:- Por que esta me olhando assim?
Luiz:- Estava só pensando no que poderia fazer para tornar sua estadia mais agradável- Desviou o olhar para a água que corria calma massageando os pequenos pés de Sophia.
Sophia:- Eu estou bem, não preciso de muito.
Luiz:-Qualquer coisa que precisar me peça, amanhã não se esqueça de pedir as roupas- Ela brincava com os dedos, pareceu um pouco aflita- O que foi?
Sophia:-É que não sei como fazer isso-Ele pensou por alguns segundos
Luiz:-Não sabe como pedir as roupas?-Ela balançou a cabeça, parecendo envergonhada-Nunca teve acesso à internet ou celular?
Sophia:- Não, meu pai achava que eu era muito nova, e quando tive idade minha mãe e meu padrasto não deixavam e no convento só a madre tem acesso a computador e internet, não sei como funciona-Luiz sentiu novamente uma pontada no coração, Sophia havia sido privadas de muitas coisas, não teve escolha de como gostaria de viver, serviu como moeda de troca para o padrasto.
Luiz:- Gostaria de ter um celular?
Sophia:- Não sei, não tenho para quem ligar-Ele sorriu com simplicidade dela
Luiz:-Vou comprar um para você e te ensino as várias coisas que pode fazer com ele, e tem as amigas do convento, minha mãe, Gabriela e Rosa, pode ligar para mim quando eu não estiver.
Sophia:- Obrigada- Ela parecia feliz diante da novidade, como uma criança aprendendo sobre o mundo.
Era hora de entrar, ela segurou os sapatos na mão, os pés molhados, não queria calça-lós caminhava na ponta dos pés, Luiz em um ato impensado a pegou no colo, Sophia ficou em choque, totalmente imóvel, a proximidade com um homem a deixava em panico, mas descobriu que com Luiz era apenas um desconforto, por não terem intimidade para tanto.
Ele a colocou no chão quando entraram na varanda, ela correu para dentro sem saber o que dizer a ele.
Luiz observou Sophia correr para o quarto, se deu conta do seu ato, ela parecia um coelhinho assustado.
Ele ficou por um tempo parado, sem saber o que fazer, há muito tempo não tinha essa sensação, caminhou lentamente até a porta do quarto e bateu com suavidade.
Sophia abriu apenas o suficiente para que seu rosto fiasse a mostra, mesmo assim olhava para o chão.
Luiz:- Sophia, me desculpe, foi um ato impensado, só me preocupei que machucasse os pés.
Sophia:- Tudo bem, eu só não estava esperando e me assustei.
Luiz:-Vou tentar ser mais cuidadoso
Sophia:- Boa noite Luiz, e obrigada por tudo que está fazendo por mim.
Luiz:- É um prazer Sophia, um prazer
Ela fechou a porta sorrindo timidamente para ele, Luiz permaneceu ali por algum tempo antes de ir para o seu quarto.
Se deitou na cama olhando para o teto, pensava em Sophia a suavidade das curvas, o cheiro gostoso que emanava do seu corpo, precisava se aproximar, ou enlouqueceria, Luiz passou parte da noite pensando em diversas possibilidades, acaba rindo ao fim de cada uma delas.
Luiz:-Eu só posso estar ficando louco, essa mini madre superiora, como pode mexer tanto comigo?-Adormeceu rindo, ainda pensava como alguém tão diferente poderia ter atraído tanto sua atenção, não existia nada que não faria pela pequena no quarto ao lado.
Luiz deixou a porta do seu quarto entre aberta quando acordou na madrugada, para o caso de Sophia precisar dele a noite, foi acordado com um cheiro delicioso, vestiu um roupão e desceu as escadas.
Encontrou Sophia na cozinha, em um vestido florido e pés no chão, os cabelos soltos, o ar juvenil, era algo realmente lindo de se ver.
Ela paralisou assim que o viu, sorriu timidamente, colocou uma travessa de bolinhos na mesa.
Sophia:- Me desculpe, quis ser útil e preparei o café da manhã.
Luiz:- O cheio eta maravilhoso, mas você não precisa fazer isso, vou providenciar uma cozinheira.-Ela ficou surpresa
Sophia:- Você não tem cozinheira, quem prepara suas refeições?
Luiz:- Eu mesmo, nunca vi necessidade de ter alguém que cozinhasse para mim, tenho uma moça que vem fazer a faxina a cada quinze dias e raramente estou em casa, então é fácil de manter.
Sophia:- Eu posso cozinhar, eu gosto, vou me sentir melhor tendo o que fazer.
Luiz:- Tudo bem então, mas vou pedir para faxina ser feita semanalmente, assim podemos ficar mais tranquilos, vou deixar uma menina na casa para manter as coisas do dia a dia, ela pode te ajudar na cozinha, e isso não é discutível.
Sophia apenas sorriu sutilmente, não discutiria com ele, por ainda ter um certo recrio de Luiz, e por estar ali como um favor, ele deveria comandar a casa como quisesse.
Sophia:-Quer tomar o café?
Luiz:- Pode me dar dez minutos? Já volto- Ela balançou a cabeça positivamente, Luiz voltou ao quarto, tomou banho e se vestiu, Sophia o achou diferente sem os ternos e camisas sociais, ele vestia roupas casuais o que o deixou ainda mais bonito.
Luiz passou a maioria das suas atividades para o escritório que tinha em casa, queria estar em casa com Sophia.Depois do café, assinou alguns documentos e chamou Sophia para caminhar lá fora, não queria ela presa em casa e com medo, queria que ela se sentisse bem e segura ali.Luiz:- Quero te mostrar um lugar que você pode nadar, tem uma queda d'água e não é distante da casa-Ela o seguiu.A fazenda era grande e cheia de possibilidades, mas pouco aproveitada, Sophia olhava em volta, agora a luz do dia podia ter uma percepção melhor do local.Sophia:- Esse lugar é enorme, poderia ter uma plantação ali-Apontou com o dedo o local- ali poderia ter um estábulo e mais à frente uma criação de vacas- Ela continuou falando, Luiz ouvia com atenção, depois de um tempo ela se deu conta do que estava fazendo, estavam parados há alguns minutos.Sophia:- Me desculpe, deixei a imaginação voar.Luiz:- Gostei de ouvir suas ideias, vou pensar em todas elas- Ele queria agradar Sophia, sabia que para faze
Luiz chegou a boate, ainda não era hora de expediente, então tudo estava tranquilo, queria resolver logo os problemas para voltar para Sophia.As mulheres da boate o cobiçavam, já havia dormido com algumas delas, Luiz ao contrário dos irmãos desenvolveu DSH (Desejo Sexual Hiperativo) devido aos abusos que passou na infância, agora estava em tratamento, se sentia muito mais controlado.Luiz passou por elas sem nem mesmo olhar para os lados, só uma mulher interessava agora e era Sophia, em sua sala encontrou mãe e filha, as duas choravam abraçadas.Luiz sentou em sua cadeira, pediu que trouxessem água, para que as mulheres se acalmassem.Elas se acalmaram um pouco, mas olhavam para ele assustadas, a menina parecia ser menor de idade, mas estava com uma maquiagem pesada e roupas curtas, Luiz jogou seu paleto para ela, que o vestiu sem fazer perguntas, se sentia exposta.Luiz:- Quantos anos tem sua filha senhora?Amira:- Tem dezessete anos-Luiz passou a mão pelo rosto visivelmente nervoso
Luiz se olhou quando saiu da sala, havia sangue em suas roupas, tomou banho no escritório e vestiu a muda de roupas limpas que sempre deixava lá para uma eventualidade.Dirigiu para casa sorridente, se sentia em paz, um canalha a menos no mundo, olhou o relógio, já estava a três horas fora de casa, acelerou o automóvel, queria chegar logo.Luiz deixou o carro na garagem externa, era reservada a visitantes, por não ficar muito perto da casa, quando se aproximou viu um dos soldados em sua porta, caminhou com passos pesados, já bastante irritado, suas ordens ha iam sido claras que ninguém entrava na casa.Luiz:- O que esta fazendo na minha porta?O homem se virou com os olhos arregalados.Marcel:- Senhor, eu estava apenas verificando se a senhorita estava bem.Luiz:- Ela chamou você? Ou você ouviu algo que justificasse sua preocupação?Marcel:- Não senhor, mas eu penseiLuiz:- Ninguém te pediu para pensar, só mandei ficar longe da casa-A porta se abriu, Sophia Olhou pela porta entre aber
Assistiram a quatro episódios de pica-p@u, Sophia adormeceu no sofá, Luiz afastou os cabelos dela com cuidado, o rosto bonito relaxado, fez Luiz sorrir, sua boca era pequena e carnuda, ele olhava cada detalhe, os traços bem desenhados, o nariz atrevido e delicado, grandes cílios, era uma beleza de tirar o folego, Luiz passou a ponta do dedo na boca dela, estava hipnotizado, os cílios dela tremularam e Luiz retirou a mão, Sophia se espreguiçou um pouco e abriu os olhos.Sophia:- Acho que vou para cama-Luiz se levantou e desligou a Tv, acompanhou Sophia até a porta do quarto, ela estava seria, Luiz achou estranho, quase não teve tempo de dar boa noite, colocou a mão na porta parando SophiaLuiz:- Você está bem?Sophia pensou que não tinha o direito de reclamar, nem mesmo sabia porque estava incomodada.Sophia:-Nada, acho que só fiquei um pouco assustada aquela hora, amanhã estarei melhor.Luiz:- Fiz alguma coisa errada SophiaSophia:- Não, claro que não, obrigada por hoje Luiz-Ele sorri
Quando os homens de Pedro chegaram para o trabalho, Luiz pediu também que o galpão fosse arrumado para se tornar funcional, lá foi colocado, frutas e água para os homens, não queria ninguém rondando a casa, para que Sophia tivesse liberdade.Depois da noite anterior, todos sabiam o que poderia acontecer e respeitaram os limites sem problemas.Luiz recebeu uma ligação de Tobias, Sula e a mãe estavam tendo problemas com o sustento, Luiz já havia pensado nisso, mas com as situações em casa acabou se esquecendo, não era sua obrigação, mas não as deixaria desamparadas.Luiz:- Tobias, dê algum dinheiro a elas para as necessidades imediatas, e procure saber do que mais elas precisam e me fale.Luiz trabalhou um tempo com os homens, gostava de ouvir as conversas e saber quem estava em sua propriedade, mesmo que não falassem muito na sua presença, as poucas coisas eram o suficiente, reparou em um homem tão alto quanto ele, parecia um touro para o trabalho, não falava muito.Luiz:- Bom dia, sou
Sophia estava tensa, Luiz a segurava firmemente pela mão, chegando a grande mesa, nenhum dos homens olhou para ela, já haviam sido avisados por ele e depois do que ocorreu com Marcel, entenderam bem o recado.Luiz a sentou entre ele e uma das funcionárias que havia cozinhado com ela, Sophia ainda tremia, mas ao notar que nenhum dos homens falou com ela, ficou um pouco mais tranquila.Luiz fez um prato para Sophia e depois serviu o seu, os homens olharam aquilo admirados com o tratamento dado a moça, sabiam que ele andava com muitas mulheres, mas nunca o viram trata-lás tão bem., o cuidado dele era visível.Sophia comeu devagar, Luiz colocava a mão em seu ombro algumas vezes, para que ela se sentisse segura, sorria para ela, e conversava trivialidades.Luiz:- Continue focada em mim- Ele disse, quando alguém riu alto na ponta da mesa e ela fez menção de virar a cabeça.Sophia sorriu, conversou com ele e com as mulheres que Luiz fez questão que se sentassem próximas a ela, Sophia comeu,
Luiz acordou com o delicioso cheiro de pão caseiro, olhou o relógio, precisava conversar com Sophia, ela estava descansando pouco.Luiz se aprontou, trabalhou com os homens pela manhã, depois resolveria algumas questões de segurança, que eram urgentes.Trabalhou duro pela manhã, tomou um banho assim que entrou, Sophia estava na cozinha com as outras mulheres envolvida no grande almoço para os homens.Luiz foi a entrada e chamou por Murilo, o homem parou a sua frente, parecia um pouco desconfiado.Luiz:- Preciso falar com você, venha comigo-Atravessaram a sala para conversar no escritório, Luiz percebeu que teria de alterar o comodo, não queria pessoas passeando pela casa, sempre que ele precisasse falar de negócios.Murilo permaneceu de pé, olhava para Luiz sem desviar o olhar.Luiz:- Pode se sentar MuriloMurilo:- Prefiro ficar de pé-Luiz olhou para ele e apontou a cadeira, Murilo não discutiu mais, apenas sentou.Luiz:- Conversei com a minha irmã, ela me disse que você é um homem tr
Luiz saiu e conversou com os homens, ligou para Pedro, precisava que fossem feitas melhorias em algumas casas que tinha na propriedade, ficavam há trinta minuto da sua casa, não queria os homens muito perto, ainda temia assustar Sophia, pediu para que uma das casas em torno do lago também fosse reformada, colocaria Sula e Amira lá, essa ficava a quinze minutos a pé e elas poderiam trabalhar na casa. Tobias conversaria com as mulheres quando fosse o momento.Depois de dar as instruções necessárias voltou para casa, não encontrou Sophia na sala e nem na cozinha, passou pelo quarto dela e parou na porta, sem saber se deveria bater, caminhou até seu quarto, mas voltou e deu uma batida leve na porta, não obteve resposta, abriu somente o suficiente para que ela o pudesse ouvir, não queria causar uma situação constrangedora, Sophia não respondeu e ele espiou a vendo deitada na cama, se aproximou e ela estava adormecida, ele pode olhar para ela com mais calma, gostava de observar a beleza de