Luiz retornou do quarto e se sentou para comer com ela, estava um pouco cansado dos dias de trabalho, e algumas preocupações na cabeça, ainda pensava em quem poderia estar desviando dinheiro das boates.Sophia fez o prato dele e o dela, Luiz sorriu e agradeceu começando a comer, tentava afastar os pensamentos e priorizar o momento com Sophia.Luiz:- Como foi seu dia?Sophia:- Ainda é cedo para dizer- Estava ansiosaLuiz:-Mas aconteceu algo de ruim? Ou tudo esta correndo com tranquilidade?Sophia:- Até agora está tudo tranquilo-Ele sorriu e voltou a comer, já sabia detectar os pratos feitos por ela, o tempero de Sophia era único e saboroso, e ele queria apreciar, Luiz olhou para o prato dela que estava quase intacto.Luiz:- Porque não está comendo?Sophia:- Estou sem fome- Se convenceu de que não poderia cobrar Luiz por nada, ele já havia feito muito por elaLuiz:- Precisa comer Sophia- Ela sorriu e se forçou a comer um pouco, pensava para onde iria se ele a mandasse embora.Almoçaram
Sophia não sabia porque fica feliz com a felicidade dele, achou que se tratava de gratidão, tinha sentimentos confusos com relação a Luiz, nunca teve tanta proximidade com alguém do sexo masculino, o único carinho masculino que conhecia era do pai, mas os sentimentos não eram iguais e ela ainda não sabia identificar, resolveu não pensar mais naquilo, pelo menos por enquanto.A noite Luiz se deitou na cama, pensava nos acontecimentos do dia e no medo que viu nos olhos dela, nunca mais queria ver os lindos olhos de Sophia assim, faria o que fosse possível para isso.Se lembrou das palavras dela, "quando se sentir a vontade, me conte, pode confiar em mim" Será que algum dia se sentiria a vontade com tudo que aconteceu? Será que teria coragem de contar a ela, como foi abusado quando criança? Sophia era pura e inocente, algo que ele perdeu ainda muito novo, tinha medo de que ela não entendesse a situação, não contaria a ela, pelo menos não ainda.Luiz sonhou com Sophia, um sonho erótico, c
O olhar de satisfação visto por Sophia, era apenas Luiz a admirando, ele aproveitava todos os momentos para olhar para ela como se quisesse gravar cada pedacinho do rosto bonito, em sua mente. Luiz:- A porta que viu lá em cima, temos outra aqui em baixo, mas essa é mais escondida. Ele caminhou até uma das paredes de pedra, um pesado armário de madeira estava encostado a ela, Luiz se abaixou, um mecanismo preso atrás do pé do armário fez com que uma porta se abrisse. Sophia:- Isso parece filme-Ele segurou a mão dela e mostrou o dispositivo, queria que Sophia aprendewsse a abrir. Luiz:-Entendeu direitinho como se faz? Sophia:-Sim, mas acha que posso precisar? Luiz:-Aqui você está segura, mas é sempre bom ter um plano B- Ele fechou a porta e fez com que ela abrisse-Agora vamos entrar, quero te mostrar até onde pode ir. Um longo corredor, úmido e escuro, estava a frente dela, olhou para todos os lados antes de entrar atrás dele, Luiz ensinou a ela como fechar. Luiz:-Só depois de comp
Sophia entendeu perfeitamente como funcionavaM as portas e os utensílios dentro do túnel de fuga, guardou na memória a senha, e o acionamento das travas de segurança, se sentiu satisfeita quando Luiz expressou a alegria por ela aprender rápido.Sophia sentia que tinha uma afinidade enorme com ele, mesmo sendo muito diferentes, se davam muito bem, a cada dia confiava mais em Luiz, era bom ter um amigo.Na sala, se depararam com alguns homens, terminavam a mudança do escritório, Sophia correu para cozinha, se sentia mais confortável entre as mulheres.Luiz foi ajudar, essas situações eram as que queria evitar, por isso a alteração do escritório, Sophia se sentiria melhor sem ter que se deparar com homens estranhos pela casa.No fim dá tarde o escritório estava pronto, Luiz deu uma olhada e gostou do resultado, saiu pela porta que dava para fora, ficou parado no topo da escada, gostou da sensação, deveria ter mudado o escritório antes, Sophia entrou com um prato de bolo e uma xícara de c
Sophia resolveu tomar um banho, ficou lá um longo tempo, esperando que a água levasse seus pensamentos, não deu certo.Se enrolou na toalha e foi para o quarto, estava totalmente distraída, sentou na cama e usou outra toalha para secar os cabelos.Luiz:- Sophia você está bem- Ele entrou a pegando de surpresa, Sophia segurou a toalha com firmeza os olhos arregalados, Luiz ficou de costas para ela.Luiz:- Me desculpe, estou batendo já há algum tempo, achei que havia acontecido algo com vocêSophia:- Estou bem, só resolvi tomar um banho, saia por favor-Ele caminhou até a porta, mas parou antes de abrir.Luiz:- Está com voz de choro, tem certeza que está bem?Sophia:- Tenho, preciso me trocar-Luiz suspirou, sentia que algo estava errado, mas achou que Sophia estava envergonhada por ser pega de toalha, saiu apressado.Ela se vestiu devagar, amarrou o cabelo ainda molhado em um rabo de cavalo, se sentia entorpecida, voltou para a cozinha, quando passou pela sala Luiz percebeu o olhar um pou
Luiz estava aflito, Sophia já estava no quarto há horas, ele não teve coragem de bater novamente, esperaria por ela, teve a ideia de olhar as câmeras de segurança, se irritou ainda mais por não pensar nisso antes, viu o momento em que ela abriu a porta do escritório e depois de alguns segundos a fechou novamente, seu rosto era de uma tristeza palpável.Luiz:- Então ela viu algo, como eu não a percebi na sala?- Seus fantasmas estavam voltando para assombra-ló, as coisas que já tinha feito e as mulheres com quem se deitou seriam um grande problema em sua vida agora.Nunca pensou que isso pudesse o arrastar, mas agora via que estava errado, nunca achou que amaria alguém, que seu coração e alma teriam uma dona, e agora que isso aconteceu, não podia apagar seu passado, teria que encontrar uma forma de conviver com ele, sem perder Sophia, ou o futuro não existiria.Sophia se arrumou e resolveu sair do quarto, olhou pela janela e a noite já estava caindo, encontrou Rita na cozinha, olhou em
Luiz a levou para o quarto, Rita ainda estava na casa, se preocupou com Sophia e não foi embora, ela trouxe água e ajudou Luiz a colocar a menina na cama.Rita esfregou um líquido verde nos pulsos de Sophia, depois fez com que ela cheirasse, a menina começou a tossir e respirar com dificuldade, abriu os olhos e se sentou na cama em um movimento brusco, Luiz a abraçou, ela bateu nele tentando se livrar do seu aperto.Luiz:- Calma pequena, sou eu, estou aqui com você- Os gritos dela foram diminuindo, e a respiração acalmando, ela passou a agarrar Luiz como se quisesse sumir em seus braços-Calma, calmaEla chorou, era um chora desesperado, com o rosto contra o peito dele.Sophia:- Porque sou tão fraca? Tão patética? Vejo o rosto dele, eu me lembro de suas palavras e o toque daquelas mãos nojentas, por quê?- A passagem de Dario Tullosa pela vida de Sophia deixou marcas profundas, o medo, os pesadelos e a incerteza eram presentes em sua vida.Luiz:- Olhe para mim Sophia-Ela estava dispersa
Luiz acordou com um emaranhado de cabelos em seu rosto, sorriu antes mesmo de abrir os olhos, Sophia dormia tranquilamente, não mais em seu peito, mas deitada ao seu lado, observou as feições suaves, achou melhor se levantar para que ela não se sentisse constrangida, saiu do quarto com cuidado, para não acorda-lá.Rita dormiu na casa, existiam quartos para os empregados depois da cozinha, eram grandes e confortáveis, se levantou bem cedo, para preparar o café, aproveitou para tirar o lixo, quando saiu na porta da cozinha, viu um homem grande parado a alguns metros, ficou um pouco nervosa, quando ele começou a caminhar em sua direção.Murilo:- Bom dia, sou o Murilo, trabalho para o senhor Wood-Ela o olhava com desconfiança, mas foi educadaRita:- Trabalho para ele também, sou RitaMurilo:- Então vamos nos ver com frequência, Rita sabe me dizer se a senhorita está bem?Rita:- A senhorita Sophia? Porque pergunta?Murilo:-Eu a encontrei ontem a noite.Rita:- Ah você que a trouxe, ela está