Luiz se olhou quando saiu da sala, havia sangue em suas roupas, tomou banho no escritório e vestiu a muda de roupas limpas que sempre deixava lá para uma eventualidade.
Dirigiu para casa sorridente, se sentia em paz, um canalha a menos no mundo, olhou o relógio, já estava a três horas fora de casa, acelerou o automóvel, queria chegar logo.
Luiz deixou o carro na garagem externa, era reservada a visitantes, por não ficar muito perto da casa, quando se aproximou viu um dos soldados em sua porta, caminhou com passos pesados, já bastante irritado, suas ordens ha iam sido claras que ninguém entrava na casa.
Luiz:- O que esta fazendo na minha porta?
O homem se virou com os olhos arregalados.
Marcel:- Senhor, eu estava apenas verificando se a senhorita estava bem.
Luiz:- Ela chamou você? Ou você ouviu algo que justificasse sua preocupação?
Marcel:- Não senhor, mas eu pensei
Luiz:- Ninguém te pediu para pensar, só mandei ficar longe da casa-A porta se abriu, Sophia Olhou pela porta entre aberta, havia ouvido a voz de Luiz, e olhou pela janela antes de abrir, o abraçou chorando.
Sophia:- Você chegou-Ela estava assustada, e chorava
Luiz:- O que aconteceu-Marcel aproveitou que a atenção de Luiz estava em Sophia e tentou sair sem ser percebido, mas Luiz estava atento a tudo - Você, pode para onde está-Os homens em volta se aproximaram para garantir que Marcel não saisse dali
Sophia:- Alguém estava forçando a porta, fiquei com medo-Aquilo foi o suficiente par Luiz, levou Sophia para dentro e da porta mandou que os homens cuidassem daquilo, eles seguraram Marcel e o levaram para longe da casa.
Luiz acalmou Sophia, não queria que ela se sentisse insegura, então mentiu.
Luiz:- Se acalme, era um dos homens checando se a porta estava trancada-Sabia que era a pior desculpa possível, mas ela pareceu se tranquilizar um pouco.
Sophia:- Você disse que eles não podiam entrar
Luiz:- Mas não iam, se estivesse aberta te chamariam para saber se tudo estava bem, fique tranquila, isso não vai se repetir
Sophia:- Estou me sentindo uma idiota
Luiz:- Não deve, entendo o sue medo, consegue ficar sozinha por alguns minutos?Preciso dar algumas ordens aos homens e volto em seguida, continue vendo TV, volto e assisto com você-Ele olhou para TV e franziu a testa- O desenho?
Sophia:- Eu gosto-Ela sorriu e o rosto ficou vermelho
Luiz:- Isso, vamos ver o desenho, volto logo-Ele saiu da casa quando fechou a porta da frente começou a resmungar-Desenho?.
Antes de entrar no galpão pediu um silenciador a um dos homens, não queria assustar Sophia com o barulho.
Luiz:- O que pretendia?- Ele precisava saber exatamente porque o homem estava ali.
Soldado:- Ele disse que achou a senhorita bonita e pensou em conversar com ela-Isso foi o suficiente para a ira de Luiz vir a tona, atiou no homem, e devolveu o silenciador ao soldado, Luiz teve o cuidado de ficar a uma certa distância, não queria entrar em casa sujo de sangue.
Sophia estava encolhida no sofá, segurava uma almofada contra o peito, enquanto assistia ao desenho, Luiz se sentiu desanimado, não se lembrava a última vez que assistiu a desenhos, parecia um mundo distante.
Sophia:- Você voltou-Ela sorru para ele- Fiz um suco fresco para você, e tem pipoca
Luiz:- Obrigado-Sentou ao lado dela, pegou o copo e deu um grande gole se recostando e relaxando, Sophia olhou para ele e ficou em silêncio, não sorriu mais, apenas assistiu ao desenho, Luiz achou estranho mais se tranquilizou, quando ela começou a rir com os olhos colados na tela.
SOPHIA
Quando Luiz saiu, senti medo de ficar sozinha, a muito tempo não fico sozinha, sinto que me tornei a pessoa mais medrosa do mundo, tenho medo das pessoas e das situações, mas estava me sentindo tranquila vendo TV, quando ouvi a porta da frente ser forçada, alguém batia, me encolhi no sofá estava apavorada, caminhei com cuidado quando as batidas pararam, vi um dos soldados se afastando. O que ele queria? Luiz disse que estavam proibidos de entrar.
Me enrolei na manta que havia no sofá e fiquei quietinha, bateram novamente depois de um tempo e me assustei, ouvi a a voz do Luiz, olhei pela janela e o vi na porta, nem pensei abri e corri para os braços dele, nem percebi que estava chorando.
Luiz me acalmou e me colocou de volta aos desenhos, enquanto dava ordens aos homens, fiz um suco e fiquei esperando por, ele estava feliz, mas reparei que as roupas que ele usava não eram as mesmas com que saiu de casa, será que ele estava com alguma mulher? Por isso saiu? Não sei porque, mas meu humor não ficou muito bom, tentei me distrair com o desenho e fez efeito, mesmo imagens que não deveriam passando pela minha cabeça vez ou outra, viu Luiz com uma loira peituda, porque uma loira? Não sei, mas me parece o tipo de mulher que ele gostaria.
Assistiram a quatro episódios de pica-p@u, Sophia adormeceu no sofá, Luiz afastou os cabelos dela com cuidado, o rosto bonito relaxado, fez Luiz sorrir, sua boca era pequena e carnuda, ele olhava cada detalhe, os traços bem desenhados, o nariz atrevido e delicado, grandes cílios, era uma beleza de tirar o folego, Luiz passou a ponta do dedo na boca dela, estava hipnotizado, os cílios dela tremularam e Luiz retirou a mão, Sophia se espreguiçou um pouco e abriu os olhos.Sophia:- Acho que vou para cama-Luiz se levantou e desligou a Tv, acompanhou Sophia até a porta do quarto, ela estava seria, Luiz achou estranho, quase não teve tempo de dar boa noite, colocou a mão na porta parando SophiaLuiz:- Você está bem?Sophia pensou que não tinha o direito de reclamar, nem mesmo sabia porque estava incomodada.Sophia:-Nada, acho que só fiquei um pouco assustada aquela hora, amanhã estarei melhor.Luiz:- Fiz alguma coisa errada SophiaSophia:- Não, claro que não, obrigada por hoje Luiz-Ele sorri
Quando os homens de Pedro chegaram para o trabalho, Luiz pediu também que o galpão fosse arrumado para se tornar funcional, lá foi colocado, frutas e água para os homens, não queria ninguém rondando a casa, para que Sophia tivesse liberdade.Depois da noite anterior, todos sabiam o que poderia acontecer e respeitaram os limites sem problemas.Luiz recebeu uma ligação de Tobias, Sula e a mãe estavam tendo problemas com o sustento, Luiz já havia pensado nisso, mas com as situações em casa acabou se esquecendo, não era sua obrigação, mas não as deixaria desamparadas.Luiz:- Tobias, dê algum dinheiro a elas para as necessidades imediatas, e procure saber do que mais elas precisam e me fale.Luiz trabalhou um tempo com os homens, gostava de ouvir as conversas e saber quem estava em sua propriedade, mesmo que não falassem muito na sua presença, as poucas coisas eram o suficiente, reparou em um homem tão alto quanto ele, parecia um touro para o trabalho, não falava muito.Luiz:- Bom dia, sou
Sophia estava tensa, Luiz a segurava firmemente pela mão, chegando a grande mesa, nenhum dos homens olhou para ela, já haviam sido avisados por ele e depois do que ocorreu com Marcel, entenderam bem o recado.Luiz a sentou entre ele e uma das funcionárias que havia cozinhado com ela, Sophia ainda tremia, mas ao notar que nenhum dos homens falou com ela, ficou um pouco mais tranquila.Luiz fez um prato para Sophia e depois serviu o seu, os homens olharam aquilo admirados com o tratamento dado a moça, sabiam que ele andava com muitas mulheres, mas nunca o viram trata-lás tão bem., o cuidado dele era visível.Sophia comeu devagar, Luiz colocava a mão em seu ombro algumas vezes, para que ela se sentisse segura, sorria para ela, e conversava trivialidades.Luiz:- Continue focada em mim- Ele disse, quando alguém riu alto na ponta da mesa e ela fez menção de virar a cabeça.Sophia sorriu, conversou com ele e com as mulheres que Luiz fez questão que se sentassem próximas a ela, Sophia comeu,
Luiz acordou com o delicioso cheiro de pão caseiro, olhou o relógio, precisava conversar com Sophia, ela estava descansando pouco.Luiz se aprontou, trabalhou com os homens pela manhã, depois resolveria algumas questões de segurança, que eram urgentes.Trabalhou duro pela manhã, tomou um banho assim que entrou, Sophia estava na cozinha com as outras mulheres envolvida no grande almoço para os homens.Luiz foi a entrada e chamou por Murilo, o homem parou a sua frente, parecia um pouco desconfiado.Luiz:- Preciso falar com você, venha comigo-Atravessaram a sala para conversar no escritório, Luiz percebeu que teria de alterar o comodo, não queria pessoas passeando pela casa, sempre que ele precisasse falar de negócios.Murilo permaneceu de pé, olhava para Luiz sem desviar o olhar.Luiz:- Pode se sentar MuriloMurilo:- Prefiro ficar de pé-Luiz olhou para ele e apontou a cadeira, Murilo não discutiu mais, apenas sentou.Luiz:- Conversei com a minha irmã, ela me disse que você é um homem tr
Luiz saiu e conversou com os homens, ligou para Pedro, precisava que fossem feitas melhorias em algumas casas que tinha na propriedade, ficavam há trinta minuto da sua casa, não queria os homens muito perto, ainda temia assustar Sophia, pediu para que uma das casas em torno do lago também fosse reformada, colocaria Sula e Amira lá, essa ficava a quinze minutos a pé e elas poderiam trabalhar na casa. Tobias conversaria com as mulheres quando fosse o momento.Depois de dar as instruções necessárias voltou para casa, não encontrou Sophia na sala e nem na cozinha, passou pelo quarto dela e parou na porta, sem saber se deveria bater, caminhou até seu quarto, mas voltou e deu uma batida leve na porta, não obteve resposta, abriu somente o suficiente para que ela o pudesse ouvir, não queria causar uma situação constrangedora, Sophia não respondeu e ele espiou a vendo deitada na cama, se aproximou e ela estava adormecida, ele pode olhar para ela com mais calma, gostava de observar a beleza de
Luiz retornou do quarto e se sentou para comer com ela, estava um pouco cansado dos dias de trabalho, e algumas preocupações na cabeça, ainda pensava em quem poderia estar desviando dinheiro das boates.Sophia fez o prato dele e o dela, Luiz sorriu e agradeceu começando a comer, tentava afastar os pensamentos e priorizar o momento com Sophia.Luiz:- Como foi seu dia?Sophia:- Ainda é cedo para dizer- Estava ansiosaLuiz:-Mas aconteceu algo de ruim? Ou tudo esta correndo com tranquilidade?Sophia:- Até agora está tudo tranquilo-Ele sorriu e voltou a comer, já sabia detectar os pratos feitos por ela, o tempero de Sophia era único e saboroso, e ele queria apreciar, Luiz olhou para o prato dela que estava quase intacto.Luiz:- Porque não está comendo?Sophia:- Estou sem fome- Se convenceu de que não poderia cobrar Luiz por nada, ele já havia feito muito por elaLuiz:- Precisa comer Sophia- Ela sorriu e se forçou a comer um pouco, pensava para onde iria se ele a mandasse embora.Almoçaram
Sophia não sabia porque fica feliz com a felicidade dele, achou que se tratava de gratidão, tinha sentimentos confusos com relação a Luiz, nunca teve tanta proximidade com alguém do sexo masculino, o único carinho masculino que conhecia era do pai, mas os sentimentos não eram iguais e ela ainda não sabia identificar, resolveu não pensar mais naquilo, pelo menos por enquanto.A noite Luiz se deitou na cama, pensava nos acontecimentos do dia e no medo que viu nos olhos dela, nunca mais queria ver os lindos olhos de Sophia assim, faria o que fosse possível para isso.Se lembrou das palavras dela, "quando se sentir a vontade, me conte, pode confiar em mim" Será que algum dia se sentiria a vontade com tudo que aconteceu? Será que teria coragem de contar a ela, como foi abusado quando criança? Sophia era pura e inocente, algo que ele perdeu ainda muito novo, tinha medo de que ela não entendesse a situação, não contaria a ela, pelo menos não ainda.Luiz sonhou com Sophia, um sonho erótico, c
O olhar de satisfação visto por Sophia, era apenas Luiz a admirando, ele aproveitava todos os momentos para olhar para ela como se quisesse gravar cada pedacinho do rosto bonito, em sua mente. Luiz:- A porta que viu lá em cima, temos outra aqui em baixo, mas essa é mais escondida. Ele caminhou até uma das paredes de pedra, um pesado armário de madeira estava encostado a ela, Luiz se abaixou, um mecanismo preso atrás do pé do armário fez com que uma porta se abrisse. Sophia:- Isso parece filme-Ele segurou a mão dela e mostrou o dispositivo, queria que Sophia aprendewsse a abrir. Luiz:-Entendeu direitinho como se faz? Sophia:-Sim, mas acha que posso precisar? Luiz:-Aqui você está segura, mas é sempre bom ter um plano B- Ele fechou a porta e fez com que ela abrisse-Agora vamos entrar, quero te mostrar até onde pode ir. Um longo corredor, úmido e escuro, estava a frente dela, olhou para todos os lados antes de entrar atrás dele, Luiz ensinou a ela como fechar. Luiz:-Só depois de comp