LUIZ
Você acredita em amor à primeira vista?
Foi assim para mim, a primeira vez que a vi, algo dentro de mim se acendeu, a fragilidade e inocência de Sophia, me ganhou por completo, talvez por sermos opostos? Não sei dizer, mas é algo que não consigo lutar contra, mesmo sabendo que posso não sair vitorioso no final, ela passou parte da vida em um convento e tem uma história muito diferente da minha.
A sensação de pertencimento, como se ela pudesse tocar minha alma, e não se contaminar com toda a escuridão que existe lá.
Todas as minhas inibições, inocência e doçura foram arrancados de mim ainda muito novo, me tornando uma casca vazia, ou uma casca recheada de maldade.
Meu nome é Luiz e sou completamente apaixonado por Sophia, a pequena inocente que roubou meu coração.
Ela foi resgatada de um sequestro, o homem a quem o pai dela praticamente a vendeu, e se não tivéssemos chegado a tempo, ele teria violado e usurpado a inocência de Sophia, mas mesmo assim esse ato deixou estragos.
Ela precisava de proteção, eu não conseguiria deixa-lá, eu seria a melhor pessoa para proteger Sophia, minha casa era afastada e muito bem protegida, então a levei para lá.
A primeira vez que a vi foi no casamento do meu irmão, e foi o primeiro contato também com seu padrasto, Pablo, um homem que exalava maldade, ele apareceu na casa dos meus pais para buscar Sophia, nitidamente não queria que ela tivesse contato com as pessoas, nessa época ela já estava no convento, saindo apenas para presenciar o casamento de sua amiga, Gabriela.
Conversando com meu pai, descobri que a mãe de Sophia se casou com ele, pouco tempo depois da morte, do pai de Sophia, o que é bem estranho, um mês depois disso Sophia foi mandada para o internato de freiras, ele queria que ela se mantivesse pura, pois estava prometida em casamento, o padrasto ganharia mito dinheiro com isso, havia vendido a enteada, e ela nem mesmo sabia disso.
Ela é uma menina assustada, ainda estava em choque devido ao sequestro, quando fecho os meus olhos, ainda posso ver, Sophia nua jogada naquela cama, o rosto sangrando, toda vez que me lembrava, o ódio aflorava, o homem que pretendo mt@r, é Dario Tullosa.
Após resgatarmos Sophia, Dario conseguiu fugir, ele estava em um quarto do panico, dentro da sua casa, a prioridade era tirar a menina dali, cuidaríamos dele depois, mas ele foi rápido e saiu do país, para que ela ficasse protegida e fora do radar desse monstro Emily me pediu que a levasse comigo para casa, o que aceitei de imediato, ela estaria protegida, eu protegeria Sophia, com a minha própria vida.
Sophia quase não falava, sua confiança nos homens foi minada, pelo padrasto, e por Dario Tullosa, ela tentava confiar em Luiz, mas ainda não sabia se podia.
Quando chegaram à casa de Luiz ela ficou parada na porta, não sabia o que dizer nem como agir.
Luiz:-Entre Sophia, vou te mostrar seu quarto. - Sophia não tinha nada, então a mãe de Luiz preparou uma bolsa com itens que ela precisaria para o dia a dia, itens de higiene pessoal, e algumas roupas.
Ele colocou a bolsa sobre a cama, Sophia entrou com passos vacilantes, ficou encostada à parede ao lado da porta.
Luiz:-Não precisa ter medo de mim, Sophia, estou aqui para te proteger.-Ela levantou a cabeça e olhou para ele por alguns segundos, antes de baixar os olhos novamente, algo em Luiz mexia com ela, Sophia só não sabia se isso era bom.
Luiz não queria que ela ficasse mais assustada, resolveu sair do quarto.
Luiz:-No banheiro, tem toalhas limpas-Apontou para a porta ao lado do closet -Amanhã você pode escolher algumas roupas pela internet, será mais seguro.
Sophia: - Obrigada.
Luiz sorriu e saiu, estava se contendo para não falar nada ofensivo, ou que pudesse assustar Sophia, se encostou na parede do corredor ao lado da porta dela.
Luiz: - Isso vai ser difícil, muito difícil - Luiz foi para o próprio quarto estava ofegante, abriu os botoes da camisa, sentindo calor, acabou arrancando a roupa e entrando no chuveiro, somente a presença de Sophia havia deixado Luiz em um estado que nunca esteve devido a uma mulher, precisou se aliviar como um adolescente, pensando em Sophia.
Depois de se acalmar Luiz foi para cozinha, cozinhava muito bem, arrumou um jantar, colocou a mesa e foi chamar por ela.
Bateu na porta, não teve reposta, esperou mais alguns segundos e bateu novamente, Sophia abriu vestida em um roupão, os cabelos ainda molhados.
Luiz:-O jantar está pronto-Ele saiu e ela ainda pode ouvir Luiz murmurando "Muito difícil", ela ficou sem entender direito, mas foi se vestir.
Luiz esperava sentado na mesa, serviu Sophia, ela apenas observava.
Sophia:-Você que cozinhou?
Luiz:-Foi sim, está bom?-Ela pegou o talher e provou, seu rosto transmitiu surpresa.
Sophia:- Está maravilhoso-O rosto dela se iluminou e Luiz viu um sorriso que nunca havia visto antes, ele fixou os olhos na linda mulher à sua frente, se esquecendo até de comer.
Sophia, um pouco tímida, fez um gesto apontando para o prato dele, Luiz pigarreou e voltou a comer, tentando manter sua atenção no prato à sua frente.
Luiz:-Se quiser, posso te levar para conhecer a propriedade.Sophia:-É uma fazenda?Luiz:- Poderia ser pelo tamanho, mas não tenho animais aqui, somente algumas plantações pequenas, gosta de animais?Sophia:- Sim, no convento tinha galinhas, e vacas no terreno ao lado, eu tinha pouco contato com eles, mas gostava.Luiz:-Se quiser posso providenciar isso-Ela sorriu- Quero que se sinta em casaSophia:- Não quero atrapalhar sua rotina, não precisa se preocupar.Luiz:-Não será incomodo nenhum.-Terminaram o jantar em silêncio.A noite estava quente, Luiz caminhou com Sophia pelos arredores, parte do terreno em volta da casa era bem iluminado, percebeu a necessidade de algumas melhorias, para que ela se sentisse segura.Luiz:-Tem medo do escuro?Sophia:-Um pouco, não tenho boas lembranças-Ele sentiu uma pontada no coração, mas não perguntouLuiz:- Já pedi para que Pedro faça algumas obrar, logo tudo estará iluminado- Ele não havia falado com Pedro ainda, mas seria a primeira coisa que faria
Luiz passou a maioria das suas atividades para o escritório que tinha em casa, queria estar em casa com Sophia.Depois do café, assinou alguns documentos e chamou Sophia para caminhar lá fora, não queria ela presa em casa e com medo, queria que ela se sentisse bem e segura ali.Luiz:- Quero te mostrar um lugar que você pode nadar, tem uma queda d'água e não é distante da casa-Ela o seguiu.A fazenda era grande e cheia de possibilidades, mas pouco aproveitada, Sophia olhava em volta, agora a luz do dia podia ter uma percepção melhor do local.Sophia:- Esse lugar é enorme, poderia ter uma plantação ali-Apontou com o dedo o local- ali poderia ter um estábulo e mais à frente uma criação de vacas- Ela continuou falando, Luiz ouvia com atenção, depois de um tempo ela se deu conta do que estava fazendo, estavam parados há alguns minutos.Sophia:- Me desculpe, deixei a imaginação voar.Luiz:- Gostei de ouvir suas ideias, vou pensar em todas elas- Ele queria agradar Sophia, sabia que para faze
Luiz chegou a boate, ainda não era hora de expediente, então tudo estava tranquilo, queria resolver logo os problemas para voltar para Sophia.As mulheres da boate o cobiçavam, já havia dormido com algumas delas, Luiz ao contrário dos irmãos desenvolveu DSH (Desejo Sexual Hiperativo) devido aos abusos que passou na infância, agora estava em tratamento, se sentia muito mais controlado.Luiz passou por elas sem nem mesmo olhar para os lados, só uma mulher interessava agora e era Sophia, em sua sala encontrou mãe e filha, as duas choravam abraçadas.Luiz sentou em sua cadeira, pediu que trouxessem água, para que as mulheres se acalmassem.Elas se acalmaram um pouco, mas olhavam para ele assustadas, a menina parecia ser menor de idade, mas estava com uma maquiagem pesada e roupas curtas, Luiz jogou seu paleto para ela, que o vestiu sem fazer perguntas, se sentia exposta.Luiz:- Quantos anos tem sua filha senhora?Amira:- Tem dezessete anos-Luiz passou a mão pelo rosto visivelmente nervoso
Luiz se olhou quando saiu da sala, havia sangue em suas roupas, tomou banho no escritório e vestiu a muda de roupas limpas que sempre deixava lá para uma eventualidade.Dirigiu para casa sorridente, se sentia em paz, um canalha a menos no mundo, olhou o relógio, já estava a três horas fora de casa, acelerou o automóvel, queria chegar logo.Luiz deixou o carro na garagem externa, era reservada a visitantes, por não ficar muito perto da casa, quando se aproximou viu um dos soldados em sua porta, caminhou com passos pesados, já bastante irritado, suas ordens ha iam sido claras que ninguém entrava na casa.Luiz:- O que esta fazendo na minha porta?O homem se virou com os olhos arregalados.Marcel:- Senhor, eu estava apenas verificando se a senhorita estava bem.Luiz:- Ela chamou você? Ou você ouviu algo que justificasse sua preocupação?Marcel:- Não senhor, mas eu penseiLuiz:- Ninguém te pediu para pensar, só mandei ficar longe da casa-A porta se abriu, Sophia Olhou pela porta entre aber
Assistiram a quatro episódios de pica-p@u, Sophia adormeceu no sofá, Luiz afastou os cabelos dela com cuidado, o rosto bonito relaxado, fez Luiz sorrir, sua boca era pequena e carnuda, ele olhava cada detalhe, os traços bem desenhados, o nariz atrevido e delicado, grandes cílios, era uma beleza de tirar o folego, Luiz passou a ponta do dedo na boca dela, estava hipnotizado, os cílios dela tremularam e Luiz retirou a mão, Sophia se espreguiçou um pouco e abriu os olhos.Sophia:- Acho que vou para cama-Luiz se levantou e desligou a Tv, acompanhou Sophia até a porta do quarto, ela estava seria, Luiz achou estranho, quase não teve tempo de dar boa noite, colocou a mão na porta parando SophiaLuiz:- Você está bem?Sophia pensou que não tinha o direito de reclamar, nem mesmo sabia porque estava incomodada.Sophia:-Nada, acho que só fiquei um pouco assustada aquela hora, amanhã estarei melhor.Luiz:- Fiz alguma coisa errada SophiaSophia:- Não, claro que não, obrigada por hoje Luiz-Ele sorri
Quando os homens de Pedro chegaram para o trabalho, Luiz pediu também que o galpão fosse arrumado para se tornar funcional, lá foi colocado, frutas e água para os homens, não queria ninguém rondando a casa, para que Sophia tivesse liberdade.Depois da noite anterior, todos sabiam o que poderia acontecer e respeitaram os limites sem problemas.Luiz recebeu uma ligação de Tobias, Sula e a mãe estavam tendo problemas com o sustento, Luiz já havia pensado nisso, mas com as situações em casa acabou se esquecendo, não era sua obrigação, mas não as deixaria desamparadas.Luiz:- Tobias, dê algum dinheiro a elas para as necessidades imediatas, e procure saber do que mais elas precisam e me fale.Luiz trabalhou um tempo com os homens, gostava de ouvir as conversas e saber quem estava em sua propriedade, mesmo que não falassem muito na sua presença, as poucas coisas eram o suficiente, reparou em um homem tão alto quanto ele, parecia um touro para o trabalho, não falava muito.Luiz:- Bom dia, sou
Sophia estava tensa, Luiz a segurava firmemente pela mão, chegando a grande mesa, nenhum dos homens olhou para ela, já haviam sido avisados por ele e depois do que ocorreu com Marcel, entenderam bem o recado.Luiz a sentou entre ele e uma das funcionárias que havia cozinhado com ela, Sophia ainda tremia, mas ao notar que nenhum dos homens falou com ela, ficou um pouco mais tranquila.Luiz fez um prato para Sophia e depois serviu o seu, os homens olharam aquilo admirados com o tratamento dado a moça, sabiam que ele andava com muitas mulheres, mas nunca o viram trata-lás tão bem., o cuidado dele era visível.Sophia comeu devagar, Luiz colocava a mão em seu ombro algumas vezes, para que ela se sentisse segura, sorria para ela, e conversava trivialidades.Luiz:- Continue focada em mim- Ele disse, quando alguém riu alto na ponta da mesa e ela fez menção de virar a cabeça.Sophia sorriu, conversou com ele e com as mulheres que Luiz fez questão que se sentassem próximas a ela, Sophia comeu,
Luiz acordou com o delicioso cheiro de pão caseiro, olhou o relógio, precisava conversar com Sophia, ela estava descansando pouco.Luiz se aprontou, trabalhou com os homens pela manhã, depois resolveria algumas questões de segurança, que eram urgentes.Trabalhou duro pela manhã, tomou um banho assim que entrou, Sophia estava na cozinha com as outras mulheres envolvida no grande almoço para os homens.Luiz foi a entrada e chamou por Murilo, o homem parou a sua frente, parecia um pouco desconfiado.Luiz:- Preciso falar com você, venha comigo-Atravessaram a sala para conversar no escritório, Luiz percebeu que teria de alterar o comodo, não queria pessoas passeando pela casa, sempre que ele precisasse falar de negócios.Murilo permaneceu de pé, olhava para Luiz sem desviar o olhar.Luiz:- Pode se sentar MuriloMurilo:- Prefiro ficar de pé-Luiz olhou para ele e apontou a cadeira, Murilo não discutiu mais, apenas sentou.Luiz:- Conversei com a minha irmã, ela me disse que você é um homem tr