Benjamin Cooper ✓Era difícil raciocinar, difícil pensar em qualquer outra coisa que não fosse a mulher à minha frente, gemendo meu nome entre sussurros, seus lábios roçando meu ouvido a cada toque mais ousado. Todo o autocontrole que eu mantinha foi dissolvido no instante em que os lábios de Ava encontraram minha pele.Aquilo era um jogo perigoso, perverso. Um desejo proibido, algo que nunca deveria ter acontecido. Mas, antes que eu percebesse, já havia cruzado uma linha sem volta. Minhas mãos traçavam círculos lentos por seu corpo, apertando, chupando e mordendo cada pedaço de pele exposta, como se gravasse minha presença nela.A mulher em meu colo era um turbilhão de luxúria e perdição. Tão perfeita e ao mesmo tempo tão indomável, suas unhas deslizavam por minha pele, deixando marcas que queimavam, enquanto seus movimentos lentos sobre meu membro acendiam em mim uma urgência quase incontrolável.Deslizo meus lábios por sua nuca, marcando-a, reivindicando aquilo que eu desejava há s
Benjamin Cooper ✓ — Você não pode me deixar assim — digo, apontando para minha ereção, lutando para controlar a raiva que cresce dentro de mim.— Você tem duas mãos. Vai se virar — ela sorri de forma cruel, vestindo a blusa novamente e me olhando uma última vez.Ela se aproxima devagar, de forma provocativa, pousando as mãos sobre meu peito, e seus olhos me encaram com uma intensidade que faz o sangue ferver. A raiva queima em minhas veias quando sinto seus lábios tocarem minha pele, suaves, como um toque de veneno.— Eu adoraria ver a cara da Clarissa quando ela notar esses arranhões mais tarde — sua voz soa perversa enquanto chupa meu pescoço, com certeza deixando uma marca. — Diga-me, Ben... será que você vai conseguir transar com minha amiga enquanto pensa em mim? — Sua mão desliza lentamente pelo meu corpo, em direção à minha ereção, com um toque calculado. — Ou será que vai gemer meu nome quando gozar, imaginando tudo que poderíamos ter feito?O choque de suas palavras ecoa den
Ava Brown ✓ Sigo pelo corredor, meus passos ecoando no chão, enquanto tento me recompor. Minhas mãos ainda estão trêmulas, e a lembrança do toque dele me faz estremecer. Eu estava a segundos de fazer algo proibido e sinceramente, eu nunca me senti tão viva. Caminho em direção as escadas, quase alcançando o primeiro degrau, quando simplesmente a maluca que sismo que meus cães são traiçoeiros, também conhecida como demo, ops , Nicole aparece, me bloqueando. Seu olhar é cheio de curiosidade e uma malícia capaz de tirar o restante de minha paciência. Ela sorri, aquele sorriso petulante de quem acha que sabe de tudo, reviro os olhos esperando por suas palavras, que iriam ou não me ajudar a decidir entre acertar minha mão na sua cara ou empurra-la escada abaixo durante a noite e dizer que foi acidente. — O que você e Benjamin estavam fazendo tanto tempo trancados lá dentro? — Sinceramente, agora sim eu consegui a proeza de arrumar alguém para tomar conta da minha vida, está é mais atenta
Ava Brown ✓ Conversamos por horas. Ele também me confidenciou que está estressado com tudo isso. Foi então que o assunto voltou a ser Benjamin. Estávamos prestes a tocar no ponto central, quando percebi minhas cadelas próximas à porta, com as orelhas erguidas, atentas, como se esperassem por algo.— Não acredito — Bryan sussurrou, incrédulo.Levantei sem fazer barulho e caminhei até a porta. Mal encostei a mão na maçaneta quando Nicolle caiu com tudo no chão do quarto. Senti a raiva me consumir por dentro, o estresse acumulado das últimas semanas explodindo em mim. Sem pensar duas vezes, agarrei-a pelos cabelos e a arrastei para fora do meu quarto. Ela gritava, se debatia e esperneava, mas eu não a soltei. — Ava, pelos céus, solte-a! — A voz de Bryan ecoava com preocupação atrás de mim, enquanto eu praticamente arrastava Nicolle em direção às escadas. — AVA, O QUE DIABOS VOCÊ VAI FAZER?— Eu disse que iria trancá-la no canil e vou cumprir minha promessa. — Falei, enquanto a arrastav
Ava Brown ✓ Algumas horas haviam se passado, e a estrada cumpriu seu papel. Dirigir sempre me acalma, e desta vez não foi diferente. Agora, quase 03h30 da madrugada, estou debruçada sobre a sacada do quarto de hóspedes, observando as montanhas ao longe. Não costumo vir aqui. Na verdade, não tenho o hábito de visitar meu irmão. Sim, eu tenho um irmão. Philipe é alguns anos mais velho do que eu. Ele é meu irmão por parte de pai, criado pelos nossos avós paternos. Quando Sebastian soube da gravidez da mãe de Philipe, que na época era sua ex-namorada da faculdade, ele se recusou a assumir a responsabilidade. Meus avós, no entanto, fizeram um ótimo trabalho. Philipe é um homem incrível, e é impossível não notar a semelhança física entre ele e nosso pai — pelo menos na aparência. Diferente de mim, Philipe escolheu a tranquilidade. Mora em uma propriedade privada, isolada da cidade grande, com vista para as montanhas e bem distante de todos. Mesmo sem ter sido criado por Sebastian, cresc
Benjamin Cooper. Acendo um charuto, dou um trago profundo e solto a fumaça lentamente, observando-a se dissipar no ar. Velhos hábitos nunca morrem. E, embora fumar não seja o método mais saudável para me acalmar, é uma das poucas coisas que realmente funcionam. Dada a natureza da conversa que estou prestes a ter com Bryan, não me surpreenderia se fosse mais difícil do que o necessário.Ouço leves batidas na porta, que se abre lentamente logo em seguida. Bryan aparece, hesitante ao entrar em meu escritório. Desde pequeno, este nunca foi um lugar em que ele se sentisse confortável, e não apenas quando era criança. A verdade é que este ambiente foi decorado por sua mãe, Louise. Há memórias dela em cada canto, o que sempre tornou mais difícil para Bryan estar aqui.— Sente-se, Bryan. — Digo assim que ele se aproxima, apontando para a cadeira à sua frente.— É como entrar em um túnel do tempo. — Ele comenta, parecendo distante em suas lembranças. — Eu já sei, eu sei... Você vai me mandar
Benjamin Cooper ✓ As palavras dele ficaram pairando no ar, como uma maldição. Bryan saiu, deixando-me sozinho no escritório, preso em uma onda de arrependimento e raiva que eu não sabia como controlar.Por mais que eu quisesse gritar, o silêncio era ensurdecedor. Passei as mãos pelos cabelos, frustrado, buscando uma saída para aquela pressão crescente. Quando não aguentei mais, peguei as chaves do carro e saí do escritório. Aquela sensação de frustração ainda martelava em minha cabeça. As malditas acusações de Bryan continuavam ecoando em minha mente, me puxando para um lugar sombrio. Eu precisava esfriar a cabeça, sair por aí, dirigir até que a raiva passasse. Mas, assim que cheguei na garagem, meus planos desmoronaram.Ava estava lá, ocupada demais com suas cadelas para perceber minha presença de imediato. Vi as coleiras sendo presas no banco traseiro, e a pequena mala ao lado. Ela estava indo embora. Eu sabia que, naquele estado, ela poderia fazer uma loucura. Lembranças do últi
Ava Brown ✓ O riso ainda ecoava pela cozinha enquanto eu tomava um gole do café recém-preparado por Philipe. As expressões confusas de meu irmão e cunhada eram uma verdadeira diversão para mim. Ashley, com sua gargalhada contagiante, ainda comentava sobre o incidente com Nicole, quando o som insistente do meu celular tocando cortou o momento. Ignorei o aparelho nas primeiras vezes, mas quando ele tocou pela terceira, Ashley me lançou um olhar sério. — Ava, pode ser importante — ela disse, ainda com um leve sorriso no rosto. Suspirei, pedindo licença e saí da cozinha. Atravessei o corredor e fui para o outro cômodo, longe dos olhares curiosos. Quando atendi, uma voz firme do outro lado da linha se apresentou. — Aqui é do Hospital Central. A senhora Ava Brown? Meu coração acelerou de imediato. Tentei manter a calma. — Sim, sou eu. — A resposta saiu hesitante. — A senhora está marcada como contato de emergência de Bryan Cooper. Senti meu peito afundar. Bryan. O que ele havia fei