Ava Brown ✓ — Você se diz tão madura, mas um escritório corporativo não é lugar para cães. — Ele diz, convencido, como se estivesse certo em seu argumento.— Então, o que está fazendo aqui? — Pergunto com as sobrancelhas erguidas, e posso notar quando um pouco de raiva passa por seus olhos. — Vamos lá, Benjamim, você tem um minuto antes que elas voem na sua garganta.— Mande que se afastem... — Ele diz de forma rude, assumindo uma postura rígida no momento em que meus cães começam a se aproximar.— Não sei se deveria. Você vem até mim, invade meu escritório e quer me dar ordens aqui dentro? — Pergunto com sarcasmo, e noto a raiva em sua face se intensificando ainda mais. — Não acha que está querendo demais, Benjamim?— Mande-as para longe, Ava... — Ele fala entre dentes, me fazendo gargalhar daquela situação.Levanto-me, caminho em sua direção e paro em sua frente. Meus olhos encaram os seus por um momento, e, se posso afirmar algo com certeza, é que faltava pouco para o início da te
Ava Brown ✓ A bela casa de três andares, situada em um dos melhores bairros da cidade, sempre foi um ponto de curiosidade para qualquer um que passasse. Os muros altos, o extenso terreno e o imponente portão de ferro pareciam guardar segredos que despertavam a imaginação dos que ousavam olhar para dentro. Irônico pensar que cresci nesse lugar. Um cenário digno de uma novela dramática e eu, claro, a protagonista relutante.Os portões de ferro se abrem automaticamente quando meu carro se aproxima. Ah, a velha ostentação da família, sempre impecável. Deixo o motor ligado, sem nenhuma intenção de me demorar mais do que o necessário. Uma conversa rápida com Savannah, apenas o suficiente para esclarecer as dúvidas que estão me corroendo. E, francamente, quanto menos tempo eu passar aqui, melhor.Entro na casa sem o menor cuidado com o barulho dos meus passos. Passam das 18h e o silêncio quase sufocante me diz que os empregados já foram embora há horas. Ando pela sala de estar, cozinha, sal
Benjamin Cooper ✓Benjamin Cooper ✓Passei metade da tarde em um mal humor terrível, que se transformou em uma dor de cabeça pulsante. Tudo isso após perseguir aquela maluca pelas ruas como se estivesse em um playground particular. Meu coração gelou quando Ava furou o sinal vermelho, e por um milagre — ou talvez uma piada do destino — não foi atingida por um caminhão que cruzava em alta velocidade. Aquilo me deixou furioso. Por que ela não se importa?A culpa que senti ao vê-la se levantar e sair daquela mesa me consumiu por um instante, mas a verdade é que eu não faço ideia do que me deu. Estar frente a frente com a mulher que quase tomei em meus braços pela manhã, e com a sua mãe — um dos maiores fantasmas do meu passado — me fez perder a razão. Aquelas lembranças surgiram como serpentes venenosas, querendo me picar de novo.Quando Clarissa mencionou a possível visita de Ava a uma de nossas estalagens no meio do mar, não consegui me conter. Óbvio que era seguro! Eu mesmo me esforcei
Benjamin Cooper ✓ Do corredor, já consigo ouvir vozes animadas. Quando entro, meus olhos quase saltam das órbitas ao ver as duas mulheres à minha frente.Clarissa, como sempre, estava impecável. Seu vestido preto justo realçava sua pele clara e seus cabelos loiros estavam soltos, caindo com perfeição. A maquiagem destacava seus olhos azuis de forma hipnotizante. Mas foi a mulher ao lado dela que realmente chamou minha atenção.Ava Brown. A mesma que havia me desafiado mais cedo. Ela estava deslumbrante em um vestido vermelho, que realçava suas curvas de uma maneira quase provocadora. A fenda que subia pela coxa mostrava mais do que deveria, e seus olhos, escuros e cheios de malícia, capturaram os meus com um sorriso cínico nos lábios. Por um momento, fiquei preso ali, observando-a, perdido entre o ódio e algo mais profundo que eu não queria admitir.Clarissa sorriu ao me ver, quebrando o feitiço que Ava parecia ter lançado.Me aproximo dela, envolvendo meus braços em sua cintura. Pux
Ava Brown ✓ Não consigo falar com Katherine desde que ela viajou. Na verdade, não é falta de contato, é só que nossas agendas nunca coincidem.— Katy está bem. Ela vai embarcar para um novo trabalho nesta madrugada, mas volta no fim do mês — ele diz, com um tom ligeiramente nostálgico.Nunca vi alguém idolatrar tanto uma pessoa quanto Vincent faz com minha prima. É algo admirável, e se um dia me perguntarem o que considero uma meta de relacionamento, seria o deles.— E você? — pergunto.— Estarei viajando amanhã cedo para encontrá-la. Não estou aguentando a saudade — ele ri. — E Bryan, onde está? Não o vi a noite inteira.— Estávamos juntos até pouco tempo. Talvez ele esteja com o pai ou... entre as pernas de alguma mulher em um dos banheiros deste lugar — dou de ombros, com um sorriso atravessando meus lábios.— Eu realmente não entendo esse contrato de vocês — ele comenta em um tom mais baixo, para que as poucas pessoas ao nosso redor não ouçam. — Mas acredite, vocês ainda vão se a
Ava Brown ✓Quando comecei a me sentir sendo movida, a sensação era quase de flutuar. Meus olhos pesavam de sono, mas ainda assim, aos poucos, consegui abrir as pálpebras e enxergar o lugar ao meu redor. Aquela familiaridade... Eu estava sendo carregada, provavelmente em direção ao meu quarto. Por um segundo, quase sorri. Só podia ser o Bryan. Ele sempre fora tão atencioso...Mas algo não se encaixava. Eu não deveria estar ali.Me aconcheguei um pouco mais nos braços do homem que me carregava, buscando uma falsa sensação de segurança, até que uma lembrança estourou na minha cabeça. Eu deveria estar no meu apartamento, perto do Central Park! Uma confusão tomou conta da minha mente até que, de repente, a verdade caiu sobre mim. Não tinha voltado para a mansão, e, definitivamente, aquilo não era um sonho.A clareza me atingiu como um balde de água gelada. Meu coração acelerou enquanto levantava os olhos devagar, tentando entender o que estava acontecendo. E, claro, o homem que me carrega
Ava Brown ✓ Livrando-me dos saltos, me levanto, mas Benjamin já está em pé, tão próximo que posso sentir sua presença me cercando. Ele me olha de cima, seus olhos agora mais sombrios, e o ar parece se carregar com algo mais intenso. — Sinceramente, não sei o que meu filho viu em você. — Ele diz, a voz seca, mas há algo escondido em suas palavras, algo que me faz sorrir. — Ele tem bom gosto. — Retribuo, dando de ombros, provocadora. — Insolente. — Ele murmura, mas o tom rude só me faz rir. — Está ficando sem apelidos, Benjamin? — Me aproximo, meus passos lentos, a tensão entre nós crescendo a cada segundo. Seus olhos seguem meus movimentos, atentos, e eu posso sentir o calor irradiando de seu corpo. — Acredite, tenho uma lista de coisas que adoraria chamar você. — Ele diz, os olhos fixos nos meus, sua voz baixa e cheia de raiva contida, misturada com algo mais. Algo que me faz querer provocar ainda mais. — Isso é tudo porque interrompi sua transa hoje? — Minha voz sai suave, qua
Ava Brown ✓ Uma de suas mãos desliza em direção à minha nuca, fazendo uma pressão significativa, me obrigando a encará-lo enquanto um sorriso malicioso surge em meus lábios. Ele aproxima seus lábios dos meus, tomando todo o controle da situação de volta para si. Um beijo sutil é depositado no canto da minha boca, e um sorriso malicioso surge em meus lábios. — Até onde você consegue aguentar, Benjamin? — digo com voz rouca, e um sorriso sutil surge em seus lábios. — A pergunta não é essa, garota — ele diz, deslizando seus lábios por minha nuca. — A pergunta certa seria: quanto tempo você leva antes de se derreter em minhas mãos? — ele sussurra em meus ouvidos, antes de morder minha nuca de uma forma provocativa, me fazendo gemer involuntariamente. — Vamos lá, Ava, você sabe que quer isso tanto quanto eu — ele sussurra, depositando marcas por toda a extensão da minha nuca e clavícula, marcas que, sem dúvidas, eu precisarei cobrir antes de sair em público. Uma de suas mãos desliza p