Ava Brown ✓Quando comecei a me sentir sendo movida, a sensação era quase de flutuar. Meus olhos pesavam de sono, mas ainda assim, aos poucos, consegui abrir as pálpebras e enxergar o lugar ao meu redor. Aquela familiaridade... Eu estava sendo carregada, provavelmente em direção ao meu quarto. Por um segundo, quase sorri. Só podia ser o Bryan. Ele sempre fora tão atencioso...Mas algo não se encaixava. Eu não deveria estar ali.Me aconcheguei um pouco mais nos braços do homem que me carregava, buscando uma falsa sensação de segurança, até que uma lembrança estourou na minha cabeça. Eu deveria estar no meu apartamento, perto do Central Park! Uma confusão tomou conta da minha mente até que, de repente, a verdade caiu sobre mim. Não tinha voltado para a mansão, e, definitivamente, aquilo não era um sonho.A clareza me atingiu como um balde de água gelada. Meu coração acelerou enquanto levantava os olhos devagar, tentando entender o que estava acontecendo. E, claro, o homem que me carrega
Ava Brown ✓ Livrando-me dos saltos, me levanto, mas Benjamin já está em pé, tão próximo que posso sentir sua presença me cercando. Ele me olha de cima, seus olhos agora mais sombrios, e o ar parece se carregar com algo mais intenso. — Sinceramente, não sei o que meu filho viu em você. — Ele diz, a voz seca, mas há algo escondido em suas palavras, algo que me faz sorrir. — Ele tem bom gosto. — Retribuo, dando de ombros, provocadora. — Insolente. — Ele murmura, mas o tom rude só me faz rir. — Está ficando sem apelidos, Benjamin? — Me aproximo, meus passos lentos, a tensão entre nós crescendo a cada segundo. Seus olhos seguem meus movimentos, atentos, e eu posso sentir o calor irradiando de seu corpo. — Acredite, tenho uma lista de coisas que adoraria chamar você. — Ele diz, os olhos fixos nos meus, sua voz baixa e cheia de raiva contida, misturada com algo mais. Algo que me faz querer provocar ainda mais. — Isso é tudo porque interrompi sua transa hoje? — Minha voz sai suave, qua
Ava Brown ✓ Uma de suas mãos desliza em direção à minha nuca, fazendo uma pressão significativa, me obrigando a encará-lo enquanto um sorriso malicioso surge em meus lábios. Ele aproxima seus lábios dos meus, tomando todo o controle da situação de volta para si. Um beijo sutil é depositado no canto da minha boca, e um sorriso malicioso surge em meus lábios. — Até onde você consegue aguentar, Benjamin? — digo com voz rouca, e um sorriso sutil surge em seus lábios. — A pergunta não é essa, garota — ele diz, deslizando seus lábios por minha nuca. — A pergunta certa seria: quanto tempo você leva antes de se derreter em minhas mãos? — ele sussurra em meus ouvidos, antes de morder minha nuca de uma forma provocativa, me fazendo gemer involuntariamente. — Vamos lá, Ava, você sabe que quer isso tanto quanto eu — ele sussurra, depositando marcas por toda a extensão da minha nuca e clavícula, marcas que, sem dúvidas, eu precisarei cobrir antes de sair em público. Uma de suas mãos desliza p
Benjamin Cooper ✓Eu sabia que era errado, sabia que deveria parar... mas naquele momento, naquele instante em que tudo parecia tão natural, me faltou força. Agora, aqui, sozinho, tudo que me resta é a culpa. A culpa por ter desejado o que não poderia ter. Por ter cedido à tentação.Seria difícil me manter em minha sã consciência. Eu sabia disso. A cada vez que fechava os olhos, as imagens invadiam minha mente, milhares de possibilidades desenrolando-se diante de mim. Ava e eu, sem ninguém para nos interromper, sem barreiras. Era quase impossível não pensar no que poderia ter acontecido se Bryan não tivesse aparecido. Mas eu não cederia. Não aos desejos que me inundaram, não às tentações que tomaram conta de mim naquela madrugada.Quando finalmente consegui dormir, já eram quase seis da manhã. O sono veio tarde e foi breve, agitado, mas ao menos consegui algum alívio. Agora, são por volta das 12h37, e nunca agradeci tanto por ser sábado à tarde. Eu preciso de espaço, preciso me distan
Benjamin Cooper ✓ Perdido em meus pensamentos, sou trazido de volta à realidade pelo som da porta do quarto se abrindo. Deixo a gravata sobre uma das prateleiras e saio do closet, encontrando Bryan parado no centro do quarto, com aquele mesmo semblante que costumava ter quando aprontava algo na infância.— Pai — ele diz, um pouco sem jeito. — Desculpe interromper, estamos quase de saída, mas queria perguntar se poderia me ajudar com algo.Estranho e aprecio sua atitude ao mesmo tempo. Desde que Louise faleceu há alguns anos, Bryan quase nunca vem até mim em busca de ajuda, conselhos ou algo do tipo.— Em que posso ajudá-lo? — pergunto vagamente. Devo admitir que ainda tenho algum receio quanto a acontecimentos passados, e quando Bryan geralmente me pede ajuda é porque algo deu errado.— Bem, hoje é o nosso aniversário de dois meses de casados. E gostaria de fazer algo especial para Ava. — Bryan diz sem jeito, e suas palavras me pegam de surpresa.— E onde eu entro nessa história, Bry
Ava Brown ✓Podem acreditar em mim, quando digo que , é um feito e tanto quando alguém consegue chegar até mim sem precisar falar de seus bens ou de quantos dígitos tem em sua conta bancária.Pelo espelho em meu quarto, percebo quando a porta é aberta. Bryan entra no quarto trazendo consigo uma pequena caixa em suas mãos. Viro-me para encará-lo enquanto um sorriso cruza seus lábios.— Feliz dois meses de casamento falso — ele diz, sorrindo e vindo em minha direção.— Feliz dois meses de casamento falso — sorrio e me aproximo dele, depositando um selinho em seus lábios, que rapidamente se transforma em um beijo calmo.— Isso é para você — ele me entrega a pequena caixa quando nos afastamos. — Temos uma viagem marcada hoje às 17h20.Ergo as sobrancelhas em descrença enquanto abro a pequena caixa. Lá dentro havia um singelo bracelete de ouro branco, trançado e com um pingente de um pequeno diamante. Era singelo; ponho imediatamente o presente e um sorriso cruza meus lábios. Me aproximo
Ava Brown ✓ Olho para o relógio na tela do computador. São 15h17. Meu estômago ronca, lembrando-me de que não comi nada o dia todo. O estresse me fez esquecer de mim mesma.Chamo Lia, minha secretária, e peço para que ela remarque meus compromissos e desmarque o que não for importante. Principalmente minha presença no evento desta noite, que nada mais é que o aniversário da filha de um dos sócios. Um presente simples resolve.Aviso a Lia que ela pode ir para casa assim que terminar. Pego minhas coisas, pronta para sair, quando o telefone toca novamente. Respiro fundo ao ver o nome do meu advogado na tela. Nébula e Luna, minhas companheiras caninas, levantam as cabeças, mas ao perceberem que não iríamos embora ainda, deitam de novo, fingindo dormir.Respiro fundo mais uma vez antes de atender, me preparando mentalmente para o que estava por vir.— Simon? — chamo ao atender. — Por favor, me diga que são boas notícias.— Sinto muito, Ava, mas eu não ligaria se não fosse importante...~~
Ava Brown ✓ Olho para Simon, que dá de ombros com um semblante neutro. Ele está acostumado com esses desastres familiares e sabe que vou pagar, não importa o quanto me incomode.— Certo, vamos resolver isso. — Digo, cansada.O delegado faz um gesto para que um dos policiais traga meus pais. Quando eles aparecem na sala, Savannah parece uma adolescente arrependida, enquanto Sebastian mal consegue esconder sua irritação.Balanço a cabeça ao olhar para ambos, dois adultos maduros que simplesmente agem como crianças malcriadas. Após todo o processo de negociação e pagamento da fiança, saímos da delegacia, e para minha surpresa, em frente ao local, havia uma multidão de repórteres e jornalistas.Não faço a mínima ideia de como diabos souberam disso, mas foi necessário a ajuda dos policiais para que conseguíssemos chegar até meu carro. Savannah e Sebastian cobrem os rostos da forma que podem. Eu, por outro lado, mantenho a cabeça erguida. Não fiz nada de errado e me recuso a me envergonha