Oiie humanos, tudo bem com vocês ? Passando só para avisar que sim... Nós estamos chegando a reta final do livro. Mas ainda tem muita coisa para acontecer, então, sem mais delongas. Vamos ao capítulo. Boa leitura 😊Ava Brown ✓ A mesa de jantar estava impecavelmente posta, mas o clima era tudo menos agradável. O que deveria ser um jantar em família mais parecia um julgamento silencioso. Escolhi não me sentar próxima a Benjamin, muito menos a Bryan. A tensão no ar era quase palpável, e eu não queria me ver forçada a tomar partido de nada.Optei por me acomodar ao lado de Kira, que, graças aos céus, parecia alheia à atmosfera pesada ao nosso redor. O pequeno goblin tagarelava sem parar, transbordando animação ao falar sobre a escola e os materiais que havia ganhado. Ela descrevia, com detalhes vívidos, o grande unicórnio rosa que o tio Ben lhe comprara no shopping naquela semana.Era impossível não sorrir ao vê-la assim. O sorriso de Kira tinha o poder de iluminar qualquer ambiente,
Ava Brown √ O clima na sala estava tão pesado que dava para cortar com uma faca, mas, sinceramente? Eu estava me divertindo muito mais do que deveria.- Athena iria adorar isso. - digo, sorrindo com uma calma irritante, enquanto tomo um gole de vinho direto da taça de Ben, já que ele parecia ter esquecido de encher a minha. - Eu deveria tê-la convidado para esse circo, se soubesse que você viria, Olivia... ops, Louise. - o sarcasmo escorre de cada palavra. - Teria trazido todo o elenco de palhaços para completar esse espetáculo. Afinal, você decidiu abrir a caixa de Pandora ao voltar para a vida de Bryan depois de tantos anos. Mas me diga, você contou a ele a verdade sobre por que foi embora? Ou preferiu reciclar aquela história patética que tentou me vender no meu escritório?- JÁ CHEGA, AVA! - Bryan explodiu, socando a mesa com tanta força que quase fez os copos saltarem. Seu olhar me fuzilava com puro ódio. - QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ACUSAR MINHA MÃE, QUANDO VOCÊ MESMA SE DEITOU
Ava Brown ✓ Uma semana desde aquele jantar desastroso. Uma semana em que Benjamin e Bryan não trocam uma palavra. Uma semana desde que Bryan fez as malas e sumiu, deixando todo mundo em um silêncio tão constrangedor que daria para ouvir uma agulha caindo na mansão. E, como era de se esperar, as coisas só parecem piorar a cada dia.Kira tem passado os últimos dias no meu apartamento. Com Helena de férias e Benjamin, apesar de ser um avô dedicado, completamente perdido quando se trata de lidar com um furacão ambulante, sobrou para mim. E, sejamos honestos, isso tem testado meu relacionamento de todas as formas possíveis. Eu amo Kira, amo Benjamin e a forma como ele se esforça para cuidar do pequeno goblin, mas uma criança é uma responsabilidade enorme. E, por mais que eu os ame, essa não é uma responsabilidade que estou pronta para assumir.Cuidar de uma criança de forma parcial é uma coisa. Estar lá para os momentos bons, dar uns conselhos, incentivar umas travessuras e depois devolvê
Ava Brown √ Meu pai ignorou o espanto nos rostos ao redor. Com passos firmes, apesar de seu estado deplorável, ele avançou até o centro do tribunal. Não pediu permissão, não se desculpou. Não precisava. Quando Sebastian Brown decidia falar, ele falava, e todos os outros que se preparassem para ouvir.— Isso aqui... isso tudo — ele começou, sem sequer olhar para o juiz —, é uma verdadeira piada. Uma comédia de mau gosto. Savannah nunca foi vítima de nada além de suas próprias escolhas.Sua voz ecoou pelo tribunal, carregada de uma franqueza brutal que me fez segurar a respiração por um segundo. Eu sabia o que estava por vir, mas vê-lo ali, tão direto, tão implacável, mexia comigo de uma forma inesperada. Ele sempre foi uma presença forte, mas nunca o vi assim: sangrando, machucado, e ainda disposto a derrubar quem cruzasse seu caminho.— Ava só fez o que qualquer pessoa faria no lugar dela. Aceitou a oferta de Savannah. A mulher que está aí choramingando e se fazendo de vítima é a mes
Ava Brown ✓ O som seco do martelo ecoa pela sala do tribunal, marcando o fim do espetáculo patético que Savannah encenou pelos últimos meses. Um peso colossal se dissolve dos meus ombros, e, pela primeira vez em semanas, consigo respirar sem sentir que estou carregando o fardo de uma guerra interminável.Recolho minhas coisas, trocando olhares rápidos com Edgar, que exala a satisfação de um advogado que sabe que acabou de esmagar o adversário sem piedade.- Que belo show, não? - comento, ajeitando os papéis na pasta.- Um dos melhores que já vi - ele responde, um sorrisinho afiado nos lábios. - Mas devo dizer, Savannah deveria reconsiderar a carreira. O papel de vítima ingênua não lhe cai bem.Solto um riso curto e seguimos para fora do tribunal. Assim que passamos pelas portas, Sebastian se aproxima, ainda parecendo um figurante saído de um filme de terror. Ele tem cortes nos braços, um hematoma visível na testa, mas carrega um sorriso confiante.- Ava.- Sebastian. - Um meio sorris
Ava Brown √ A tensão no ambiente se intensifica, e eu não sei o que é mais pesado: a dor de lembrar, ou a frustração de saber que ele nunca será capaz de consertar tudo o que quebrou dentro de mim.— Filha... Por favor... — Ouço sua voz tão próxima a mim, mas me recuso a me virar. Não deixaria que ele visse as lágrimas que escorriam pelo meu rosto, as mesmas que ele nunca viu quando eu mais precisei.— Um cruzeiro, Sebastian... Você e Savannah estavam em um maldito cruzeiro. — Minha voz treme, mas minha raiva me impede de sucumbir. — Eu implorei para ficar com seus pais. Eu implorei para ficar com meus avós, mas você... você não quis me ouvir. Você ouviu a sua esposa, a mulher que me pôs no mundo, mas que nunca se importou de verdade comigo. Você permitiu que ela me deixasse naquela casa... — As palavras saem com dificuldade, misturadas a soluços, e a ferida que eu pensava já ter cicatrizado se abre de novo, fazendo com que a dor seja ainda mais insuportável. — Você nunca se preocupo
AVA BROWN ✓ DIAS ATUAIS. Me despeço de Sebastian logo após insistir que ele fosse até o hospital, apenas para fazer um curativo em seus hematomas. Ele recusa por várias vezes, até que eu ameacei suspender a nossa primeira sessão de terapia que aconteceria em alguns dias. Acho que acabei de descobrir de quem puxei a maldita teimosia.Após Sebastian concordar, mesmo a contra gosto, nos despedimos. Sigo em direção a Benjamin, que me aguardava em um dos corredores principais, próximo à saída. O sorriso em seus lábios cresce ao me ver, assim como eu sorrio ao encontrá-lo. Ter Benjamin me esperando é como um alívio após um dia tão exaustivo quanto esse.Naquele momento, eu não queria brindar a vitória pela causa ganha. Eu queria um abraço do meu homem, um beijo carinhoso e o aconchego do meu apartamento. Me aproximo dele, como costumo fazer quando estamos a sós, tocando sua face antes de envolver meus braços em sua nuca. Deposito um beijo suave em sua nuca, mas algo está estranho. Sinto
Ava Brown ✓ -Brown... Ava Brown. - digo casualmente, mantendo a compostura enquanto o observo sorrir enquanto torna a pronunciar meu nome. - Então, é um prazer conhecê-la senhorita Brown. - ele diz de modo quase sedutor, me fazendo erguer as sobrancelhas em um misto de descrença e curiosidade. - Igualmente senhor Lancaster. - digo calmamente, mantendo a postura enquanto um breve sorriso surge em seus lábios. - Por favor, sem formalidades. - ele diz com um breve sorriso. - Me chame de Henry apenas. - Tudo bem, Henry. Apenas Henry. - digo com um sorriso sutil, olhando-o de cima a baixo. - O que o traz à minha mesa? - pergunto, a voz calma, mas direta, como se já soubesse a resposta, mas me divertisse em esperar. - Admito que a observei desde o momento em que entrou. E, enquanto o fazia, comecei a me perguntar o que uma mulher tão linda faz sozinha em uma noite tão agradável como esta? - Ele fala com um tom casual, mas algo em sua voz trai uma intenção oculta, como se ele estivess