Narradora √ Ava estacionou o carro na garagem da mansão, desligando o motor enquanto lançava um olhar para o banco de trás. Luna e Nébula estavam em pura agitação, os rabos abanando tão rápido que poderiam gerar energia para a casa inteira. Ela riu, já sabendo o motivo. Fazia semanas que as duas não viam Kira, e, se conhecia bem a garota, ela também deveria estar enlouquecendo de saudades.Assim que desceu do carro, Ava abriu a porta traseira, e as duas cadelas praticamente pularam para fora como se fossem foguetes. Luna e Nébula se colocaram ao lado dela, cheias de energia, esperando algum comando como se fossem recrutas em treinamento.— Certo, meninas, vamos causar. — Ava brincou, caminhando para dentro da mansão, com as duas sombras caninas ao seu lado.Mal havia colocado o pé na sala quando um pequeno furacão de cabelos escuros veio correndo em sua direção, agarrando-se às suas pernas com toda força.— Tiiiiiaaaaa! — gritou Kira, com a voz carregada de alegria.— Oi, minha peque
Oiie humanos, tudo bem com vocês ? Passando só para avisar que sim... Nós estamos chegando a reta final do livro. Mas ainda tem muita coisa para acontecer, então, sem mais delongas. Vamos ao capítulo. Boa leitura 😊Ava Brown ✓ A mesa de jantar estava impecavelmente posta, mas o clima era tudo menos agradável. O que deveria ser um jantar em família mais parecia um julgamento silencioso. Escolhi não me sentar próxima a Benjamin, muito menos a Bryan. A tensão no ar era quase palpável, e eu não queria me ver forçada a tomar partido de nada.Optei por me acomodar ao lado de Kira, que, graças aos céus, parecia alheia à atmosfera pesada ao nosso redor. O pequeno goblin tagarelava sem parar, transbordando animação ao falar sobre a escola e os materiais que havia ganhado. Ela descrevia, com detalhes vívidos, o grande unicórnio rosa que o tio Ben lhe comprara no shopping naquela semana.Era impossível não sorrir ao vê-la assim. O sorriso de Kira tinha o poder de iluminar qualquer ambiente,
Ava Brown √ O clima na sala estava tão pesado que dava para cortar com uma faca, mas, sinceramente? Eu estava me divertindo muito mais do que deveria.- Athena iria adorar isso. - digo, sorrindo com uma calma irritante, enquanto tomo um gole de vinho direto da taça de Ben, já que ele parecia ter esquecido de encher a minha. - Eu deveria tê-la convidado para esse circo, se soubesse que você viria, Olivia... ops, Louise. - o sarcasmo escorre de cada palavra. - Teria trazido todo o elenco de palhaços para completar esse espetáculo. Afinal, você decidiu abrir a caixa de Pandora ao voltar para a vida de Bryan depois de tantos anos. Mas me diga, você contou a ele a verdade sobre por que foi embora? Ou preferiu reciclar aquela história patética que tentou me vender no meu escritório?- JÁ CHEGA, AVA! - Bryan explodiu, socando a mesa com tanta força que quase fez os copos saltarem. Seu olhar me fuzilava com puro ódio. - QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ACUSAR MINHA MÃE, QUANDO VOCÊ MESMA SE DEITOU
"Na busca pelo paraíso nos olhos de um anjo, a condenação de minha alma se tornou um preço justo a pagar."Narradora √O sol já começava a se pôr, tingindo o céu com tons de laranja e rosa, criando uma atmosfera mágica sobre os vastos terrenos da Mansão Cooper. As árvores centenárias balançavam suavemente com a brisa do entardecer, enquanto flores de diversas cores adornavam o caminho que levava ao altar. O som das folhas se misturava ao murmúrio dos convidados, todos em expectativa pelo início da cerimônia.Ava Brown, de pé ao lado de Bryan Cooper, sentia o olhar curioso e avaliador dos presentes. Ela estava deslumbrante em um vestido de renda delicada, que abraçava suas curvas e destacava a tatuagem de fênix em seu ombro. Seus olhos, agora mais escuros graças à mudança de cor do cabelo, estavam fixos no padre, que se preparava para começar o discurso.— Estamos aqui reunidos para celebrar a união de Bryan e Ava — começou o padre, sua voz ecoando suavemente pelo jardim. — Em meio a e
Ava Bronw √ Jogo-me na enorme cama queen, extremamente macia, e sinto meu corpo relaxar em meio aos lençóis caros, mesmo com o tecido pesado e incômodo do vestido. — Até que enfim. — digo, aliviada, por todo aquele teatro ter acabado. Não via a hora de parar de sorrir como uma boba apaixonada. E desde quando tenho tantos parentes? Talvez noventa por cento das pessoas que estavam na festa de casamento, para não dizer todas, eram desconhecidas para mim. Com exceção de meus pais e Catherine, minha prima/irmã, as outras pessoas foram convidadas apenas para fazer volume. Ouço batidas na porta do meu quarto, que logo é aberta, revelando Bryan, que traz consigo duas taças e uma garrafa de espumante. Ele me entrega uma taça, enchendo-a até a borda, e faz o mesmo com a que segurava. — Um brinde, por conseguirmos sustentar essa farsa e aturar tanta gente chata ao mesmo tempo. — diz ele com sarcasmo, deixando a taça de lado e bebendo diretamente do gargalo da garrafa. Se eu pudesse d
Ava Brown ✓ Desço as escadas de malas prontas. Passam das 22h40 da noite, e meu voo sai por volta das 03h30 da manhã. Contudo, Bryan e eu voaremos no jato da minha família até o aeroporto de Buffalo, onde pegaremos voos separados para nossos respectivos destinos.Deixo minhas malas na sala de estar e caminho pelos corredores da mansão, em busca de meu suposto marido, que já deveria estar aqui. Cozinha, sala de estar, quartos, escritório, piscina, jardins... nada. Nenhum sinal de Bryan. Onde aquele imbecil foi?Sigo até a garagem e percebo que um dos carros havia sumido. Ótimo, ele foi para o aeroporto sem mim. Será que pareceria suspeito ficar viúva menos de 24 horas depois de me casar com o herdeiro da maior petrolífera da América?Caminho até a saída principal, onde dois seguranças guardavam o portão. Ambos notam minha presença e assumem rapidamente uma postura mais rígida e formal, me fazendo erguer as sobrancelhas em descrença.— Senhora Cooper, a senhora está precisando de algo?
Benjamim Cooper ✓Quatorze horas... Quatorze horas de um voo que, em média, duraria algo entre sete e oito horas acabaram se estendendo para quatorze devido a uma maldita escala em Paris. Eu não precisava estar em Paris, precisava apenas retornar a Nova York para tentar, mais uma vez, limpar o nome da família. Meu filho, novamente, fez o favor de jogar tudo na lama ao dirigir bêbado e colidir um dos carros mais caros da mansão contra um maldito caminhão.Não acredito que dei dezoito milhões de dólares em um carro de colecionador para que Bryan simplesmente achasse que seria legal passear com ele pelas ruas de Nova York, ainda por cima bêbado. Desde criança, sempre fui um fã de carros de luxo, um gosto que herdei do meu pai. Atualmente, tenho uma pequena coleção avaliada em cerca de 250 milhões de dólares, com alguns exemplares custando mais de dez milhões por serem unidades limitadas. Geralmente, minha coleção fica na mansão que possuo nas montanhas de Adirondacks, uma propriedade ext
Ava Brown √ _____________ Como se já não bastasse estar nesse maldito hospital há quase vinte e quatro horas, ainda aparece o meu sogro, um verdadeiro idiota, invadindo o quarto de Bryan e começando a me insultar como se aquela fosse a recepção mais calorosa do mundo. Eu admito, não estou no meu melhor estado. Afinal, estou aqui desde as quatro da manhã do dia anterior. Nem consegui ir em casa para trocar de roupa. Tive que pedir à Catherine para alimentar meus cães, que deveriam ter sido levados para a mansão antes do casamento. Mas como tudo estava uma verdadeira loucura, optei por deixá-los no meu apartamento até ontem, quando iriam para um hotel para pets até meu retorno da Escócia. Com o acidente inesperado de Bryan, tudo se tornou uma bagunça tremenda, e eu nem tive tempo de verificar como eles estavam. Segundo Catherine, meu apartamento estava de cabeça para baixo e os cães fizeram a festa no meu sofá novo. Bem, não tenho do que reclamar. É um preço baixo a pagar pela minha