Deixo minha bolsa sobre o banco, assim como os óculos. Nada disso será necessário aqui.Ethan estende a mão, e, sem hesitar, eu a aceito. Ao sair do carro, me inclino para frente e lhe dou um beijo, algo inesperado que, pelo olhar surpreso dele, claramente o pega de surpresa. Com um sorriso discreto, ele me guia pelo caminho de pedras brancas, que, surpreendentemente bem organizadas, contrastam com o ambiente solitário ao redor, dando uma sensação de serenidade e mistério.— Estou ansiosa, admito, sem esconder o entusiasmo que cresce dentro de mim. Afinal, ele comprou um carro só para me trazer aqui, então sim, a ansiedade é inevitável.— Tudo em seu tempo, baby, ele responde com uma voz suave, cheia de promessas não ditas, enquanto continuamos nosso caminho.Caminhamos até um pequeno terraço, lembrando-me dos luxuosos espaços destinados ao chá matinal nos palácios europeus. Subimos os quatro degraus da escada, que, como as pedras do caminho, também são brancos, criando uma sensação d
Faço meu melhor para captar os detalhes da casa. Parece ser uma construção antiga, com detalhes que lembram castelos. Isso combina com Ethan, já que ele parece ter síndrome de rei.- Você vive em uma casa muito isolada – comento. Minhas palavras soam embriagadas de sono.- Eu não gosto de vizinhos – ele argumenta, me fazendo sorrir.- Parece arrogante.- Parece? – ele olha para mim – Não se engane, eu sou.Me aconchego em seu peito enquanto ele sobe as escadas. O lugar é tão silencioso que parece estar além do mundo. Parece uma bolha, onde apenas nós dois cabemos. E para alguém que passou a vida inteira sendo alvo dos olhos do mundo inteiro, é bom sentir que estou sozinha.Ethan vira a direita no final da escada. A esquerda, há uma porta de madeira escura.- O que é aquilo? – pergunto.- Meu antigo escritório. Está cheio de poeira e bagunça.- Eu pensei que você não gostasse de bagunça – brinco.Ele abre a porta do quarto – que eu imagino ser o principal. Ele me coloca sobre a cama, e
Com o coração quase saltando pela garganta, eu me movo para frente dele. Contudo, não posso conter minhas mãos. Deslizo os dedos por seu peitoral, descendo juntamente com a água quente. Ele sorri, agarrando minhas mãos e mantendo-as no lugar.- Tem algo aqui que você queira? – seu tom, de uma hora para outra, tornou-se rouco.Eu me aproximo um passo, até que nossos corpos voltem a se tocar. E quando seu pau toca minha barriga, suas mãos afrouxam. A forma como seus olhos parecem negros, e não verdes, me excita. Eu sou responsável por essa reação.Eu o faço queimar.Volto a descer as mãos. Desta vez, ele não tenta me impedir, embora, por si só, seus olhos sejam suficientes para me intimidar. Cesso os movimentos logo acima de seu umbigo, ansiosa e tímida em níveis iguais. Ethan me encara, me desafiando e duvidando ao mesmo tempo. No entanto, ainda assim, esperando pela minha decisão.Mordo o lábio inferior para evitar um gemido, porque estou pulsando por isso. Eu apenas não sei exatamente
Sua mão, que antes apenas prendia meu cabelo, torna-se mais firme. Ele move o quadril de encontro aos meus lábios, impulsionando com força. Minha boca trabalha mais rápido, chupando como se estivesse faminta, e, ao mesmo tempo, choramingando diante de seu tamanho tocando o fundo da minha garganta.Pressiono as coxas juntas, porque sua excitação espelha a minha. Quanto mais ele se perde no próprio prazer, mais me sinto latejar entre as pernas.Seus olhos estão fixos em mim, vendo metade de seu pau sumir dentro da minha boca. Eu poderia até mesmo dizer que estou pronta para senti-lo gozando na minha língua. Enquanto isso, a água continua respingando em nós, e o vapor torna nossa visão cada vez mais precária.No entanto, de repente, ele agarra meus braços e me puxa para cima. Ainda posso sentir seu gosto na língua quando Ethan me empurra contra a parede.- Não me faça parecer precoce – ele murmura, me fazendo sorrir.O verde em seus olhos é apenas uma fina linha ao redor das pupilas. E n
POV ETHANAjusto a gravata mais uma vez, com os dedos trêmulos, enquanto encaro meu reflexo no espelho do elevador. O reflexo não me traz respostas, apenas devolve o olhar de alguém perdido entre a ansiedade e a expectativa. Na mão direita, um buquê de rosas de um vermelho tão vivo que quase parece pulsar. Na mão esquerda, uma miniatura de carrinho que ganhei quando era pequeno, um pedaço de um passado que agora me parece tão distante quanto inevitavelmente presente.As portas do elevador se abrem com um leve ruído metálico, e eu inspiro fundo, tentando controlar a avalanche de emoções que ameaça me dominar. Nervosismo, medo, uma pontada de esperança — tudo isso se mistura em um turbilhão caótico dentro de mim. O corredor à minha frente parece interminável, mas meus pés se movem quase automaticamente, guiados por uma força maior do que a minha hesitação. Passo pelas portas alinhadas, cada uma como uma testemunha silenciosa, até alcançar o último apartamento.Este bairro de Londres,
"Apenas depois do jantar, mocinho," Blair intervém com um tom doce, mas firme. Ela não precisa levantar a voz para ser ouvida; a autoridade dela está no amor, no cuidado evidente em cada palavra. Miguel revira os olhos de brincadeira e ri, mas não responde. Ele sabe que ela está falando sério.E então, pela primeira vez, uma pontada amarga me atravessa. É sutil, mas inescapável. Porque naquele momento, percebo algo que me deixa triste: Blair conhece Miguel. Não só como alguém que está presente, mas com uma profundidade que só o tempo pode construir. Ela sabe que ele comeria os biscoitos antes do jantar, como um reflexo do menino que é, impaciente e curioso. Ela conhece seus hábitos, suas manias, seus jeitos — coisas que eu não conheço. Ela sabe porque esteve lá. Esteve presente quando ele começou a andar, a falar, a mostrar suas primeiras preferências. Ela viu as pequenas vitórias e os pequenos tropeços que moldaram quem ele é hoje.E eu... Eu não. Não estava lá. Não vi Miguel
UM ANO DEPOIS. MALIBU.Enquanto o sol do fim da tarde descia graciosamente em direção ao horizonte, seus raios dourados radiantes lançavam um espetáculo fascinante sobre a tela do céu.Uma fascinante variedade de cores se descortinava diante dos olhos — uma sinfonia de laranjas quentes, rosas suaves e roxos vibrantes que se fundiam perfeitamente com os tons mais profundos do crepúsculo.A própria atmosfera parecia brilhar com o brilho etéreo do crepúsculo.Em meio à movimentada paisagem urbana, a igreja se erguia como um bastião de tranquilidade, adornada com elaborados arranjos florais que enfeitavam sua fachada.Cada pétala parecia sussurrar sobre a beleza divina, um testamento à reverência da ocasião. O aroma de flores frescas pairava no ar, uma fragrância delicada que se misturava harmoniosamente com o sabor salgado do mar próximo, infundindo os arredores com uma sensação de pureza e serenidade.Dentro dos confins sagrados da igreja, o ar estava vivo com as doces notas de um antig
Naquele espaço sagrado, cercados pelo calor da amizade e pelo terno abraço da família, Ethan e Blair estavam unidos, prontos para embarcar na jornada de uma vida juntos.E quando encararam o padre, com seus corações batendo em uníssono, eles sabiam que estavam prontos para abraçar o que quer que o futuro reservasse.O padre, vestido com as vestes tradicionais de seu ofício, estava diante do casal com uma dignidade serena que parecia comandar a própria essência do espaço sagrado. Sua presença era um testamento da solenidade da ocasião. "Queridos amados", o padre começou, sua voz ressoando com uma autoridade gentil que encheu o ar com reverência, "Estamos reunidos aqui hoje na presença do Todo-Poderoso, cercados pelo amor e apoio da família e amigos, para testemunhar e celebrar a união de duas almas, Ethan e Blair, na sagrada aliança do casamento."Suas palavras, imbuídas do peso de séculos de tradição e sabedoria, pareciam pairar no ar como incenso, carregando consigo as bênçãos de ger