Banks estava ajoelhado no chão, diante de Blair como se a idolatrasse. Ele ergueu uma das pernas dela e a apoiou em seu ombro para ter mais praticidade. O homem se afastava dela apenas para beijar o interior de suas coxas, depois voltava com ainda mais voracidade, bebendo o resultado da excitação feminina como se fosse espumante.E conforme a língua de Ethan fazia proezas em sua intimidade, o quadril de Blair o acompanhava. Ele sentia que poderia passar um mês inteiro entre as pernas dela, ao passo que ela sentia que não aguentaria sequer mais um minuto sem desmanchar.A ruiva não conseguia raciocinar direito, portanto decidiu se jogar no precipício invisível do prazer. Uma impulsão a invadiu, e quando ela gozou foi como se sua alma saísse do corpo. Blair fechou os olhos, as vistas ficaram escuras, as pernas tremeram a ponto de quase desabar no chão.Banks continuou beijando e sugando sua pele para prolongar a sensação de êxtase. Ele distribuiu beijos molhados por suas pernas, depois
- "Leia para mim" Blair pediu.- "Não exagera" Ethan respondeu com um sorriso sarcástico.- "Por favor. Eu faço qualquer coisa que você queira"- "Você fará qualquer coisa que eu queira, de qualquer forma" ele devolveu, erguendo levemente uma das sobrancelhas.- "Vamos barganhar"Blair virou-se na direção de Ethan, inclinando seu corpo para se aproximar mais. Ela viu a resistência do homem ser quebrada no momento em que rastejou pelo colo dele, se acomodando antes que ele demonstrasse relutância. Banks não sabia em que momento haviam criado aquela intimidade, que parecia ter anos de existência, mas gostava.- "O que quer que eu leia?" ele rendeu-se.- "Um trecho que goste muito"Ethan balançou a cabeça como se não acreditasse no que estava fazendo. Ninguém que o conhecesse intimamente acreditaria na cena. No entanto, ele estava conformado com o fato de que aquela ruiva quebrava suas regras, fazia novas regras e as burlava.- "Como você diz? Oh, você é ridícula" ele disse, inclinando-s
Blair abriu sua bolsa e retirou alguns papéis, os colocando sobre a mesa de madeira. Os olhos de Spencer acompanharam os movimentos dela, cauteloso, porém muito ansioso.- "Estes são meus últimos relatórios"A mulher abriu o aglomerado de papéis como um leque. O inspetor viu as folhas escritas, e pelo olhar sem humor de Blair, constatou que não eram importantes. Spencer voltou a recostar-se em sua cadeira e soltou um suspiro afadigado.- "O que tinha no cofre?" ele perguntou, pois não dar-se-ia ao trabalho de ler os relatórios se não fossem comprometedores.- "Um contrato da época de piloto"- "Droga!" Spencer maldisse.Pela milésima vez desde a morte de seu irmão, o homem havia chegado a lugar algum. Nem mesmo suas melhores fontes foram capazes de entregar provas incriminadoras, e nem mesmo a pessoa mais próxima a Ethan pôde revelar seus segredos.Embora Blair soubesse que o motivo real pelo qual estava se afastando não era o perigo que corria, ela viu-se dividida; uma parte de si es
- "Eu não recrutei você para investigar Ethan Banks. Eu recrutei você para impedir que ele continuasse"- "Eu... eu não entendo" a ruiva pigarreou.- "A família Banks é investigada pelos órgãos do Governo desde o século passado. Eu ainda trabalhava para a CIA quando o primeiro dossiê de George Banks chegou. Muitas pessoas morreram misteriosamente, algumas na América, outras na Rússia. A questão é que o nome de George sempre estava em pauta"CIA era o serviço de inteligência estadunidense, cujo papel era coletar informações e avaliar se elas ameaçavam a segurança nacional, além de informar os responsáveis para que medidas cabíveis fossem tomadas.- "Você disse que eles eram limpos" Colton acusou.- "Nem todos podem saber de tudo" Spencer defendeu-se.Blair caminhou para mais perto dos homens, não porque estava totalmente interessada no assunto, mas porque percebeu que as mentiras não eram contadas somente por Ethan. No fim, todos eram uma bela farsa.- "Eu pedi transferência para este
No edifício Banks, em Las Vegas, Ethan adentrou seu escritório contragosto. Após o fim de semana mais do que agradável, ele não estava satisfeito em ter que voltar para o trabalho. O homem empurrou as portas duplas de sua sala, e dentro dela encontrou Joseph Carter sentado em frente à mesa.- "Você está atrasado" Carter pontuou enquanto olhava para seu relógio de pulso.- "Talvez seu relógio esteja adiantado"Banks caminhou até a mesa e sentou-se em sua poltrona, lugar responsável pela liderança de uma empresa bilionária. Ele abriu os botões do terno e afundou no estofado, já entediado com as tarefas que sequer começou a fazer.A sala mal conseguia suportar a imponência dos homens. Joseph, com seu estilo ariano, apostava em ternos claros e relógio dourado. Ethan, por sua vez, usava peças escuras e diversos anéis prateados. Ambos tinham os fios de cabelo bem penteados.- "A inauguração do edifício está programada para sexta, às sete. Tudo bem?" Joseph questionou.Ethan, que já havia co
Ethan deslizou as mãos pelo cabelo perfeitamente arrumado. Ele não sabia o que sentir, o que fazer ou o que dizer, mas estava certo de que não poderia ignorar a situação. Por mais enlaçado que estivesse, Banks não era do tipo que aceitava ser enganado. O homem torcia para que fosse uma coincidência, todavia, estava pronto para o caso de não ser.Porque alguém como Ethan não poderia dar-se ao luxo de ser enganado, nem mesmo por anjos de fios ruivos.- "Continue o que estava fazendo. Não descanse até descobrir tudo que ela fez nas últimas semanas".**As luzes de Nova Iorque eram conhecidas pelo mundo todo. A cidade desperta, com pessoas agitadas e onde nunca, nunca paravam. Era um lugar famoso por tudo que mostrava, mas poucas pessoas sabiam o que Nova Iorque escondia. Poucos conheciam as sombras da cidade mais iluminada do mundo.As sombras estavam nos subúrbios, nas zonas isoladas que sequer o sol alcançava. Onde as ruas eram lamacentas, os prédios eram abandonados e as pessoas chora
- "Eu não costumo voltar atrás"Ethan, vendo que aquela conversa havia chegado ao fim, deu as costas para o inspetor. Ele chegou a olhar de relance para Colton, decidindo que, deveras, não gostava do homem. Banks fez um sinal sutil com o dedo indicador e os seguranças voltaram para o carro.- "Mas, de qualquer forma, esconda melhor os rastros das suas agentes quando decidir colocar uma no meu encalço" ele murmurou antes de adentrar a porta que seu motorista mantinha aberta.O primeiro carro fez uma manobra sutil dentro do galpão e deslizou para fora, seguido pelo segundo. E então, só então, Colton se aproximou de Spencer. Os agentes observaram os carros se afastarem naquele dia mal humorado, sabendo que tinham feito algo grande. Fosse bom ou ruim, era algo grande.- "Você acha que ele ficou feliz com esta conversa?" Colton questionou.Spencer tomou uma longa respiração. Dentre todas as conversas com Banks, aquela era a única em que ele desejou que Banks não saísse insatisfeito.- "Eu
- "Drake parece estar gostando de Daliah" de repente, Jean comentou.- "Ele está apaixonado por ela. E você precisa conhecê-la. Daliah é maravilhosa" Blair murmurou, e ficou contente com a quantidade de palavras que conseguiu trocar com seu pai sem sentir repulsa.Aquele momento era atípico para Blair. Drake estava feliz ao lado de uma nova namorada, mesmo que o relacionamento ainda não fosse oficial. Blair estava começando a entender-se com seu pai. Tudo parecia estar encaminhado, exceto um pequeno detalhe; a farsa. Enquanto certo inspetor estivesse caçando a cabeça do homem com quem Blair dormia, seus dias não teriam paz.- "Eu adoraria conhecê-la" Jean sorriu amplamente para a bela mulher que era sua filha. Ele sabia a profundidade da ferida que existia em seu coração, mas estava disposto a correr pela cura, e a dedicar o resto de sua vida à felicidade de Blair.Pai e filha estavam trocando amenidades quando Joseph Carter, advogado e amigo pessoal de Ethan, se aproximou. Ele sorriu