MEU MUNDO: Nada é o que parece
MEU MUNDO: Nada é o que parece
Por: Dy Santos
PRÓLOGO

O meu mundo é um lugar cruel, um mundo em que não temos escolhas, a não ser a maldade. Os bruxos são um clã fechado e com crenças extremamente antigas, principalmente o meu clã, o clã de Carjás, meu pai.

Ele é um homem cruel e desprovido de qualquer sentimento, dizem que ele ficou assim desde de que nossa mãe partiu. A culpa dela ter "partido" foram dos lobos. Fomos criados para odiá—los, meu irmão gêmeo, Heitor, e eu, Helena, fomos criados para odiar os lobisomens. E a cada dia que cresciámos, éramos ensinados a matar e a não ter pena.

Os bruxos nos consideram invencíveis, e constantemente temos que lutar contra os vampiros, uma raça de seres que foi criada por alguns dos nossos. Há muitos anos atrás, antes mesmo de nossa mãe partir, alguns bruxos sedentos por poder, e por considerarem os lobos tão poderosos, não se contentaram com a magia, queriam mais…

Desde então nosso clã caça aqueles que não tem controle sob seus instintos, perseguindo aqueles que não tem proteção, pois até os vampiros possuem sua própria hierarquia, e um líder. Protegemos os humanos, mas não se enganem, não somos piedosos.

Mas algo anda errado e simplesmente não consigo controlar, algo me chama para Raven, existe algo em nossa cidade natal que me atrai, e tudo começou com as visões.

Sempre a mesma visão....

Estava assombrada. Vi uma menina no interior da sala, ela tinha os cabelos encaracolados e não conseguia ver muito mais sobre ele, pois estava chorando no centro com a cabeça sobre os joelhos e o corpo tremendo pelo choro. 

Caminhei cuidadosamente e sentei—me ao lado dela, acariciando suas costas.

Eu não sei onde estou ela disse, levantando a cabeça e me encarando. Seus olhos eram castanhos claros, e seus cachos emolduravam seu rosto caindo em camadas. 

— Eu sei, você foi transformada em um ser.

— Um ser? Que ser?

— Um vampiro — A menina se afastou de mim e olhou nos meus olhos, vi que em seu interior ela estava assustada e soube que ela tinha medo de mim. Ela viu que eu era um monstro, e monstros não tem coração.

— Quem é você? — Perguntou com lábios trêmulos.

— Eu sou Helena e vou te mostrar o caminho — Ela arregalou os olhos, se levantou com rapidez sobrenatural e correu tão rápido quanto. Observei o vulto que se movia para longe de mim e fechei os olhos com força, caminhando na mesma direção, sabendo que ela não conseguiria fugir, pois estava sob o efeito do meu feitiço.

Ela era jovem, como eu, acreditava que tinha 15 anos.

Trágico. Eu nunca tive que matar alguém tão jovem...

Os sonhos sempre eram muito reais e confusos, tentavam me avisar do perigo, mas eu nunca os entendia o suficiente para evitá-los. Os sonhos nunca eram o que pareciam, eles podiam ser apenas alertas, mas também, premonições.

Em uma outra visão…

Eu estava em uma floresta, estava andando em busca da garota que tirava o meu sono, a mesma garota sempre gritando para ser transformada, cheguei em um lugar onde vivi, minha antiga casa no Estados Unidos.

A garota estava lá no meio dos destroços e me encarava com os olhos vermelhos, apontando as mãos para o lado, um pouco distante dali, vi algo que não fazia sentido algum.Como isso era possível?

— Mãe?

(...)

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