Helena Dcastelli Ainda sentada no chão segurando a pedra pude escutar os gritos de Zoe. Olhei para a pedra mais uma vez, apertei com força, o que tanto cobiçamos, agora era finalmente nosso, mas escutando os gritos da destinada de meu irmão meu coração se apertou com medo, recusando-se a pensar na possibilidade de que Heitor estivesse morto. Não. Isso não poderia acontecer. Jamais deixaria que as coisas terminassem assim. Respirei fundo, e levantei-me, caminhei devagar para o interior do prédio. Prendi o ar ao ver a cena, meu irmão inconsciente em cima de uma maca, os lençóis banhados de sangue. Frederick guardava o desfibrilador, permanecendo de costas para o corpo, Zelda chorava nos braços de Silas, quase tive vontade de matá-la, ela não tinha o direito de chorar por ele, mas estava, e era uma droga, ninguém deveria estar chorando. Zoe chorava em cima do corpo de Heitor. Os olhos dele estavam fechados e seus cabelos loiros estavam sujos de terra, ele parecia tão tranquilo, m
Lucas Santory A angústia que sentia em meu peito indicava que algo estava errado com Helena, então uivei. Não sabia o que fazer para tirar todo aquele sofrimento dela. Sam parou de me atacar ao perceber meu estado de espírito. Nesse momento, vários vultos passavam por nós, lobisomens e vampiros nos cercavam. Pauline havia convocado todos para uma guerra? Será que tudo foi premeditado? Nada era o que parecia, e isso tornava-se cada vez mais claro. O mundo sobrenatural poderia ser como em um conto, que poderia ser bonito, mas muitas vezes não era o que aparentava, e nas últimas semanas sentia como se tivesse envelhecido 40 anos, eram tantos obstáculos, e agora mais um deles se apresentava, os lobos da minha alcatéia me encaravam com desagrado, e eu não poderia culpá-los. Reivindiquei o posto de alfa, e em seguida eu desapareci, como se não me importasse, deixando eles sem qualquer pessoa para orientá-los, deixaria James, mas Silas precisou dele. No entanto, sei que quando se trata
Heitor DcastelliEu estava sentado no chão no canto da sala, que deveria ser um hospital improvisado. Tinha tanta coisa ali que era estranha. Primeiro: Zelda, nossa mãe, estar conosco, e seu destino lobisomem ao seu lado; Segundo: A presença dos Lorson; Terceiro: A existência de uma garotinha dizendo ser minha destinada.— Eu encontrei o meu… — Helena tentava me explicar. Como se eu pudesse confiar nela… — …destinado e depois descobri que você já conhecia a sua.— Eu — disse a garota chamada Zoe.— Onde está Pauline? — perguntei ainda com a cabeça baixa.— Heitor, levante-se daí, e me devolva a pedra — meus olhos escureceram imediatamente.— Por quê? — disse seco ao mesmo tempo em que levantava a cabeça para encará-la, no entanto era isso que ela queria, seus olhos estavam brancos, ela queria me dominar, usar seu poder em mim, mas não permitiria.— Deixe-me entrar, se eu te mostrar vai entender — neguei pela vigésima vez. Nunca, aquilo era invasivo demais.— Heitor… — Zoe se abaixou e
Helena Dcastelli Heitor fugiu de mim. Ele não parece confiar em mim, está confuso, e não sei do que ele é capaz neste estado, e se ele fizer algo a Zoe? Heitor não se perdoaria nunca. Se as coisas são como o prefeito diz, ele realmente não é mais meu irmão? Balancei a cabeça negativamente tentando afastar aqueles pensamentos. — Não são. Eu só preciso fazer ele se lembrar. Preciso trazê-lo de volta. — Helena? É melhor entrar. — Heitor e Lucas estão lá fora, Zelda — disse apontando para além da barreira mágica que criamos — Podem estar correndo perigo — Eu estava em pé olhando na direção da proteção que criamos — Eu preciso tentar ver alguma coisa. Segurei a pedra. Ela intensificava meus poderes, no entanto sabia que seu real potencial seria visto apenas quando Heitor a usasse junto comigo. A pedra é feita de poder gêmeo, então na prática deveríamos usá-la juntos. Ela não era tão eficiente com apenas um de nós, e ela cobrava energia, nos torna poderosos, mas assim que a usávamos, e
Lucas SantoryA conversa com Frank nos surpreendeu, ele estava muito fraco e depois de ter contado tudo partiu, precisava se alimentar, e vingar a morte de sua filha, pelo que entendemos outras pessoas poderiam estar conspirando contra ele, assim como Alex fez, e ainda tinha o fato de Raul ter deixado o corpo da irmã na mansão, e Frank queria voltar para velar a filha. Frederick e Zelda estavam com o livro, Helena não saia de perto tanto do livro quanto da pedra. Ela estava tentando se prevenir de um possível ataque.— Estão prontos? — perguntou Zelda, os lobisomens estavam do lado de fora junto com Silas e James, e dentro do hospital estavam os Lorson, Zelda, Helena, Sam e eu..— Você está pronta, Helena? — Helena levantou a cabeça e me encarou, seus olhos eram tão azuis que pareciam irreais, aqueles olhos eram os olhos de Carjás. Os gêmeos tinham os cabelos loiros de Zelda e os olhos azuis de Carjás. No entanto, em personalidade não achava que se pareciam com nenhum um deles.— Sim
Lucas Santory— Mate todos, Heitor — Gritou Carjás — E vocês — Carjás olhou para os bruxos do clã — Assistam o poder de um gêmeo, ou melhor de um bruxo Dcastelli.No entanto, uma pessoa o desobedeceu, um grito agudo se espalhou pelo salão. Nanet se lançou para Carjás.— Seu desgraçado — A mulher disparou vários golpes contra o bruxo, Carjás controlou o elemento ar e o usou contra a bruxa, Nanet deslizou pelo salão e quase caiu do palanque, seu corpo balançou na borda, enquanto ela sacudia os braços tentando se equilibrar.— Heitor! — Zoe gritou enquanto era arrastada para cima do palanque por Ethan. Heitor desviou o olhar de Nanet e encarou sua destinada enquanto ela era arrastada. Heitor fez um movimento discreto com a mão, acho que ninguém percebeu isso, mas assim que ele finalizou o movimento sutil. Nanet recobrou o equilíbrio.— Antes de Heitor tentar matar qualquer um aqui, eu matarei você antes — disse Nanet.Heitor desviou o olhar de Nanet e o deslocou para Zoe. Em seguida ele
Heitor DcastelliDois anos e sete meses depois.Tudo estava assustadoramente tranquilo. Suspirei pela quinquagésima vez naquele dia.— Você deveria ir para Raven visitar sua irmã. O aniversário de vocês é amanhã — disse Bianca entrando no meu escritório e depositando uma xícara de chá na minha frente — Ela iria gostar muito.— É a mesma distância, Bianca, acho que ela poderia fazer o mesmo e vir para a França — revirei os olhos.— Faz quase um ano que vocês não se vêem, qual a dificuldade de ir lá? vocês estão em alguma briga idiota de quem é mais coração de pedra do que o outro?— Não…estamos em uma briga idiota sobre como eu é quem tomou a decisão difícil e teve que assumir o clã.— Se não gosta…— Não é isso — Levantei-me e dei a volta na mesa, cruzando os braços ao encarar Bianca. Ela não estava mais sob o efeito da hipnose de Pauline, assim que a vampira morreu, Bianca conseguiu sair do transe, o que foi ótimo, pois isso é um peso a menos na minha consciência.— Soube que Helena e
O meu mundo é um lugar cruel, um mundo em que não temos escolhas, a não ser a maldade. Os bruxos são um clã fechado e com crenças extremamente antigas, principalmente o meu clã, o clã de Carjás, meu pai.Ele é um homem cruel e desprovido de qualquer sentimento, dizem que ele ficou assim desde de que nossa mãe partiu. A culpa dela ter "partido" foram dos lobos. Fomos criados para odiá—los, meu irmão gêmeo, Heitor, e eu, Helena, fomos criados para odiar os lobisomens. E a cada dia que cresciámos, éramos ensinados a matar e a não ter pena.Os bruxos nos consideram invencíveis, e constantemente temos que lutar contra os vampiros, uma raça de seres que foi criada por alguns dos nossos. Há muitos anos atrás, antes mesmo de nossa mãe partir, alguns bruxos sedentos por poder, e por considerarem os lobos tão poderosos, não se contentaram com a magia, queriam mais…Desde então nosso clã caça aqueles que não tem controle sob seus instintos, perseguindo aqueles que não tem proteção, pois até os v