45. Saudade devastadora

Quando os primeiros raios de sol atravessaram as cortinas do quarto, Cássia abriu os olhos devagar. O peso da noite anterior ainda a sufocava. O travesseiro estava úmido, resultado das lágrimas silenciosas que derramou enquanto tentava dormir.

Ela não queria se mover. Seu corpo parecia pesado, como se tivesse correntes invisíveis a prendendo ao colchão. Fechou os olhos de novo, desejando, por um instante, que tudo não passasse de um sonho.

Mas não era.

Charles tinha ido embora. Henrique estava preso. Sua vida tinha virado de cabeça para baixo—de novo.

Suspirou fundo e forçou-se a levantar.

"Vamos lá, Cássia. Você já passou por coisa pior."

Mas, enquanto colocava os pés no chão frio, percebeu que essa era a maior mentira que já havia contado para si. Porque, por mais que tivesse vencido sua batalha contra Henrique, por mais que agora fosse livre, o vazio que Charles deixou, parecia mais difícil de suportar do que qualquer outra coisa.

Levantou-se devagar e foi até o espelho. Seu
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