O que acharam do breve resumo da história do Natanael? Deixe aí nos comentários.
– Os portões de Valiska estão logo à nossa frente! – Dentro da carruagem pude ouvir um soldado em cima de um cavalo falando animadamente quando viu a cidade de Valiska.Suspirei pesadamente.O cavalo do Alec começou a galopar ao lado da minha carruagem, ele provavelmente deve estar ansioso assim como eu, sabemos que não somos bem-vindos por causa dos boatos que se espalharam sobre a morte do papa e seu assassino, então devemos esperar qualquer tipo de ação do povo.Trombetas soavam em cima dos muros da capital informando nossa chegada, em poucos minutos os portões começaram a ranger ao abrirem.Comecei a esfregar minhas mãos suadas uma na outra quando passávamos pelo portão.Acalmei meus nervos e abri a janelinha, logo em seguida afastei a cortina para o lado com uma das mãos. Com a janela entreaberta, pude ver a cidade e as pessoas que perambulavam ao lado de fora.Mulheres de vestidos longos e sujos andavam com baldes de palha na cabeça ou na lateral do corpo carregando roupas e ali
– Nossa fé? Como assim nossa fé? – Interrogou novamente o líder de branco.A escrava abaixou-se e começou a chorar novamente sem querer falar.– Vamos! Responda seus senhores! – Um soldado ao seu lado falou grosseiramente com ela.– E-eu... Por favor, não me matem!Olhei confusa para o Alec que me encarou também confuso.– Não iremos matá-la, apenas fale o que aconteceu. – Alec a tranquilizou. Ela olhou para ele desconfiada. – Em nome da nossa Suprema Alfa, prometo que ninguém irá matá-la.Ela me encarou esperando uma resposta, apenas balancei a cabeça confirmando, não quero falar, se essa garota escutar minha voz ou ver meu rosto pode se confundir com o assassino.– O-Obrigada, Suprema Alfa. – A menina fez uma pequena reverência e ganhou mais confiança para falar. – Bem... Ela questionava sobre os ensinamentos do papa e o criticava, disse que ele não falava a verdade e que a Basílica não era casa de Deus, apenas um local para reuniões entre os humanos que se acham superiores que o pr
– Deixe-me acompanhá-la até seus aposentos, Suprema. – Juliano aproximou-se de mim, balancei a cabeça concordando, o desânimo começava a vagar entre minhas feições, não queria que ninguém me visse assim. Caminhamos por dentro dos corredores longos e mal iluminados do castelo, mas já não me importava, só queria um lugar para ficar sozinha. – Aqui está, se precisar de mais alguma coisa, por favor, me avise. Farei o que for preciso para que fique bem hospedada. – Havia uma pitada de timidez em suas palavras. – Está perfeito. – Na verdade, achei o quarto escuro e apertado, porém não queria discussão. Ele deu um leve sorriso de satisfação. Juliano ficou parado me encarando com feições indecifráveis no rosto, o olhei confusa. – Gostaria de me dizer mais alguma coisa? – Perguntei. – Aaah... na-nada... aahh... – Ele tossiu nervosamente. – Mandarei alguém chamá-la quando o almoço for servido. – Não irão me servir no quarto? – Eu sabia que não, mas não queria olhar para ninguém e ficar m
– Qual é a porra do meu problema?! – Murmurei zangado comigo mesmo pelo meu comportamento ultimamente, enquanto caminhava com passos largos pelo corredor.Me sinto tão frustrado e zangado ultimamente desde quando vi a Karolina correndo pela floresta no dia da coroação. Não consigo parar de pensar em como ela corria desesperadamente atrás dele, como se sua vida dependesse daquilo.– Aaaah...! Droga! – Sussurrei batendo com força a porta do meu quarto.Como sou tolo! Idiota!– Alec você é um idiota! – Murmurei sentando-me na cama. Depositei as mãos no meu rosto e apoiei meus braços nas pernas. – Preciso parar de pensar nisso!Como isso é frustrante!Minha vida inteira, meu pai e Augusto me ensinaram a ser um bom Alfa para as pessoas, ter paciência com todos ao meu redor, pois lidar com pessoas não é fácil, apesar da minha autoridade, sempre fui ensinado a ser um líder democrático e ouvir a opinião pública.Por causa disso que estou assim...Por causa de ouvir o medo das pessoas em uma m
Olhando-me no espelho mais uma vez para saber se o vestido estava de acordo com a moda feminina exigida, com um toque negro e vermelho na sua cor, muito bonito, porém o espartilho estava me sufocando, de qualquer forma decidi não reclamar e saí do quarto acompanhada da empregada que Juliano enviou e assim caminhamos até o grande salão onde estava sendo realizado o banquete de boas vindas. Avistei o casal Marcus e Clara, ela estava num vestido rosa bebê com bordados brancos em volta e Marcus vestia uma túnica marrom com bordados prata na lateral do pescoço e nas mangas dando mais destaque a sua pele mulata, com a metade do cabelo estupidamente liso amarrado atrás da cabeça e um enfeite tribal que prendia. No memento em que os dois me avistaram, ambos fizeram uma reverência para a Suprema Alfa. Dei um leve sorriso. – Sua hospedagem está do seu agrado? Qualquer coisa que não goste só nos avisar. – Marcus falou. – Está tudo bem. – O olhei de soslaio. – E como vão os preparativos do ca
Alec estava sentado numa cadeira de frente para a porta com uma caneca de cerveja na mesa e uma loira peituda de vestido azul claro no seu colo.Que diabos!Não estava preparada para ver aquilo, não acredito que fiz esse alvoroço todo preocupada com sua segurança enquanto ele se divertida com uma loira dos peitões.Aaah!Eu sei que não devo me sentir incomodada, mas... é que... eu nunca o vi com nenhuma mulher, ele não parecia ser um namorador.Mas que diabos estou pensando!? Deixe-o, é melhor assim. Que ideia mais idiota ir atrás de um homem como ele, é claro que como Alfa, ele sabe se cuidar, por que precisaria da minha ajuda?Estou me sentindo uma completa idiota em vir aqui. Agora estou parada na porta sem saber o que fazer.Virei-me para sair imediatamente daquele lugar, mas não notei no homem atrás de mim e bati na sua caneca de cerveja fazendo cair.– Você é cega?! Não olha por onde anda?! – O homem esbravejou comigo.– Des...Desculpe... E-Eu não vi... – Murmurei tentando não c
Alec descia pela escada segurando firmemente minha mão, a tal da Olívia nos encarou por um segundo antes de se aproximar com um sorriso gentil no rosto perguntando se estava tudo bem, eu a respondi educadamente que sim e apertei um pouco minha mão em volta da do Alec para que ele não soltasse, me senti satisfeita quando ele correspondeu, é sinal de que o Alec não se importa em andar de mãos dadas comigo em público mesmo com a mulher que ele já teve um caso estivesse bem na nossa frente.É muito fácil controlar minhas emoções, mas por um instante um breve sorriso orgulhoso surgiu no meu rosto por saber que Alec está disposto a me aceitar publicamente para todos, mesmo depois de ter admitido que amava o Lúcius, Alec nunca teve outra escolha além de mim e se não fosse por essa profecia, já teríamos nos casado e eu seria oficialmente sua única Luna para sempre, porém nem tudo são flores e por mais da felicidade que encontraria nos braços do Alec, o medo e a insegurança do futuro sempre me
– Karol, o que está acontecendo entre você e o Alec? – Elena me perguntou enquanto caminhávamos pela colina esperando os meninos que haviam saído para caçar.– No dia da coroação, o Lúcius despertou e eu o escolhi como companheiro, depois disso, Alec anda agindo de forma estranha comigo.Comecei a explicar detalhadamente tudo que havia ocorrido.– Então, o Lúcius te rejeitou e o Alec está ressentido por você não tê-lo escolhido. É, eu também ficaria assim. Mas, Karol, você tem certeza de que é isso que quer? Porque não parece depois de como reagiu com a presença da Olívia.– Não sei, Elena... Os momentos que fiquei com Alec foram perfeitos, pareciam mágicos, foi tão romântico, ele era tão prestativo, eu adorava cada momento que ficava ao seu lado, me sentia uma adolescente apaixonada, mas a realidade bateu na minha porta quando tive que assumir a supremacia, quando tive que me responsabilizar por centenas de pessoas.– Eu entendo... – Ela falou pensativa. – Quer dizer... realmente, eu