Luna Os dias passaram-se rápidos demais, a troca de Lua seria esta noite, que para nós significava que uma nova era está por vir. As trocas de Luas era algo magnífico que acontecia a cada dois anos, a nova era chegava para aprimorar a vida de todos nós. As árvores frutíferas davam frutos fartos, assim como os céus se reuniam e nos mandavam chuva para matar a sede de todos, mas os demais não pareciam felizes com isso, ou não sabiam valorizar a tamanha benção que eram os dada. — Está ansiosa para as trocas de Luas? — Meei colhia as últimas frutas da macieira, enquanto as demais fêmeas faziam seu trabalho com desânimo. — Não se espelhe nelas, não há amor em seus corações. Algumas estão em busca de um marido há anos e por isso essa cara feia, não lhes dê ouvidos. — Não estou preocupada com isso, mas há coisas mais importantes que acontecerão esta noite e eu não posso perder. Nas trocas de Luas a família Crowler sempre se reunia, creio que hoje não será diferente. Dentre eles estão alg
Lancelot— Eu nunca fui tão rejeitado em toda minha vida. Luna está conseguindo suprir e sugar ao mesmo tempo minhas energias. — Resmungava a mim mesmo enquanto a via sorrir nos braços de Merlin. Dalila banhava-se nas águas claras, me olhando de forma perturbadora. As três noites intermináveis ao lado de Dalila foram as piores da minha vida, nunca imaginei que sentiria sensação de repulsa por ela, mas era exatamente isso que estava acontecendo. — Não vai dar as boas-vindas ao seu tio, Lancelot. — Merlin abriu os braço e por algum motivo eu não estava bravo com aquilo, como sempre fiquei. — Veja se consegue fazer Luna mudar de ideia e ficar aqui, que eu lhe darei as honras como merecer. — Antes de lhes dar as costas eu precisava falar uma única coisa ou qualquer ato meu poderia colocar tudo a perder. — Quero vê-la daqui a cinco minutos. O tempo era torturador. Haviam se passado alguns minutos e ela ainda não havia passado pela porta ainda, até que o movimento por trás das minhas co
Luna A noite estava fria, os anciãos haviam acabado de chegar. Eu sempre presenciei de forma oculta, minha mãe me levava às escondidas junto a minha tia. Mas, nunca pensei que pudesse ficar ainda mais incrível. Alguns me olhavam como se eu fosse uma ameaça ali, e outros me cumprimentavam com um largo sorriso no rosto. Estava sentada ao lado de Lancelot, era o dia do Juramento entre ele e a aceitação por defender toda a alcateia por todo o restante de sua vida, dando a mesma se for preciso. E ele estava ali, determinado a isso. — Está linda, espero que me dê um minuto antes de dormir. Eu tenho algo para te dizer. — Coloquei minha mão em cima da sua e ele sorriu, me olhando com o olhar mais puro que eu já senti. — Por que não me diz o que pensa no momento em que pensa? Pouparia nosso tempo e teria resposta imediata. Aliás, obrigada pelo convite, eu nunca tinha visto algo tão belo. — Quero te pedir que não vá embora, não agora, espere mais um tempo até que… — Ele gaguejou antes de fa
LancelotCoisas que eu jamais pensei em aceitar, esta noite estava mudando de ideia e prestes a jurar lealdade aos anciãos por toda minha vida, e nem mesmo em minha norte eu estaria sozinho. Luna conversava com Merlin felizarda, deixando alguns sorrisos escaparem vez ou outra. É incrível como consegue parecer tão sábia e tão velha de conhecimentos, mas tinha tão pouca idade e ainda sim, me deixava louco. As duas estavam trocando de lugares, o momento mais esperado por todos estava, menos por mim. — Pedimos silêncio para a benção que está por vir. — O tilintar da taça de um um deles, fez com que todos que estavam ali presentes, prestassem atenção no que estava por vir. Luna estava tão atenta ao momento assim como os demais também estavam. Antes que as coisas pudessem dar início, estendi minha mão em sua direção, ela hesitou por alguns segundos, até que eu tomei coragem e fiz o que ela me disse: agir sempre no momento em que pensar. — Venha, dê-me o prazer de sua companhia ao meu l
Luna Não irei me submeter ao baixo nível. Minha mãe era Léia, eu sou sua primogênita e não estou disposta a me curvar a ninguém. Vi Dalila aproximando-se de Lancelot enquanto eu dançava com Klaus, sua esposa e Merlin. Tentei ignorar aquilo que estava tão diante disso meus olhos e que tanto me feriu por dentro. Peguei uma caneca de vinho e sentei distante, consumida pelo cansaço e exaustão, não demorou para que Merlin fizesse o mesmo e sentasse ao meu lado. — Ainda está pensando em ir? — Nunca disse o contrário. Mas… será que as coisas poderiam mudar mesmo? Eu não entendo esse ódio absurdo que ele tem por nossa raça, o que há de errado com nós? — Não há nada de errado com você ou com nossa raça, minha Luna. A ignorância deles é que estão nos tornando terríveis aos seus olhos, quando somos a única raça que deveria governar. Temos bom coração, curamos e matamos, dependendo da posição em que estiver nosso ódio e além disso, ainda trazendo a vida aqueles que se foram de forma indolor.
Lancelot— Seja bem-vindo à nova era. Estamos felizes com sua chegada, apenas espero que a Feiticeira não nos cause problemas ou você terá que honrar seu nome. — Eu jurei dar minha vida pela dela, não o contrário. Não a mataria nem que fosse para a salvação de todos, por favor, entenda isso. — Deixei minha indignação a mostra, lhe dando as costas para ir até a minha feiticeira. — Dê-me licença. Me despedi de alguns que ali ainda estavam e fui para meus aposentos. Essa seria nossa última noite dormindo aqui, terei o prazer de levar os meus para morar em um lugar melhor e mais digno. Luna vai gostar, espero que ela goste. — Luna?... — O silêncio maldito ali estava e ela nãi respondeu, então decidi entrar sem ocasiões e comecei a procurá-la. Ela não estava na cama, então eu saí e ao vê-la parada em frente a porta, completamente nua. — Luna… — Já estávamos próximos o suficiente. Puxei seu corpo contra o meu, sentindo meus dedos percorrer seu copo pequeno, quente e macio. — Vamos, Lanc
Luna Abenrzy deveria estar furiosa pela minha demora, mas que culpa eu tinha se o desejo falava mais alto que a razão? E depois, eu estava com Lancelot, que mal poderia me acontecer quando estivesse com ele? Seu sono pesado me ajudou bastante. O vento forte que soprava lá fora balançava as árvores, atiçando os pássaros a cantarem alto e voarem para longe. Os que dormiam bêbados, não me viram ou ouviram meus passos, mas havia uma pessoa muito bem acordada que também me conhecia bem. — Luna… — Meei segurou minha mão com um olhar amedrontado. — Por favor, entre e fique onde estava. Ao lado de seu homem você está segura. Eles ainda estão… — Antes mesmo que ela terminasse sua frase, uma flecha ultrapassou sua cabeça, varando de um lado para o outro. — Não… — O nó que se formou em minha garganta não permitia que nenhum som saísse. O choque tomou meu corpo de forma rápida, que nem eu mesmo pude pensar no que fazer naquele momento. Corri novamente para dentro do quarto onde Lancelot est
Luna O vento gélido estava fazendo-me tremer de frio. Passaram-se três dias e nenhuma notícia ou ajuda vinda de nenhum dos lados. Me via fraca pela falta de comida e água, foi então que decidi sair daquela caverna e ir atrás de algo para comer e beber. Lá fora não havia barulho de nada, nem de água, nem de vento e nem mesmo de pássaros. Era um tremendo vazio naquela floresta. Andei um pouco e comecei a sentir meu corpo fraquejar, como se estivesse algo errado comigo, até que uma dor pontiaguda se fez presente em minha barriga, fazendo-me cair de joelhos e segurar o grito que em minha garganta já havia se formado. Com o corpo fraco eu insisti em dar mais alguns passos, mesmo com aquela dor insuportável eu estava determinada a encontrar Merlin e descobrir tudo sobre o meu passado, ou apenas o necessário. — Filha de Odin. — A mesma voz que antes me fazia ter medo, estava ali e nela vi a esperança e a salvação. — Vejo que em teu ventre carrega uma cria, fruto de um… — Não. Eu não est