Jane, aliviada por ter deixado para trás os tempos de luta e incerteza, viu seu filho Daniel, ainda sofrendo pela perda de Zúria, aprender a seguir em frente. Agora cercada por ainda mais crianças, ela estava confiante de que poderia oferecer a ele uma vida feliz. Suas visões e sonhos premonitórios haviam cessado, e ela abraçava a tranquilidade e a esperança que isso trazia.Seu filho, Daniel, aproximou-se dela com um presente: um pingente que parecia ser de ouro, mais um vestígio da luta que travaram. Jane beijou sua mão pequena e o levou para a cama. A ausência de Zúria havia tornado Daniel mais carente, mas ele encontrava amor e carinho em seus braços. Jane sabia que o amor nunca mais faltaria na vida de seu filho enquanto ela e Gustave estivessem por perto.Depois de cobrirem Daniel e o desejarem boa noite, Jane e Gustave deixaram o quarto. Gustave a tranquilizou sobre a felicidade de Daniel.— Ele está feliz, nunca duvide disso, Jane. Nossos sacrifícios e tantos anos de sofriment
Sofie sentiu um misto de emoções enquanto ela e Thor se afastavam das dependências do Novo Paraíso em busca de uma imagem esquecida. O padre Van Marx tinha insistido que eles a recuperassem, e os dois partiram a cavalo, embora Thor conduzisse o animal com cuidado devido à gravidez de Sofie. Ela estava inquieta, constantemente com a sensação de que estavam sendo observados.— Você parece tão inquieta! — Thor observou.Sofie suspirou e respondeu: — Me desculpe, Thor, é que sinto uma impressão estranha. Como se alguém estivesse nos vigiando.— Fique tranquila, estamos apenas nós dois.Chegaram à antiga vila e desceram dos cavalos. Thor amarrou o cavalo a uma árvore, enquanto Sofie olhava ao redor, relembrando as memórias de tristeza e perda que aquele lugar evocava. Mas também havia felicidade ali, e ela sorriu ao pensar nisso. Enquanto Thor entrava na cabana que um dia fora sua, Sofie dirigiu-se à igreja.Dentro da igreja, o silêncio era quase palpável, como se o tempo tivesse parado al
A partir de agora, Lucas precisava manter uma vigilância constante no caso de Elizabeth não se calar. Para ele, aquela mulher incrivelmente deliciosa era uma preferência por mulheres mais maduras. O cheiro e o toque do corpo dela ainda estavam impressos em sua memória.— Matarei Anthony, talvez Lion também se atravessar o meu caminho. Fico com Elizabeth e o domínio dessa cidade![...]Eugênia viu sua mãe correr subindo as escadas do castelo.— Mamãe? Aconteceu alguma coisa?— Nada filha, só estou um pouco cansada e vou me deitar. — Ela respondeu de costas para a filha.— Papai já chegou e está lá em cima também.Elizabeth queria ficar sozinha para se lavar e chorar um pouco mais, mas ao entrar no quarto, ele estava lá a esperando...— O que foi, meu amor? Parece que você chorou. Seus olhos estão vermelhos! — Ele alisou o rosto dela, e Elizabeth não resistiu, abraçando-o fortemente e chorando. — Me conta, Lizzi, diz o que aconteceu.— Só... Só estou com medo porque o parto de Eugênia e
Após testemunhar todo o sofrimento que Eugênia estava passando, Delilah e Sofie compartilhavam um sentimento de apreensão em relação ao momento em que chegaria a hora delas darem à luz. Compreendiam que o parto era uma experiência desafiadora, mas esperavam que não fosse tão doloroso quanto estava sendo para Eugênia. Lion, por outro lado, demonstrava um medo intenso, o que o transformava em alguém muito diferente do que já fora no passado. A perspectiva de não ter mais controle sobre a vida e a morte parecia preocupá-lo profundamente. Delilah decidiu descer as escadas e buscar água para todos que aguardavam do lado de fora, buscando, assim, proporcionar algum conforto em meio a tanta tensão. Thor permanecia em silêncio, mas Sofie conseguia sentir o medo que ele carregava. Ela entrelaçou sua mão na dele e buscou o conforto do contato visual. Pouco depois, o padre se aproximou para perguntar sobre as notícias. — Alguma notícia? — Indagou o padre. — Ainda não, padre. — Respondeu Thor.
Elizabeth permaneceu acordada até que Anthony retornou para casa. Ela estava ansiosa por notícias e não conseguiu evitar questioná-lo.— O que aconteceu, a encontraram?— Sim, Lizzi, vamos dormir agora. Estou muito cansado.Elizabeth percebeu que Anthony estava escondendo algo, evitando seus olhos. Ela tinha um pressentimento de que algo terrível tinha acontecido com a jovem e que estavam tentando esconder isso dela. Mesmo com essas suspeitas, ela optou por se acalmar por enquanto. Elizabeth saiu do quarto por um momento e passou pela porta do quarto de Eugênia, onde viu Linda dormindo e Lion também já havia retornado.Há algumas portas dali... Allan retornou calado e parecendo estranho.— Vai me dizer o que aconteceu ou vou ter que descobrir sozinha? — Delilah o questionou.— Não posso contar ainda, Delilah, é algo sério demais!Preocupada com a situação, Delilah começou a temer o pior. Ela passou a considerar a possibilidade de que a jovem pudesse estar morta e que a cura dos lobiso
Eugênia e os outros cuidavam do padre ferido em sua casa paroquial. Jane estava tratando do ferimento no braço do padre, que reclamava de dor. Eugênia segurava sua filha, Linda, nos braços.— Vai doer um pouquinho mais, padre, vou extrair a bala! — Jane disse, segurando uma pinça e retirou cuidadosamente o projétil do ferimento.O padre expressou alívio:— Você tem mãos de anjo! Esperava que a dor fosse pior.Jane continuou a cuidar do ferimento, tranquilizando-o:— Felizmente o senhor não teve nada de mais. Ficará com o braço imobilizado por alguns dias até se recuperar. Mas logo estará tocando os sinos da igreja novamente!Enquanto isso, Daniel e alguns meninos observavam escondidos, e Eugênia os surpreendeu debaixo da mesa.— Peguei vocês! O que fazem aqui? — Perguntou.Daniel explicou:— Eles queriam ver o sangue, eu disse a eles que não é nada de mais. Já vi minha vó matar animais e comer... tinha muito mais sangue do que isso.Assim que Daniel proferiu aquelas palavras, Eugênia
Jonas não sabia ao certo o motivo pelo qual Lucas queria falar com ele, mas havia ido atendendo ao pedido de Sônia, a quem sempre respeitara. Assim que Gustave o conduziu até a cela de Lucas, este abriu um grande sorriso.— Não entendo a sua alegria em estar preso — Jonas ironizou.Lucas, ainda sorrindo, respondeu:— Na verdade, fico feliz em ver que você foi um dos poucos ratos que não me viraram as costas!Jonas, impaciente, acelerou a conversa:— Diga o que quer, preciso voltar para o meu trabalho.Lucas explicou calmamente:— Quero que me ajude a sair daqui!Jonas questionou:— O que eu ganharia com isso?Lucas, com um olhar determinado, segurou nas grades da cela e disse:— Eugênia!Jonas refutou:— Impossível, está feliz com Lion e a filha.Lucas tentou convencê-lo:— Nada que não possa ser mudado. Basta que me tire daqui, e eu o tirarei do caminho dela para sempre.A proposta de Lucas intrigou Jonas e ele a queria... sabia que tiraria a menina dos braços dela, pois não queria c
Eugênia correu atrás de sua mãe quando a viu vomitando, e não havia mais dúvidas de que ela estava grávida. Preocupada, ela sugeriu:— Vai ter que contar para o meu pai!Sua mãe, ainda abalada, respondeu:— Esse filho é de Anthony, não menstruo há dois meses... o que Lucas fez comigo, completou um. Mas se eu disser, ele não vai acreditar em mim... vou recomeçar nossa história de sofrimento de toda uma vida! De novo, ele vai se sentir criando um filho que não é dele!Eugênia tentou acalmar sua mãe:— Não vai, mãe, não pense assim. Diga a ele que vai lhe dar um filho, não pense no depois!— Por que Deus não permite que eu seja feliz com ele, Eugênia? Achei que desta vez seríamos completos. — Lamentou Elizabeth.Eugênia tentou reconfortá-la:— E vocês são, os dois se amam, e a senhora descobriu bem a tempo o que sempre sentiu por ele. Não será essa tragédia que mudará as coisas entre vocês!Sua mãe continuou abatida:— Grávida... de novo!Eugênia tentou animá-la:— Isso é bom, temos a ob