O caminho até o andar de cima onde ficava localizado o escritório de Richard pareceu uma eternidade, com passos receosos Arianna caminhava em silêncio a mansão aos poucos se iluminava com as luzes indicando que o jantar já tinha terminado e agora a noite chegava de vez.
Antes mesmo que seus dedos finos batessem contra a madeira da porta a mesma se abriu revelando a figura de Amélia que saiu com um singelo sorriso nos lábios ao ver Arianna.
- Pode entrar, ele te espera.- A mais velha falou e saiu em direção ao quarto de Aurora que estava em silêncio até o momento.
- Então… Aqui estou, pode falar. - Arianna entrou mas não chegou a fechar a porta, estava parada ao lado dela com os braços cruzados. A figura de Richard parado olhando pela janela o jardim que se iluminava com os postes de luzes mostrava fragilidade, mas a morena não iria se deixar acreditar nisso. Seu avô era muitas coisas, menos frágil.
- Da última vez que nos vimos, você estava gritando maldições e ofensas. Nunca tivemos a oportunidade de conversar, e eu quero isso. Quero pedir perdão pelos cinco anos que te fiz passar naquele casamento conturbado. Eu realmente não sabia que Tom era aquele monstro… Ele sempre se mostrou uma pessoa tão transparente…- Richard se virava para a garota que estava com o queixo caído.
- Conturbado é elogio. Se Tom, o famoso herdeiro dos Lucchese, se mostrasse como era, violento, infiel… Você impediria esse casamento? Acho que não. Afinal Richard Morello para você os negócios vêm antes da família. Seus preciosos resorts, sua preciosa firma de secretos… eles vêm primeiro. - Arianna voltava a postura de antes, rindo por fim quando Richard a encarou espantado.
- Oh é verdade, eu sei sobre seu segundo negócio… Aliás este é o verdadeiro negócio da família, Tom deixou escapar em uma noite quando me bateu, quebrou minhas costelas e fez dormir assim. Quais foram as palavras usadas por ele? Ah sim, foram essas aqui: Richard Morello achou que seu filho fosse homem o suficiente para levar os negócios da família adiante, porém o casamento dele com Belinda o estragou, Melissa era dondoca demais para ser a nova chefe, então ele só tinha uma escolha vender você, a neta inútil e patricinha que acha muito lindo o mundo girar ao seu redor. Está na hora de crescer Arianna seu avô te vendeu, eu sou seu dono e posso fazer com seu corpo e vida o que bem entender. - Ela repetiu as palavras amargas que escutará de Tom dois dias antes de descobrir a gravidez e decidir abandoná-lo de vez.
Naquele momento Richard caminhou em silêncio até a poltrona atrás de sua mesa e sentou-se, o sentimento que havia falhado miseravelmente habitava sua mente conforme encarava a neta a sua frente. Agora um pouco mais iluminado ele podia ver a sutil cicatriz que havia em seu rosto no queixo do lado esquerdo, a marca de um corte. Richard suspirou e voltou a olhar para a mesa.
- Sabe que todos cometemos erros, todos. Eu apenas fui um egocêntrico e espero mesmo que possa me perdoar. Que seu casamento com Vincent seja abençoado e feliz, não posso desfazer meus erros porém posso aprender com eles. - Ele falava com pesar, por um instante a morena acreditou que aquilo era verdade e suspirou.
- Um casamento que já deveria ter ocorrido há tempos. Isso é tudo Richard? Caso seja, preciso dar boa noite a minha filha. - Arianna não esperou ele responder, apenas saiu batendo a porta logo atrás.
Dar o beijo de boa noite em Aurora era primordial para a morena, que ao entrar no quarto viu a garota deitada na cama já entregue ao mundo dos sonhos. Levantando mais um pouco a coberta até a altura de seu queixo, Arianna selou a testa da filha que dormia tranquilamente. O quarto todo rosa e cheio de ursos e fotos da mãe e dela, um verdadeiro quarto de princesa.
O quarto de Richard ficava no centro da casa subindo assim as alas, ao lado esquerdo estava a suíte de Antony e Belinda mais dois quartos de hóspedes, após esses quartos vazios vinham o quarto de princesa da Aurora e de frente para este o quarto de Arianna.
O que resultava com Melissa e Oliver com o lado direito, além da suíte do casal tinha o quarto de Vincent e mais cinco quartos de hóspedes. Arianna caminhava devagar em direção ao lado direito da casa, parando ao chegar na porta que estava entreaberta e olhando pela fresta a figura de Vincent sentado no sofá ao pé da cama com os olhos fechados e a cabeça tombada para trás.
Um sorriso brotou nos lábios da morena que entrou fechando a porta suavemente, Vincent parecia estar dormindo pois sua respiração era tranquila.
- Morango e chocolate…- a voz rouca dele a fez congelar no lugar, um sorriso bobo surgiu em seus lábios enquanto Vincent abria os olhos esverdeados e encarava a figura de Arianna parada com os braços cruzados.
- Vou ter que trocar meu perfume… gostava tanto deste aroma - um biquinho se formava enquanto Arianna falava fingindo tristeza o que fez Vincent rir e aquele som aqueceu involuntariamente todo corpo dela.
- Vem cá - ele estendeu a mão em sua direção e como se fosse um ímã Arianna caminhou até chegar à frente dele, seus olhos fixos na expressão serena que habitava o rosto de Vincent.
- Sabe… eu acho que Richard pode meio que ter entregado sua bênção para nosso casamento. Então sugiro nos casarmos em menos de um mês… Vai que o velho mude de ideia. - Arianna tinha agora uma expressão brincalhona estampada na face e seus olhos brilhavam quando percebeu alguns botões da camisa social dele aberta.
- Por mim, o casamento seria amanhã. - Vincent se inclinou na direção dela envolvendo sua cintura com as mãos grandes e grossas, todo o corpo de Arianna se arrepiou. Ela sentou-se no colo dele com as pernas uma de cada lado, aquele contato visual estava intenso e inquebrável. Sem muitas palavras mais Vincent atacou o lábios dela com ferocidade sua língua invadia a boca e brincava com a dela, as mãos que estavam em sua cintura agora percorriam todo o corpo da mulher ali engolindo cada gemido que saia dos lábios doces de Arianna.
Os lábios dele agora percorriam cada pedaço de pele exposta da mulher em seu colo, chupões e beijos eram deixados à medida que as roupas eram retiradas e jogadas no chão, descendo a mão pelo peito de Arianna o mesmo se deteve ao parar e segurar seus seios, não perdendo tempo em abocanhar sugando e chupando, sua língua brincava com o bico enrijecido do mamilo enquanto Arianna se entregava ao prazer trombando o corpo para trás ao mesmo tempo que realizava movimentos de vai e vem sobre a ereção do homem. Vincent poderia gozar nas roupas apenas com aquele momento, porém ele desejava mais.
O corpo de ambos estava febril, o calor subindo por cada extensão presente. Vincent havia retirado suas vestes e ficou apenas olhando para a figura em seu colo que agora estava nua e completamente entregue às suas carícias. E quando finalmente suas intimidades se conectaram os gemidos se tornaram maiores e mais intensos. A troca de olhares era intensa quando ambos atingiram seu ápice ali naquele sofá, Arianna recostou a cabeça nos largos ombros de Vincent que subia e descia os dedos pela costa da mulher.
- Te amo. - Foram as palavras que saíram dos lábios dele quando beijou sua testa e a segurou com firmeza levantando logo em seguida sem desgrudar seus corpos e seguir até a cama. Arianna estava aninhada em seu peito após se deitar seus olhos mal se mantinham abertos porém o sorriso estampado nos lábios mostrava o quanto estava satisfeita e feliz.
- Vincent Morello Bradley, meu namorado barra noivo e meu futuro marido eu te amo até o fim dos meus dias. - Arianna soltou as palavras tão calmamente e de forma adormecida que fez com que o homem a apertasse mais em seus braços, o sono havia chegado para os dois de forma tão suave que quando adormeceram nem se deram conta que do lado de fora do quarto uma mulher estava parada na porta pronta para fazer seu show, Belinda Crawford Morello ainda não aceitava a decisão de sua filha e faria o pudesse para impedir.
Antes que a mulher batesse na porta, Antony surgiu atrás da mesma a puxando pelo braço pelo corredor de forma brusca. Nenhuma palavra foi dita até que o casal atingisse sua suíte, o que aconteceu logo que Antony bateu a porta.
- Qual o seu problema Belinda? - Ele tentava manter a calma antes de virar seus olhos para a figura da mulher parada a sua frente em uma camisola preta com um hobby por cima amarrado na cintura.
- Nossa filha está naquele quarto com o bastardo… E eles vão se casar, se você não se importa com o bem estar dela, eu sim. Vou tirá-la de lá e trancar a mesma no quarto mais alto que tivermos até criar juízo. - Belinda andava de um lado para o outro soltando as palavras enquanto bufava de raiva.
- Chega, Belinda! A nossa filha está finalmente feliz, ela e Vincent se amam, você tem que aceitar isso. Não irei permitir que atrapalhe a felicidade da nossa filha, não mais. - Antony avançou perigosamente em direção a Belinda que recuou alguns passos até encostar na cama.
Pela mente de Antony se passava várias imagens de quando ele conheceu Belinda, da forma como a aceitou suas falhas e ambições e principalmente de como se apaixonou por ela depois do casamento. Ele sempre soube que o casamento fora algo arranjado igual Richard fez com sua irmã Melissa, ele contudo tinha a dúvida se algum dia Belinda o chegou a amar. Depois de anos de casamento essa dúvida rondava sua cabeça, quando mais jovem ele faria qualquer coisa por aquela mulher, entretanto, depois do nascimento de Arianna algo dentro dele mudou o amor que ele sentia por Belinda havia mudado dentro dele surgia o amor genuíno de um pai que daria a própria vida pela felicidade da filha.
- Quando você se tornou assim, tão amarga? - Antony soltou a pergunta enquanto caminhava em direção a poltrona que havia na suíte próxima a entrada do closet. Belinda parou por alguns instantes olhando a figura do marido por alguns segundos uma expressão de ofensa passou por seu rosto mas logo se suavizou.
- Não sou amarga. Arianna precisa entender que se casar por amor não sustenta, não realiza sonho.- Belinda falou sem se preocupar com a expressão dolorosa que surgia em Antony, afinal sua dúvida estava respondida.
- Ela não é igual a você. Afinal não se casou comigo por amor, se casou pelo status e dinheiro que temos. Arianna é nossa herdeira, dinheiro não será problema pra ela. Então acho que ela pode e deve se casar por amor. - As palavras dele soaram tão profundas que Belinda se levantou da cama olhando a figura do masculina sentada na poltrona focando na foto de casamento deles ao lado com o retrato dele segurando a filha ainda bebê.
- Apenas não quero que ela faça as mesmas escolhas que eu fiz…- Belinda foi interrompida bruscamente pela risada seca de Antony que agora a encarava com desprezo.
- Vai por mim, ela nunca faria o que você fez. Do contrário, a garotinha que dorme no quarto ali na frente não existiria. Sabe aquela menina que alegra as manhãs da nossa filha? A nossa neta?! Pois é, se Ari fosse um terço como você pode ter certeza que Aurora não teria nascido. - Antony soltou as palavras ao se colocar em pé. Belinda estava congelada no lugar, era a primeira vez que ele tocava naquele assunto, depois de mais trinta anos de casamento Antony jogava na cara o orgulho que ele engoliu ao descobrir que no dia do casamento Belinda realizou um aborto pois não queria a criança filha de outro homem a qual ela um dia amou.
- Dormirei no quarto ao lado, Boa noite Belinda. Aliás, após o casamento de nossa filha, quero o divórcio. - Antony abriu a porta e a fechou de forma silenciosa em todo esse momento Belinda se manteve extasiada, o aborto era algo que apenas ela e Antony sabiam, assim como ela tinha plena certeza que se a criança nascesse o mesmo iria cuidar e amar como se fosse dele. Piscando duas vezes ela caiu sentada no chão olhando a porta se fechar após a palavra divórcio.
Quando os primeiros raios de sol bateram contra a janela do quarto de onde Vincent dormia, Arianna foi a primeira a abrir os olhos sorrindo. O corpo nu do homem ao seu lado com os braços envolta de sua cintura segurando fazia seu coração pular dentro do peito e os olhos brilhar. - Bom dia meu amor - ela sussurrou ao beijar seu largo peitoral, o que fez Vincent resmungar um pouco e apertar mais as mãos ao redor dela. Do outro lado da casa Antony estava saindo do closet vestido com seu terno cinza escuro, camisa social e cabelos bem penteados, afinal de contas era uma segunda-feira comum para todos na casa. Belinda se encontrava deitada na cama fingindo dormir enquanto sua mente repassava todos os momentos de ontem a noite e as palavras duras de Antony. - Minha secretária vai te ligar passando os detalhes. Sei que não está dormindo e por favor não faça disto um show de horrores. Até o casamento seremos marido e mulher, depois disso é cada um para seu canto. - Antony falou calmamente
Desde o anúncio do noivado de Arianna seu ex marido Tom Lucchese andava para cima e para baixo em seu apartamento traçando planos e meios de não deixar isso acontecer, sem o conhecimento de sua família ele havia contratado pessoas para seguir a ex mulher e ficarem de olho na filha que até então não havia deixado a mansão Morello. Tom Ignazio Lucchese, filho de Emília e Tomás Lucchese. O único homem herdeiro de uma fortuna duvidosa, sua família nem sempre teve riquezas, os Lucchese são de origem humilde. Ignazio o pai de Tomás era contador de uma família italiana bastante influente cansado de ver sua esposa grávida trabalhando como lavadeira das mulheres da alta sociedade e sofrendo constantes humilhação, o mesmo passou a desviar parte dos valores dessa família para uma conta secreta e com isso ele iniciou a construção do que seria hoje o império Lucchese. Quando foi descoberto o que ele fazia tratou de armar uma fuga para outro país, na época em que chegou a Nova York as gangues do
O grande dia havia chegado! O mês passou de forma tranquila com dois ou três confrontos entre Belinda e Arianna sobre a forma como queria a cerimônia. Belinda queria uma festa extravagante com bastante pessoas e a mídia fazendo a cobertura de tudo e já Arianna queria algo simples, amigos e familiares no máximo com a festa no próprio jardim. Quem ficou responsável pelo desempate foi Richard, que optou pela ideia da neta. A mansão estava em festa e várias pessoas haviam sido contratadas para trabalhar no buffet e como manobristas. Aos poucos os convidados se ajeitavam na sala de jantar, que teve uma alteração para parecer um verdadeiro salão de festa. Ninguém conseguia sonhar com a forma como tudo estava espaçoso na casa e no andar de cima Arianna andava de um lado para o outro um pouco nervosa. – Oras querida, se acalme ou vai criar um buraco no chão! – Melissa falava divertidamente enquanto olhava o próprio reflexo no espelho. Faziam exatamente duas semanas que Vincent tinha viajad
A cerimônia havia arrancado lágrimas tanto de Arianna quanto de sua tia Melissa, sua mãe que estava sentada em lugar mais afastado agora na festa olhava com desdém os noivos dançarem sorrindo e trocando selinhos, de fato, aquele era o dia mais feliz da vida de Arianna. – Posso dançar com a noiva? – Antony perguntou após estender as mãos na direção da filha, o que fez Vincent sorrir e concordar. – Vou buscar a pimentinha pra dançar. – sutilmente Vincent beijou a testa de sua esposa e saiu caminhando em direção ao som da famosa risada de Aurora que estava nos braços de Melissa e Oliver tentando fugir das cócegas. Arianna sorriu de forma genuína e pela primeira vez seu pai tinha certeza que ela estava feliz. Casada com o homem que amava, tinha uma filha maravilhosa então naquele momento nada poderia impedi-la de sorrir. A dança era tranquila, uma valsa de pai e filha, a bolha deles. Não se sabe quando tudo começou a dar errado, som de tiros tiraram todos de suas bolhas, Arianna que
Do outro lado da cidade, em um barracão abandonado estava a figura de Tom Lucchese sentado em uma cadeira com rodinhas, nos dedos um cigarro aceso enquanto seu olhar era distante. A sua frente estava uma fileira de seis homens parados com as mãos para trás. O celular tocava no seu bolso, porém quando ele olhava o visor e via o nome de sua mãe o mesmo desligava. – Quero a certeza de que ele está morto. – Tom falou friamente após tragar o cigarro e soltar a fumaça para o alto. – Os jornais indicam que houve um óbito, e nossa informante do buffet disse que a recém casada está trancada no andar de cima aos prantos. – Um homem de blusa cinza falou e tais palavras fizeram os lábios de Tom se abrir em um sorriso. – Certo amanhã apareço para prestar minhas homenagens e recuperar minha esposa e filha. – Tom tragou uma última vez o cigarro e se levantou caminhando para a porta onde seu carro estava estacionado. – Desapareçam da cidade pelo menos até a poeira baixar. E sumam com a informant
Já fazia cerca de meia hora que Tom estava parado na frente dos portões da mansão Morello onde ninguém permitiu sua entrada, ele se recusava a acreditar que sua filha havia morrido e queria ter certeza. Após esmurrar o volante com toda força que tinha ao encostar a cabeça para trás, pode ouvir dois seguranças que estavam parados em frente ao portão dizer que a família estava no hospital e que em breve voltariam. O som do motor do carro pareceu deixar todos surdos quando ele arrancou em alta velocidade, iria rodar todos os hospitais da cidade até encontrar Arianna. Talvez por sorte ou azar o primeiro hospital que parou já se deparou com a figura de Belinda abraçada ao marido Antony logo na entrada e dois seguranças atrás. Ele não poderia chamar a atenção, fechando os vidros fumê do carro ele estacionou no final da rua e voltou a pé, as mãos dentro do bolso um boné na cabeça e óculos escuro. Tom passou pela porta da frente sem nem ao menos ser reconhecido, a verdade é que todos estavam
O sorriso se manteve nos lábios de Arianna até descer as escadas e avistar a silhueta de Emília que estava em pé olhando a coleção de vasos ming de sua falecida Avó enquanto Tomás estava sentado em uma poltrona, trajando elegantemente um terno azul marinho com gravata vermelha. A julgar pela aparência de ambos, eles tinham por volta de seus cinquenta anos, os que se tornaram dez anos mais novos que os pais de Ariana. - Em que posso ajudá-los? Acredito que não temos nenhum assunto em comum. – Arianna falou enquanto cruzava os braços na altura da cintura e ficava olhando a expressão cansada de Emília. A mais velha até tentou sorrir mas não obteve grande êxito e com isso sentou-se na poltrona ao lado, Arianna permaneceu em pé enquanto Tomás se levantava limpando a garganta e estendendo a mão para cumprimenta-la. – Faz tempo minha cara, queria saber como tens passado. – Tomás tinha a voz tranquila e suave, a morena por sua vez arqueou as sobrancelhas enquanto ignorava a mão esticada
A mídia se referia ao casamento de Vincent e Arianna como casamento sangrento, já havia se passado um mês desde o ocorrido e todos ainda tocavam no assunto sempre corpos baleados surgiam pelo país. Vincent estava se recuperando em casa agora, o mesmo ficava recluso dentro do quarto a única pessoa que ele recebia era sua esposa que depois do luto pela morte da filha estava começando a fase de aceitação. A segurança da casa havia sido reforçada, e nesse mês que os dois ficaram reclusos na mansão nenhuma notícia de Tom havia sido ouvida. Desde aquele dia no hospital o ex marido de Arianna desapareceu do mapa, boatos eram ouvidos que ele havia voltado para Itália o seio familiar, outros boatos eram que ele tinha enlouquecido e se trancado em seu apartamento onde apenas sua mãe entrava, ninguém sabia ao certo qual era o verdadeiro, porém todos tinham algo em comum: Tom Lucchese ficará louco ao saber da morte da filha no casamento da ex, e mais louco ainda ao ser proibido de participar do