Zach Assim que colocamos os pés no quarto em que Ashley estava hospedada, eu a peguei em meu colo e nos levei em direção à cama, enquanto tinha meus lábios atacados pelos dela. Quando a deitei no colchão, Ashley me puxou para seu corpo e inverteu nossas posições, sentando em meu colo e retirando o vestido; os olhos presos aos meus faziam com que um sorriso despontasse em meus lábios. — Não vai babar aí, Zach. — Riu com malícia, voltando a me beijar com ferocidade. Ashley prendeu os dedos em meus cabelos, os puxando de leve e conseguindo me arrancar alguns gemidos, enquanto minhas mãos apertavam seu bumbum e a puxavam para mais perto de mim. Ela saiu do meu colo por alguns segundos, apenas para me ajudar a me livrar das últimas peças de roupa, e se livrou das suas, para que finalmente tivéssemos o contato pelo qual ansiávamos. Minutos mais tarde, quando já havíamos alcançado nossos máximos e estávamos deitados lado a lado na cama, encarei Ashley, que ainda estava com a respiração
Molly Limpei o suor da testa com as costas das mãos e segui em direção ao meu celular, dando início à música novamente. Eu estava ensaiando feito louca desde a última semana. Estava com uma prova prática, de uma das professoras mais severas que eu já tive em toda a vida, marcada para dali a alguns dias, e por esse motivo não poderia chegar com algo mal feito. Por esse motivo, pedi ajuda a Elena, que com um sorriso misterioso que me deixou curiosa, prontamente aceitou me ajudar. Minha amiga andava um poço de mistério desde o natal. Em minha festa, alguns dias atrás, eu a peguei conversando ao telefone na cozinha, quando fui buscar uma bebida para mim. Eu a assustei tanto, que ela quase deixou o celular cair no chão. Imaginei que ela estivesse saindo com alguém e não queria que ninguém descobrisse, já que desconversou quando brinquei sobre o assunto — e por isso resolvi não insistir no assunto. Quando ela quisesse falar comigo, estaria aberta a escutá-la. — E aí, o que você achou?
Luke Fiquei esperando pela reação de Molly ao saber que em menos de vinte e quatro horas nos despediríamos, sem data exata para que voltássemos a nos encontrar. Naquele momento, vendo o sorriso em seus lábios sumir e lágrimas brotarem levemente em seus olhos, me senti mal por esconder isso dela nos últimos dias. Foi extremamente egoísta da minha parte, mas eu não queria causar uma tristeza desnecessária. Quando Zach me contou que havia dado a notícia a Ashley depois que os dois finalmente se resolveram, tive que ligar para ela e a convencer a não contar nada para a amiga. Isso era uma tarefa minha. E agora, após finalmente contar sobre a turnê, eu não conseguia controlar o medo, enquanto tentava ler suas expressões, sem ter sucesso algum. — Diz alguma coisa, Molly Parker — pedi em um sussurro, a encarando com atenção. Demorou algum tempo até que ela respondesse: — Eu estou tentando processar essa notícia ainda, Luke... Eu não estou triste, pelo contrário, estou feliz por te ve
Molly Chegar em casa depois de um dia inteiro de trabalho era mais do que incrível. Os últimos dois meses tinham sido puxados, mas extremamente gratificantes; eu tive de aprender a me dividir em várias. Durante as manhãs, servia mesas no café de Erin, sorrindo e sendo simpática com todos, depois ia correndo para a faculdade e tinha aulas de todos os tipos. Sempre saía mais cedo para ir para a terceira e última tarefa do meu dia: os ensaios para o recital da professora Walker e de Elena. Ficávamos quase quatro horas passando e repassando as coreografias com os outros bailarinos, arrumando aquilo que a professora não gostava e adicionando elementos que achávamos interessantes. Sem contar que ainda conseguia arranjar um tempo entre tudo isso para fazer meus trabalhos teóricos da faculdade. As pessoas me perguntavam como eu estava sobrevivendo a uma rotina tão louca quanto aquela, mas eu não fazia a mínima ideia, apenas continuava a segui-la sem perder a cabeça. Olhei o apartamento va
Luke Olhei pela janela do avião, observando a cidade de Nova Iorque aumentando conforme nos aproximávamos da área de pouso, e sorri. Mesmo cansado por toda a correria que vinha com o pacote turnê — viagens em horários nada agradáveis, noites mal dormidas, corridas do hotel para o local do show, para que fizéssemos o soundcheck —, eu estava adorando cada segundo daquela nova vida. Afinal, eu estava fazendo o que eu sempre quis: vivendo o meu sonho, trabalhando com o que eu amava e, principalmente, me sentindo extremamente feliz por isso. Olhei para o lado e vi Zach do outro lado do corredor da primeira classe, dormindo em uma poltrona individual muito parecida com a minha. Aquilo me fez rir sozinho ao lembrar de sua cara ao entrarmos em nosso primeiro voo. Ele me encarava com o mesmo nível de ansiedade que eu sabia estar estampado em meu rosto, porém tentava manter uma expressão de costume perto da namorada, que durante toda sua vida, teve contato com aquele tipo de tratamento em
Molly — Molly, respira, pelo amor de Deus — Elena pediu, tentando me segurar no mesmo lugar, mas eu não conseguia mais controlar meus movimentos. Parada na área de desembarque do aeroporto, sentia cada parte do meu corpo tremer de nervosismo pelo simples pensamento de que depois de quase três meses, Luke estava vindo para casa. Foram três meses sem ver sua cara bonita e ouvir sua voz de perto, sem poder abraçá-lo ou beijá-lo. E a perspectiva de que ele estava a poucos minutos de aterrissar em Londres e de, finalmente, matarmos a saudade que estava nos castigando nos últimos tempos me deixava ainda mais ansiosa. Além de Luke e Zach, Ashley, meus pais e Haley também estavam vindo com os dois, para assistirem à minha última noite de apresentação no recital. Seria uma noite incrível, o fechamento de um ciclo e o início de outro: eu me tornaria a assistente da senhora Walker nas aulas dos novos alunos do próximo semestre. — Molly, você vai fazer um buraco no chão! — minha amiga reclam
Molly — Oi — foi tudo o que conseguimos falar, antes que eu ficasse na ponta dos pés, para finalmente poder beijar Luke com carinho. Com os olhos fechados e o coração ainda desesperado, senti um das mãos de Luke soltando minha cintura e se prendendo em minha nuca, causando um arrepio clandestino. Por alguns segundos, me esqueci de todas aquelas pessoas à nossa volta, até que escutei meu pai falar: — É como se não estivéssemos aqui! — Eu sei, querido! Eu a carreguei por nove meses, damos todo nosso carinho e amor durante os últimos vinte e três anos, mas ela está mais interessada em se agarrar ao namorado — minha mãe completou, e eu tive que parar de beijar Luke para rir. — Meu Deus, eu me esqueci o quanto vocês são dramáticos! — falei, indo abraçar os dois, que riam. Abracei minha irmã, minha amiga — que não se soltou de Zach nem para me abraçar — e Zach, que disse estar feliz em me ver. — Meninos, depois terminamos de cumprimentar vocês. Há algumas pessoas esperando ali — cont
Luke Já estava me acostumando a estar um avião a maior parte do tempo. Fazer aquelas viagens era legal, mas ainda as achava muito solitárias, mesmo estando cercado por todas as pessoas de nossa equipe. Porém, dessa vez, eu não me sentia tão sozinho, não com minha namorada dormindo pacificamente na poltrona ao meu lado. Desde nosso encontro, três dias antes, ainda em Londres, eu não consegui me separar dela por um segundo sequer, e tive certeza de que Molly também não queria, já que ela me chamou para acompanhá-la em todos os lugares que tinha de ir, e eu fiz o mesmo. Almoçar com sua família, almoçar com minha família — minha irmã, Poppy e Archie, no caso, já que minha mãe não parecia mais ter interesse em saber de minha vida —, idas até o teatro em que Molly estava se apresentando, e ela me acompanhando até a gravadora... Tudo era muito rápido, já que nossa viagem estava próxima. Talvez o melhor momento de todo esse nosso “grude” aconteceu quando eu e Zach precisamos dar uma entr