Molly Abri meus olhos, sem lembrar o que havia acontecido e muito menos onde eu estava. Tentei me levantar, mas senti alguém me segurando no mesmo lugar e virei minha cabeça em sua direção, fazendo tudo rodar. — O que aconteceu comigo? — perguntei, fechando os olhos e os pressionando com a ponta dos dedos. — Você desmaiou enquanto deixávamos o hotel, meu amor. — Escutei a voz de Luke carregada de preocupação e abri os olhos novamente, o encontrando sentado ao meu lado. A lembrança de suas palavras alguns segundos antes de meu desmaio vieram de uma vez, assim como minha vontade me levantar do sofá em que eu estava deitada e as mãos de namorado tentando me segurar no mesmo lugar. — Molly, não levanta ainda! O médico está chegando para te examinar. — Pediu, tentando me fazer sentar novamente. — Eu estou bem, Luke Thomas! — quase gritei, o encarando e ainda sentindo tudo girar à minha volta, com os olhos embaçados de lágrimas. — Cadê ela, Luke? Cadê Lizbeth? O que aquele ser sem car
Luke Terminei de vestir o agasalho gigantesco em minhas mãos e olhei na direção da cama, dando um sorriso ao notar a maneira como Molly estava dormindo. Deixei o quarto tremendo um pouco, porém não pelo frio que fazia naquela manhã. O que eu ia fazer era simples, mas eu me sentia extremamente nervoso por algum motivo. Lembrei-me do primeiro encontro com Molly, após nosso mês de passeios por todos os lados, me fazendo dar uma risada e balançar a cabeça enquanto terminava de virar uma panqueca na panela. Estava me sentindo da mesma maneira, mas a situação era bem diferente. Afinal, dessa vez, não ia levá-la apenas para um passeio, ia fazer o pedido que eu estava programando há algum tempo, porém estava nervoso demais para colocá-lo para fora. Durante nosso passeio em família daquela tarde, eu ia pedir Molly em casamento. Tudo já estava pronto para que isso acontecesse, não que fosse fazer algo de muito louco, mas tinha preparado uma surpresa que eu sabia que ela ia gostar. Já contav
Luke Molly perguntou o porquê da cesta, mas Lizbeth apenas deu de ombros sorrindo, e nos avisou que o porteiro ligou, dizendo que o carro já estava à nossa espera. Minha namorada reclamou um pouco, por estarmos escondendo algo dela, mesmo assim, ela foi a primeira a sair da casa.O caminho até a London Eye foi repleto de conversas animadas. Molly contava para Lizbeth sobre seus primeiros dias na cidade e tentava de todas as maneiras possíveis arrancar o que estávamos aprontando — acabou conseguindo descobrir que seria um piquenique.— Nesse frio? Tá pretendendo congelar a minha bunda, Luke? — sussurrou em meu ouvido, em tom de brincadeira, me fazendo rir.— O piquenique não vai ser no meio da neve, Molly Parker. Espera só mais um pouco e você vai ver. — Beijei sua bochecha e voltei a olhar pela janela, vendo que estávamos quase chegando ao nosso destino.Descendo do carro, observei Molly notar a presença de Ashley e Zach alguns passos à nossa frente. Sorrindo, ela foi andando até nos
Molly Terminando minha rotina de dança e também meu trabalho de conclusão, dei adeus ao segundo ano do meu curso. Com os aplausos e meu agradecimento, minhas férias se iniciavam, e em menos de uma semana aconteceria o meu casamento. Sorri com esse pensamento enquanto terminava de secar minha pele, aguardando para saber minha nota. Foram cinco meses de muitos preparativos, feitos conforme a nossa agenda complicada, já que após o rompimento do contrato com Anthony — que seria processado por assédio, tanto moral quanto sexual, indução ao uso de drogas em artistas menores de idade e ligação com tráfico de drogas, o que poderia lhe dar bons anos atrás das grades —, e o início do agenciamento feito por Ryan, Luke e Zach andavam mais ocupados do que antes, cuidando dos preparativos do lançamento do segundo álbum e da primeira turnê própria. A minha estava tão louca quanto, já que além de estar cheia de trabalhos e provas para fazer, tinha meu trabalho como assistente da senhora Walker e
Molly A visita a Itália não era exatamente para mim e Luke, e sim para Lizbeth, que disse sempre ter vontade de visitar o lugar, e agora poderia finalmente realizar seu sonho. Aliás, quando lhe contei, alguns minutos depois de acordá-la para que fôssemos até nosso novo apartamento, ela ficou aos prantos, tamanha a emoção com a novidade. Falando no apartamento novo, ele ficava em Hampstead, um bairro tranquilo, ao norte de cidade, onde poderíamos ter uma vida calma, afastada do agito do centro — mesmo que isso fosse um pouco impossível, já que meu noivo era famoso. — Luke Thomas, você vai estar livre amanhã? — perguntei quando voltei do quarto que seria nosso, após checar se estava com a pintura que pedimos e receber uma mensagem que me deixou tremendo. — Vou, sim, Molly, por quê? — indagou, me puxando para mais perto ao notar minha tremedeira e colocando a mão em minha testa. — Tá tudo bem, meu amor? Você está pálida. — Eu acabei de receber uma mensagem de um dos lugares em que f
Luke — Luke Thomas, vem me ajudar aqui! — Escutei minha noiva gritar da cozinha e me levantei o mais rápido que consegui. Tanto eu quanto Molly estávamos duas pilhas de nervos, afinal nosso casamento seria em dois dias e precisávamos buscar seus pais, Haley e os pais de Ashley no aeroporto, além de precisarmos ir ao local para confirmar os últimos detalhes para o jantar de ensaio e casamento, em conjunto com a organizadora da cerimônia. Além disso, eu e Zach estávamos em fase de pós-produção de um novo CD e começando nossos ensaios para nossa turnê, que se iniciaria após minha lua de mel. Molly estava iniciando suas férias da faculdade e de seu trabalho, para se aproximar mais de seus novos colegas da companhia de ballet, e Lizbeth estava aproveitando suas férias antes de iniciar o décimo ano, louca para nossa viagem à Itália. — O que foi, Molly? — Eu me aproximei, observando Lizbeth segurar a risada, enquanto minha noiva mexia no forno, sentindo o cheiro de algo queimado e me faz
Luke Acordei sentindo os braços de Molly em volta de minha cintura e sorri. O jantar de ensaio fora um sucesso, tivemos um tempo maravilhoso com nossa família e amigos. Rimos muito, comemos bastante e dividimos um pouco da nossa alegria com todos antes do grande dia. Ao chegarmos em casa, prolongamos mais um pouco nossa noite a dois. Mesmo que tivéssemos prometido aos outros que dormiríamos bastante, não foi exatamente o que acabamos fazendo. Balançando a cabeça, comecei a me levantar da cama, fazendo de tudo para não acordar Molly, que dormia de maneira serena, e segui para o banheiro. Assim que voltei para o quarto, escutei a campainha tocar e, correndo para me vestir, fui atendê-la, encontrando Ashley, Lizbeth, Amelia, Haley, Erin, Elena, Kris e até mesmo Isla paradas à porta, segurando várias sacolas e com sorrisos gigantescos em seus rostos. — Bom dia, senhor noivo! Por sua cara amassada, vocês tiveram uma ótima noite de sono! — Ashley foi a primeira a se manifestar, entrand
Molly Nunca imaginei que fosse me divertir tanto com uma viagem, mas após uma semana em família por Florença, cidade na qual o pai biológico de Lizbeth havia nascido, eu notei o quanto tinha sido boba por pensar assim.Eu, Luke e Lizbeth nos divertimos horrores, conhecendo vários pontos turísticos da cidade, aprendendo mais sobre a cultura do lugar e comendo mais do que seria necessário para aguentarmos todos os passeios.Naquele momento, estávamos terminando de alugar um carro para que pudéssemos dar início a nossa segunda e última semana de nossa lua de mel. No caso, eu e Luke estávamos seguindo para a costa oeste dos Estados Unidos, já que nossa filha resolveu voltar direto para Londres e ficar os dias seguintes com Ashley, dizendo que precisávamos de um tempo só nosso.E mesmo com nossos protestos e pedidos incessantes de que ela nos acompanhasse, Lizbeth bateu o pé e disse que esse era seu presente de casamento para nós dois. “Vocês já estão fazendo tanto por mim, me deixem dar