Luke Estávamos completando sete meses em turnê e, mesmo estando cansado, me sentia cada vez mais vivo e mais feliz. E com mais saudades de casa do que poderia aguentar. Depois das férias em LA e dos dois shows no Canadá, Molly voltou para Londres um pouco mais animada, já que Ashley estava indo junto para a cidade. Com a decisão de Isla de viajar por um tempo, ela resolveu que não precisava mais de um quarto só seu. Assim, pediu que tirassem suas coisas de um dos quartos e colocassem no que pertencera à sua falecida amiga, deixando com que o outro dormitório ficasse para Ashley. As ligações agora eram mais longas, já que com as duas do outro lado da linha rindo e me fazendo ir até o quarto de Zach, para que pudéssemos conversar todos juntos, acabávamos permanecendo mais tempo conversando. Não posso negar que estava amando isso, principalmente ver como Molly andava mais animada com a presença da amiga. A turnê também estava sendo incrível, todos os lugares que estávamos conhecendo
Molly Eu estava mais do que animada para aquele momento, e tinha certeza que cada um dos meus colegas de classe conseguia notar, já que eu estava totalmente distraída durante nossa última aula do dia. Mas quem poderia me culpar? Eu não me encontrava com Luke há seis meses, por consequência, passamos seu aniversário de vinte e sete anos longe um do outro, além do nosso primeiro ano de namoro; ou seja, a saudade estava me matando. Ashley estava na mesma que eu, seu nível de ansiedade pelo reencontro com Zach era quase palpável. Não havia passado um dia, desde que dezembro iniciou, que ela não houvesse dito o quanto estava ansiosa pelo momento do desembarque do namorado. Falando nela, a garota estava se adaptando à Londres e à sua nova faculdade, o que já era esperado. Todavia, o surpreendente foi ela e Erin ficarem tão amigas, dado o histórico com Zach. — Pelo amor de Deus, Mo, você acha mesmo que eu deixaria de ser amiga de uma garota incrível como Erin apenas por um dia ter rolad
Molly Acordei com a cama fria, já que o lado em que meu namorado deveria ocupar estava vazio. Vesti o primeiro agasalho que encontrei e segui para o banheiro. Depois fui até a cozinha, encontrando um bem agasalhado Luke em frente ao fogão. — Tinha me esquecido o quanto é bom te ver cozinhando, principalmente agora que Ash mora aqui e mais queima a comida, do que propriamente a cozinha — soltei, parando ao seu lado e escutando sua risada, antes de beijar sua bochecha. — Bom dia. — Bom dia, Molly Parker. — Luke se virou totalmente em minha direção e me beijou de maneira carinhosa, após desligar o fogão. — Então, qual é a programação para hoje? — perguntou, enquanto terminava de servir waffles em dois pratos. — Eu não pensei em nada ainda, apenas em ficar aqui e ter um tempo só nosso, afinal, o senhor está bem famoso agora — respondi em tom de brincadeira, mas a expressão que Luke me ofereceu não foi nada animada, me deixando preocupada. — Ei, está tudo bem? — Tudo sim — ele sorriu,
Luke Eu fui fraco. Não havia outra alternativa além daquela. Eu fui fraco por não ter contado para Molly o pedido sujo de meu empresário. Deveria ter a alertado desde o instante em que ele foi feito. Porém o medo de lhe causar alguma chateação, me fez guardar o que sentia, ao me submeter ao pedido vergonhoso de Anthony. Então arrumei todas as desculpas possíveis para não falar: contaria quando descobríssemos como quebrar o contrato. Quando isso não se tornou uma realidade antes de chegarmos em Londres, resolvi que contaria assim colocasse meus pés em casa. Depois adiando para quando acordássemos, mas ao vê-la sorrindo com animação ao me encontrar na cozinha, deixei para depois do show. Porém o que eu não contava era vê-la ali, na porta, com os olhos arregalados e cheios de uma raiva crescente enquanto observava a cena deplorável que eu aceitei participar para não prejudicar minha carreira e a de Zach. E acabei prejudicando meu namoro. Assim que dei um passo em sua direção, Molly
Luke Precisei respirar fundo algumas vezes antes de tomar coragem e bater na porta. Uma carrancuda Ashley a atendeu, dizendo:— Molly está te esperando na sala, Luke. Zach e eu vamos para o apartamento de vocês, também precisamos conversar.Não olhei para meu amigo, já que estava encarando minha namorada e seus olhos inchados, mas tinha certeza que a preocupação marcava a expressão de Zach também. Apenas assenti e caminhei em direção à Molly, escutando a porta sendo fechada.Ela estava sentada no sofá, os olhos presos aos meus e brilhando com as lágrimas que surgiam, o que fazia com que eu me sentisse pior ainda.— Tem certeza que quer ficar aqui? Acho que suas fãs adorariam se você pudesse sair com elas hoje à noite! — Molly quase gritou, se levantando e parando na minha frente.— Molly...— Desde quando isso está acontecendo, hein? Tem se divertido assim desde o início da turnê? — continuou, a voz embargada e severa.— Molly, as coisas não são como você está pensando! Me deixe te e
Molly Depois de várias lágrimas e de explicarmos a Lizbeth como tudo sobre sua adoção, a levamos para dormir no quarto que, se tudo desse certo no processo, seria seu, e fomos para o nosso, onde passamos horas nos amando. Nem mesmo o problema com Anthony foi capaz de acabar com o nosso clima. Por isso quando acordei, não consegui conter o sorriso que surgiu em meus lábios no instante em que senti Luke apertando minha cintura e beijando a ponta do meu nariz. Eu estava feliz demais por termos resolvido tudo com tanta calma. — Bom dia, Molly. — Bom dia... — sussurrei de volta, me aproximando mais ainda de seu corpo. O silêncio que se instalou não era nada incômodo, pelo contrário, era muito bem-vindo, já que podia apreciar a beleza de meu namorado. Vendo seus olhos castanhos ainda pequenos, por conta das poucas horas de sono que tivemos, me senti mal por ter reagido com o que aconteceu no Meet & Greet e odiei seu empresário mais ainda por ser uma pessoa tão horrível. Passei a mão n
Molly Abri meus olhos, sem lembrar o que havia acontecido e muito menos onde eu estava. Tentei me levantar, mas senti alguém me segurando no mesmo lugar e virei minha cabeça em sua direção, fazendo tudo rodar. — O que aconteceu comigo? — perguntei, fechando os olhos e os pressionando com a ponta dos dedos. — Você desmaiou enquanto deixávamos o hotel, meu amor. — Escutei a voz de Luke carregada de preocupação e abri os olhos novamente, o encontrando sentado ao meu lado. A lembrança de suas palavras alguns segundos antes de meu desmaio vieram de uma vez, assim como minha vontade me levantar do sofá em que eu estava deitada e as mãos de namorado tentando me segurar no mesmo lugar. — Molly, não levanta ainda! O médico está chegando para te examinar. — Pediu, tentando me fazer sentar novamente. — Eu estou bem, Luke Thomas! — quase gritei, o encarando e ainda sentindo tudo girar à minha volta, com os olhos embaçados de lágrimas. — Cadê ela, Luke? Cadê Lizbeth? O que aquele ser sem car
Luke Terminei de vestir o agasalho gigantesco em minhas mãos e olhei na direção da cama, dando um sorriso ao notar a maneira como Molly estava dormindo. Deixei o quarto tremendo um pouco, porém não pelo frio que fazia naquela manhã. O que eu ia fazer era simples, mas eu me sentia extremamente nervoso por algum motivo. Lembrei-me do primeiro encontro com Molly, após nosso mês de passeios por todos os lados, me fazendo dar uma risada e balançar a cabeça enquanto terminava de virar uma panqueca na panela. Estava me sentindo da mesma maneira, mas a situação era bem diferente. Afinal, dessa vez, não ia levá-la apenas para um passeio, ia fazer o pedido que eu estava programando há algum tempo, porém estava nervoso demais para colocá-lo para fora. Durante nosso passeio em família daquela tarde, eu ia pedir Molly em casamento. Tudo já estava pronto para que isso acontecesse, não que fosse fazer algo de muito louco, mas tinha preparado uma surpresa que eu sabia que ela ia gostar. Já contav