__ O que encontraram? - Perguntei ao retornarmos.__ Há uma imponente barreira de magia, obstruindo nossa passagem, ali à frente. - informou Natália, indicando com o dedo.__ Ótimo, vamos até...Fui interrompida pelas risadas de Lianca, e só então percebi que ela nos observava, enquanto se escorava em uma árvore morta.__ Qual a graça, Lianca? - Indagou Lídia, arqueando uma sobrancelha.__ Qual é, pessoal, não alimentem expectativas. Já estamos com os minutos contados. O que mais falta aparecer? Um macaco gigante? Uma serpente que cospe fogo? - ela começou a chorar - já chega, acabou, este é o fim, aceitem.__ Entendo que esteja desesperada, mas agora não é hora de retroceder. Ainda estamos respirando, então as chances não acabaram. - Falei.Ela revira os olhos e vira de costas, cruzando os braços.__ O que tem em mente, Aurora? - Indagou tia Jasmine.Suspirei e concentrei minha atenção nela.__ Vamos unir nossas magias para quebrar a parede.__ Mas não é arriscado? - Questionou Romeu.
Já era quase final da tarde; o tempo estava coberto por nuvens escuras, e o vento soprava forte, fazendo as folhas secas e uma fina camada de areia voarem ao nosso redor.— Não aguento mais andar. A gente já está chegando? - perguntou Abner, pela milésima vez.— Dá um tempo, Rena. - Disse Gael, levando as mãos até as têmporas; os outros reviravam os olhos ou bufavam ao ouvi-lo.— Só mais um pouquinho, pessoal - Falei quando avistei o palácio.Caminhávamos em passos rápidos até a entrada. Antes de chegarmos lá, nos deparamos com inúmeros gips e vans pela estrada; o mais curioso é que todas tinham a mesma cor escura.— Uau! - Exclamaram os mais novos integrantes da família ao verem o palácio.— Sejam bem-vindos. - Disse Lucian, envolvendo-me em seus braços.— Obrigado. - falaram juntos.— É melhor entrarmos. Acredito que todos estão implorando por um descanso.— Ah, com certeza, minha sobrinha. - Disse tia Jasmine.— Entrem.Lucian fez caminho para dentro do lugar, sem desgrudar de mim
___ Eu tentei beijá-la.___ E morreu.- Ouvi Felipe dizer.___ VOCÊ O QUÊ? - Já não enxergava nada ao meu redor, mas apostaria que meus olhos haviam mudado de cor.___ Eu não sabia que ela era - ele pausa - que ela era a sua companheira.Aproximava-me lentamente, o intimidando; de mim saíam rosnados ferozes.____ Apaixonei-me por Aurora porque ela é a mulher que me resgatou do descontrole.Meu lobo clamava por controle; eu fazia o máximo para não avançar no infeliz.____ Na noite em que declarei meu amor a Aurora, tentei beijá-la, mas ela me negou. Negou-me porque já estava apaixonada por você, mesmo sem saber que era sua companheira. Na mesma noite, ela foi atrás de você, e vocês descobriram que eram um do outro ... sinto muito, irmão, não é fácil ver a mulher que amo sem poder tocá-la.A situação atingiu seu limite; num piscar de olhos, desferi socos em seu rosto.____ Ou, ou, ou! - Felipe e Romeu nos separaram.____ Podemos conversar sem nos agredir. - Sugeriu Romeu.____ Sinto mui
Lídia...O dia já amanhecera, mas parecia prestes a escurecer devido ao céu sombrio por conta da chuva, que não cessara desde a noite passada.— Dante não vai descer? - indagou Alma, enquanto me servia uma xícara de café.— Ele foi direto para a sala de reunião, disse que está sem apetite. - Respondi.Alma ponderou por um momento antes de perguntar:— Acha que a situação dele e de Lucian pode se resolver?Interrompi o trajeto da xícara de café para observá-la.— Bem, vamos torcer para que isso aconteça.Sinceramente, não acredito que isso ocorra rapidamente; talvez com o tempo tudo se ajuste, mas não quis deixar Alma preocupada. Ela mesma perceberá, mas que isso ocorra de maneira natural.— É... vamos torcer. - Ela afirmou.— Dante tentar beijar Aurora foi uma grande mancada, mesmo sem saber que ela era a companheira de Lucian. - Acrescentou Romeu.— Concordo, principalmente porque ele estava ciente dos sentimentos de Lucian por ela. - Felipe falou, como sempre de boca cheia, segurando
___ Vamos trazer todas as alcateias para cá, e as bruxas poderão criar uma barreira com magia. - Disse James, interrompido pelas risadas irônicas de Lianca.— Excelente ideia, Alfa. Acha mesmo que vamos passar o resto de nossas vidas fugindo de meros mortais? - Ela questionou, lançando-lhe um olhar indiferente.Ele a encarou.— Lianca, acho que deveria medir suas palavras. Fale apenas se tiver uma ideia melhor; caso contrário, permaneça calada. Fui clara? - Aurora lançou-lhe um olhar severo.Lianca fez menção de responder, mas ao perceber o olhar de Lucian sobre ela, encolheu-se e fez um movimento com a cabeça, confirmando.Senti vontade de levantar e aplaudir, mas preferi manter a elegância, embora por dentro estivesse saltitando de felicidade, afinal, não suporto essa garota.— Continue, James. - Disse Lucian.Ele suspira, parecendo tentar manter a calma.— Bem, como eu ia dizer antes de ser interrompido, se trouxermos as alcateias para cá, ficará mais fácil vencer os humanos, pois s
Parecia que tinha desmaiado, mas não foi o que ocorreu. Fui conduzida para outro lugar, um local desconhecido, escuro e com uma aura sombria. Minha respiração estava desregulada; sentia um frio terrível, a ponto dos meus dentes baterem um no outro, e as juntas do meu corpo ficarem doloridas.— Aurora. - Ouvi a voz de Lucian.— Lucian?Procurava por ele em todo lugar, até que senti sua mão tocar meu rosto.— Onde estamos?— Não sei. - Ele me abraça, o calor do seu corpo fez meu estado congelante esquentar um pouco.Subitamente, uma luz bem fraca se acendeu, permitindo-me ver que não estávamos sozinhos ali. Todos que estavam comigo na sala estavam ao meu lado, com exceção de Estela.— Que lugar é esse? - Perguntou Lídia, com o semblante assustado, logo ela fica bem próxima a nós.— Não tenho a mínima ideia. - Tia Jasmine responde, olhando para os lados, em seguida faz o mesmo que Lídia.— Isso é neve? - Abner pergunta tocando o chão.Olhei para ele.— É sim. - Respondi um tanto desnortea
Meu corpo flutuava sobre um campo repleto de rosas azuis; o aroma e a brisa eram incríveis. Não desejava sair dali, experimentava uma paz avassaladora, como se aquele fosse meu lugar. De repente, um ruído distante rompeu o cenário, passos apressados e uma voz chamando de longe.Meu corpo virou-se em todas as direções em busca do dono daquela voz, mas em vão. A ausência desencadeou uma angústia, substituindo a paz que permeava meu ser. Fiquei nesse estado até avistar o que parecia ser a forma de uma mão enorme e transparente, delicadamente segurando meu braço e me puxando para longe. Sentia-me leve, como uma boneca de pano guiada por mãos invisíveis, enquanto o campo, as rosas, a brisa e o perfume se distanciavam. Foi então que percebi que aquilo não era real, e eu estava retornando à minha realidade.Meus olhos estavam pesados; tentei abri-los, mas sem sucesso.— Por que ela não acorda, Estela?Ouvi a voz alterada de Lucian ao meu lado; suas mãos seguravam uma das minhas com firmeza, e
___ Nunca imaginei que encontraria você aqui. - Seus olhos negros e intensos fixavam-se em mim.Ele estava surpreso.— Bem, eu moro aqui. — Me afasto dele.— Aqui? — Suas pupilas cresceram. — Por quê?— Porque meu companheiro vive neste palácio, então...— Companheiro? Você o encontrou? — Seu semblante ficou sério, parecia irritado.— Sim.Ele respira fundo.— E quem é ele?— Eu. — Lucian surge ao meu lado. Quando o olhei, sua mandíbula estava tensa, e seus punhos cerrados com tanta força que os dedos já começavam a ficar brancos.— Lucian. — Santiago rosna, e assim como meu noivo, ele cerra os punhos."Eita."" Alguém me ajude"— O que está fazendo aqui, Aurora? — Lucian pergunta, mas não desvia os olhos de Santiago; seus olhos dourados em chamas. — Você precisa descansar, nosso filho precisa...— Filho? — Santiago o interrompe e olha para minha barriga; surpreendentemente, um pequeno sorriso se forma em seus lábios. — Aurora, há alguma chance dessa criança ser...— Ser o quê? — Lucia