___ Vamos trazer todas as alcateias para cá, e as bruxas poderão criar uma barreira com magia. - Disse James, interrompido pelas risadas irônicas de Lianca.— Excelente ideia, Alfa. Acha mesmo que vamos passar o resto de nossas vidas fugindo de meros mortais? - Ela questionou, lançando-lhe um olhar indiferente.Ele a encarou.— Lianca, acho que deveria medir suas palavras. Fale apenas se tiver uma ideia melhor; caso contrário, permaneça calada. Fui clara? - Aurora lançou-lhe um olhar severo.Lianca fez menção de responder, mas ao perceber o olhar de Lucian sobre ela, encolheu-se e fez um movimento com a cabeça, confirmando.Senti vontade de levantar e aplaudir, mas preferi manter a elegância, embora por dentro estivesse saltitando de felicidade, afinal, não suporto essa garota.— Continue, James. - Disse Lucian.Ele suspira, parecendo tentar manter a calma.— Bem, como eu ia dizer antes de ser interrompido, se trouxermos as alcateias para cá, ficará mais fácil vencer os humanos, pois s
Parecia que tinha desmaiado, mas não foi o que ocorreu. Fui conduzida para outro lugar, um local desconhecido, escuro e com uma aura sombria. Minha respiração estava desregulada; sentia um frio terrível, a ponto dos meus dentes baterem um no outro, e as juntas do meu corpo ficarem doloridas.— Aurora. - Ouvi a voz de Lucian.— Lucian?Procurava por ele em todo lugar, até que senti sua mão tocar meu rosto.— Onde estamos?— Não sei. - Ele me abraça, o calor do seu corpo fez meu estado congelante esquentar um pouco.Subitamente, uma luz bem fraca se acendeu, permitindo-me ver que não estávamos sozinhos ali. Todos que estavam comigo na sala estavam ao meu lado, com exceção de Estela.— Que lugar é esse? - Perguntou Lídia, com o semblante assustado, logo ela fica bem próxima a nós.— Não tenho a mínima ideia. - Tia Jasmine responde, olhando para os lados, em seguida faz o mesmo que Lídia.— Isso é neve? - Abner pergunta tocando o chão.Olhei para ele.— É sim. - Respondi um tanto desnortea
Meu corpo flutuava sobre um campo repleto de rosas azuis; o aroma e a brisa eram incríveis. Não desejava sair dali, experimentava uma paz avassaladora, como se aquele fosse meu lugar. De repente, um ruído distante rompeu o cenário, passos apressados e uma voz chamando de longe.Meu corpo virou-se em todas as direções em busca do dono daquela voz, mas em vão. A ausência desencadeou uma angústia, substituindo a paz que permeava meu ser. Fiquei nesse estado até avistar o que parecia ser a forma de uma mão enorme e transparente, delicadamente segurando meu braço e me puxando para longe. Sentia-me leve, como uma boneca de pano guiada por mãos invisíveis, enquanto o campo, as rosas, a brisa e o perfume se distanciavam. Foi então que percebi que aquilo não era real, e eu estava retornando à minha realidade.Meus olhos estavam pesados; tentei abri-los, mas sem sucesso.— Por que ela não acorda, Estela?Ouvi a voz alterada de Lucian ao meu lado; suas mãos seguravam uma das minhas com firmeza, e
___ Nunca imaginei que encontraria você aqui. - Seus olhos negros e intensos fixavam-se em mim.Ele estava surpreso.— Bem, eu moro aqui. — Me afasto dele.— Aqui? — Suas pupilas cresceram. — Por quê?— Porque meu companheiro vive neste palácio, então...— Companheiro? Você o encontrou? — Seu semblante ficou sério, parecia irritado.— Sim.Ele respira fundo.— E quem é ele?— Eu. — Lucian surge ao meu lado. Quando o olhei, sua mandíbula estava tensa, e seus punhos cerrados com tanta força que os dedos já começavam a ficar brancos.— Lucian. — Santiago rosna, e assim como meu noivo, ele cerra os punhos."Eita."" Alguém me ajude"— O que está fazendo aqui, Aurora? — Lucian pergunta, mas não desvia os olhos de Santiago; seus olhos dourados em chamas. — Você precisa descansar, nosso filho precisa...— Filho? — Santiago o interrompe e olha para minha barriga; surpreendentemente, um pequeno sorriso se forma em seus lábios. — Aurora, há alguma chance dessa criança ser...— Ser o quê? — Lucia
Aurora...Saí do escritório com minhas energias renovadas. Enquanto ascendia as escadas, os acalorados debates entre Celina e Denise ecoavam da cozinha. Decidi evitar o conflito e prossegui, uma vez que meu cansaço era palpável. Ansiava por meu leito, mas a brisa suave da noite exerceu seu encanto, conduzindo-me até a varanda, onde aprecio o ar puro.Do meu ponto de vista, conseguia ver as luzes da arena acesas, assim como meus amigos treinando uns com os outros. Não estavam muito distantes; o vento trazia os ruídos de suas risadas e conversas até mim....A madrugada já tinha chegado há algum tempo, mas ninguém parecia ter planos de ir dormir. Por outro lado, eu estava totalmente concentrada, observando a floresta ao redor. Os barulhos dos animais noturnos me transmitiam paz e felicidade, como se meu bebê também desfrutasse disso.Fechei os olhos, mas os abri rapidamente ao ouvir um barulho atrás de mim. Parecia que alguém havia esbarrado em algo. Olhei rápido, mas ninguém estava ali.
Uma semana depois.Uma semana depois da morte de Lianca, ficamos mais atentos aos detalhes. Dante não parou de se culpar um segundo, apesar de todos afirmarem que ele não tinha culpa. Reuniões incessantes e treinamentos intensificados ocorriam. As bruxas reforçaram a magia na entrada da alcateia para protegê-la dos humanos, enquanto nos preparávamos para a defesa.Comuniquei a Lucian minha suspeita de que sombra poderia ser seu pai. Ele já desconfiava disso desde que a bruxa nos informou que sombra é um ser não vivo, mas não compartilhou para evitar preocupações, o que não foi muito eficaz. Além das reuniões, também auxiliei a noiva de Oscar, que está internada desde que foi encontrada. Mesmo utilizando meu dom de cura, precisei proceder com cautela devido à quantidade de substâncias em seu corpo.O humano ainda se adaptava à ideia da amiga estar morta. Alma fazia o possível para animá-lo com abraços e doces, e ele tentava escapar dos apertos da loba. Essa é a cena que estou presencian
A noite já estava chegando, os humanos não davam trégua, mas os sobrenaturais também não recuavam. Tanto eles quanto nós estávamos interessados em um final sangrento. Cada humano que se aproximava de mim, eu matava de maneira mais dolorosa possível.— Aurora, cuidado! — Lídia gritou.Quando olhei para trás, percebi que dois humanos se aproximavam de mim.— Você é tão linda que seria desperdício matá-la. — Disse um deles.Eles apontaram armas para mim, mas não me intimidei. Caminhei lentamente até eles, fixando o olhar nos seus olhos. Os dois se entreolhavam incrédulos.— O que são capazes de fazer sem essas armas? - Inclinei a cabeça para o lado - Confesso que estou curiosa.Fiz flutuar suas armas; os dois se entreolharam e tentaram correr. Dei um giro nos ares e caí na frente deles.— Como suspeitava, sem essas armas, vocês não são nada. Nem ao menos tentaram lutar como homens, seus covardes! - Enfiei minhas garras em seus corações e comecei a arrastá-los sem pressa para o meio da gue
Aurora...Ao chegar no prédio do governo, os sobrenaturais já estavam reunidos do lado de fora, aguardando a ordem para atacar.- O que faremos, filha? - Indagou meu pai.Olhei para ele e os demais, declarando:- Ataquem, sem nenhuma piedade!Uma reverência precedeu minha explosão na entrada daquele lugar. Ao ingressarmos, os humanos que trabalhavam em seus computadores tentaram escapar, porém as panteras e os lobos os estraçalharam.As bruxas permaneceram do lado de fora, junto a uma parte dos sobrenaturais. Certamente, os humanos tentariam escapar, mas estávamos bem preparados para isso.Um numeroso grupo de humanos armados avançava velozmente em minha direção.Sorri com um canto da boca e, apenas fechando a mão, fiz seus crânios explodirem.- CADÊ O MEU LOBO? - Rosnei, fazendo as mesas tremerem. Os computadores e os papéis que estavam sobre elas caíram.Caminhei pelo meio do banho de sangue causado pelos lobos e panteras. Uma porta no final do corredor me chamava. Sentia o cheiro do