É estranho constatar isso, mas, confesso que não consigo parar de pensar na babá das minhas filhas. O que tem de estranho? Tudo está estranho. Para começar, o fato de pensar nela quando eu deveria pensar em Anne, em nós, na nossa história. Eu sei que parece doentio, mas não creio de seja o momento certo para me envolver com outra mulher. No entanto, Jade e Skarlitti precisam de uma mãe e é nelas que devo pensar agora. Então, por que me sinto culpado? Sinto-me como se estivesse traindo a minha esposa. Olho para o quadro na parede do nosso quarto, exibindo uma foto gigante sua e esvazio o meu primeiro copo da noite. — Não sei o que dizer, querida. Eu me sinto bem perto dela e gosto de conversar com ela. O som da sua risada me faz tão bem, mas, eu sei que não devo pensar assim. — Por que ela não me diz nada? Por que me deixa perdido nessa névoa de dúvidas? — Fala comigo, Anne, me dê uma luz por favor! — peço, mas nada acontece. Estou tão cansado! — Boa noite, querido! — A voz de Valéria
Abro os olhos encontrando o dia já claro e percebo o quanto estou ofegante. A porra do sonho parecia ser tão real causando-me sensações incríveis. Era como se ela estivesse realmente aqui comigo. Não me lembrava dessa nossa conversa absurda. Na época, Jade e Skarlitti já tinham pouco mais de dois anos e essa conversa absurda havia se apagado da minha memória. Esfrego o rosto para despertar e com uma respiração alta, saio da cama. Tomo um banho rápido e visto uma roupa para ir a empresa, porém, antes de sair passo no escritório para pegar alguns documentos que deixei trancafiado no meu cofre. No caminho, olho o meu celular e encontro uma mensagem de André, meu irmão mais velho e mais novo sócio da Ventura Corporation. Ao entrar no meu escritório, o som alegre das minhas filhas brincando no Jardim preenche os meus ouvidos e acredite, esse som tornou-se algo costumeiro aqui nessa casa, e como se eu fosse atraído, vou imediatamente para uma janela, pois, assisti-las brincar com a babá tor
Respira fundo, Eva. Peço em pensamentos, observando o lindo tubinho ombro a ombro, de um vermelho intenso, com alcinhas delicadas na altura dos ombros e magnificamente colado ao meu corpo. O improvisado e elegante penteado, forma um coque atrás da minha cabeça como se fossem graciosas pétalas douradas e um par de brincos longos e brilhantes completam um look extremamente exuberante. Solto um suspiro baixo, sem desviar os meus olhos da linda e estonteante mulher diante do espelho de corpo inteiro. A imagem dela me faz lembrar de tempos bons que eu bem sei, não voltam mais e automaticamente a saudade de casa oprime o meu pobre coração.— Você está tão linda, Eva! — Skarlitti diz, enchendo os pulmões de ar e o solta com um suspiro sonhador em seguida. Desperto do meu estado de torpor e fito o par de olhinhos brilhantes, e sem conseguir evitar, eu abro um sorriso grande para a garota. Sim, estou linda, como sempre fui e achei que havia perdido essa essência.— Palmas para a minha obra de
— Me espere aqui. — Ele pede repentinamente se afastando de mim.— O que vai fazer? — interpelo, mas ele parece não me escutar e volta minutos depois com um sorriso satisfeito no rosto quadrado. — Agora relaxe, está tudo resolvido. — Por incrível que pareça, no mesmo instante me sinto segura e solto a respiração que estava presa em meus pulmões, pois por algum motivo acredito que ele realmente resolveu essa situação, então simplesmente relaxo e curto a festa.— Ora, ora, veja quem está aqui, Erick Ventura? — Um senhor de meia-idade fala como uma empolgação palpável.— Senhor Lenox, é um prazer revê-lo! — Os homens se abraçam e dão tapinhas nas costas.— Não sabe a satisfação que tenho em vê-lo em minha residência, meu rapaz! E, quem é a linda jovem que está o acompanhando essa noite?— Essa é a Eva...— Ferri. — Completo quando percebo que o meu par ficou sem palavras.— Ferri? — Faço um gesto positivo com a cabeça, abrindo um sorriso para o senhor Lenox. — Tenho a impressão de que co
— Nanananá! Nanananá! Humhumhum! Nanananá! — Sabe a quanto tempo não acordo assim cheia de ânimo, a todo vigor e cantarolando? Acredite, eu nem me lembro mais. Dormir a noite passada não foi fácil como sempre, só que de um jeito bom. O tempo todo pensei naquele beijo roubado e só Deus sabe o quão me senti viva por tão pouco tempo. O meu corpo inteiro despertou. Eu estava trêmula, aquecida, acelerada e... assustada. Mas confesso que cheguei a desejar mais. Oh, Deus, é pecado desejar o beijo de outro homem, quando tenho um maldito documento assinado por mim dizendo que sou casada com um monstro? — Não, Eva, não pense nisso agora. — Paro o que estou fazendo e ordeno a mim mesma. Solto uma respiração audível, volto a sorrir e termino de arrumar a minha cama. No entanto, seguro um dos travesseiros e volto a cantarolar, dançando com ele no meio do quarto. — Nanananá! Nanananá! Nanananá! Huuuuuuu! — Rio igual uma tola quando rodopio abraçada ao objeto macio. — Meu Deus, Eva, você precisa se
— Eu não consigo parar de pensar no beijo de ontem, Eva — confessa com uma naturalidade que faz o meu corpo estremecer por dentro e mais um dedo se enrosca no meio dos meus e depois outro, e logo ele está segurando a minha mão. Como uma adolescente, sinto o meu corpo ficar gelado e preocupada, eu fito as meninas. Elas estão alheias ao que está acontecendo aqui e eu realmente não sei o que falar para esse homem, tão pouco o que pensar dessa situação completamente inusitada. — Eu quero ficar com você, Eva. — Sua confissão me faz olhá-lo outra vez e no mesmo instante afasto a minha mão da sua. Ele para de andar e eu paro também. Ele fica de frente para mim e eu fico de frente para ele.— Sabe que isso não é possível, não é? — digo algo finalmente. Contudo, Erick parece confuso e franze a testa, mas sem deixar os meus olhos.— Por que não? — Droga, estou nervosa com essa conversa, agitada por dentro.— Senhor Ventura, o senhor sabe. Eu contei tudo para você.— Eu sei o que, Eva? Que você
— Ah! Ah! — Os sons saem da minha boca arrastadamente à medida que os seus beijos se espalham por meu rosto, maxilar e pescoço de uma forma quente, languida, úmida e envolvente. Suas mãos apalpam o meu corpo, fazendo-me incendiar de dentro para fora e esse fogo parece sobressair por meus olhos, ouvidos, e tudo parece quente demais. Entretanto, não arde, não me machuca e eu me afundo cada vez mais nas sensações mais profundas. Logo as suas mãos atrevidamente se livraram da minha blusa e os seus beijos se arrastam pelo meu colo, meus seios e o vale entre eles, alastrando-se pela minha barriga, e ele volta toda a sua trilha incandescente até chegar ao pé do ouvido, deixando-me ainda mais febril e inquieta. — Oh, Deus! Oh, Deus! — Solto gemidos desesperados, ensandecidos e seguro firme nos seus cabelos, enquanto Erick me toca por cima do tecido grosso da calça jeans. Ele faz um carinho gostoso ali, livrando-se da peça em seguida. Mordo o meu lábio inferior e reprimo um gemido mais alto qu
— Não — confesso com um certo desânimo e baixo os meus olhos para fitar as minhas mãos no meu colo. Contudo, logo Erick se senta sobre as suas próprias pernas, com os seus olhos fixos em mim. Dou de ombros. — Logan nunca se preocupou com isso. Na verdade, ele só sentia prazer quando me machucava... eu acho. — Dessa vez ele suspira e apenas me olha por um tempo, questão de segundos, acredito. Depois, vem para perto de mim.— Eu sinto muito, querida! — sussurra, depois deixa um beijo cálido no canto da minha boca. — Mas, confesso que de alguma forma, saber disso me deixou um pouco feliz. — Confusa, eu ergo os meus olhos para olhar os seus. — Porque fui eu a proporcionar o primeiro orgasmo da sua vida. — Incrivelmente me pego sorrindo para essa confissão, mas não é qualquer sorriso. É um sorriso grande e largo. — Que tal se eu fizesse isso agora com você? — sugere, aproximando-se ainda mais de uma forma, que aos poucos o meu corpo foi se encostando no espaldar da cama.— Acho que não pod