— Me espere aqui. — Ele pede repentinamente se afastando de mim.— O que vai fazer? — interpelo, mas ele parece não me escutar e volta minutos depois com um sorriso satisfeito no rosto quadrado. — Agora relaxe, está tudo resolvido. — Por incrível que pareça, no mesmo instante me sinto segura e solto a respiração que estava presa em meus pulmões, pois por algum motivo acredito que ele realmente resolveu essa situação, então simplesmente relaxo e curto a festa.— Ora, ora, veja quem está aqui, Erick Ventura? — Um senhor de meia-idade fala como uma empolgação palpável.— Senhor Lenox, é um prazer revê-lo! — Os homens se abraçam e dão tapinhas nas costas.— Não sabe a satisfação que tenho em vê-lo em minha residência, meu rapaz! E, quem é a linda jovem que está o acompanhando essa noite?— Essa é a Eva...— Ferri. — Completo quando percebo que o meu par ficou sem palavras.— Ferri? — Faço um gesto positivo com a cabeça, abrindo um sorriso para o senhor Lenox. — Tenho a impressão de que co
— Nanananá! Nanananá! Humhumhum! Nanananá! — Sabe a quanto tempo não acordo assim cheia de ânimo, a todo vigor e cantarolando? Acredite, eu nem me lembro mais. Dormir a noite passada não foi fácil como sempre, só que de um jeito bom. O tempo todo pensei naquele beijo roubado e só Deus sabe o quão me senti viva por tão pouco tempo. O meu corpo inteiro despertou. Eu estava trêmula, aquecida, acelerada e... assustada. Mas confesso que cheguei a desejar mais. Oh, Deus, é pecado desejar o beijo de outro homem, quando tenho um maldito documento assinado por mim dizendo que sou casada com um monstro? — Não, Eva, não pense nisso agora. — Paro o que estou fazendo e ordeno a mim mesma. Solto uma respiração audível, volto a sorrir e termino de arrumar a minha cama. No entanto, seguro um dos travesseiros e volto a cantarolar, dançando com ele no meio do quarto. — Nanananá! Nanananá! Nanananá! Huuuuuuu! — Rio igual uma tola quando rodopio abraçada ao objeto macio. — Meu Deus, Eva, você precisa se
— Eu não consigo parar de pensar no beijo de ontem, Eva — confessa com uma naturalidade que faz o meu corpo estremecer por dentro e mais um dedo se enrosca no meio dos meus e depois outro, e logo ele está segurando a minha mão. Como uma adolescente, sinto o meu corpo ficar gelado e preocupada, eu fito as meninas. Elas estão alheias ao que está acontecendo aqui e eu realmente não sei o que falar para esse homem, tão pouco o que pensar dessa situação completamente inusitada. — Eu quero ficar com você, Eva. — Sua confissão me faz olhá-lo outra vez e no mesmo instante afasto a minha mão da sua. Ele para de andar e eu paro também. Ele fica de frente para mim e eu fico de frente para ele.— Sabe que isso não é possível, não é? — digo algo finalmente. Contudo, Erick parece confuso e franze a testa, mas sem deixar os meus olhos.— Por que não? — Droga, estou nervosa com essa conversa, agitada por dentro.— Senhor Ventura, o senhor sabe. Eu contei tudo para você.— Eu sei o que, Eva? Que você
— Ah! Ah! — Os sons saem da minha boca arrastadamente à medida que os seus beijos se espalham por meu rosto, maxilar e pescoço de uma forma quente, languida, úmida e envolvente. Suas mãos apalpam o meu corpo, fazendo-me incendiar de dentro para fora e esse fogo parece sobressair por meus olhos, ouvidos, e tudo parece quente demais. Entretanto, não arde, não me machuca e eu me afundo cada vez mais nas sensações mais profundas. Logo as suas mãos atrevidamente se livraram da minha blusa e os seus beijos se arrastam pelo meu colo, meus seios e o vale entre eles, alastrando-se pela minha barriga, e ele volta toda a sua trilha incandescente até chegar ao pé do ouvido, deixando-me ainda mais febril e inquieta. — Oh, Deus! Oh, Deus! — Solto gemidos desesperados, ensandecidos e seguro firme nos seus cabelos, enquanto Erick me toca por cima do tecido grosso da calça jeans. Ele faz um carinho gostoso ali, livrando-se da peça em seguida. Mordo o meu lábio inferior e reprimo um gemido mais alto qu
— Não — confesso com um certo desânimo e baixo os meus olhos para fitar as minhas mãos no meu colo. Contudo, logo Erick se senta sobre as suas próprias pernas, com os seus olhos fixos em mim. Dou de ombros. — Logan nunca se preocupou com isso. Na verdade, ele só sentia prazer quando me machucava... eu acho. — Dessa vez ele suspira e apenas me olha por um tempo, questão de segundos, acredito. Depois, vem para perto de mim.— Eu sinto muito, querida! — sussurra, depois deixa um beijo cálido no canto da minha boca. — Mas, confesso que de alguma forma, saber disso me deixou um pouco feliz. — Confusa, eu ergo os meus olhos para olhar os seus. — Porque fui eu a proporcionar o primeiro orgasmo da sua vida. — Incrivelmente me pego sorrindo para essa confissão, mas não é qualquer sorriso. É um sorriso grande e largo. — Que tal se eu fizesse isso agora com você? — sugere, aproximando-se ainda mais de uma forma, que aos poucos o meu corpo foi se encostando no espaldar da cama.— Acho que não pod
Banho tomado, cabelos arrumados, vestidinho godê, um sorriso nos lábios que não quer sair de jeito nenhum, um brilho nas bochechas e nos olhos. Suspiro diante do espelho. Eu nunca mais tinha visto isso em mim. O mais estúpido dessa história toda é que estou encantada, completamente enfeitiçada e inteiramente envolvida e... droga! Com medo também. Medo de me apaixonar pelo meu chefe e de me apegar demais a essa família. E se Logan me encontrar aqui? E se ele lhes fizer algum mal? Eu jamais me perdoaria. Não, eu não posso me apegar e não devo me apaixonar. Tudo terá que ser como uma breve brincadeira e com um prazo de validade ou não conseguirei me afastar. Solto mais um suspiro, esse com um misto de desânimo e determinação, e me afasto do espelho para finalmente ir ao encontro das meninas e do Erick na mesa de café da manhã. No entanto, ao chegar no topo da escadaria percebo uma fila de empregados tensos no centro da sala de visitas e imediatamente os olhos da governanta que está bem n
Na semana seguinte...— Posso saber o que vocês estão fazendo aqui nesse quarto?— Estamos com preguiça, Eva. E agora que você é como se fosse a nossa mãe, acredito que nos deixará um pouquinho à vontade, não é? — Jade espertinha Ventura diz se espreguiçando em cima da sua cama. No mesmo instante levo a mão à cintura e olho para as duas meninas fazendo hora em cima do colchão.— É claro que não! Eu não seria uma boa mãe se deixasse as minhas filhas sem fazer as tarefas da escola — ralho autoritária e elas resmungam, soltando um gemido de desagrado.— Aaaah, por favor, Eva, só hoje! — Ska geme o pedido.— Nada disso, meninas! Vamos já pra fora dessa cama! Temos uma atividade comprida de matemática nos esperando na biblioteca. — Reclamações, resmungos e gemidos. As meninas saem praticamente se arrastando das camas e mesmo desanimadas, caminham pelo corredor.— Hum, tenho uma aposta pra fazer. — Imediatamente elas erguem os seus olhos para mim e esperam que eu continue em expectativas. —
Elizabeth Hotchkiss, Daphne Bridgerton, Eloise Bridgerton, Emma Gladstone, Jessica Trent, entre outras. Quantas vezes chorei com essas personagens? Por muitas vezes sofri com elas e viver intensamente o final feliz de cada uma delas. Porém, eu nunca imaginei viver um romance tão intenso e tão profundo na vida real. Juro que até pensei que aquelas cenas jamais sairiam daquelas páginas, que nunca aconteceria na minha vida e hoje eu posso dizer que estou vivendo um típico amor de romance com um homem que nunca poderá ser meu realmente. Pensar assim me deixa um tanto triste, porque eu sei que mesmo tendo feito uma promessa tão forte, eu não poderei ficar aqui por muito tempo, pois, algo me diz que Logan logo me encontrará. Portanto, acredite, eu estou vivendo com muita intensidade cada segundo nesse lugar. Pensar assim, me fez lembrar que tenho vivido a vida de mais um personagem e esse existiu de verdade, apaixonou-se, casou-se, teve filhos, foi amada e amou, porém, ela já não está mais