Banho tomado, cabelos arrumados, vestidinho godê, um sorriso nos lábios que não quer sair de jeito nenhum, um brilho nas bochechas e nos olhos. Suspiro diante do espelho. Eu nunca mais tinha visto isso em mim. O mais estúpido dessa história toda é que estou encantada, completamente enfeitiçada e inteiramente envolvida e... droga! Com medo também. Medo de me apaixonar pelo meu chefe e de me apegar demais a essa família. E se Logan me encontrar aqui? E se ele lhes fizer algum mal? Eu jamais me perdoaria. Não, eu não posso me apegar e não devo me apaixonar. Tudo terá que ser como uma breve brincadeira e com um prazo de validade ou não conseguirei me afastar. Solto mais um suspiro, esse com um misto de desânimo e determinação, e me afasto do espelho para finalmente ir ao encontro das meninas e do Erick na mesa de café da manhã. No entanto, ao chegar no topo da escadaria percebo uma fila de empregados tensos no centro da sala de visitas e imediatamente os olhos da governanta que está bem n
Na semana seguinte...— Posso saber o que vocês estão fazendo aqui nesse quarto?— Estamos com preguiça, Eva. E agora que você é como se fosse a nossa mãe, acredito que nos deixará um pouquinho à vontade, não é? — Jade espertinha Ventura diz se espreguiçando em cima da sua cama. No mesmo instante levo a mão à cintura e olho para as duas meninas fazendo hora em cima do colchão.— É claro que não! Eu não seria uma boa mãe se deixasse as minhas filhas sem fazer as tarefas da escola — ralho autoritária e elas resmungam, soltando um gemido de desagrado.— Aaaah, por favor, Eva, só hoje! — Ska geme o pedido.— Nada disso, meninas! Vamos já pra fora dessa cama! Temos uma atividade comprida de matemática nos esperando na biblioteca. — Reclamações, resmungos e gemidos. As meninas saem praticamente se arrastando das camas e mesmo desanimadas, caminham pelo corredor.— Hum, tenho uma aposta pra fazer. — Imediatamente elas erguem os seus olhos para mim e esperam que eu continue em expectativas. —
Elizabeth Hotchkiss, Daphne Bridgerton, Eloise Bridgerton, Emma Gladstone, Jessica Trent, entre outras. Quantas vezes chorei com essas personagens? Por muitas vezes sofri com elas e viver intensamente o final feliz de cada uma delas. Porém, eu nunca imaginei viver um romance tão intenso e tão profundo na vida real. Juro que até pensei que aquelas cenas jamais sairiam daquelas páginas, que nunca aconteceria na minha vida e hoje eu posso dizer que estou vivendo um típico amor de romance com um homem que nunca poderá ser meu realmente. Pensar assim me deixa um tanto triste, porque eu sei que mesmo tendo feito uma promessa tão forte, eu não poderei ficar aqui por muito tempo, pois, algo me diz que Logan logo me encontrará. Portanto, acredite, eu estou vivendo com muita intensidade cada segundo nesse lugar. Pensar assim, me fez lembrar que tenho vivido a vida de mais um personagem e esse existiu de verdade, apaixonou-se, casou-se, teve filhos, foi amada e amou, porém, ela já não está mais
— Alguém tem novidades para contar da escola? — Erick pergunta me despertando.— Eu, eu! — As meninas dizem ao mesmo tempo.— Eu tirei dez em matemática e o professor falou que melhorei muito nessa matéria.— Que maravilha, Jade! — Ele diz com muita animação na voz.— Eu disse pra ele que a minha nova mãe tem me ajudado muito. — Ela fala e o silêncio desconcertante toma conta da mesa. Mãe? Droga, eu não havia pensado nisso. Respiro fundo e forço um sorriso bem grande e espalhafatoso. — Ele disse que você estava de parabéns, Eva.— Ah, obrigada, querida! — sibilo e entorno a minha taça de vinho branco.— E você, Ska? — Erick muda o rumo e aproveito para respirar profundamente. O fato de Ska e Jade me ver na figura de uma mãe muda o rumo de toda essa brincadeira. Quer dizer, Erick e eu somos adultos e podemos ajeitar as coisas, mas as crianças têm sentimentos frágeis, e seus corações se apegam ao amor rápido demais, e esse se enraíza com uma profundidade absurda. Não será tão fácil assi
Sinto que meu coração vai parar de tanta ansiedade. A possibilidade de tirar Logan de uma vez por todas da minha vida está me consumindo por dentro e pensar que tenho direito a essa felicidade que estou vivendo emprestada é o que me impulsiona a correr atrás do meu objetivo. O carro mal para em frente a quitanda e eu salto para fora, entrando na loja em seguida. O cheiro adocicado das massas preenche as minhas narinas imediatamente e faz a minha boca mergulhar na ânsia de degustá-las. Meus olhos ávidos correm para a moça atrás do balcão, atendendo um casal de turista e automaticamente aperto a bolsa a tira colo na lateral do meu corpo, onde guardei o CD. Suspiro baixinho e faço hora entre uma prateleira e outra, esperando que ela termine o seu atendimento, e enquanto isso não acontece, sonho com meus dias de liberdade real. Deus, as coisas que poderei fazer. Viajar, visitar os meus amigos, ver a minha família, abraçá-los... ficar definitivamente e amorosamente com Erick Ventura, assum
— Oh, Deus! Oh, Deus! — rosno ensandecida e entre dentes, e quando estou prestes a explodir, Erick para tudo e se posiciona no meio das minhas pernas. Ele se inclina um pouco, o suficiente para tomar a minha boca, fazendo-me sentir o meu próprio gosto, e na sequência o sinto me penetrar com avidez, mexendo-se no mesmo instante. — Erick! Erick! — Meus gemidos preenchem todo o cômodo e como se procurasse por um porto seguro, as minhas mãos agarram os seus ombros e minhas unhas marcam a sua pele.— Sim, minha linda, estou sentindo o mesmo que você. Vem comigo, Eva, vem comigo. - Ele rosna o final da frase, mexendo-se com frenesi e ambos somos jogados no limbo, sendo partidos ao meio. Ele grunhe em minha boca e sufoca os meus gemidos escândalos, e de repente a calmaria chega. Ofegante, ele se afasta um pouco, porém, os nossos olhos permanecem conectados.— Acho que estou viciado em você — confessa, sorrir e após beijar rapidamente a minha boca, ele se deixa cair ao meu lado, puxando-me pa
— Ai, amiga, obrigada por vir!— Minha nossa, que ideia foi essa de viajarem de repente? — Lídia questiona assim que sai do meu abraço.— É algo que precisamos resolver, Lídia. — Erick fala evasivo, largando as duas malas próximo a escadaria.— Quantos dias ficarão fora?— Ainda não sabemos, quantos for necessário, eu acho. Eu posso te explicar tudo quando voltarmos — falo.— Tudo bem, ficarei o tempo que for necessário. Dolores ficará de olho nos meus funcionários, a final, o meu comércio não pode parar apenas porque arrumei outra função.— Ah, me desculpa ter que interromper a sua vida! — lamento e volto a abraçá-la.— Que interromper que nada! — Ela ralha. — Cuidar da Jade e da Skarlitti é bom demais. Melhor que ficar no meio de toda aquela massa e açúcar. Sem falar que aqui tenho tudo nas mãos o tempo todo e empregados a vontade. — Erick e eu rimos do seu comentário.— Você é a melhor, amiga, agora precisamos ir. — Ele segura as malas e Lídia abre um sorriso bem largo, apontando p
— Não vai me convidar para entrar? — Tento pôr um pouco de humor na minha voz. Ele pressiona os lábios e faz um sim com a cabeça, apontando a direção da entrada. Observo que mamãe já não está mais aqui, porém, não falo nada, apenas o acompanho para dentro da casa. — Há, me desculpe, esse é Erick Ventura, ele é... um... amigo — falo receosa assim que alcançamos a sala de visitas. Meus olhos percorrem o cômodo com avidez. Tudo está exatamente como eu deixei. Penso. Até mesmo as fotos nos porta-retratos não foram mudados. Após a minha observação, sento-me em um dos sofás que meu pai me aponta. Erick se acomoda em silêncio ao meu lado e um dos empregados entra para servir algumas xícaras de café e de chá. É interessante mencionar que estou sem graça e que meu pai ainda me olha como se visse um fantasma na sua frente. Respiro fundo e ele também. Recebo uma xícara com chá de bom grado da empregada e só após ela sair do cômodo, resolvo dizer algo.— Pai, eu...— Eu não estou entendendo. — El