A cama era a mais incrível que tanto eu quanto Henri já tínhamos provado. Era como se o colchão se adaptasse a cada músculo do nosso corpo, a cada movimento que fizéssemos, deixando o conforto o mais perfeito possível para a nossa sensação. O lençol com o qual nos cobrimos tinha um toque leve e macio que finalizava uma percepção de como se fossemos abraçados. E, por fim, a parte superior, a cabeceira da cama, possuía um leitor que analisava nossa mente e emitia, um micro-som e um aroma que auxiliavam nosso cérebro a entrar em sono profundo. Resumindo: o melhor descanso das nossas vidas.
Acordei com um carinho em meu rosto. Olhei e era ela.- Ilana! - exclamei assim que percebi que era ela ali. Seria um sonho? Ela me abraçou, deitando também e me beijou. Beijou e foi ainda mais gostoso do que minha lembrança conseguia trazer, do que meus devaneios coElaryan conseguia observar as três histórias acontecendo ao mesmo tempo e acompanhava o tempo certo em que deveria intervir.Falcão estava prestes a mudar toda a história de repressão de um povo. Confiante, liderando uma revolta, sentia que sua habilidade de controlar o ar aumentava quanto mais distante estava de sua prisão, quanto mais adentrava naquela cidade cheia de prédios e objetos voadores. Saiu do chão, conseguindo flutuar. Outros do grupo passaram a conseguir controlar elementos também. Num outro painel, Elaryan assistia Alice. A história dela se desenrolou como um romance, cheio de reviravoltas e envolvimentos afetivos. Elaryan se entristecia por ver como sofriam os personagens, como se entregavam, como demonstravam seu amor. Ela sempre pensava, com pesar, que nada daquilo valia de nada. Que Alicia, depois de tudo, reencontraria o que ficou para trás, sua vida anterior, algo que ela jama
Eu não podia acreditar no que acontecia. Minha alegria e emoção eram intensas demais pois eu sentia toda essa explosão vinda de Henri.Acho que foi ainda mais intenso do que o sentimento que tive quando revi Ilana. Reencontrar o pai, a mãe, os Mestres do Ar, foi muito intenso. Contaram um pouco de suas histórias. Seu pai foi o herói da libertação de escravos, sua mãe uma manipuladora de seres místicos das trevas e dona de corações apaixonados que resultaram numa tragédia digna de grandes romances clássicos da Terra. Já os Mestres do Ar conseguiram fugir de uma prisão, da qual foram submetidos, usando a morte. - Achei que só eu tinha vivido histórias inacreditáveis - Henri disse. As kinnaras estavam alvoroçadas com tanta novidade. - O que será que Shiva está preparando para eles. - Eu pude o
K1 nos levou até o parapeito da torre e saiu voando. - Venham! - disse ela. Voamos logo atrás. Ficamos espantados com o fato dela voar. Não sei exatamente o que passou pela minha cabeça. Foi preconceito da minha parte pensar que, talvez, por estar numa situação servil, ela não seria poderosa. Chegamos num grande campo aberto e ela arremessou em minha direção um objeto que eu segurei. - Essa é a Vajra do Deus Indra. Você provavelmente aprenderá o que essa arma lhe trará de possibilidades, ela te dirá. Mas alguns exemplos do que nosso Rei fazia eram: absorver raios e multiplicar sua intensidade ao arremessá-los de volta, atrair objetos que ele via para perto de si com extrema velocidade, como que por magnetismo e convocar seu exército. Indra criou 4 exércitos: A, B, C e D. Cada um deles reúne combatentes valorosos, com característi
Eu percebi que precisava de algo que eu já deveria ter aprendido que alguém de Finiti não poderia nunca deixar de buscar: informações. A pessoa que parecia certa para isso era K1.Reuni todos na sala do conselho, os pais de Henri, os Mestres do Ar, Dash e Ilana. Esse era o grupo de confiança que eu acreditei que precisava participar dessa conversa.Chamei K1 que veio prontamente.- Pois não, majestade - disse ela, cordialmente.- Primeiro quero te agradecer pela ajuda, foi fundamental. - Foi por onde achei que deveria começar. - Por nada, essa é minha missão - ela respondeu, humildemente.- Mas, agora, não gostaria mais de estar por fora dos acontecimentos e para isso achei que seu conhecimento vai ser fundamental. Preciso saber de tudo. Não posso agir de forma inocente em relação a realidade. Antes de mais nada, na sua opinião, o que mais você
Precisávamos pensar, mas não adiantava de nada nos mantermos parados.Decidi que deveríamos conhecer o reino, as pessoas, como era o planeta. Segundo, K1, ou melhor, Shachi, desde que o Planeta Vermilion tornou-se o Reino Vermilion, fazendo parte do planeta criado pela Deusa Shiva, teletransportando por completo, toda sua estrutura, o que se via de maior diferença era o céu. Originalmente, a luz causava espetáculos incríveis, o que, apesar de uma tentativa de ser reproduzido, não chegava nem perto. Pequenos detalhes como esse eram muito bem percebidos pela população, que era muito artística e criativa. Eles tinham uma lógica parecida com a do povo de Finiti. Uma forma de reposição de energia era gerada pelo funcionamento cerebral que tinha como gatilho a criatividade artística.- Boa tarde, majestade. - K3 se ajoelhava diante de mim.- K3, já falamos sobre isso, não tem necessidade de ajoelhar-se - eu expliquei novamente. - Majestade, a K1 conversou conosco e explic
Os dias foram se passando e aos poucos, além de conhecer bem melhor o povo, fui me acostumando com aquela vida. Visitei Finiti, que havia ficado anexo ao Reino Vermilion e também os lobos. As comunidades haviam se integrado muito bem e eu os aconselhei a passarem mais tempo em Vermilion. Na verdade, muitos já haviam feito isso. Alguns lobos inclusive já haviam até conhecido companheiras, lá. Não foi algo chocante, os habitantes de Vermilion eram absolutamente evoluídos intelectualmente e abertos a outros povos. Fui, então, conhecer os exércitos. E foi aí que tive minha surpresa. Eles tinham locais como as Zonas Livres. Os prédios também eram flutuantes e eles poderiam treinar lá dentro sem que destruíssem nada ou interferissem na vida de ninguém.Antes de mim, Nazer e Nazerith já haviam visitado o lugar uma vez, conheceram o Exército B. Eles eram m
Confesso que tinha tido pouco tempo na companhia de Drácula e, apesar de não ter tido a oportunidade de uma comprovação, o fato de existirem lobisomens deixava bastante real a possibilidade de existirem Vampiros. Confesso que minha memória vagamente reconhecia alguma situação de "Planeta Dracs" muito distante, sem contexto. Henri, evidentemente como sempre, já me dizia que desconfianças não são para ficar guardadas.- Você falou Dracs, por acaso conhecem Drácula? - perguntei.- Drácula? - Não podia saber se o tempo que esse nome passou pela cabeça de Paole foi pensando se mentiria ou se foi por uma lembrança saudosa. - Sim, ele foi nosso Rei, lutou com todas as suas forças por nós, mas não conseguiu nos salvar no fim.- Me tire uma dúvida, por favor, vocês são vampiros? - Essa segunda pergunta, sim, deixou-o tra
Eu vi Tocqueville e ele olhou como se pedisse desculpas.- Como é seu nome? - perguntei.- Brinshen - ele respondeu temeroso.- Certo, Brinshen, qual é o problema?- O problema é que nós não sabíamos, mas alguns lobos criaram no subsolo uma... Como posso dizer? Uma comunidade de gatas. Quando estávamos por partir, muitos casais ficaram com receio de pedir algo diferente do acordo que o Alfa fez com Freya e clandestinamente lobos trouxeram gatas. Na verdade eram mesmo muitas. Quando eu descobri eu não consegui sequer imaginar como eles conseguiram camuflar tão bem tantas. Mas os vampiros capturados conseguiram quebrar algumas estruturas frágeis lá debaixo e acabaram no mesmo ambiente que elas. Nós ainda não sabemos o que aconteceu, pois as saídas delas foram fechadas por dentro. E.. - Ele hesitou. - Tem mais? - Fiquei surpreso. - Os lobos, a pedido delas,