Eu vi Tocqueville e ele olhou como se pedisse desculpas.
- Como é seu nome? - perguntei.- Brinshen - ele respondeu temeroso.- Certo, Brinshen, qual é o problema?- O problema é que nós não sabíamos, mas alguns lobos criaram no subsolo uma... Como posso dizer? Uma comunidade de gatas. Quando estávamos por partir, muitos casais ficaram com receio de pedir algo diferente do acordo que o Alfa fez com Freya e clandestinamente lobos trouxeram gatas. Na verdade eram mesmo muitas. Quando eu descobri eu não consegui sequer imaginar como eles conseguiram camuflar tão bem tantas. Mas os vampiros capturados conseguiram quebrar algumas estruturas frágeis lá debaixo e acabaram no mesmo ambiente que elas. Nós ainda não sabemos o que aconteceu, pois as saídas delas foram fechadas por dentro. E.. - Ele hesitou.- Tem mais? - Fiquei surpreso.- Os lobos, a pedido delas,- Como foi com os vampiros? Missão tranquila, né? - Elaryan estava nos aguardando sentada em à nossa mesa de jantar, junto com meus pais e Ilana. - Eu estava contando para sua esposa que, inevitavelmente, essa vampira Lavigne, que você acabou de conhecer, vai entrar de cabeça na vida de vocês e que será muito bom, para ela não ter medo disso. Aliás, uma das pessoas mais interessantes que já conheci, quer dizer que ainda irei conhecer. Mas vamos ao assunto principal, nem se preocupe que já contei tudo que aconteceu para eles.Estamos de mudança! Olha que notícia boa, não é mesmo? E vou precisar de sua ajuda!Dash estava realmente próximo de Elaryan e achou que seria uma boa hora de colocar uma ideia que ele teve em prática. Ele tinha me contado, mas eu não achei que haveria alguma oportunidade. Tentaria copiar os poderes dela. Ele tinha praticado, com autorização de todos, claro, e já estava muito bom nisso. Ele deu mais um pequeno passo imperceptível e agora era só
Assim que saímos, três seres apareceram à nossa frente.- Eu disse que algo estranho tinha acontecido. - Um deles falava para o outro. - Algo estranho é o modo de dizer, não é? - Isso aqui é uma civilização inteira que simplesmente surgiu. Não se trata de morte em massa... Todas as estruturas vieram junto... - Podíamos ouvir a conversa deles, mesmo enquanto nos sobrevoavam. Pareciam nem se importar conosco, ali embaixo.- Ei! - Chamei a atenção deles. - Que vocês acham de descerem aqui, ou a gente pode subir também e trocarmos informações sobre o que aconteceu?- Ele está falando com a gente? - Aparentemente iam começar um jogo de soberba. - Sim, ele está! - E pelo que entendi ele acha que pode nos contar algo que não podemos descobrir, dando informações em troca para ele. É isso mesmo?
- Henri! - Tocqueville gritou e eu reconheci de longe. - Temos um problema muito sério. Como o Sr. Paole aconselhou antes de ir, observarmos e monitoramos para saber se as gatas se transformariam em vampiras, nós acompanhamos de perto e isso realmente não aconteceu. Ao que tudo indica os vampiros guardiões do Sangue realmente não transformam ninguém. - O que aconteceu, então, Toc? - me antecipei, ansioso por saber logo. - Os lobos que chegaram a se relacionar com as gatas depois delas terem sido mordidas ficaram doentes. Ficaram acamados, não conseguiam se levantar, mas eles despertaram descontrolados e começaram a atacar. Todos que mordiam se transformavam na mesma criatura. São lobisomens totalmente insanos e sedentos por sangue. Eu evacuei o que consegui da cidade para Finiti e criamos uma barreira, mas não sei por quanto tempo ela vai durar. - Vamos para lá - Ordenei a todos. - Mas é os "anjos"? - Nazerith me perguntou. - Se eles quiserem ajudar serão bem-vin
Ela conversou com alguém ao lado dela que me parecia uma figura conhecida, mas não conseguia reconhecer. - Prefiro chamar uma pessoa primeiro aqui para avaliar essa história melhor, se me permitir - ela parecia tentar ganhar tempo, barganhar de alguma forma. - E quem seria essa pessoa? - tive que perguntar. - Seu nome é Athos e eu precisaria enviar um sinal para que ele viesse para cá por teletransporte. - Ela explicou e eu não podia acreditar que isso seria possível, até que enfim uma boa notícia. - Athos? Vocês conhecem Athos? E esse ao seu lado é Lúcifer? - Agora que ela me trouxe Athos na memória é que pude reconhecê-lo. - Henri é você? - Lúcifer gritou, me identificando de volta.- Sim, sou eu! Somos dois em um, Magno e eu, acho que você não chegou a saber disso, não é? - Me aproximei mais, mas p
Drácula transformou-se em morcego e veio para perto de mim.- Desculpe por ter começado a guerra sem avisar antes, mas não havia outro jeito. Para termos alguma chance, tinha que ser assim. - Drácula me contava, enquanto dragões vinham atirando fogo pelas bocas na nossa direção.- Podemos falar disso enquanto fugimos? - Eu me tornei Suzako e saímos voando. Fomos por entre árvores, onde os imensos dragões-morcegos não conseguiam entrar. Pelo menos não sem destruir tudo pelo caminho, o que não fizeram, pelo menos até ali.- Certo, você matou a líder deles porque ela era muito poderosa e era nossa única chance, tirando-a do caminho primeiro, é isso? - perguntei.- Mais ou menos isso. O fato é que aquela morte era necessária. - Drácula me explicou mas eu não estava satisfeito.- Por que você está me enrolando? - insisti, mas teríamos que parar de novo a conversa, dessa vez era um pássaro que vinha em nossa direção, furioso e, aparentemente, não era qualquer pássaro.O
- Mas eu preciso saber é meu povo que está morrendo lá fora. Se você considera os vampiros que estão comigo seu povo também, você deve me entender. E foi você quem os colocou nessa situação - eu gritei contra ele e até Lúcifer ficou surpreso.- Todos aqui precisam morrer. Não vai sobrar ninguém. Todos nessa guerra. E precisa ser em batalhas simples, sem grandes destruições. Eles precisam renascer para evoluírem. - Drácula finalmente explicou.- E eles não podem saber disso pois se souberem, pode influenciar no tipo de evolução que acontecerá com a morte. - Lúcifer concluiu.- Renascerão juntos para lutarem lado a lado, depois disso - complementou Drácula.- Imagino que não esteja sendo fácil essa missão, me desculpe. - Fiquei chateado por acabar tendo julgado-o mal. Mas não tinha todo o conhecimento da situacao, não é?- E sabendo disso, podemos matar os inimigos ainda? - Lucifer perguntou.- Não sei, sinceramente não faço ideia, mas imagino
- Sua arma também é mística? - Lúcifer perguntou, enquanto continuava cortando vampiros e lobos. Não estava sendo fácil para mim, matar os meus e vê-lo fazer o mesmo. Estava tentando não pensar nisso.- Sim, sua espada também? - Era realmente uma espada visualmente incrível, o cabo azul, o metal brilhante, o design cheio de curvas e detalhes.- Não faria tal estrago se não fosse.Estávamos conseguindo controlar a luta bem, sem sequer deixarmos algum sangue vir sobre nós, até que nos atacaram por cima. Eu achei que se usasse a Vajra poderia fazer um estrago muito grande e matar muitos de uma vez, indo contra o que Drácula havia falado. Eu sequer tinha utilizado a arma antes. Não tinha a mínima noção do que aconteceria. Mas não vi outra saída, naquele momento, peguei a Vajra e puxei o poder de um raio, apontando-o para cima.A rajada elétrica veio de longe do céu me atingindo através da Vajra e a eletricidade foi expulsa de volta para todos os lados.C
- Você sentiu isso? - Lúcifer perguntou para mim.- Do que você está falando? - foi minha resposta, olhando para todos os lados para tentar saber o que era.- Essas energias? Não sentiu? - Dois seres muito poderosos. De longe muito mais poderosos que qualquer um aqui. Eu não sei, não sentia isso antes, mas depois que renasci aqui, passei a sentir energia. Nenhuma era tão diferente, mas essas duas... - Pensei se não poderia ser Elaryan. Mas o que ela faria aqui também?- Você consegue sentir de onde vem? - Não sabia como funcionava, pelo que entendi nem ele sabia.- Talvez, não tenho certeza. Agora, o maior poder sumiu. Se eu pudesse apostar, eu diria que está no mesmo lugar onde eu cheguei: numa caverna, uma espécie de esconderijo que Carmilla usava para propor aos recém chegados se gostariam de se tornar vampiros - ele explicou.- Teve isso, tamb&eac