- Henri! - Tocqueville gritou e eu reconheci de longe. - Temos um problema muito sério. Como o Sr. Paole aconselhou antes de ir, observarmos e monitoramos para saber se as gatas se transformariam em vampiras, nós acompanhamos de perto e isso realmente não aconteceu. Ao que tudo indica os vampiros guardiões do Sangue realmente não transformam ninguém.
- O que aconteceu, então, Toc? - me antecipei, ansioso por saber logo.- Os lobos que chegaram a se relacionar com as gatas depois delas terem sido mordidas ficaram doentes. Ficaram acamados, não conseguiam se levantar, mas eles despertaram descontrolados e começaram a atacar. Todos que mordiam se transformavam na mesma criatura. São lobisomens totalmente insanos e sedentos por sangue. Eu evacuei o que consegui da cidade para Finiti e criamos uma barreira, mas não sei por quanto tempo ela vai durar.- Vamos para lá - Ordenei a todos.- Mas é os "anjos"? - Nazerith me perguntou.- Se eles quiserem ajudar serão bem-vinEla conversou com alguém ao lado dela que me parecia uma figura conhecida, mas não conseguia reconhecer. - Prefiro chamar uma pessoa primeiro aqui para avaliar essa história melhor, se me permitir - ela parecia tentar ganhar tempo, barganhar de alguma forma. - E quem seria essa pessoa? - tive que perguntar. - Seu nome é Athos e eu precisaria enviar um sinal para que ele viesse para cá por teletransporte. - Ela explicou e eu não podia acreditar que isso seria possível, até que enfim uma boa notícia. - Athos? Vocês conhecem Athos? E esse ao seu lado é Lúcifer? - Agora que ela me trouxe Athos na memória é que pude reconhecê-lo. - Henri é você? - Lúcifer gritou, me identificando de volta.- Sim, sou eu! Somos dois em um, Magno e eu, acho que você não chegou a saber disso, não é? - Me aproximei mais, mas p
Drácula transformou-se em morcego e veio para perto de mim.- Desculpe por ter começado a guerra sem avisar antes, mas não havia outro jeito. Para termos alguma chance, tinha que ser assim. - Drácula me contava, enquanto dragões vinham atirando fogo pelas bocas na nossa direção.- Podemos falar disso enquanto fugimos? - Eu me tornei Suzako e saímos voando. Fomos por entre árvores, onde os imensos dragões-morcegos não conseguiam entrar. Pelo menos não sem destruir tudo pelo caminho, o que não fizeram, pelo menos até ali.- Certo, você matou a líder deles porque ela era muito poderosa e era nossa única chance, tirando-a do caminho primeiro, é isso? - perguntei.- Mais ou menos isso. O fato é que aquela morte era necessária. - Drácula me explicou mas eu não estava satisfeito.- Por que você está me enrolando? - insisti, mas teríamos que parar de novo a conversa, dessa vez era um pássaro que vinha em nossa direção, furioso e, aparentemente, não era qualquer pássaro.O
- Mas eu preciso saber é meu povo que está morrendo lá fora. Se você considera os vampiros que estão comigo seu povo também, você deve me entender. E foi você quem os colocou nessa situação - eu gritei contra ele e até Lúcifer ficou surpreso.- Todos aqui precisam morrer. Não vai sobrar ninguém. Todos nessa guerra. E precisa ser em batalhas simples, sem grandes destruições. Eles precisam renascer para evoluírem. - Drácula finalmente explicou.- E eles não podem saber disso pois se souberem, pode influenciar no tipo de evolução que acontecerá com a morte. - Lúcifer concluiu.- Renascerão juntos para lutarem lado a lado, depois disso - complementou Drácula.- Imagino que não esteja sendo fácil essa missão, me desculpe. - Fiquei chateado por acabar tendo julgado-o mal. Mas não tinha todo o conhecimento da situacao, não é?- E sabendo disso, podemos matar os inimigos ainda? - Lucifer perguntou.- Não sei, sinceramente não faço ideia, mas imagino
- Sua arma também é mística? - Lúcifer perguntou, enquanto continuava cortando vampiros e lobos. Não estava sendo fácil para mim, matar os meus e vê-lo fazer o mesmo. Estava tentando não pensar nisso.- Sim, sua espada também? - Era realmente uma espada visualmente incrível, o cabo azul, o metal brilhante, o design cheio de curvas e detalhes.- Não faria tal estrago se não fosse.Estávamos conseguindo controlar a luta bem, sem sequer deixarmos algum sangue vir sobre nós, até que nos atacaram por cima. Eu achei que se usasse a Vajra poderia fazer um estrago muito grande e matar muitos de uma vez, indo contra o que Drácula havia falado. Eu sequer tinha utilizado a arma antes. Não tinha a mínima noção do que aconteceria. Mas não vi outra saída, naquele momento, peguei a Vajra e puxei o poder de um raio, apontando-o para cima.A rajada elétrica veio de longe do céu me atingindo através da Vajra e a eletricidade foi expulsa de volta para todos os lados.C
- Você sentiu isso? - Lúcifer perguntou para mim.- Do que você está falando? - foi minha resposta, olhando para todos os lados para tentar saber o que era.- Essas energias? Não sentiu? - Dois seres muito poderosos. De longe muito mais poderosos que qualquer um aqui. Eu não sei, não sentia isso antes, mas depois que renasci aqui, passei a sentir energia. Nenhuma era tão diferente, mas essas duas... - Pensei se não poderia ser Elaryan. Mas o que ela faria aqui também?- Você consegue sentir de onde vem? - Não sabia como funcionava, pelo que entendi nem ele sabia.- Talvez, não tenho certeza. Agora, o maior poder sumiu. Se eu pudesse apostar, eu diria que está no mesmo lugar onde eu cheguei: numa caverna, uma espécie de esconderijo que Carmilla usava para propor aos recém chegados se gostariam de se tornar vampiros - ele explicou.- Teve isso, tamb&eac
Dei dois passos para trás.- Desculpe. Tudo que mais quero é sair daqui, mas se vocês me soltarem é possível que eu não permaneça aqui e não possa ajudar a outra pessoa que nesse momento depende de mim. Por mais que eu queira, eu sei que precisamos terminar essa missão.- Se você está falando de missão, provavelmente era mesmo Elaryan que estava com você. - Lúcifer deduziu. - Vocês a viram? - foi sua pergunta, um tanto assustado. - Não agora, mas já a conhecemos - ele respondeu.- Mas nos conte melhor essa história. O que está acontecendo aqui? - Minha curiosidade foi maior.- Bom, eu me chamo... Pra falar a verdade, nem sei como me chamo mais. Vou usar meu último nome. Eu me chamo Moisés e o grande amor da minha vida, a pessoa mais importante para mim é Eva e ela está criando, com ajuda do meu poder, campos de força que vão interligar e prender esses mundos entre si. Todas as pessoas do Universo estarão aqui, pelo que Elaryan contou, em 7 planetas. Isso é tudo q
- Magno, eu acredito que Elaryan queria se fazer acreditar que haveria uma batalha, mas desde o início ela sabia que o ataque seria da forma como está acontecendo. Se todos se matassem rapidamente, antes de Eva fechar a redoma que eles estão fazendo, poderiam acabar em outros planetas. A intenção dela é miscigenar o sangue dos vampiros e lobos. - A suposição de Lúcifer fazia muito sentido.- O que aconteceria, então, se simplesmente fossemos lá, para o meio dos vampiros e dos lobos?- Bom, você é o Alfa, não é? Talvez conseguisse comandar alguma coisa! - Lúcifer teorizou.- Os lobos doentes não responderam à minha liderança, não acredito que eu consiga agir em relação a esse desejo súbito. - Fenrir dentro de mim parecia nervoso.- Você se subestima a si mesmo, assim! Vamos lá! Pule lá n
- Desculpem interromper qualquer coisa que esteja rolando entre vocês, mas por que você não está nesse mesmo transe? - Lúcifer perguntou. - A resposta está no meu sangue. No meu e dos outros 9 que se tornaram parte do meu grupo, do meu único círculo de convivência, basicamente, que acabou se transformando em minha família, no final das contas. Paole que é praticamente o pai de todos, sumiu e eu poderia arriscar que vocês o mataram e fariam o mesmo conosco. Nada contra, se foi isso, se eu pudesse usaria o mesmo plano, apesar da sorte de terem achado outra saída. Mas voltando a sua pergunta. De alguma forma, o sangue permanece. O DNA muda, nos evoluímos, até deixamos de nos identificar com a forma que nascemos, mas algo no sangue permanece. Alguns pequenos indicadores que fazem de nós quem nós somos. Nem tudo está ligado só a partícula cerebral.