- Se você foi um bom garoto, creio que sim.
- Você é ridículo.
- Guilherme, não! – Falei seriamente.
Ele me olhou e percebi que estava nervoso. Achei que bater de frente e enfrentá-lo poderia ser pior. E eu não queria que ele dissesse aos demais sobre a paternidade de Charles com relação à Melody, pois não sabia se J.R e Calissa estavam a par da verdade.
- É Natal! – Tentei fazê-lo ao menos ter um pingo de sentimento.
- O nosso primeiro Natal em família... – encarou novamente o pai – Posso apostar que vai querer levar sua linda mulher à nossa casa nas demais datas festivas, afinal, vão querer ver Melody, não é mesmo? – Olhou na direção de Mariane.
- “Nossa casa” quer dizer de você e Sabrina? – Charles pôs as mãos no bolso da jaqueta preta, f
Olhei para o meu menino, que virou os olhos em outra direção quando percebeu que eu o observava. Suspirei, temeroso. Não tinha certeza se algum dia ele deixaria aproximar-me.Os Rockfeller decidiram que os presentes seriam entregues antes do jantar, devido à ansiedade de Melody.Enquanto ela abria os vários embrulhos, cheguei perto, sorrindo enquanto minha filha falava sem parar, agradecendo cada presente e dizendo o que faria com eles. Foram muitos brinquedos, todos dados pelos avós.Eu não gostava de J.R. E o sentimento era recíproco. Embora fizesse parte da J.R Recording e talvez o artista atualmente que mais lhe rendia, ele não parecia se agradar com minha presença, nem mesmo na gravadora. E nunca fez muita questão de esconder. Claro que até então eu não me preocupava tanto porque não sabia da relação dele com Sabrina. Agora a antipatia dele me intrigava.Mariane também nunca fez questão de me levar à casa dela quando começamos a nos envolver. Eu fazia menos questão ainda.- Agora
Guilherme aproximou-se e pôs o braço sobre os ombros delicados dela, me encarando.- Há um presente para você debaixo do pinheiro. – Falei.- Não me interesso por nada que venha de você.Aquilo me feriu profundamente. Mas estava calejado. Respirei fundo e segui:- Não quer nem saber o que é?- Não.- E se for o dinheiro que quer tirar de mim, todo numa caixa?- Não quero numa caixa. Quero todo o processo judicial junto.- Não me importo... Não é minha intenção fazer o processo se prolongar. Darei o que for determinado pelo juiz.Ele me olhou, silenciosamente, talvez não esperando por aquilo. Eu mal começava a ganhar dinheiro com minha música e Kelly já queria tudo que achava que fosse de direito do filho. E sim, ele tinha a parte dele. Por que eu diria não? Já sofri coisas muito piores do que perder grana.Para mim, que nunca tive nada, qualquer pouco era muito. Não me importava com a pouca quantia que me sobraria.- Qual é o presente? – Sabrina perguntou, indo ao pinheiro.Entreguei
Por incrível que pareça, o jantar foi tranquilo e até agradável, de certa forma. Depois de comermos a sobremesa, nos dirigimos novamente para a sala principal, onde estava o pinheiro e os vestígios do que seria uma noite de Natal em família, não fosse um passado horrível que nos afastava. A porta que dava de frente para o mar foi aberta e um ar fresco entrava.Um dos garçons passou oferecendo Champagne, em taças de cristal. Yuna pegou uma e eu recusei.- Vueve Clicquout não é mais sua bebida favorita irmã? – Mariane perguntou, certamente me observando o tempo todo.- Não... Gosto de tequila. – Expliquei de forma seca.- Podemos providenciar tequila, não é mesmo? – Ela perguntou ao garçom, que confirmou com um gesto de cabeça.- Ela não quer beber... Você não ouviu? – Charles disse rispidamente.- Não quer e não deve – Yuna provocou, olhando para minha irmã enquanto sorvia o líquido do copo – Esta coisa é boa... Explica um pouco de suas atitudes no passado.Nós duas começamos a rir, s
- Agora mamãe vai descer um pouquinho e logo estou de volta.- Tá bom.Dei-lhe inúmeros beijos e desci novamente, disposta a conversar com Charles sobre pararmos com toda aquela encenação. Eu não tinha mais estômago para seguir.Não encontrei ninguém na sala principal, que estava vazia.- Onde estão todos? – Perguntei à empregada.- Na sala de TV. Irão assistir ao show do Charlie B. – Ela sorriu gentilmente.- Obrigada.Me dirigi até a outra sala, onde havia a televisão. Atravessei a sala de jantar e o corredor até alcançar o cômodo pequeno, mas acolhedor. Todos estavam sentados enquanto Mariane mexia no controle da televisão.- Venha, Sabrina. Guardei lugar para você. – Guilherme tocou o sofá, pedindo que eu sentasse ao seu lado.- Eu... Não estou muito bem. Vou dormir.- Não mesmo! Você precisa assistir ao show do meu namorado, irmã. Ele é um dos artistas mais consagrados da atualidade. Esperou certamente a vida toda para estar na TV aberta, num especial de Natal... – ela olhou para
- Não, eu juro que não tenho nada a ver com isso. Mas creio que sua irmã e Rachel possam se conhecer. Ou o vídeo não teria vindo parar nas mãos de Mariane.- Sim... Pensei nisto.- Eu vou matar Rachel.- Não... Não vai fazer isso. Eu não me importo... Vou agir rápido antes que este vídeo se espalhe. Somos nós dois nas imagens, mas por eu ser mulher, serei a única prejudicada.- Infelizmente sim... É assim que funciona. Por mais que eu tente justificar que eu forcei a barra, só verão a professora mais velha, que se envolveu com o aluno.Dei um sorriso triste, satisfeita por ele entender que, mesmo estando no mesmo vídeo nós dois, eu seria a única a pagar o preço.Melody ainda estava acordada e Yuna lhe contava uma historinha para dormir.- Peguem suas coisas, meus amores. Nós vamos embora daqui. – Falei firmemente, enquanto pegava minhas malas.- Mas... Acabamos de chegar. – Melody reclamou.- Hora de partir, meu docinho. Este lugar não está fazendo bem para mamãe.- Mas eu quero o meu
Entramos no helicóptero e deixamos a casa de praia dos Rockfeller na noite de Natal, quando passava da meia-noite.Eu não tinha dúvidas de que tomei a decisão certa. Não podia mais ficar naquela casa. Eu não era obrigada.O caminho até o Hotel foi silencioso. Ninguém dizia nada. Melody estava preocupada por descer de pijama, mas a tranquilizei que ninguém a veria.Descemos no heliponto do próprio Hotel que Charles havia reservado. Um funcionário nos esperava e conduziu-nos aos quartos, que ficavam no décimo andar. Eu nem sabia exatamente em que lugar de Noriah Norte estávamos.- O senhor Bailey reservou três quartos – ele explicou – Ambos um ao lado do outro.- Claro... Três. – Guilherme riu, ironicamente.O funcionário abriu a porta e perguntei à Yuna:- Fica com a gente?- Se quiser, fico.- Eu quero.Ela entrou, trazendo sua mala.- Vou ficar também. – Guilherme entrou, pegando os outros dois cartões que davam acesso aos demais quartos.Suspirei, tentando saber se resistiria a tudo
O abracei com força, enquanto ele me apertava com um dos braços, pois o outro estava ocupado por Melody.Os lábios dele tocaram os meus, de forma doce.- Papai e mamãe estão dando beijo. – Melody fechou os olhos.Começamos a rir.- E Gui? – Ele perguntou.- Gui foi embora.- Como assim? Para onde?- Eu creio que esteja voltando para Noriah Sul. Ele não me disse para onde iria.- Este garoto é complicado...- Eu contei sobre a gravidez.- Então entendo... O motivo dele partir.- Era necessário. Não poderia aceitar que ele ainda tivesse esperanças.- Sim, meu amor. Eu sei...Yuna apareceu e nos olhou:- Bem, eu acredito que vou poder usar o quarto que Charlie B. reservou só para mim.Eu ri:- Pode sim... Mas se quiser ficar, também será aceita.- Nem pe
- Vamos dar uma festa? – Brinquei.- Ouvi dizer que vai ter uma festinha particular aqui neste quarto. – Ele retirou a camiseta, deixando o peito nu, o emaranhado de pelos macios cobrindo seu corpo, descendo em direção ao caminho do meu prazer supremo.Involuntariamente me vi umedecendo os lábios, desejando aquele homem mais do que qualquer coisa na vida.- Este olhar é fatal... – sorriu – Sinto que me come com ele.- Como... Eu sou louca por cada pedacinho seu... – Confessei.Ele abriu o cinto e desabotoou a calça, descendo levemente o zíper.Ajoelhei-me na cama e impedi a mão dele de terminar de abrir:- Eu faço questão... – Falei.Abaixei o zíper até o final e deslizei a calça dele, junto da cueca. Vi seu pau completamente duro, na minha direção, pronto para ser chupado, dando-me água n