- Agora mamãe vai descer um pouquinho e logo estou de volta.- Tá bom.Dei-lhe inúmeros beijos e desci novamente, disposta a conversar com Charles sobre pararmos com toda aquela encenação. Eu não tinha mais estômago para seguir.Não encontrei ninguém na sala principal, que estava vazia.- Onde estão todos? – Perguntei à empregada.- Na sala de TV. Irão assistir ao show do Charlie B. – Ela sorriu gentilmente.- Obrigada.Me dirigi até a outra sala, onde havia a televisão. Atravessei a sala de jantar e o corredor até alcançar o cômodo pequeno, mas acolhedor. Todos estavam sentados enquanto Mariane mexia no controle da televisão.- Venha, Sabrina. Guardei lugar para você. – Guilherme tocou o sofá, pedindo que eu sentasse ao seu lado.- Eu... Não estou muito bem. Vou dormir.- Não mesmo! Você precisa assistir ao show do meu namorado, irmã. Ele é um dos artistas mais consagrados da atualidade. Esperou certamente a vida toda para estar na TV aberta, num especial de Natal... – ela olhou para
- Não, eu juro que não tenho nada a ver com isso. Mas creio que sua irmã e Rachel possam se conhecer. Ou o vídeo não teria vindo parar nas mãos de Mariane.- Sim... Pensei nisto.- Eu vou matar Rachel.- Não... Não vai fazer isso. Eu não me importo... Vou agir rápido antes que este vídeo se espalhe. Somos nós dois nas imagens, mas por eu ser mulher, serei a única prejudicada.- Infelizmente sim... É assim que funciona. Por mais que eu tente justificar que eu forcei a barra, só verão a professora mais velha, que se envolveu com o aluno.Dei um sorriso triste, satisfeita por ele entender que, mesmo estando no mesmo vídeo nós dois, eu seria a única a pagar o preço.Melody ainda estava acordada e Yuna lhe contava uma historinha para dormir.- Peguem suas coisas, meus amores. Nós vamos embora daqui. – Falei firmemente, enquanto pegava minhas malas.- Mas... Acabamos de chegar. – Melody reclamou.- Hora de partir, meu docinho. Este lugar não está fazendo bem para mamãe.- Mas eu quero o meu
Entramos no helicóptero e deixamos a casa de praia dos Rockfeller na noite de Natal, quando passava da meia-noite.Eu não tinha dúvidas de que tomei a decisão certa. Não podia mais ficar naquela casa. Eu não era obrigada.O caminho até o Hotel foi silencioso. Ninguém dizia nada. Melody estava preocupada por descer de pijama, mas a tranquilizei que ninguém a veria.Descemos no heliponto do próprio Hotel que Charles havia reservado. Um funcionário nos esperava e conduziu-nos aos quartos, que ficavam no décimo andar. Eu nem sabia exatamente em que lugar de Noriah Norte estávamos.- O senhor Bailey reservou três quartos – ele explicou – Ambos um ao lado do outro.- Claro... Três. – Guilherme riu, ironicamente.O funcionário abriu a porta e perguntei à Yuna:- Fica com a gente?- Se quiser, fico.- Eu quero.Ela entrou, trazendo sua mala.- Vou ficar também. – Guilherme entrou, pegando os outros dois cartões que davam acesso aos demais quartos.Suspirei, tentando saber se resistiria a tudo
O abracei com força, enquanto ele me apertava com um dos braços, pois o outro estava ocupado por Melody.Os lábios dele tocaram os meus, de forma doce.- Papai e mamãe estão dando beijo. – Melody fechou os olhos.Começamos a rir.- E Gui? – Ele perguntou.- Gui foi embora.- Como assim? Para onde?- Eu creio que esteja voltando para Noriah Sul. Ele não me disse para onde iria.- Este garoto é complicado...- Eu contei sobre a gravidez.- Então entendo... O motivo dele partir.- Era necessário. Não poderia aceitar que ele ainda tivesse esperanças.- Sim, meu amor. Eu sei...Yuna apareceu e nos olhou:- Bem, eu acredito que vou poder usar o quarto que Charlie B. reservou só para mim.Eu ri:- Pode sim... Mas se quiser ficar, também será aceita.- Nem pe
- Vamos dar uma festa? – Brinquei.- Ouvi dizer que vai ter uma festinha particular aqui neste quarto. – Ele retirou a camiseta, deixando o peito nu, o emaranhado de pelos macios cobrindo seu corpo, descendo em direção ao caminho do meu prazer supremo.Involuntariamente me vi umedecendo os lábios, desejando aquele homem mais do que qualquer coisa na vida.- Este olhar é fatal... – sorriu – Sinto que me come com ele.- Como... Eu sou louca por cada pedacinho seu... – Confessei.Ele abriu o cinto e desabotoou a calça, descendo levemente o zíper.Ajoelhei-me na cama e impedi a mão dele de terminar de abrir:- Eu faço questão... – Falei.Abaixei o zíper até o final e deslizei a calça dele, junto da cueca. Vi seu pau completamente duro, na minha direção, pronto para ser chupado, dando-me água n
Descansei minha cabeça no ombro de Charles enquanto meu coração desacelerava e o ar voltava aos meus pulmões. O corpo ainda estava levemente trêmulo.Sentia o peito dele mover-se com as batidas intensas do coração. Sorri, sabendo que meu “el cantante” sentia o mesmo que eu, o prazer e o amor a cada toque mútuo.- Eu amo você, Charles. – Falei, sem mover-me de onde estava, sentindo-me segura como nunca em toda a minha vida.- Eu amo você, Sabrina. E vou amar para sempre. E não importa mais o que você peça... Esqueça seus planos, pois não vou mais me separar de você e Medy.- Promete? – Encarei-o, percebendo a tranquilidade em seus olhos verde-esmeralda.- Prometo.Beijei-o carinhosamente, sentindo seu gosto misturado à Champagne, o cheiro de sexo e luxúria tomando conta do quarto.Meus dias de
- Sou curiosa... – Não lhe dei ouvidos, pondo o roupão branco atoalhado do Hotel, que estava no chão.Charles procurou a roupa, jogada um pouco em cada canto. Achei a cueca dele, mas o vi enrolado na toalha branca, já saindo.Fui atrás dele, que rapidamente abriu a porta. Guilherme entrou, arregalando os olhos ao nos ver, a raiva nítida em cada músculo do seu rosto.- Bom dia, família! – Disse de forma irônica.- Gui? – Foi o que consegui pronunciar.- Onde está Melody? – Ele perguntou.- No... Quarto.- Ela sabe que ele está aqui? – Perguntou diretamente para mim.- Sim... – Respondi, confusa.- Quer... Tomar café conosco? É Natal! – Charles falou, enquanto ele não deu ouvidos ao pai, vindo na minha direção.Seguiu, passando direto por mim, indo ao sofá, o
- O que vamos fazer agora? – perguntei a Charles enquanto ele saía do banho, passando a mão nos cabelos, sem secar – Não podemos morar num Hotel para sempre.- Não tenho pressa, garotinha... Está ótimo ficar aqui trancado com vocês. – Me deu um beijo leve nos lábios, indo procurar uma roupa na mala, que não havia desfeito.- Hotéis são muito impessoais... E frios.- Podemos ligar a calefação... – Ele riu e joguei-lhe um travesseiro.Charles pôs uma camiseta branca e uma calça jeans, com a jaqueta de couro por cima. Olhou-se no espelho e observou, falando sobre a jaqueta:- Parece que ela fica melhor em você do que em mim...- Jamais... É sua marca registrada.- Tenho várias... Mas esta é a mais especial.- Eu sei... – Sorri, jogando-me de volta na cama, ainda de pijama.- Juro que é complicado deixar vocês. – Me olhou seriamente.- Eu até iria junto... Mas é longe. Acordei um pouco enjoada hoje.- Eu sei, garotinha. Minha vida é complicada agora. Dificilmente paro em algum lugar.- Po