Baby Ortiz. Ele enterrou o rosto no meu pescoço. – Hum... – A boca dele estava ocupada demais, fazendo os meus olhos rolarem, porque que isso era tão bom...— Eu... Eu não estou pronta. Ainda! – Precisei de tanta coragem para dizer isso, que no fim, me senti orgulhosa.Ele não parou. Mesmo assim, depois de algum tempo, ergueu o rosto e me olhou. O corpo dele estava sobre o meu, embora não estivesse praticamente nos encostando.A intensidade com que ele me olhava, era a prova fiel de que tudo que ele estava prestes a dizer era a mais pura verdade. – Não vou transar com você, a menos que permita. Mas isso não significa que não queira sentir você. Temos muito além de sexo, meu anjo.Ele se jogou para o lado. Ainda estava sem roupa, então eu peguei o cobertor e o coloquei sobre ele com cuidado, me certificando de que não encostaria naquela COISA. Tinha a leve sensação de que ele provavelmente me morderia se pudesse. As mãos do Dom estavam atrás da cabeça, e ele ficou olhando o teto por um
Dominic LexingtonAcordei com uma dor de cabeça de merda. Não costumava beber, mas me forcei naquela noite. Agora, estava em uma maldita dúvida sobre os motivos para eu me sentir assim esta manhã.Forcei os meus pés a pisarem no chão, conforme andei até o banheiro. Já estava sem as roupas, e foi fácil apenas deslizar para o chuveiro quente. Mas a maldita água me trouxe justamente a lembrança que eu tentara esquecer durante as rodadas de bebidas de ontem à noite. Porra! Estava começando a me tornar realmente obcecado por ela, e justamente por isso, me forcei a não entrar nela como deveria.Eu só sonhava, inclusive dentro dessa droga de banheiro, que rasgaria as roupas da Baby, e a chuparia tão forte que ela seria incapaz de se livrar das minhas marcas. Só que sempre que estava me afundando nela, sentia exatamente essa maldita sensação de culpa, mentira e rancor. Eu estava afundando...Afundando.Eu não saberia como voltar. Como eu poderia simplesmente deixá-la ir depois de tudo? Eu tin
Dominic Lexington Eu sentia meu corpo duro como uma pedra, o que não era algo comum para mim. Normalmente ela estaria sentada sobre a bancada, gemendo meu nome agora, se fosse qualquer outra mulher. Mas era uma droga, porque eu não queria qualquer outra.— Não vou tocar no que é seu, ou em você, a menos que permita. Sabe disso. Mas não minta. Não me deixe sem saída, Baby. Eu não sou uma boa pessoa.Ela se levantou, girando a cadeira em que estava sentada. Meus olhos pousaram na tentação de ler o caderno, agora solitário. Mas ela veio até mim, com seus olhos fitando os meus com uma inocência que doía, principalmente por que eu desejava mais do que tudo corrompê-la, ainda que tivesse a certeza de que sentiria falta disso depois. – Você é um bom homem, Don.Toquei seu rosto, conforme ela tombava para o lado, no gesto de usar a minha mão sempre como seu apoio, era uma das merdas que amava nela. – Você tem uma visão distorcida de mim, porque só não sou ruim para você. Mas não me conhece,
Baby Ortiz.Dominic tinha algo a esconder, ou talvez fosse eu... Ele sentia vergonha de mim? Andei em direção à ilha da cozinha, me agarrando a ela como a salvação da minha vida. Eu estava literalmente me afogando, bem onde ele me deixou. Tocar em mim... Talvez aquilo não tenha significado nada para ele, mas foi um grande passo para mim, foi... Nossa, foi tudo! Eu nunca me senti assim antes. Eu nunca senti algo assim antes. E eu odeio admitir como ele me afeta, e mais ainda, como ainda me sinto, agora que ele foi embora sem explicações.Quando Dominic vai voltar para casa?Quando ele pretende entrar em contato comigo?Ele vai me ligar?Ele não me deu nenhuma resposta. Será que se importa para onde eu vou, considerando que também nunca perguntou sobre isso. Mas também, o que eu diria a ele? “ Oh, sim, vou ver a pessoa para a qual estou desviando parcelas generosas de dinheiro que você deposita para mim toda semana”. Oh não, nunca funcionária. Homens como ele gostam de ter absolutamente
Baby Ortiz.Me senti uma idiota dentro da banheira. A água está quente demais, sinto que minha bunda está queimando agora, e mesmo assim, me forço a ficar. Ava jogou algumas bolas do que chamou de explosões sensoriais, como se eu não soubesse que eram sais de banho.Depois de ela insistir que eu deveria assistir a alguns vídeos para aprender, senti-me perfeitamente mortificada com as cenas. Sinceramente, não faço ideia do porque uma mulher deixaria que alguém a gravasse fazendo coisas como aquelas, mas fiquei curiosa e perguntei a Ava. Ela disse que não havia absolutamente nada de errado com isso, e considerando que estava acessível para que qualquer um pudesse assistir, acreditei fielmente nela.Um erro.Que se seguiu por outro, já que eu estava aqui, dentro da banheira esperando que alguma coisa magicamente acontecesse. Minhas mãos estavam tremendo, atordoadas, quando comecei a deslizar para baixo, exatamente como a mulher do vídeo. Quando Ava disse que me ensinaria, pensei que fosse
Dominic LexingtonBaby: Me tocando...Dominic: Como assim “se tocando?”Ainda estava paralisado, olhando aquela tela do celular, e amaldiçoando todas as minhas gerações por não ter colocado a droga de uma câmera no quarto da Baby. Isso teria resolvido alguns dos meus problemas, mas seria certo? Bom, não havia nada decerto no que eu estava fazendo com aquela menina.— O que deu em você? Está branco igual a um papel. – Cesare brincou.Cavalieri me encarou, analisando meu rosto, depois voltou a fumar seu charuto. – Ele está obcecado com a garota, deixe ele.— O quê? – Cesare quase cuspiu as palavras. – Aquela garota? A...— Chega! – Gritei. – Não estou obcecado por ninguém. Conhece os meus motivos para tudo isso. Vocês dois conhecem. Sabem o que eu estou fazendo e o porquê.Eles se entreolharam, enquanto eu seguia encarando a merda da tela. Os pontinhos saltavam, mas as palavras nunca vinham, porque ela estava a fim de me fazer perder a porra do juízo, pegar um avião e voar de volta até
Dominic Lexington Amor? Enfim...Lambi os lábios, aflito pela droga da resposta. Baby sempre foi muito corajosa, e sincera. Nós dois sabíamos que ela me diria a verdade, mas se ela estivesse se tocando por algum imbecil, as coisas não ficariam boas.Baby: Em você.Encarei aquelas duas palavras. Porra.MerdaMerdaMerdaPor que ela não pode simplesmente facilitar para mim?Dominic: Certo... No que exatamente você está pensando, meu anjo?Minhas mãos estavam um pouco suadas. Obviamente, eu já tive aquele tipo de conversa, mas nada me impediu de encontrar a pessoa e me enfiar nela logo depois. Com a Baby, no entanto, as coisas eram diferentes. Nunca forçaria uma mulher. Nunca a faria se deitar comigo se não fosse o que ela quer. Claro, perdi a cabeça com ela algumas vezes, aquela mulher me tirava do sério, e sinceramente, estava destinada a me pertencer antes mesmo de ela saber que eu existia, então o nosso começo foi um pouco mais complicado. Mas agora que eu conhecia a inocência real,
Dominic Lexington — Da próxima vez que resolver invadir o meu quarto, certifique-se de que não estou ocupado.Cavalieri jogou a cabeça para trás, soltando uma rajada de risos e fumaça. Aquele desgraçado parecia mais uma chaminé que uma pessoa agora. Não era o tipo de percepção incomum, suas emoções não eram as de um ser humano na maior parte do tempo. – É só você responder o caralho dos meus chamados, assim ninguém vai pensar que você está morto lá dentro.Suas palavras fizeram meu autocontrole murchar um pouco. Eu estava acostumado com essa ideia, mas não era o que eu queria. Quer dizer, alguém quer isso? Essa droga me afastou de coisas importantes para mim em certo ponto, e foi uma merda perceber que o que desejei quando jovem, não se traduzia em realidade quando podia se ver de fora agora.— Que porra está acontecendo entre vocês? – Cesare perguntou, apontando o dedo indicador entre mim e Cavalieri.— Nada! – Respondi rápido demais, e obviamente o deixei desconfiado. Estava descon